Aula 2 - Conceitos Históricos

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Prof. Dr.

Carlos Almeida

Conceitos
Históricos
Goiânia, 27 de Fevereiro de 2024
Roteiro da
Aula
- Histórico
- Microscopia
- Conceitos básicos
- Áreas da
microbiologia
Fonte das informações
Histórico
Mitologia Grega

Asclépio Higeia
Epione Panaceia
Mitologia Grega

Prevenção
Cura das
das
Doenças
Doenças
Higeia
Panaceia
Idade Média
Grandes Navegações

Doenças Desconhecidas
Ok, mas o que
essas doenças e
epidemias tem de
correlação com a
disciplina de
microbiologia?
Mundo Microscópico
Como foi
descoberto esse
“Mundo
Microscópico”?
Microscópios
Evolução
da
Microsco
pia
Estrutura
de um
microscóp
io Ótico
Atividade
no
Laboratór
io Virtual https://unicamps.grupoa.education/sagah/object/default/54372164
Professor como eu
vou usar esse
Laboratório
Virtual?
Estrutura
de um
microscóp
io Ótico
Microscopia Eletrônica de
Transmissão (MET)
• A técnica possibilita a obtenção de
imagens com resolução muito
superior às obtidas com microscópios
ópticos comuns, em consequência da
utilização de elétrons para a
formação das imagens.
• É capaz de determinar a estrutura
interna dos materiais, assim como
sua constituição química.
• Gera imagens em preto e branco. MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO – MODELO 906E

Gliossarcoma congênito frontal E


Microscopia Eletrônica de
Varredura (MEV)
• Esse tipo de microscópio é capaz
de produzir imagens de alta
ampliação e resolução da
superfície de uma amostra.
• Produz imagens tridimensionais
(3D) em preto e branco, porém,
ela pode ser colorida
artificialmente.
Equipamento EMU - Microscópio eletrônico de varredura Vega 4 LMS
OK professor,
entendi a
importância dos
microscópios, mas
ainda tem algum
outro conceito
básico que eu
preciso conhecer?
Conceitos Básicos
• A microbiologia é o estudo dos
microrganismos.

• Um grande e diverso grupo de


organismos microscópicos que
existem em células isoladas ou em
aglomerados, o qual também inclui
os vírus, que são microscópicos mas
não são células.
Conceitos Básicos
• Os microrganismos causam
enorme impacto em toda a vida,
bem como na constituição física e
química de nosso planeta, e são
responsáveis pelo transporte dos
elementos químicos essenciais à
vida, como o carbono, nitrogênio,
enxofre, hidrogênio e oxigênio, além
da fotossíntese, realizada por
microrganismos diferentes das
plantas verdes.
Conceitos Básicos
• Além disso, existem 100 milhões
de vezes mais bactérias nos
oceanos (13 x 1028) do que
estrelas no universo.
• Estima-se que existam 51030 células
microbianas na Terra; excluindo-se a
celulose, essas células constituem
cerca de 90% da biomassa da
biosfera.
Conceitos Básicos
• Os seres humanos também têm
íntima relação com os
microrganismos, uma vez que mais
de 90% das células do nosso
corpo são micróbios.

• As bactérias presentes no
intestino humano médio pesam
aproximadamente 1 Kg, sendo
que um adulto humano irá excretar o
Conceitos Básicos
• Em nenhuma outra forma, a
diversidade biológica mostra-se tão
notável quanto nos
microrganismos, seres não
diretamente observados a olho nu.
• A bioquímica, a biologia molecular e
a genética fornecem as
ferramentas necessárias para a
análise dos microrganismos.
• A microbiologia tem por função
Conceitos Básicos
• Os microrganismos são produtos
da evolução, a consequência
biológica da seleção natural que
opera sobre uma ampla variedade de
organismos geneticamente diversos.
• Convém não esquecer a
complexidade da história natural
antes de formular generalizações
acerca dos microrganismos, que
constituem o conjunto mais
Conceitos Básicos
• Existe uma importante divisão
biológica que distingue os
eucariotos, organismos que
possuem um núcleo delimitado por
membrana, dos procariotos,
organismos cujo DNA não está
fisicamente separado do citoplasma.
Conceitos Básicos
Célula procarionte Célula eucarionte
Menor estrutura, cujo diâmetro máximo Maior estrutura, cujo diâmetro máximo
é de 5 μm. é de 100 μm.
Funcionamento simples. Funcionamento complexo.
Não há organelas membranosas. Possui organelas membranosas.
Material genético está no citoplasma. Material genético está dentro do núcleo.
Molécula de DNA circular. Molécula de DNA longa e filamentar.
Reproduzem-se por fissão binária
assexuada. Reproduzem-se por mitose e meiose.
Constituem seres unicelulares. Formam seres uni ou pluricelulares.
Bactérias e arqueias são seres Fungos, plantas e animais são seres
procariontes. eucariontes.
Ok, entendi os
conceitos básicos,
mas quais são as
Áreas da
Microbiologia?
Áreas da Microbiologia
1. Microbiologia de Alimentos Biotecnologia
2. Microbiologia Ambiental 8. Patogenicidade Bacteriana
3. Microbiologia Clinica 9. Micologia
4. Coleções de Culturas e 10. Patógeno-Hospedeiro
Taxonimia 11. Microbiologia de Solos
5. Ensino 12. Microbiologia Veterinária.
6. Genética de Microrganismos e 13. Virologia
Bioinformática
14. Micotoxinas
7. Microbiologia Industrial e
15. Infecção Hospitalar
Prof. Dr. Carlos Almeida

