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VISÃO DE CONJUNTO 1
Leopoldo Fulgencio
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WINNICOTT E O DESENVOLVIMENTO DO SER
Resumo 2
2
WINNICOTT:
UM PENSADOR DO SER -
• “Vocês já devem ter percebido que, por natureza, treinamento e prática sou uma
4
WINNICOTT:
UM DESENVOLVIMENTISTA 4
; sendo reconhecido, como tal, inclusive por outros psicanalistas, por exemplo, André
• “Winnicott foi para mim o autor com uma concepção do desenvolvimento que
fazer aceitar”.
5
Na continuidade de sua caracterização como um
desenvolvimentista, Winnicott explicita sua perspectiva de
pensamento:
“Quando vejo um menino ou uma menina numa carteira escolar, somando ou subtraindo,
e lutando com a tabuada de multiplicação, vejo uma pessoa que já tem uma longa
têm de ser aceitas, ou que deve haver uma certa precariedade no que tange ao
268).
7
7
como quando uma criança cresce, se casa e cria uma nova geração de filhos, ou
8
UMA TEORIA DA DEPENDÊNCIA
• “Possuímos a única formulação realmente útil, que existe, da maneira pela qual
(Winnicott, 1989vk [1965], “A Psicologia da Loucura: Uma Contribuição da Psicanálise”, p. 94; CW 7, 229).
9
PROBLEMAS PARA COMPREENSÃO DA TEORIA WINNICOTTIANA DO
DESENVOLVIMENTO -
lugar que Winnicott deu à sexualidade (não mais como presente desde o
conquista do desenvolvimento).
tais como :
12
Problema 3:
O lugar da sexualidade e da vida instintual 1
13
Problema 3:
O lugar da sexualidade e da vida instintual 2
14
Problema 3:
O lugar da sexualidade e da vida instintual 3
15
Problema 3: -
O lugar da sexualidade e da vida instintual
O Complexo de Édipo
ele diz:
16
Problema 3:
O lugar do Complexo de Édipo
13 Acredito que alguma coisa se perde quando o termo “Complexo de Édipo” é aplicado
objeto parcial está internalizado, é um fenômeno da realidade interna. Não posso ver
meu ponto de vista, cada um dos componentes do triângulo é uma pessoa total, não
apenas para o observador, mas especialmente para a própria criança. (1988b, p. 67)
17
VISÃO GERAL DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
-
20
ONTOLOGIA: O ESTADO DE SER
Diz Winnicott:
como analogia uma bolha, podemos dizer que quando a pressão externa
2017, 2018).
21
15 Se por outro lado, a pressão no exterior da bolha for maior ou menor
retorno ao ser.
(Winnicott, 1988, Natureza Humana, Parte 4, p. 148; CW 11, 144). Cf. tb. Fulgencio (2016,
2017, 2018).
22
TELOS DO DESENVOLVIMENTO: UMA NOÇÃO DESCRITIVA DA SAÚDE
23
AS FASES DO DESENVOLVIMENTO
Na fase do holding o lactente é dependente ao máximo. De modo que podemos classificar a dependência
como se segue: 17
Também renomiei a fase “Rumo à Independência” para “Independência Relativa” e, considerando ser
24
LINHAS DO DESENVOLVIMENTO 17
2. e Linha do Desenvolvimento do ID
28
20
FIGURAÇÕES DAS FASES DO DESENVOLVIMENTO
29
30
Prancha 3
Fase da Dependência Absoluta : 22 (Fig. + Delta t)
profilaxia. Não pode assumir controle sobre o que é bem ou mal feito,
32
33
Prancha 4
Fase da Dependência Relativa : 23 (Fig. + Delta t)
35
36
Fase Rumo à Independência -
Rumo à Independência. O lactente desenvolve meios para ir vivendo sem cuidado real.
* Esta última fase, por ser muito ampla, a redescrevi como sendo duas:
37
Prancha 5
Fase da Independência Relativa Infantil : 24 (Fig. + Delta t)
38
39
Prancha 6
Fase da Independência Relativa Adulta : 25 (Fig. + Delta t)
A este conjunto, assim desenhado, deveríamos acrescentar uma apresentação que marcasse em
dos problemas que pessoas inteiras têm no trabalho de administrar a vida instintual ou
42
PSICOPATOLOGIA (cont.)
Caberia, ainda, acrescentar alguns problemas não propriamente delimitados (em termos de
• os borderlines (ou falso self patológico), que se mostram como neuróticos, mas têm
problemas psicóticos;
• bem como as adicções, que mesmo sendo apontadas, por Winnicott, como sendo um
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Para uma descrição mais detalhada… -
Para um estudo mais detalho, pode-se consultar tanto esta minha maneira de
compreensão – seja em termos de uma análise geral da obra de Winnicott e sua teoria do
desenvolvimento (Fulgencio, 2014b, 2015a, 2016, 2017, 2018), seja diversos outros de meus textos
dedicados à temas mais específicos deste autor (Fulgencio, 2008a, 2008b, 2010a, 2010b, 2011a, 2011b, 2011c,
2012, 2013a, 2013b, 2013c, 2014a, 2014c, 2015b; Fulgencio, Simanke, Imbasciati, & Girard, 2018; Girard, 2010; Marchiolli &
Fulgencio, 2012) – quanto a de outros comentadores – tais como Phillips (1988), Abram ( 2007, 2008), Dias (2003),
Spelman (2013a, 2013b), Joyce & Caldwell (2011) –, bem como algumas coletâneas ou artigos versando
sobre suas propostas, tais como Abram (2012a, 2012b), Blass (2012) , Eigen (2012), Bonaminio (2012), Spelman &
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Referências
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