Limoeiro p1

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 25

Limão Tahiti

Citrus aurantifolia var. tahiti


Alunos
Ovidio Augusto dos Santos Dambrós 301.699
Rafaela Cristiana Machado Both 301.768
Eduardo Espindola Barreto 301.772
Diego Poveda 301.757
José Joaquim Junior Dias 301.700
Diego El Kadri 423.084
Origem
A origem do Limão Tahiti no mundo não é claramente conhecida, mas no
Brasil é plausível que tenha sido introduzido diretamente do
Mediterrâneo a partir do século XVII.
Estima-se que tudo tenha começado com o cultivo do limão siciliano
(Citrus Limon), que é uma variedade mais adequada para climas mais
frios e secos, portanto com dificuldades para desenvolver-se em clima
tropical, ou seja, quente e úmido.
Por esse motivo, o Brasil precisou desenvolver variedades mais
adaptadas ao seu clima e solo, para poder tornar-se um grande produtor
desta fruta.
Hoje, o Brasil é um dos mais importantes produtores mundiais,
especialmente do Limão Tahiti, uma variedade híbrida, resultante do
cruzamento do limão Siciliano com a Lima-da-Pérsia, recebendo também
o nome, principalmente na Europa, de Lima Ácida ou Lima Ácida Tahiti.
Características
Com porte médio a grande a planta é expansiva, curvada, vigorosa; as
folhas adultas têm cor verde e são lanceoladas e as folhas novas e
brotos tem cor purpúrea. A floração ocorre ao longo do ano
(principalmente setembro e outubro); os frutos são ovais ou levemente
elípticos, casca fina, superfície lisa e cor amarelo-pálida na maturação.
Estão maduros em torno de 120 dias após a floração.

2011 Mid-Florida Citrus Foundation Field


Características
Os botões florais e as pétalas são brancos e produzidos nas
extremidades dos ramos, em grupos de dois a vinte;
Não possui espinhos;
Os frutos não têm sementes, pois o pólen e as células do óvulo
degeneram durante a multiplicação celular na fecundação. Raramente
são encontrados frutos com semente.

Disponível em http://www.ludlacorte.com.br/nutricao/o-
sonho-da-barriga-de-tanquinho-comeca-pela-boca/
Disponível em http://ahau.org/limao-e-o-seu-poder-de-
cura/
Enxertia
-Ramos da planta a ser multiplicada do clone do limão, são
selecionados e uma gema ou borbulha é retirada com uma
lâmina afiada;
-O porta-enxerto é cortado longitudinalmente a 10 a 15 cm do
solo e depois transversalmente na base do primeiro corte,
formando um "T" invertido, em preparação para receber a
borbulha;
-A gema ou borbulha retirada do ramo do clone que Disponível em
desejamos reproduzir é inserida de baixo para cima na http://www.citrolima.com.br/onlinclon/enxertia.htm

abertura em "T" invertido previamente realizada;


-O enxerto é protegido ou amarrado com uma fita plástica
que o protege contra o ressecamento e permite a proliferação
de células do porta-enxerto e da borbulha, que completarão a
união perfeita entre ambos.(FIQUEREDO etal.,1976)
Cultivo
A cultura do limão Tahiti exige atenção e planejamento
pelo produtor, principalmente devido à forte
concentração da oferta e aos diversos problemas de
doenças e pragas enfrentados pela cultura no país.
Três pontos importantes devem ser observados:
 Adquirir as mudas de viveirista fiscalizado e, de
preferência, produzidas em viveiro telado;
 Evitar que as mudas tenham sempre o mesmo porta-
enxerto, utilizando, no mínimo, dois porta-enxertos
diferentes no pomar; Disponível em
http://www.frutas.radar-rs.com.br/frutas/limao/limao.htm
 Procurar desviar, por meio do manejo, parte da
produção para fora do período de safra concentrada
(FIQUEREDO 1991).
Necessidades da Planta
Clima:
- Temperatura:
- Entre 26 e 28ºC (25 a 31ºC)
- Chuvas:
- Em torno de 1.200 mm anuais.
- 1.000mm - 2.000mm bem distribuídos (120 mm mensais)
- Umidade relativa do ar:
- Entre 70% e 80%.
Necessidades da Planta
Solos:
-Solos leves, bem drenados, arejados, profundos, sem impedimento
para penetração da raízes.
- Solos areno-argilosos (de arenoso a levemente argiloso) são
preferidos;
- pH entre 5,5 e 6,5;

- Topografia plana a levemente ondulada.


