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Capítulo 07 Psicologia do

Desenvolvimento 1
desenvolvimento Professora Sarah Barros
psicossocial de 0 a 3 @sarah.barros.psi
anos
O que vamos estudar neste
capítulo?

• Emoções e temperamento
• Apego
• O self em desenvolvimento
• Relacionamento com outras
criança
EMOÇÕES E TEMPERAMENTO

Emoções - Emoções são reações subjetivas à experiência que


estão associadas a mudanças fisiológicas e comportamentais.
O medo, por exemplo, é acompanhado por aceleração dos
batimentos cardíacos. As pessoas diferem quanto à frequência
e à força com que sentem determinada emoção, aos eventos
que podem produzi-la, às manifestações físicas que mostram e
a seu modo de reagirem em consequência.
EMOÇÕES E TEMPERAMENTO

O recém-nascido Zev foi um bebê feliz. Ele chorava pouco, dormia em


horários relativamente regulares e passava grande parte do tempo
tranquilo, observando o mundo com seus grandes olhos castanhos.
Amigos e família comentavam sobre sua tranquilidade, perguntando aos
pais como eles conseguiram moldar o comportamento dele dessa forma.
“Não moldamos”, os pais respondiam, “ ele parece ter nascido assim”.
Cada bebê tem seus próprio temperamento único. Um bebê pode em
geral ser alegre; outro, facilmente irritado. Uma criança pode brincar
alegremente com outras; outra prefere brincar sozinha.
A partir do primeiro ano de vida, o temperamento se entrelaça com as
relações sociais (Tab. 7.1), combinação chamada de desenvolvimento
psicossocial.
O desenvolvimento emocional segue um cronograma de
desenvolvimento relativamente padronizado, que inicia nos primeiros
meses de vida.
PRIMEIRAS RESPOSTAS EMOCIONAIS

As primeiras respostas emocionais incluem chorar, sorrir e rir, emoções


de autoconsciência, ajuda altruísta e empatia, e intencionalidade
compartilhada e atividade cooperativa.
Chorar - Os neonatos mostram claramente quando estão infelizes. Eles
emitem choros cortantes, batem seus braços e pernas e enrijecem seus
corpos. Chorar é o modo primordial com o qual os bebês comunicam
suas necessidades e é considerado um sinal honesto de necessidade.
Vídeo linguagem dos bebês
https://www.facebook.com/watch/?v=330014948805922
Os bebês podem ser mimados, pegando-os quando choram?
Resposta: Deixar de acalmar os bebês repetidas vezes quando eles estão
perturbados pode interferir no desenvolvimento de sua capacidade de
regular seu estado emocional.
Por exemplo, se os pais, no entanto, deixarem o choro de aflição
transformar-se em gritos estridentes de fúria, talvez fique mais difícil
acalmar o bebê; e esse padrão, se repetidamente vivenciado, poderá
interferir na capacidade da criança de regular ou administrar seus próprios
estados emocionais (R. A. Thompson, 1991). De fato, a resposta rápida e sensível
das mães ao choro infantil está associada a uma futura competência social e
adaptação positiva, independentemente de os bebês chorarem com
frequência ou raramente (Leerkes, Blankson e O’Brien, 2009).
SORRIR E RIR
SORRIR E RIR
• Os primeiros pequenos sorrisos ocorrem de forma espontânea logo
depois do nascimento, aparentemente como resultado de atividade
do sistema nervoso subcortical.
• À medida que se tornam mais velhos, os bebês ficam mais ativamente
envolvidos em trocas atentas. Um bebê de 6 meses pode dar
risadinhas em resposta à mãe aparecer com uma toalha sobre seu
rosto;
EMOÇÕES AUTOCONSCIENTES

Você sabia que emoções autoconscientes, tais como constrangimento,


inveja e vergonha, só́ aparecem depois que as crianças desenvolveram
a autoconsciência em torno dos 3 anos.

