Aula_4 e 5_Nematelmintos_parte 1 e 3

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Nematelmintos ou

Asquelmintos
(parte_1)
“verme fio” “verme saco”
Profa. Dra. Izabela Gomes
(Zootecnista)
Obs: Os nematelmintos eram anteriormente uma classe do filo dos
Asquelmintos, mas as classes foram elevadas a Filo.

Nematelmintos

Também conhecidos como nematódeos, são invertebrados, não segmentados e


pseudocelomados. Possuem boca e ânus, e a digestão é tanto extra quanto
intracelular. Podem ser parasitas de seres humanos, animais e plantas, e são
muito estudados no Ensino Médio. Exemplos de nematelmintos são as
lombrigas e os ancilóstomos

2
Asquelmintos

São triblásticos, protostânios, pseudocelomados e não


segmentados. Possuem sistema digestivo completo, com boca, intestino reto e
ânus, e a digestão é exclusivamente extracelular. Alguns asquelmintos são
parasitas, mas muitos vivem em solos úmidos ou no sedimento de massas de
água.

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• Lombriga, ancilóstomo e filária.

• Cerca de 90.000 espécies. Talvez 10 vezes mais?

• Encontrados na água, no solo e como parasitas de


animais e vegetais. Uma colher de solo fértil chega a
conter milhões de nematelmintos.

• Corpo cilíndrico, com extremidades afiladas e não


segmentado.

• Simetria bilateral.

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• Pseudoceloma (“um tubo dentro de outro tubo”).

• Sistema digestor completo (boca e ânus).

• Curiosidade: nenhum de seus representantes possui


células com cílios ou flagelos. Nem mesmo o
espermatozóide, que se locomove por meio de
pseudópodes.

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• Triblástico

• Pseudocelomado

• Protostômio

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 Corpo coberto por uma cutícula
(proteína) secretada pela epiderme.

 Esqueleto hidrostático.

 Possuem músculos longitudinais


(movimento de chicotada)

 Primeiro grupo animal a possuir tubo


digestivo completo – boca e ânus.

 Digestão extra e intracelular.

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• Respiração cutânea.

• Ausência do sistema circulatório; o líquido


pseudocelomático participa do transporte de nutrientes.

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• Excreção feita por um tubo “H”.

• Sistema nervoso ganglionar ventral.

• Reprodução – maioria dióica, fecundação interna com


desenvolvimento indireto.

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Doenças causadas por
nematelmintos
Importância para Zootecnia
Animais de Produção

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Podem causar doenças em animais de
produção, como:

 Anemia,
 Lesões oculares,
 Infecções secundárias,
 Retardamento do crescimento
 Debilitação.
No Brasil, as doenças parasitárias mais comuns em
bovinos são:

 Tristeza parasitária bovina (artrópodes)


 Parasitoses gastrintestinais mistas
 Hemoncose
 Dictiocaulose
 Fasciolose
 Eimeriose
 Parasitoses gastrintestinais mistas

Os principais agentes desta peste são os gêneros Trichostrongylus. Por se tratar de helmintos
pulmonares, os sintomas podem variar de tosse moderada até persistente, com aumento da
frequência respiratória. Além disso, infecções severas nos bovinos são acompanhadas da perda
de produção e produtividade.
Oncocercose

Causada por nematóides do gênero Onchocerca spp., transmitida por


mosquitos borrachudos. Pode causar cegueira em seu estado agudo.

Os nematelmintos se transmitem através da ingestão de ovos


infectantes do parasita, que podem estar no solo, água ou alimentos
contaminados com fezes.

Os animais bem nutridos têm maior resistência às doenças causadas


por nematelmintos.
A oncocercose, também conhecida como "cegueira dos rios" ou "mal do
garimpeiro", é uma doença causada por infecção pelo verme parasita
Onchocerca volvulus. Sintomas incluem coceira, caroços sob a pele e
cegueira. Ela é a segunda causa mais comum de cegueira devido a uma infecção,
depois da tracoma.