Necessidades da Planta
Adubação:
-60 dias após plantio recomenda-se aplicar 50 g de uréia/planta repetindo-se 30-40 dias
após.

A partir do 2º ano recomenda-se as seguintes doses, em gramas/planta:


março julho
2 ano-Uréia= 100g 100g março- super Simples=200g
3 ano Uréia= 150g 150g março- super simples=300g
4 ano Uréia= 200g 200g março- super simples=400g
5 ano Uréia= 250g 250g março- super simples=500g
6 ano Uréia= 250g 250g março- super simples=500g
7 ano Uréia= 350g 300g março- super simples=650g
8 ano Uréia= 350g 300g março- super simples=650g
9 ano Uréia= 500g 500g março- super simples=1kg
março julho Para deficiências de zinco e
cloreto de potássio 4 ano - 40g 40g manganês recomenda-se
cloreto de potássio 5 ano - 200g 200g pulverizações foliares com
cloreto de potássio 6 ano - 200g 200g solução composta de 300 g. de
cloreto de potássio 7 ano - 250g 200g
cloreto de potássio 8 ano - 250g 200g sulfato de zinco, 300 g. de
cloreto de potássio 9 ano - 300g 250g sulfato de manganês, 300 g. de
cal em 100 litros de água.
(YGOR 1998)
Pragas
Cochonilha de placas: Orthezia praelonga
Morfologia:
-tem corpo provido de placas ou lâminas cereas com cauda alongada que
acumula ovos;
Sintoma:
-eficiente sugador, o inseto injeta toxina na planta ao sugar a seiva e sua
excreção estimula aparecimento da "fumagina" (cobertura escura) nas folhas.
Disseminação:
-mudas, vento, vestimentas disseminam o inseto. Disponível em
http://www.carnivoras.com.br/cochonilhas-t783.html
A praga é mais prejudicial no período seco e expolia a planta, atacando folhas e
frutos.
Controle:
aplicação de inseticidas sistêmicos granulados aplicados ao solo em torno da
planta a 10 - 15 cm de profundidade. Observar o período de carência do
produto químico. Entre os indicados cita-se: aldicarb, dissulfoton, carbofuran.
Pragas
Escama-Farinha: Pinnaspis aspidistrae
Morfologia:
-Cochonilha com carapaça, ataca tronco e ramos que apresentam coloração
esbranquiçada.
Sintomas:
-A sucção da seiva da planta pelo inseto causa rachadura na casca e facilita a
penetração de agentes de doenças (gomose).
Disseminação:
-mudas, vento, vestimentas disseminam o inseto.
Controle:
Disponível em http://www.carnivoras.com.br/cochonilhas-
t783.html
-via pincelamento de tronco e ramos com o seguinte preparo: 1Kg
enxofre molhável, 2Kg de cal, 0,5Kg de sal de cozinha, 15g de diazinom
ou 35 g de malatiom e 15 litros de água.
Disponível em http://www.fundecitrus.com.br/doencas/acaros/26
Pragas