A autoconsciência envolve a compreensão cognitiva de que elas tem


uma identidade reconhecível, separada e diferente do resto do mundo.
AJUDA ALTRUÍSTA E EMPATIA

As raízes do altruísmo podem ser vistas nas primeiras


reações empáticas no primeiro ano de vida. Por
exemplo, bebês de 2 a 3 meses reagem às expressões
emocionais dos outros.
A empatia parece igualmente desempenhar um papel:
em situações em que percebem que uma pessoa
precisa de ajuda, crianças de 18 meses tendem a
oferecê-la de modo espontânea. Esse tipo de
comportamento aparece durante o segundo ano e
aumenta com a idade.
INTENCIONALIDADE COMPARTILHADA E ATIVIDADE
COOPERATIVA

A motivação para ajudar e compartilhar, e a capacidade de compreender


as intenções dos outros contribuem em conjunto para um
desenvolvimento importante entre 9 e 12 meses.
Por exemplo: A criança passar um par de meias para a mãe para ajudá-la
enquanto está se vestindo pela manhã.
TEMPERAMENTO

Temperamento é um modo característico e biologicamente


determinado de um indivíduo encarar e reagir às pessoas e às
situações.
O temperamento afeta não apenas o modo como as crianças encaram
e reagem ao mundo externo, mas também o modo como elas regulam
seu funcionamento mental, emocional e comportamental.
PADRÕES DE TEMPERAMENTO
Vamos considerar três crianças
Sarita Caroline Ariana

Crianças fáceis Crianças difíceis Crianças de aquecimento lento


Sarita era um bebê alegre e calmo que comia, dormia e eliminava em
intervalos regulares. Ela saudava a maioria das pessoas com um sorriso; o
único sinal de que ela estava acordada durante a noite era o tilintar de um
brinquedo musical em seu berço.
Caroline, a segunda criança quando acordava, abria a boca para chorar até
mesmo antes de abrir os olhos. Dormia pouco, ria e chorava efusivamente, e
tinha que ser convencida de que novas pessoas e novas experiências não eram
ameaçadoras antes de se relacionar com elas de alguma forma.
Ariana, era suave em suas respostas. Não gostava da maioria das novas
situações, mas quando tinha liberdade para prosseguir em seu próprio ritmo
lento, ela, com o tempo, interessava-se e se envolvia.

Ver Tabela (Tab. 7.2) página 149.


ESTABILIDADE DO
TEMPERAMENTO
Os neonatos demonstram diferentes padrões de sono, alvoroço e
atividade, e essas diferenças tendem, em certa medida, a persistir (Korner,
1996).

O temperamento se desenvolve medida que várias emoções e


capacidades de autorregulação aparecem (Rothbart et al., 2000) e podem
mudar em resposta ao tratamento dos pais e de outras experiências de
vida.
O temperamento tem uma base biológica?
APEGO

Grande parte desse desenvolvimento orbita em questões atinentes aos


relacionamentos com cuidadores, sobretudo no desenvolvimento de
confiança, apego e regulação mútua.
DESENVOLVENDO A CONFIANÇA

O primeiro dos oito estágios do desenvolvimento psicossocial de


Erikson (consultar a Tab. 1.3) é confiança básica versus desconfiança
básica. Esse estágio inicia na infância e continua até em torno dos 18
meses.
Caso a confiança predomine, como deve acontecer, as crianças
desenvolvem a esperança: a crença de que elas podem preencher suas
necessidades e obter o que desejam (Erikson, 1982). Caso a
desconfiança predomine, as crianças verão o mundo como hostil e
imprevisível e terão dificuldade para formar relacionamentos de
qualidade.
DESENVOLVENDO
APEGOS

Um gatinho ronrona de prazer, massageando a barriga da mãe enquanto ela


amamenta. Um macaco filhote agarra-se aos pelos macios da mãe com suas
pequeninas mãos. Em um quarto escuro tarde da noite, um recém-nascido se
aninha em sua mãe e é acalmado pela voz tranquila dela e seu corpo quente.
Todos esses processos ilustram uma das características mamíferas mais antigas: o
laco de apego.
Apego é um vínculo emocional recíproco e duradouro entre um bebê e um
cuidador, cada um dos quais contribuindo para a qualidade do relacionamento.
Perguntas
1. Quais são os tipos de apegos? Página 151
2. Como o apego se estabelece? Página 152
3. Que grau de influência o temperamento exerce no apego e de que forma? Página 152
4. Defina ansiedade ante estranhos e ansiedade de separação. Página
5. Porque quanto mais seguro o apego de uma criança a um adulto provedor, mais fácil
parece para a criança desenvolver bons relacionamentos com outras pessoas? Página 153
6. Porque crianças com apego inseguro, às vezes têm inibições e emoções negativas na
primeira infância? Página 153
7. Explique o paradigma do rosto imóvel.
8. Explique o que é o referencial social.
O SELF EM DESENVOLVIMENTO
Mais ou menos no ponto intermediário entre o 1 e 2 anos os bebês
tornam-se crianças. Essa transformação pode ser vista em habilidades
físicas e cognitivas, como caminhar e falar, e também no modo como as
crianças expressam suas personalidades e interagem com os outros.
As três áreas fundamentais do desenvolvimento psicossocial para
crianças pequenas são:
• 1. senso de identidade emergente;
• 2. o crescimento da autonomia, ou a autodeterminação;
• 3. a socialização, ou a internalização de padrões de comportamento.
1. O SENSO EMERGENTE DO SELF