Não existe vacina contra a doença. A prevenção é evitar ser mordido por moscas.
Isto pode incluir o uso de repelente de insetos e vestuário apropriado. Outros
esforços incluem aqueles para diminuição da população de moscas pela
pulverização de inseticidas.
Ciclo de Vida

As formas adultas parasitam o ser humano, alojando-se em nódulos no tecido conjuntivo, por
baixo da pele ou no tecido adiposo formando o oncocercoma. No local eles se reproduzem
sexuadamente e durante até quinze anos gerando inúmeras larvas minúsculas ou microfilárias, quase
invisíveis a olho nu. Estas disseminam-se aparecendo por todo o corpo: por baixo da pele, dentro dos
olhos, na linfa, urina, saliva e liquído céfalo-raquidiano.

Algumas surgem no sangue. Algumas maturam-se dentro do corpo em novas localizações produzindo
novos nódulos, mas a maioria acaba por morrer devido à ação do sistema imunológico. Contudo a sua
produção continua significa que os parasitas existem de forma continua. Quando o borrachudo
pica(contém coagulante,e vasodilatadores) os hospedeiros, causam microlesões na pele, devido a
temperatura da pele faz com que haja o rompimento da probóscide(musculo do aparelho picador do
inseto que contém as microfilárias) e as microfilárias entram em contato com o corpo devido as
microlesões causadas pelo inseto.

Aí elas maturam-se em formas infecciosas e são injetadas na corrente sanguínea de outra pessoa
picada pelo mosquito. As formas adultas então alojam-se nos tecidos do novo hospedeiro e produzem
mais microfiliárias.
Outro agente da doença é o parasita intestinal Cooperia, que pode
causar diarreia, anorexia e desidratação.

O Ostertagia também ocasiona perda de peso, diarreia e


inapetência, além de edemas submandibulares, assim como na
presença do Nematodirus e Oesophagostomum.
No caso do Strongyloides, em exames clínicos observa-se a desidratação,
dispnéia, mucosas hipocoradas e diarreia não sanguinolenta. Já em
hemogramas, nota-se a anemia, leucocitose e hipoproteinemia.
Cada parasita possui uma predileção de órgão para parasitar, desde a infecção pelas larvas presentes nas
pastagens, migração somativa, escolha do órgão de predileção, amadurecimento, reprodução e produção dos ovos
que serão eliminados nas fezes, são necessários, de modo genérico, em média 30 dias (variando de 7 a 70 dias),
conforme a espécie. Esse intervalo entre a infecção e eliminação dos primeiros ovos é chamado de Período Pré-
Patente (PPP) e cada espécie de verminose envolvida apresenta uma média de produção de ovos diariamente
(MPDO).
Outra característica importante é que as verminoses podem aumentar e diminuir naturalmente nos animais e nas
pastagens ao longo do ano, conforme as variações climáticas (Dinâmica Populacional de Parasitas), sendo
fundamental que uma das vermifugações estratégicas ocorra no período mais crítico (na seca). O diagnóstico das
verminoses nos animais e no rebanho pode ser realizado através do exame parasitológico de fezes que permite
calcular a quantidade de ovos de helmintos em cada grama de fezes (OPG: Ovos Por Grama de Fezes) através do
Kit Examina Controla OPG Ourofino® (Figura 1) e assim determinar o grau de infecção que pode ser dividido
didaticamente conforme a Tabela 2.
Sobre os nematoides!

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Doenças
causadas por
Nematelmintos
(Importância para saúde humana)

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Ascaridíase
• Causador – Ascaris lumbricoides ( lombriga)

• Ciclo monóxeno – Homem (HD)

• “oral-fecal”

• Considerada a parasitose mais prevalente no


mundo

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Ascaris lumbricoides (lombriga)

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33
Ascaris lumbricoides (lombriga)
Asquelmintos (nematelmintos)

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• Ação espoliadora, subnutrição;

• Urticária, convulsões, reações alérgicas;

• Obstrução intestinal;

• Desconforto abdominal;

• Infecção pulmonar, tosse e febre.

Sintomas

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• Educação sanitária.

• Construção de fossas sépticas.

• Tratamento de doentes.

• Higiene.

• Lavar bem frutas e verduras.

• Filtrar ou ferver a água.

Profilaxia
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Amarelão, ancilostomose ou
necatoriose
• Causador – Ancylostoma duodenale

Necator americanus

• Ciclo monóxeno – Homem (HD)

“cutâneo-fecal”

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Ancylostoma duodenale e Necator
americanus (“amarelão”)

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Sintomas

• Anemia devido à espoliação sanguínea.

• Dermatites.

• Dor abdominal.

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Profilaxia
“faça como o Jeca-Tatu”

• Utilização de calçados.

