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Fenomenologia Husserl e Merleau-ponty

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Fenomenologia

em Husserl e
Merleau-Ponty

Anna Karynne Melo


BREVE HISTÓRIA

Edmund Husserl, filósofo alemão fundador da


fenomenologia;
Estudou física, matemática, astronomia e filosofia
Em 1883, Husserl estudou com o filósofo e
psicólogo Franz Brentano -noção de
intencionalidade;
Obras: Investigações lógicas (1901); Filosofia
como ciência do rigor (1911); Ideias (1913);
Meditações Cartesianas (1931); A crise das
ciências européias e a fenomenologia
transcendental (1936)
FASES DO PENSAMENTO

Primeiro Husserl : crítica ao psicologismo;


conceito de intencionalidade;
Segundo Husserl: filosofia transcendental,
noção de epoché, redução e idealismo
transcendental;
Último Husserl: noção de
intersubjetividade; tempo; corpo e mundo
da vida (Lebenswelt)
(Zahavi, 2003)
OUTRAS CRÍTICAS

Crítica ao naturalismo:
Toda ciência natural, observa Husserl, é ingênua em
seu ponto de partida. Tal ingenuidade consiste,em
reduzir à experiência ao método da ciência
experimental
Crítica ao historicismo:
Nessa perspectiva, as ideias de verdade, teoria e
ciência perdem sua validade absoluta, pois tudo se
resolve em relativismo e ceticismo
Crítica ao positivismo: as ciências positivistas
excluem aspectos como o sentido ou ausência de
sentido na existência humana, assim retira-se tudo o
que é subjetivo, tornando-se uma ciência dos corpos
A fenomenologia fazia críticas às
filosofias da subjetividade que eram
insuficientes para responder às
questões mais complexas da existência
humana.

Com o pensamento cartesiano, o


mundo se dividiu em mundo da
natureza e mundo mental, tendo aí o
início do dualismo
Neocartesianismo: novo tipo de filosofia
transcendental. Husserl volta ao "cogito" de
Descartes, mas, com a ideia de
intencionalidade da consciência. A fórmula
correta não será "cogito ergo sum" ("penso,
logo existo"), mas "ego cogito cogitatum" ("eu
penso o pensado");

A fenomenologia apresenta, a partir da noção


de intencionalidade e consciência, a
descontrução da subjetividade moderna;
A crise das filosofias da subjetividade, o
esvaziamento do lugar do sujeito moderno,
trouxe consequências para as ciências;

A fenomenologia investiga a consciência


empiricamente reduzida, a consciência
fenomenológica, a consciência como
intencionalidade.
FENOMENOLOGIA

A reflexão fenomenológica vai em direção


ao mundo da vida, ao mundo da vivência
cotidiana imediata, no qual todos nós
vivemos. Os pensamentos, as
representações têm origem na vivência pré-
reflexiva ou antepredicativa, que é anterior
a toda a elaboração de conceitos e de juízos;
A fenomenologia pode ser tomada ,
também, como conceito metodológico, o que
visa o modo do seu proceder ;
FENOMENOLOGIA

Objeto da fenomenologia: Husserl


reconheceu a vida egóica da consciência com
suas vivências constituídas intencionalmente;
Da fenomenologia das vivências puras da
consciência à fenomenologia da vida
transcendental da consciência ou da
subjetividade transcendental;
1° princípio metódico: princípio da evidência
– ter à vista a coisa ela mesma ou ainda,
retornar as coisas mesmas. Possibilita o
acesso ao pré reflexivo .
FENOMENOLOGIA

O tema da fenomenologia de Husserl é a vida


da consciência, suas vivências e atos;
2° princípio: aqui já no âmbito da
fenomenologia transcendental. Método da
époché e redução fenomenológica ou
transcendental.
“A prática da époché dá-se quando me
abstenho reflexivamente do instituir um estar
perante, que a minha vida de consciência
natural desde sempre sustentou, de forma
inexplícita.” (Von Herrmann,2003,p.28)
FENOMENOLOGIA

Através da époché “abandono” o


reflexivamente a postura do natural de ver e
conhecer o mundo para reflexivamente tomar
posição em mim mesma, enquanto vida da
consciência transcendental limpo do natural
fundar diante das coisas.

