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Espaço e Lugar
Prof. Me. Maicol de Oliveira Brognoli
Curso de Psicologia - UNESC Disciplina de Psicologia Ambiental – Espaço e Território Espaço e Lugar
1- Uma extensão entre dois
pontos, duas linhas ou dois objetos; uma área que pode ser pensada geometricamente.
Espaço 2- O englobante dentro do qual se situam todos os espaços particulares. É matéria caracterizada por sua exterioridade em relação ao indivíduo. Logo, é neutro, já que não se atribui a ele significado. É um espaço que nos identificamos: é onde moramos, trabalhamos, nos divertimos, vivemos... É um espaço no qual estabelecemos parada. Seus limites são definidos. Ele pode ser Lugar reconhecido: é referência! É um espaço ao qual se atribui significado ganhando valor pela vivência e sentimentos. Lugar é o espaço com o qual se estabelece relação! • Espaço e lugar muitas vezes são empregados como sinônimos = errado!!!!!
• Espaço coloca em destaque o aspecto físico do ambiente; é um todo que
comporta qualquer coisa e qualquer ser; o termo espaço é empregado de múltiplas formas: espaço geográfico, ecológico, comercial, político etc.
• O ser humano enquanto extensão – corpo físico – também ocupa o espaço: a
existência humana se dá no espaço e precisa dele para seu desenvolvimento. É pré-requisito para o movimento, é superfície e extensão para deslocamentos.
• Do ponto de vista psicológico e social: um espaço amplo pode significar liberdade,
ausência de restrições; também pode ter o sentido de solidão (algo temido), pois somos seres sociais e a convivência é uma condição característica da vida!
• Entretanto, a presença do outro pode diminuir o espaço e ameaçar a liberdade,
levando a sensação de aglomeração.
• A psicologia ambiental quer entender como o sujeito pensa, categoriza e
compreende seu espaço e seu conteúdo.
• Filosofia cartesiana (extensão separada) x inserção no próprio espaço
(significados). • Relação da pessoa com o espaço = transformação em lugar!
• O lugar vai além dos limites físicos; possui valor atribuído a vivência e sentimentos.
• O espaço habitado transcende o espaço geométrico!
• Tuan (1983) define lugar como pausa, contrapondo-se ao espaço, o qual
pode ser abordado como movimento.
• Um lugar pode existir somente no plano simbólico (ex. a cada ideal, sonhada, que poderá ou não ser construída).
• A formação de um lugar pode levar dias ou anos; é necessário sentir o lugar;
sentimento que pode associar-se a um vínculo positivo (apego ao lugar), ou negativo (repulsa).
• A conversão de um espaço em lugar depende mais da impressão (marca)
causada pela relação pessoa x ambiente e do tipo de vínculo gerado. • Criação do lugar = percepção, vivência, significado, apego, envolvimento emocional e físico, uma afecção do corpo pelo lugar, “registrado pelos nossos músculos e ossos” (TUAN, 1983, p. 203).
• Este processo é estudado pela PA por meio dos conceitos de apropriação do
espaço e identidade de lugar.
• Os sujeitos definem quem e o que são nos termos de quão fortes são seus vínculos com seu lar, vizinhança e/ou comunidade. (este processo pode ser inconsciente).
• O lugar pode deixar de existir fisicamente (demolição), entretanto poderá existir
sempre na mente e nas lembranças daqueles que o habitaram.
• Os lugares oferecem visões sobre o caráter histórico da sociedade; a noção de
lugar e de tempo são importantes para a noção do eu. Nosso eu vai para além de nossos corpos e se relaciona com os lugares que ocupamos.
• O lugar sintetiza nosso passado, presente e futuro; ao mesmo tempo que é
memória e aglutina vivencias, apresenta possibilidades. Os lugares são criados no espaço e como nos diria Milton Santos (1997, p. 252) “cada lugar é, à sua maneira, o mundo”. Espaço Pessoal
•Conceito criado por Robert Sommer, é a
zona emocionalmente carregada em volta do corpo humano que é sentida (e defendida) pelas pessoas como sendo o “seu espaço” – e à qual, em muitas situações, elas se referem como “bolha”. Privacidade •Necessidade humana de proteção de si ou de um grupo.
•Trata-se de um fenômeno complexo, que se caracteriza por uma relação
dinâmica e dialética entre a pessoa e o ambiente. Exige mecanismos aprendidos socialmente: aspectos objetivos (uso de barreiras físicas, ex. portas) e subjetivos (culturais, econômicos, políticos etc.).
•Sua expressão varia: solidão, intimidade, anonimato ou reserva.
•Conforme a situação pode ser atribuída de forma individual, grupal ou em
organizações.
•Possui funções na constituição subjetiva humana: manutenção do bem-estar, da
saúde física, psicológica, importante para a autonomia pessoal, o reestabelecimento emocional, a auto avaliação, o desenvolvimento e a manutenção da identidade pessoal. REFERÊNCIAS
CAVALCANTE, S.; ELALI, G. A. (Org.). Temas básicos em