Ácaro-da-Ferrugem: Phyllocoptruta oleivora


Morfologia:
-mede aproximadamente 0,3 mm de comprimento por 0,07 mm de
largura. É achatado, apresenta quatro pares de pernas e coloração
avermelhada com manchas escuras no dorso.
Sintomas:
-Os sintomas decorrentes da alimentação do ácaro não são facilmente
reconhecidos porque seu nível populacional é baixo na cultura. Já a
leprose é reconhecida pelas manchas amarelas nas folhas, lesões
corticosas nos ramos e manchas necróticas nos frutos.
Disseminação:
-mudas, vento, vestimentas disseminam o inseto.
Controle:
-efetuar controle quando 10% de frutos apresentarem 30 ou mais ácaros.
Acariciadas à base de dicofol, quinometionato ou enxofre molhável são
indicados para o controle.
Pragas
Coleobroca: Cratosomus flavofasciatus
Morfologia:
-Inseto adulto- besouro preto com faixas amarelas no tórax e
asas.
Sintomas:
-Ovos são depositados no tronco e ramos; a lagarta
esbranquiçada penetra, cava galerias no sentido longitudinal e
expele serragem, em forma de petalas, pelo orifício de entrada.
Controle:
-injeção de calda inseticida via orifício utilizando-se formicida
liquido, gasolina, querosene, ou pasta de fosfeto de alumínio
(que libera gás). Após aplicação fechar orifício com cera de Disponível em
abelha, argila ou sabão. http://entomolog-reuni.blogspot.com.br/2011/09/coleobroca.html
Pragas
Cochonilha Cabeça de Prego: Crysomphalus fícus
Morfologia:
-tem forma circular, convexa, cor violácea.
Sintomas:
-localiza-se na face inferior das folhas e nos frutos, suga seiva e
liquídos e deprecia os frutos comercialmente
Controle:
-pulverizações com produtos químicos à base de óleo mineral a 1% ou
óleo mineral + insetic
Disponível em
http://www.carnivoras.com.br/cochonilhas-t783.html
Doenças
Causadas por: vírus, fungos, bactérias e distúrbios fisiológicos.

Tristeza: Causada por Vírus


Sintomas:
-Planta apresenta redução no crescimento já nos viveiros. Em galhos ou
ramos, retirando-se sua casca, observa-se caneluras (riscos). Folhas
novas com nervuras polidas e frutos com diâmetro reduzido (coquinhos).
Controle:
-uso de borbulhas vindas de plantas imunizadas.

Disponível em http://pt.slideshare.net/fitolima/aula-0-
conceitos-import

Disponível em http://pt.slideshare.net/fitolima/aula-0-conceitos-
Doenças
Exocorte: Causada por Vírus

Sintomas:
-Crescimento limitado, vegetação esparsa e folhas com coloração de pouco brilho.
-Doença transmitida por enxertia ou ferramentas contaminadas (canivete, tesoura de
poda).

Controle:
-uso de borbulhas comprovadamente sadias.

Disponível em http://www.scielo.br/pdf/tpp/v34n5/v34n5a01.pdf
Doenças
Gomose: Causada por Fungo
- Doenças das mais prejudiciais em regiões tropicais úmidas;
Sintomas:
- lesões pardas aparecem na base ou colo da planta, nas raízes e
galhos baixos, com exsudação de goma pelo fendilhamento. Mais
adiante ocorre apodrecimento dos tecidos.

Controle:
- usar variedades resistentes, enxertia alta, facilitar aeração da
base da planta e drenagem do terreno, usar de fungicidas
sistémicos (fosetyl-Al) em pulverizações ou pincelamento do Disponível em
http://pt.slideshare.net/danielmotaba/citros-pragas-e-
tronco. doenas
Doenças
Declínio: Causado por distúrbio fisiológico

Sintoma:
- Murchamento irreversível da folhagem, demonstração de deficiência de
manganês e zinco em níveis elevados, sem brotações; depois há queda
de folhas, morte de ponteiros.

Controle:
- uso de porta-enxertos diversificados.