• Tratamento do esgoto.

• Higiene.

• Tratamento dos doentes.

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Enterobiose ou oxiurose

• Causador – Enterobius vermicularis ( oxiúro)

• Ciclo monóxeno – Homem (HD)

“oral-fecal”

• Comum em crianças com menos de 5 anos

- auto-infestação

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Sintomas
• Prurido anal, perturbação do sono e congestão
anal.

• Higiene e saneamento básico.

43
Enterobius vermicularis (oxiúrus)

44
Prolapso anal provocado
por infestação a vermes Prolapso anal provocado por infestação a
vermes

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Wuchereria bancrofti (filária - “elefantíase”)

Culex fatigans (mosquito-palha)

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Causador – Wuchereria bancrofti

Transmissor – mosquito Culex

Ciclo heteróxeno – Homem(HD), Culex(HI)

120 milhões de infectados

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A descoberta de Patrick Manson de que mosquitos transmitiam a
filariose representa o nascimento da Entomologia Médica e o
marco mais importante da Medicina Tropical.

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O parasita é o Wuchereria bancrofti. Os vermes adultos provocam
inflamação dos vasos linfáticos, impedindo a drenagem de linfa.

O acúmulo de linfa produz inchaço nos pés, pernas, mamas e bolsa


escrotal. É transmitida pelo mosquito, que ao picar uma pessoa
infectada, espalha as larvas para outras pessoas.

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Wuchereria bancrofti (filária - “elefantíase”)

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Wuchereria bancrofti (filária - “elefantíase”)

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Wuchereria bancrofti (filária - “elefantíase”)

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Wuchereria bancrofti (filária - “elefantíase”)

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Profilaxia

• Tratamento de doentes.

• Combate ao mosquito – uso de telas de proteção,

inseticidas ou controle biológico.

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Bicho-geográfico (Larva migrans cutânea) – transmitida pelo
parasita Ancylostoma brasiliense

Parasita do intestino de gatos e cães. Os ovos eclodem na areia


e podem penetrar na pele humana sem, contudo atingir a
circulação. A larva provoca lesão de contorno irregular,
semelhante a um mapa.

55
Continua na próxima aula...
Nematelmintos ou
Asquelmintos
(parte_3)
“verme fio” “verme saco”
Profa. Dra. Izabela Gomes
(Zootecnista)
Doenças causadas por
nematelmintos
Importância para Agronomia
(Plantas)

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Inimigo Oculto: nematoides e doenças na cultura do algodão

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A infestação de nematoides representam prejuízos significativos à produção e
à qualidade da fibra.

As perdas acumuladas, somente para a cultura do algodão, devem


ultrapassar R$ 44,1 bilhões de reais até 2031, o que corresponde a
R$ 4,41 bilhões de reais perdidos por ano exclusivamente em função
do ataque de nematoides, sem levar em consideração os danos
indiretos, provocados pelo favorecimento de doenças.

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Quais são os principais nematoides que afetam o algodão?

Os nematoides parasitas de plantas já somam mais de 4 mil espécies


identificadas pela comunidade científica mundial.

Contudo, cinco espécies causam danos expressivos em lavouras de


algodão ao redor do mundo e quatro têm se destacado, sendo as
mais preocupantes para a cotonicultura brasileira 

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 nematoide-das-galhas (Meloidogyne
incognita);
 nematoide reniforme (Rotylenchulus
reniformis);
 nematoide-das-lesões (Pratylenchus
brachyurus);
 nematoide-da-haste-verde
Também são recorrentes na cultura da soja e estão distribuídas em todas
as regiões produtoras do Brasil. Isso significa que o controle é ainda mais
(Aphelenchoides
desafiador, visto que o sistema debesseyi)
sucessão de culturas soja-algodão favorece
o aumento da população desse inimigo oculto.

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 Nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita)

No Brasil, a espécie Meloidogyne incognita é o principal


nematoide da agricultura e incide sobre o algodão em todas as
regiões produtoras.

É importante que o cotonicultor conheça as características que


possibilitam a identificação do nematoide-das-galhas, a fim de
conseguir verificar sua presença e saber como proceder diante da
necessidade de manejo.

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A alimentação de M. incognita acontece na raiz do algodoeiro e, ao causar
modificações na divisão e na multiplicação celular, forma as lesões
características dessa espécie, conhecidas como “galhas”. Assim, o
desenvolvimento radicular é comprometido, prejudicando a absorção de água e
nutrientes e o crescimento de todas as estruturas da planta.