“O método de acesso da époché e redução


transcendentais realiza o pôr a descoberto
desvelador do ser absoluto da consciência
pura.”p.29
“A fenomenologia tem o objetivo de tornar claro o
sentido do fenômeno, interrogando-se sobre o próprio
sentido, sobre como é constituído. E isso ocorre
interrogando-se a própria experiência, sobre o que ela
é, o que se passa quando ela ocorre e o que quer dizer.
Trata-se da explicitação dos horizontes do ser do
mundo, tarefa do eu que medita, que, à medida em que
a executa, pondo entre parênteses o mundo objetivo em
seu todo e as suas objetividades, permite que eu
conheça o mundo que é para mim, consequentemente,
que é para todos, na condição de fenômeno. É uma
transformação do eu em ser do mundo.
(Melo, 2014, p.58)
Conceitos
1. Noção de eu:síntese das vivências e que
acompanha a dinâmica do fluxo vivencial no tempo,
não sendo, portanto, estático. É um fluxo constante
e que acontece no espaço da imanência
(intrínseco);
2. Noção de psiquismo: não tem determinação
prévia e a consciência é transcendente, ou seja,
nunca se retém em si mesma, mas sim projetada
pelos seus próprios atos em relação aos objetos. A
consciência se realiza por meio de seus atos e
sempre transcende a realização desses atos.
3. Sujeito: síntese em fluxo de vivências. Sujeito ou
Eu transcendental: aquele que se constitui
continuamente a si próprio sendo.
CONCEITOS

4. Redução fenomenológica: é necessário uma


redução para apreender o que não se mostra no
sentido vulgar,;
5. Intencionalidade: constitui as vivências da
consciência, assim os objetos não existem em si
como entendidos no modelo ingênua de
conhecimento, mas existem na imanência intencional
da consciência, enquanto visados nos atos;
6. Fenômeno: o todo da vida da consciência subjetiva,
descoberta na atitude de pensamento e tematizada
na vivência constituída intencionalmente e nos
objetos que se tem consciência intencional
CONCEITOS

Intersubjetividade
 O mundo e a constituição de si tem um lugar, a
intersubjetividade. Eu, nós e mundo se pertencem
conjuntamente
 A subjetividade, o mundo e o outro estão
incrivelmente entrelaçados
“Eu me encontro no campo perceptual dele e ele no
meu, o que faz com que ele me apreenda como
outro e eu o apreenda como outro. É a
multiplicidade de outros que se apreendem,
mutuamente “(Melo, 2014,p.59)
Em seu último livro, Krisis, apresenta o
conceito de mundo da vida (Lebenswelt),
sendo posto como o lugar de fonte originária
de sentido. “o mundo da vida é entendido
como o horizonte pré científico de sentido
prévio a toda e qualquer idealização
científica.”(HUSSERL, 1936/2012,p.XV)
Cabe à fenomenologia a tarefa de
restabelecer a significação para a vida, o que
significa ligar a ciência à filosofia, estando
esta ligação localizada no mundo da vida, da
intersubjetividade
MERLEAU-PONTY

Da fenomenologia da percepção a uma


fenomenologia da ambiguidade;
Retomada da filosofia de Husserl – Lebenswelt;
Reposicionamento da fenomenologia como
existencial;
Ênfase na experiência que se realiza na
existência;
Compreensão do sujeito da história;
Radicalização do pensamento não dicotômico:
não há a minha visão, nem a visão do mundo,
mas uma visão que inclui a minha e a do mundo.
Redução Fenomenológica: atitude de
indagação diante do mundo. É o que nos
possibilita o estranhamento do mundo.
Impossibilidade de sua completude;
Percepção: compreendida como um modo de
ver o mundo em perspectiva. O que situa o
sujeito no mundo;
Experiência: origem de todo ser. Abertura do
mundo. Fenômeno originário.
Corpo vivido: corpo dotado de sentido.
Fundação da subjetividade.
“Quando pressiono minhas mãos uma contra
a outra, não se trata então de duas sensações
que eu sentiria em conjunto, como se
percebem dois objetos justapostos, mas de
uma organização ambígua em que duas mãos
podem alternar-se na função de ‘tocante’ e de
‘tocada’” (Merleau-Ponty, 2006, p. 137).
CONTRIBUIÇÕES DA
FENOMENOLOGIA

Noção de intencionalidade;
Método fenomenológico;
Ênfase no presente;
Valorização do COMO (processo);
Corporeidade;
Cisão da dualidade;
Intersubjetividade.

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