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Profa.

Ana Paula Lopes


O QUE ESTUDANTE DE MEDICINA PRECISA
SABER SOBRE ONCOLOGIA
1. Entender como o câncer acontece e como me prevenir dele;
2. Entender os termos que são usados em oncologia como estadiamento, adjuvância,
entre outros;
3. Aprender como Estadiar o câncer;
4. Aprender o que cada especialidade faz dentro da oncologia;
5. Aprender sobre os principais cânceres; e
6. Entender como se define qual tratamento o paciente irá fazer.
CONCEITOS

Crescimento celular:
• Controlado: Hiperplasia, Metaplasia e Displasia
• Descontrolado: Neoplasia

Neoplasia:
>>> neo = novo + plasia = formação

>>> proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao


controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos
agressivos sobre o hospedeiro
DIFERENÇAS ESSENCIAIS ENTRE AS NEOPLASIAS

BENIGNA MALIGNA

• Sem risco de morte • Risco de morte


• Crescimento lento • Crescimento rápido e desordenado
• Expansão • Infiltração
• Com cápsula • Geralmente sem cápsula
• Raro necrose • Necrose e sangramentos frequentes
• Semelhante cel normal • Difere cel normal
• Pouca mitose • Mitoses frequentes
• Sem metástase • Metástases
• Móvel • Aderidos
(2) Origina Epitélio de
Revestimento Externo, Glandular
e o Tecido Nervoso.
(3) Diferencia-se em:
- Tecido ósseo,
- muscular,
- vascular,
- seroso,
- cartilaginoso e
- hematopoético.
(4) Origina o Epitélio de
Revestimento Interno e de
Glândulas.
NOMENCLATURA DAS NEOPLASIAS
• Tumores Benignos : tecido que originou + sufixo “oma”
• Exemplos: - tumor benigno do tecido cartilaginoso – condroma;
- tumor benigno do tecido gorduroso – lipoma;
- tumor benigno do tecido glandular – adenoma.

• Tumores Malignos: considerar origem embrionária


• Tecidos epiteliais de revestimento externo e interno > carcinomas.
- Carcinoma basocelular de face – tumor maligno da pele;

• Tecido glandular > adenocarcinomas.


- Adenocarcinoma de ovário – tumor maligno do epitélio do ovário;
NOMENCLATURA DAS NEOPLASIAS
(CONT)
• Tumores Malignos: considerar origem embrionária
• Tecidos conjuntivos\mesenquimais > acréscimo de sarcoma
- Condrossarcoma - tumor maligno do tecido cartilaginoso;
- Lipossarcoma - tumor maligno do tecido gorduroso;
- Leiomiossarcoma - tumor maligno do tecido muscular liso;

• Células blásticas (comum na infância) > acrescentar o sufixo blastoma ao vocábulo


que corresponde ao tecido original.
- Hepatoblastoma - tumor maligno do tecido hepático jovem;
- Nefroblastoma - tumor maligno do tecido renal jovem
• Exceções:
• Tumores Embrionários > Teratomas (podem ser benignos ou malignos), seminomas,
coriocarcinomas e carcinoma de células embrionárias.
• Epônimos > Linfoma de Burkitt, tumor de Wilms (nome de quem o descobriu),
GRADUAÇÃO
• Grau de Diferenciação das Células Tumorais:
• Grau de semelhança das células tumorais com as do tecido normal

• Número de Mitoses:
• expressa a atividade celular.
• Quanto maior a proliferação de um tecido, maior será o número de mitoses verificadas,
• Pode ser descrito como ki67.

• Há 4 graus descritivos de diferenciação:


• G1 >> Bem diferenciado, G2 >> moderadamente diferenciado
• G3 >> pouco diferenciado
• G4 >> anaplásico
O tumor tem, numa mesma área, células com graus diferentes de diferenciação.
LESÕES PRÉ-NEOPLÁSICAS E
LESÕES PROLIFERATIVAS CONTROLADAS

1. METAPLASIA
• Substituição de um tipo celular por outro tipo celular.
• Quase sempre é encontrada em associação com os processos de dano, reparo e
regeneração teciduais.
• É reversível.
TECIDO NORMAL METAPLASIA ESTÍMULO

Vias aéreas Epitélio colunar Epitélio escamoso Tabagismo

Bexiga Epitélio de transição Epitélio escamoso Litíase urinária

Esôfago Epitélio escamoso Epitélio colunar DRGE

Estômago Epitélio colunar Epitélio colunar H. Pylori


gástrico intestinal
LESÕES PRÉ-NEOPLÁSICAS E
LESÕES PROLIFERATIVAS CONTROLADAS

2. HIPERPLASIA

• Aumento localizado e autolimitado do número de células de um órgão ou tecido.


• As células normais na forma e função.
• Pode ser fisiológica ou patológica.

• Ex: Hiperplasia endometrial estimulada por estrogênio.