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Diferentemente do que ocorre com outras espécies de nematoides, os sintomas
da presença do nematoide-das-galhas podem ser confirmados por meio
de avaliação visual das raízes, fato que contribui para a rapidez na definição de
uma estratégia de manejo.

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Exemplo de “galhas” causadas por M. incognita em raízes de algodão. Fonte: P. Kumar.

É importante retirar a planta com sintomas de maneira cuidadosa, de


preferência quando o solo estiver razoavelmente úmido para evitar a
quebra das raízes laterais, que são as estruturas onde as galhas são
mais visíveis
66
 Nematoide reniforme (Rotylenchulus reniformis)

Há duas espécies de Rotylenchulus que parasitam o algodoeiro: R.


reniformis e R. parvus, mas somente a primeira é encontrada no Brasil.

Mais comum no Cerrado brasileiro, R. reniformis vem apresentando


um aumento populacional alarmante em todas as regiões produtoras do
Brasil.

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Dentre todas as culturas parasitadas pelo nematoide reniforme, o algodão é a que sofre
os maiores prejuízos. Os sintomas visíveis na parte aérea da planta, causados pelo
ataque dessa praga, são as “folhas carijó”, o que causa a redução da capacidade
fotossintética das plantas e, consequentemente, prejudica a produção da cultura.

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Prejuízos diretos - nematoide reniforme

 A redução do volume radicular


 Comprometimento do desenvolvimento das lavouras

Prejuízos indiretos - nematoide reniforme

 Maior suscetibilidade da planta à entrada de patógenos

A agressividade desses sintomas pode se agravar, a


depender das condições climáticas e da sanidade nutricional
das plantas.

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É importante destacar que essa espécie de nematoide também vem
aumentando sua expressão na cultura da soja, de maneira a ampliar
significativamente sua população a cada ano, uma vez que o atual sistema
de produção no Brasil prioriza a rotação soja-algodão, um método que não
possibilita romper o ciclo de vida do patógeno

Exemplo do sintoma de folhas “carijó” observado em plantas de algodão. Fonte: R. Galbieri.

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 Nematoide-das-lesões (Pratylenchus brachyurus)

Não é o mais agressivo à cultura, mas sua ampla distribuição e


polifagia fazem com que essa praga afete consideravelmente a
cotonicultura.

Em situação de alta infestação, em que se somam outras adversidades, a


presença desse verme pode ser um agravante.

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A atividade do nematoide-das-lesões no interior das raízes do algodoeiro causa a
destruição dos tecidos por meio de rompimento da camada superficial, assim, as plantas
também ficam vulneráveis à infecção por patógenos.

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Os danos são difíceis de perceber por meio de uma análise
visual da lavoura, sendo muitas vezes confundidos com sintomas
de doenças, de deficiência nutricional ou de estresse hídrico.

Os sintomas do nematoide-das-lesões na cultura do algodão


incluem: clorose, murcha, necrose e podridão das raízes.

Dessa forma, é comum a aplicação de técnicas de manejo não


adequadas, o que favorece o avanço das populações.

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 Nematoide-da-haste-verde (Aphelenchoides besseyi)

Para a cultura do algodão, sua ocorrência ainda está restrita a


algumas regiões produtoras do Brasil, com destaque para o Estado
do Mato Grosso.

Pode parasitar tanto soja, quanto algodão.

Se a população da espécie não for manejada durante o cultivo da


soja, o cultivo de algodão em sequência pode ser afetado por uma
população ainda maior dessa praga agressiva às culturas.

74
Diferentemente das outras espécies, ela ataca a parte aérea da planta, causando
danos diretos nos racimos florais, levando ao abortamento de flores e,
consequentemente, a redução de produtividade.

75
 Um dos sintomas verificados é o prolongamento do ciclo do
algodão, de maneira que as plantas permanecem em fase de
vegetação quando já deveriam entrar em senescência.

 Esse sintoma está relacionado à síndrome da haste verde, que


se agrava em áreas com presença de outras plantas hospedeiras,
como a braquiária, que favorecem a multiplicação da população
do patógeno. Assim, o manejo de plantas daninhas também é
fundamental para evitar o agravamento dos danos.