O autoconceito é nossa imagem de nós mesmos – nosso quadro total


de capacidades e traços. Ele descreve o que sabemos e sentimos sobre
nós mesmos e orienta nossas ações.
Quando se desenvolve o
autoconceito?
Em uma linha de pesquisa clássica,
pesquisadores puseram uma
marca vermelha nos narizes de
bebês e crianças de 6 a 24 meses
de idade e os colocaram diante de
um espelho. Três quartos das
crianças de 18 meses e todas as
crianças de 24 meses tocaram seus
narizes com mais frequência do
que antes, ao passo que bebês
com menos de 15 meses nunca o
fizeram.
Esse comportamento sugere que
crianças de 18 e 24 meses têm
autoconsciência. Elas sabiam que
normalmente não tinham narizes
vermelhos e reconheceram a imagem
no espelho como de si mesmas (Lewis e
Brooks, 1974).
O brincar de faz de conta, que geralmente inicia durante a segunda
metade do segundo ano de vida, é uma indicação precoce da capacidade
de compreender os estados mentais dos outros, bem como da própria
criança (Lewis e Carmody, 2008).
Outro sinal de autorreconhecimento é o uso de pronomes da primeira
pessoa, tais como me e meu, em geral aos 20 a 24 meses (Lewis e
Carmody, 2008).
Entre 19 e 30 meses, o rápido desenvolvimento linguístico das crianças
permite que elas pensem e falem sobre si mesmas e incorporem as
descrições verbais dos pais (“Você̂ é tão inteligente!”, “Que mocinho!”) a
sua autoimagem emergente (Stipek, Gralinski e Kopp, 1990).
DESENVOLVENDO A AUTONOMIA
À medida que amadurecem, as crianças são levadas a buscar
independência dos próprios adultos aos quais estão apegadas. “Eu
faço!” é a frase comum enquanto as crianças usam seus músculos e
mentes em desenvolvimento para tentar fazer tudo sozinhas.
Erikson (1950) identificou o período em torno de 18 meses a 3 anos
como o segundo estágio do desenvolvimento psicossocial, autonomia
versus vergonha e dúvida.
Uma vez que a liberdade ilimitada não é segura e tampouco saudável,
afirmou Erikson, vergonha e dúvida ocupam um lugar necessário.
Socialização - O desenvolvimento moral – o processo pelo qual as
crianças passam a compreender o que é certo ou errado – é um processo
constante que abrange influências cognitivas, emocionais e ambientais.
Esse desenvolvimento baseia-se na internalização de crenças parentais,
processo conhecido como socialização.
Internalização - Durante a socialização, processo pelo qual as crianças
adotam como suas as normas de conduta da sociedade.
Autorregulação - O controle de comportamento independente de uma
pessoa para conformar-se às expectativas sociais compreendidas
DESENVOLVENDO A
AUTORREGULAÇÃO
Zev, de 2 anos, está prestes a colocar o dedo em uma tomada elétrica.
Em seu apartamento protegido contra acidentes com crianças, as
tomadas estão cobertas, mas na casa de sua avó, não. Quando Zev
ouve seu pai gritar: “Não”, a criança retira o braço. Na próxima vez que
ele se aproxima de uma tomada, ele começa a apontar o dedo, hesita e
depois diz: “Não”. Ele se impediu de fazer uma coisa que se lembra que
não deve fazer. Ele está começando a demonstrar autorregulação: o
controle de seu comportamento para se conformar às demandas ou às
expectativas de um cuidador, mesmo quando ele não está presente.
DESENVOLVENDO A CONSCIÊNCIA

Consciência - Padrões internos de comportamento, que geralmente


controlam nossa conduta e produzem desconforto emocional quando
violados.
Obediência comprometida - Termo de Kochanska para obediências
convicta às ordens de um genitor sem lembretes ou lapsos.
Obediência situacional - Termo de Kochanska para obediência às
ordens de um genitor somente na presença de sinais de controle
parental contínuo.

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