LESÕES PRÉ-NEOPLÁSICAS E
LESÕES PROLIFERATIVAS CONTROLADAS

3. DISPLASIA

• Proliferação celular pré-neoplásica, crescimento desordenado,


• Perda da polaridade e alterações de forma e tamanho,
• Frequente figuras de mitoses.
• Considera-se um processo reversível, desde que o estímulo causador seja
removido.
TUMORIGÊNESE
HISTÓRIA NATURAL DO CÂNCER
EXPOSIÇÃO DA FATORES
IDADE HEREDITARIEDADE
AMBIENTAIS

DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER

“PERÍODO DE LATÊNCIA “ESTÁGIOS MÚLTIPLOS NO PROCESSO


LONGO” CARCINOGÊNICO”

MÉDIA DE 10 – 20 ANOS PARA SEU DESENVOLVIMENTO


(CÉLULA NORMAL → DOENÇA NEOPLÁSICA)

IMPORTANTE

CONHECER COMPORTAMENTO DIAGNÓSTICO PRECOCE


PREVENÇÃO BIOLÓGICO DO TUMOR RASTREAMENTO
FASES DE CRESCIMENTO DO CÂNCER
FASE PRÉ-CLÍNICA FASE CLÍNICA

Período de latência 8 – 20 anos Fase tardia

Sem sinais ou sintomas Começa no momento do diagnóstico

Ocupa até 75% do tempo da história Sinais e sintomas


natural do CA em desenvolvimento
CARCINOGÊNESE
Cascata de eventos que transforma uma célula normal em CA.

Processo de múltiplos estágios:

1. INICIAÇÃO:
• Mutação celular após sua exposição a carcinógenos.
• Processo irreversível.
• Estamos constantemente expostos a agentes iniciadores, mas a maioria não
evoluem, morrem ou são neutralizadas por mecanismos imunológicos.
2. PROMOÇÃO
• Células geneticamente alteradas (iniciadas), sofrem o efeito dos agentes
cancerígenos.
• Única que é reversível

Reversibilidade: depende da descontinuação do agente de promoção, podendo


reaparecer com a reinstituição do agente.

Depende: exposição a fatores ambientais, idade e a dieta.

3. PROGRESSÃO:
• Último estágio, fase mais longa.
• Multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas.
• Conclui a fase pré-clínica da evolução do câncer e proporciona a transição
para a fase clínica.
METÁSTASES
É variável e depende principalmente do tipo histológico e da localização do tumor
primário.

Vias de disseminação:

• Continuidade – extensão dentro do próprio órgão.


• Contiguidade – estruturas adjacentes.
• Transcelômica – peritoneal, pleural, pericárdica, subaracnóide e articular.
• Linfática – disseminação inicial das neoplasias epiteliais.
• Hematogênica – disseminação a órgãos a distância pelos vasos sanguíneos.
ESTADIAMENTO
T N M – UICC (Ann Arbor, FIGO, Dukes)
• T: avalia o tumor (T1 – T4)
Estadiamento Geral dos Tumores:
• N: disseminação linfática (N0 – N3) • 0: carcinoma “in situ” (TisN0M0);
• M: metástase a distância (M0 – M1) • I: invasão local inicial;
• II: tumor primário limitado ou invasão linfática regional
mínima;
• III: tumor local extenso ou invasão linfática regional
FIGO – Tumor Ginecológico
extensa;
• IV: tumor localmente avançado ou presença de
metástases.
Estadiamento clínico (c)
Estadiamento patológico (p)
Estadiamento pós-neoadjuvância (y)
Não se pode avaliar (x)
Recidiva (r)
QUAL É O ESTADIAMENTO?
QUAL É O ESTADIAMENTO?
QUAL É O ESTADIAMENTO?
TIPOS DE TRATAMENTO
CIRURGIA
R: A ausência, ou presença, de tumor residual ao término do tratamento:
• Rx: a presença do tumor residual não pode ser avaliada;
• R0: ausência de tumor residual;
• R1: tumor residual microscópico;
• R2: tumor residual macroscópico.

QUIMIOTERAPIA (Cont.)
• Indicações:
• condições clínicas do paciente (ECOG / KPS),
• situação tumoral (ESTADIAMENTO), e
• toxicidade esperada dos quimioterápicos selecionados para o tratamento.
• Os potenciais eventos adversos dos quimioterápicos não podem exceder os
benefícios deles esperados.
TIPOS DE TRATAMENTO (CONT)
QUIMIOTERAPIA (CONT.)
• Forma de tratamento sistêmico do câncer
EM ONCOLOGIA TUDO É
• Quimioterápicos, hormonioterápicos, bioterápicos, imunoterápicos,
alvoterápicos
INTENÇÃO!
• Dose é calculada pela Superfície Corpórea em m2
• Formas de Tratamento:
• ADJUVANTE ou PROFILÁTICA
• NEOADJUVANTE, PRÉVIA ou CITORREDUTORA (Y...)
• CONTROLE TEMPORÁRIO DA DOENÇA
• PERIOPERATÓRIA
• não experimentais,
• PALIATIVA
• de indicações específicas e de resultados
• CURATIVA conhecidos:
• aumento de sobrevida,
• diminuição da mortalidade, ou
• melhora da qualidade de vida do doente.
TIPOS DE TRATAMENTO (CONT)

RADIOTERAPIA
• método de tratamento local ou loco-regional
• Utiliza equipamentos e técnicas variadas para irradiar áreas do organismo humano,
previamente demarcadas.
• Formas:
• radioterapia externa: aplicação diária de uma dose de radiação a partir de uma fonte
de irradiação localizada longe do organismo (teleterapia)
• Braquiterapia: fonte de radiação fica em contato com o corpo
REFERÊNCIAS

• Manual de bases técnicas em oncologia. Brasília – DF, 29ª ed, 2022.


• ROBBINS & COTRAN, Patologia, Bases patológicas das doenças. Capítulo 7, 8ª
edição, 2010.
[email protected]

63 99283 7881

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