Disponível em http://pt.slideshare.net/danielmotaba/citros-pragas-e-doenas
Poda
 Poda de formação: A poda de formação deve acontecer a partir do
primeiro ano. São eliminados os ramos que crescem perto do solo, no
porta-enxerto, ou com crescimento lateral fora do comum. Essa medida
evita maiores problemas com entrelaçamento de galhos.
 Poda de limpeza: O objetivo desse tipo de poda é a eliminação dos
ramos secos, doentes ou com pragas da planta. Sempre após efetuar a
poda de limpeza, é indicado que se pincele o local do corte com calda
bordalesa(fungicida). Esse procedimento evita o aparecimento de doenças
que possam prejudicar o crescimento e o desenvolvimento da planta. É
importante que essa poda seja feita no período do inverno.
 Poda de manutenção: A poda de manutenção tem como objetivo
preservar a copa com maior número de galhos produtivos possíveis e,
também, criar condições favoráveis para a colheita. Nesse caso, devem ser
sempre eliminados os ramos ladrões e os que crescem em sentido do chão,
ou seja, para baixo, além dos ramos que impedem o formato natural que a
limeira ácida precisa ter
Colheita
Material:
- sacola de colheita (20 kg);
- cestos e caixas plásticas para 27 kg.

Evitar:
- retirar frutos com varas ou ganchos,
- frutos molhados ou orvalhados,
- derrubar frutos ao solo,
- frutos excessivamente maduros ou verdes.

Cuidados:
- Usar tesoura cortando o pedúnculo, rente ao cálice,
- Não machucar os frutos na colheita e transporte.
Produção
- Apresenta produção significativa a partir do 3º ano de vida;
- No Recôncavo Baiano um pomar aos 4 anos produz 107.000 frutos/ha
(300 frutos por planta).
- Aos 11 anos de vida a produção alcança 1.128 frutos/planta (113 kg)
ou 403.000 frutos/ha.
- Pomares paulistas produzem 8-15 kg/planta (3º ano),
- 64 a 86 kg/planta (5º ano),
- 98-117 kg/planta (7º ano).

Fonte:

EMBRAPA - CNPMF
Limão Tahiti - Aspectos
Econômicos e Técnicas de
Cultura
Circular Técnica nº 13,
jan/1991 Disponível em
Produção de mudas para comercialização
 O viveirista deve possuir um comprovante de origem das
borbulhas, que pode ser uma nota fiscal ou fatura que
especifique a origem, a espécie, a cultivar e a quantidade
de material adquirido. As borbulhas são fornecidas em
ramos chamados de porta borbulhas
 A muda utilizada deve sempre ser de indiscutível
qualidade e obedecer às seguintes exigências:
 ter procedência e sanidade garantidas;
 possuir 3 a 4 galhos a cerca de 60cm do solo;
 o sistema radicular deve ser bem desenvolvido, sem
raízes enoveladas;
 copa e porta-enxerto não deverão apresentar uma
diferença de diâmetro maior do que 0,5cm;
 o corte do porta-enxerto deve estar cicatrizado e a planta
não deve apresentar ramos quebrados, ou lascados.
 As mudas podem ser de torrão, ou raiz
Bibliografia
 https://www.embrapa.br/busca-de-produtos-processos-e-servicos/-/pro
duto-servico/425/limao-tahiti---brs-passos
 http://www.cpt.com.br/cursos-fruticultura-agricultura/artigos/limao-tai
ti-adubacao-calagem-aplicacao-de-micronutrientes-irrigacao-e-analise
-foliar
 COELHO, Y. da S. e MASCARENHAS, J.M. Limão Tahitit: aspectos
economicos e técnicas de cultivo. Cruz das Almas, BA,
EMBRAPA/CNPMF. 1990, 44p. (=RAPA-CNPMF. Circular técnica. 13)
 FIGUEIREDO, J.O.; RODRIGUEZ, O.; POMPEU JUNIOR, J.; TEÓFILO
SOBRINHO, J.; ABRAMIDES, E. Melhoramento do limoeiro-Taiti por
seleção de clones. Bragantia, v.35, p.115-122, 1976
 FIGUEIREDO, J. O. Variedades copa de valor comercial. In:
RODRIGUEZ, O.; VIÉGAS, F.; POMPEU JUNIOR, J.; AMARO, A.A. (Eds.)
Citricultura brasileira. Campinas: Fundação Cargill, 1991. p.228-264
 CLAUDIO, A. L. L. Produção de citros integrado. Crus das Almas, BA,
EMBRAPA Mandioca e Fruticultura. (Circular técnica.15) 2ºedição,
2007.
Obrigado

Você também pode gostar