 Alta umidade, manutenção da palhada e sucessão soja-


algodão também são fatores que favorecem a disseminação da
espécie. Assim, a alteração no sistema de rotação de culturas,
com período ocupado por plantas não hospedeiras em áreas com
histórico da presença dessa espécie, é uma prática de manejo
recomendável.

76
Quais são as
interações entre
nematoides e
doenças causadas por
fungos de solo na
cultura do algodão?
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Um agravante para a cultura do algodão é que a incidência de
nematoides favorece a ocorrência de doenças causadas por fungos
de solo. A associação entre nematoides e doenças favorecidas por
sua atividade pode acentuar ainda mais os danos à cultura do
algodão, correspondendo a perdas de até 90% de produtividade.

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Dentre as principais interações, podem ser citadas:

•Interação entre o nematoide-das-galhas e o aumento de


severidade de doenças que afetam as plântulas, causadas,
principalmente, pelo oomiceto Pythium spp. e pelo
fungo Rhizoctonia solani;

•Interação entre o nematoide reniforme com os fungos causadores


das murchas de Fusarium e Verticillium, doenças favorecidas em
áreas infestadas por esse nematoide;

•A ocorrência do nematoide reniforme favorece também a


ocorrência de doenças que afetam as plântulas, causadas,
principalmente, por R. solani e diferentes espécies de Fusarium.

79
Quais são as
principais doenças
causadas por essas
interações?
(nematoides x fungos)
80
A fusariose é uma doença causada pelo
fungo Fusarium oxysporum f.sp. vasinfectum e é transmitida por
meio de sementes contaminadas. Sua ocorrência é favorecida em
solos arenosos, úmidos e com acidez elevada e os principais
sintomas apresentados pelas plantas são murchamento,
amarelecimento e desfolha precoce,

81
Sintomas de murcha de fusarium em planta adulta de algodão e severa infecção de
Fusarium oxysporum f.sp. vasinfectum em raízes de algodão.
Fontes: R.Hillocks e T. Isakeit

82
APodridão-de-
raízes, causada pelo
fungo Pythium spp., apresenta sintomas que podem ser
observados a partir das raízes, por meio da formação de lesões
de coloração marrom-clara a marrom-escura, que vão evoluindo
em grandes extensões de área, até provocar o tombamento das
plantas.

83
Sintoma de podridão-das-raízes, causada pelo fungo Pythium spp. em plântulas de
algodão. Fonte: The University of Arizona, 2020.

84
O Damping-off ou
tombamento é uma doença que pode ser causada por diversos
patógenos de solo das espécies dos gêneros Colletotrichum,
Fusarium, Pythium e Rhizoctonia, no entanto, o principal agente
causal é o R. solani.

Os sintomas geralmente são lesões escuras de coloração parda com


formato irregular, que ocorrem no caule e nas folhas cotiledonares e
primárias das plântulas. Quando as lesões acometem o caule,
provocam necrose, que evolui para tombamento e morte da planta,
acarretando falhas no estande inicial.

85
Sintomas de tombamento, causado por R. solani, em plântulas de algodão. Fonte:
The University of Arizona, 2020.

86
Murcha de
Verticillium, como ocorre com a murcha de
Fusarium, causa perda de turgescência e, posteriormente, o amarelecimento
em áreas irregulares das folhas. Enquanto a murcha de Fusarium pode
ocorrer em plantas em qualquer estádio de desenvolvimento, a murcha de
Verticillium ocorre apenas no final do ciclo.

Temperaturas mais altas favorecem a murcha de Fusarium, enquanto temperaturas


mais amenas ou períodos mais frios e úmidos, favorecem a murcha de Verticillium. A
murcha de Fusarium é mais importante no Brasil, enquanto a de Verticillium provoca
maiores problemas em outros países produtores de algodão, como índia, China e
Estados Unidos, sendo mais comum em solos ricos em matéria orgânica.

87
Sintomas de murcha de Verticillium em plantas adultas de algodão.
Fonte: T. Faske, 2023.

88
Diante desse cenário, é preciso que o cotonicultor
se conscientize dos meios pelos quais é
possível combater eficazmente os nematoides e
as doenças na cultura do algodão,
para sustentar ou até mesmo aumentar a
produtividade de suas lavouras.

89
O que o cotonicultor pode fazer
para sustentar ou aumentar a
produtividade de suas
lavouras?

90
Continua na próxima aula...

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