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O que precisamos saber sobre o Infarto e o
AVE
Profª Ana Paula Gonçalves
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)
O infarto ocorre quando uma ou mais artérias que
levam oxigênio ao coração (chamadas artérias coronárias) são obstruídas abruptamente por um coágulo de sangue formado em cima de uma placa de gordura (ateroma) existente na parede interna da artéria. Um ataque cardíaco ocorre quando o fluxo de sangue que leva ao miocárdio (músculo cardíaco) é bloqueado por um tempo prolongado, de modo que parte do músculo cardíaco seja danificado ou morra. Os médicos chamam isso de infarto do miocárdio. A presença de placas de gordura no sangue é chamada de aterosclerose (placa de colesterol). O paciente que possui placas de aterosclerose com algum grau de obstrução na luz de uma artéria tem a chamada DAC – doença arterial coronariana. Conforme a placa de gordura (ateroma) cresce, ela leva à obstrução cada vez maior da coronária e pode levar ao sintoma de dor no peito aos esforços (angina). Em geral, uma pessoa tem sintoma de dor no peito aos esforços quando a obstrução é maior que 70%. Antigamente acreditava-se que o infarto agudo do miocárdio ocorria quando estas placas cresciam progressivamente até fechar completamente o vaso. Hoje sabemos que não é isso que ocorre. O fechamento do vaso ocorre devido a uma ruptura na parede da placa de gordura, levando à formação de um coágulo que obstrui abruptamente a artéria e ocasiona o infarto agudo do miocárdio. Outra descoberta importante foi que esta ruptura, formação de coágulo e fechamento do vaso pode ocorrer em placas de aterosclerose pequenas que causavam 20% a 30% de obstrução e, por isso, eram assintomáticas. Então, é possível que alguém que não sinta nada em caminhadas ou até em corridas possa sofrer um infarto agudo do miocárdio?
A resposta é sim! Cerca de 50% a 60% dos
infartos ocorrem em pessoas previamente assintomáticas. Por conta disso, o check-up é tão importante. Fatores de risco de infarto incluem:
•Idade: homens acima dos 45 anos e mulheres com 55 anos ou
mais tem maior propensão ao infarto
•Tabagismo • Obesidde
•Hipertensão • Estresse
•Colesterol elevado • Alcoolismo
•Diabetes
•Histórico familiar de infarto
•Sedentarismo QUADRO CLÍNICO
• Dor pré cordial
• Sudorese fria • Palidez • Dispnéia • Náusea • Vômito • PA normal • Bradicardia Mudanças no estilo de vida Além de medicamentos, as mesmas mudanças de estilo de vida que podem ajudar você a se recuperar de um ataque cardíaco também pode ajudar a prevenir futuros ataques cardíacos. Estes incluem:
•Não fumar
•Controlar a pressão arterial e o colesterol
•Evitar o fumo passivo
•Fazer check-ups médicos regulares
•Fazer exercícios regularmente
•Manter o peso ideal
•Ter uma dieta saudável
AVC (Acidente Vascular Cerebral) AVE ( Acidente Vascular Encefálico) ou Derrame O acidente vascular encefálico (AVE), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois tipos:
a) Acidente Vascular Isquêmico
b) Acidente Vascular Hemorrágico
a) Acidente Vascular Isquêmico – falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes. b) Acidente Vascular Hemorrágico – sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos. Pode ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave. Sintomas do AVE a) Acidente Vascular Isquêmico
* Perda repentina da força muscular e/ou da visão;
* Dificuldade de comunicação oral; * Tonturas; * Formigamento num dos lados do corpo; * Alterações da memória. Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios – ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso deixam de exigir cuidados médicos imediatos. b) Acidente Vascular Hemorrágico
* Dor de cabeça;
* Edema cerebral;
* Aumento da pressão intracraniana;
* Náuseas e vômitos;
* Déficits neurológicos semelhantes aos
provocados pelo acidente vascular isquêmico Recomendações:
Controle a pressão arterial e o nível de açúcar no
sangue. Hipertensos e diabéticos exigem tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com pressão e glicemia normais raramente têm derrames; Recomendações:
Procure manter abaixo de 200 o índice do
colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio com medicamentos. Não os tome nem deixe de tomá-los por conta própria. Ouça sempre a orientação de um médico; •Adote uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas;
•Não fume. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco
para acidentes vasculares;
•Estabeleça um programa regular de exercícios físicos. Faça
caminhadas de 30 minutos diariamente;
•Informe seu médico se em sua família houver casos doenças
cardíacas e neurológicas como o AVE;
• Procure distrair-se para reduzir o nível de estresse. Encontre
os amigos, participe de atividades culturais, comunitárias, etc Fatores de risco
Os fatores de risco para AVE são os
mesmos que provocam ataques cardíacos: * Hipertensão arterial; * Colesterol elevado; * Fumo; * Diabetes; * Histórico familiar; * Ingestão de álcool; * Vida sedentária; * Excesso de peso; * Estresse. PRINCIPAIS CAUSAS E FATORES DE RISCO:
Por que acontecem os acidentes vasculares encefálicos? Qual a
causa da obstrução ou ruptura de um vaso cerebral?
Existem alterações nos vasos sanguíneos que vão se instalando ao
longo dos anos. Muitas vezes, é necessário muito tempo para que elas deixem as artérias enfraquecidas, com risco de ruptura no caso de acidentes hemorrágicos, ou de entupimento nos acidentes isquêmicos. As razões pelas quais essas artérias vão ficando doentes são diversas e variam de pessoa para pessoa. Pessoas com parentes próximos que tiveram acidentes vasculares encefálicos apresentam maior risco de desenvolver a doença?
Isso depende da causa que levou o parente a ter AVE. Se
na família existe predisposição genética para a doença, a probabilidade é maior, o que não acontece se a doença foi causada por fatores de risco que poderiam ter sido modificados e não foram. O acidente vascular encefálico é uma das doenças que podem apresentar os mais variados sintomas porque eles dependem da área do cérebro atingida pela hemorragia ou pela falta de circulação. Quais são os sinais mais frequentes dos assim chamados derrames cerebrais? As pessoas conhecem relativamente bem os sintomas do infarto do miocárdio: dor no peito que se irradia para o braço, pescoço ou maxilas, sudorese, falta de ar, etc. Diante deles ninguém hesita em procurar atendimento médico-hospitalar com urgência. No entanto, em se tratando de AVE, como a apresentação dos sintomas é muito variada, a dificuldade em reconhecê-los é maior e, portanto, maior é a demora para buscar atendimento num hospital, o que agrava o problema. De modo geral, acidentes vasculares encefálicos provocam alterações motoras, assim como dormência e formigamento que, com frequência, acometem apenas um lado do corpo. A pessoa pode sentir ainda súbita fraqueza muscular (total ou parcial) ao segurar um objeto, mexer a mão, a perna ou o rosto. Podem ocorrer também alterações da visão como redução do campo visual, ou enxergar um lado meio nebuloso ou escuro ou a perda total da visão de um dos olhos. Outro sintoma comum são as alterações da fala. Os familiares notam que a fala do paciente se tornou arrastada ou percebem sua dificuldade de articulação ou de expressão. Ele sabe o que quer dizer, está compreendendo, mas na hora de expressar- se, não consegue fazê-lo. Acima de tudo, é de extrema importância destacar que os sintomas dos acidentes vasculares se instalam subitamente. A pessoa foi dormir bem e acordou com um problema motor, por exemplo, ou estava trabalhando e de repente não conseguiu realizar determinada atividade. Dor de cabeça, vômitos ou perda de consciência são sintomas que podem ocorrer ou não, e são mais comuns nos quadros hemorrágicos do que nos isquêmicos. ATÉ A PRÓXIMA !!!