Virologia
Goiânia, 27 de Fevereiro de 2024
Roteiro da
Aula
- Conceito de Vírus
- Interior do Vírus
- Morfologia
- Multiplicação Viral
- Virologia Clínica
- Viroides e príons
Fonte das informações
Conceito de Vírus
• Os vírus são pequenos parasitas
subcelulares que dependem dos elementos
da célula hospedeira para gerar suas
proteínas e completar seu ciclo biológico.
• Para cumprir com esses objetivos, possui
características estruturais particulares que
possibilitam sua viabilidade e reprodução.
• Diferentemente de organismos unicelulares,
os vírus não possuem organelas e estão
conformados basicamente por um capsídeo
que circunda o ácido nucleico (DNA ou
RNA).
O interior dos
vírus
• Os vírus são pequenos organismos
acelulares com algumas características
especiais:
• possuem uma envoltura proteica que oferece
proteção ao ácido nucleico (sendo
exclusivamente DNA ou RNA);
• reproduzem-se dentro das células hospedeiras
utilizando os seus recursos;
• induzem a produção de moléculas que ajudam
a transportar o ácido nucleico do vírus a outras
células.
O interior dos
vírus
O interior dos
vírus
• Devido ao pequeno tamanho dos vírus (20 a 1.000
nm), imperceptíveis ao microscópio óptico, eles
somente puderam ser caracterizados no século XX
graças ao avanço das técnicas de biologia
molecular e microscopia eletrônica.
• Em 1935, o cientista Wendell Stanley foi o
primeiro a isolar e determinar a estrutura do vírus
do mosaico do tabaco, abrindo um caminho
dentro dessa área do conhecimento (TORTORA;
FUNKE; CASE, 2018)
Partes que conformam
os vírus
• Ácido nucleico: o material genético dos vírus é
conformado exclusivamente por DNA ou RNA,
podendo ser de fita simples ou dupla, e linear ou
circular.
• DNA de fita dupla (por exemplo, adenovírus),
• DNA de fita simples (por exemplo, parpovírus),
• RNA de fita dupla (por exemplo, reovírus)
• RNA de fita simples (por exemplo, picornavírus)
Professor existe
DNA de Fita
Simples e RNA de
fita dupla?
DNA RNA
Partes que conformam
os vírus
• Capsídeo: envoltura que protege ao ácido nucleico e é
composta por subunidades proteicas denominadas
capsômeros.
• Cada tipo de vírus possui uma organização características
dos capsômeros.
Partes que conformam
os vírus
• Envelope: certos vírus possuem, além do capsídeo, uma
envoltura denominada envelope, formada por proteínas,
lipídeos e proteínas.
Morfologia
Morfologia
A classificação morfológica dos vírus leva em consideração a estrutura do
capsídeo, é possível classificar os vírus em vários tipos:
• poliédricos: possuem muitas faces — por exemplo, adenovírus (são
icosaédricos, com 20 faces triangulares);

(TORTORA; FUNKE; CASE, 2018).


Morfologia
A classificação morfológica dos vírus leva em consideração a estrutura do
capsídeo, é possível classificar os vírus em vários tipos:
• helicoidais: semelhantes a bastonetes — por exemplo, o vírus da raiva e o
do ebola;

(TORTORA; FUNKE; CASE, 2018).


Morfologia
A classificação morfológica dos vírus leva em consideração a estrutura do
capsídeo, é possível classificar os vírus em vários tipos:
• envelopados: possuem envelope e, em geral, são esféricos — por exemplo,
herpesvírus;

(TORTORA; FUNKE; CASE, 2018).


Morfologia
A classificação morfológica dos vírus leva em consideração a estrutura do
capsídeo, é possível classificar os vírus em vários tipos:
• complexos: apresentam estruturas mais complicadas — por exemplo, os
bacteriófagos, com capsídeo poliédrico e bainha da cauda helicoidal

(TORTORA; FUNKE; CASE, 2018).


Multiplicação Viral
• A multiplicação viral acontece exclusivamente dentro da célula
hospedeira, pois o vírus precisa dos seus recursos para replicar seu
material genético (DNA ou RNA), assim como para a síntese dos
outros componentes estruturais.
Virologia na clínica
• Existe uma grande variedade de vírus que infetam células humanas, e
ele podem ser classificados em dois grupos: os que contêm DNA e os
que contêm RNA.
Virologia na clínica
• Parvovírus: são vírus com DNA linear de fita simples, sem envelope,
pequenos (18 a 26 nm) e de simetria cúbica. O parvovírus B19 cumpre
seu ciclo de multiplicação em células eritroides imaturas, trazendo
complicações à pessoa infetada, como crise aplástica, quinta doença e
morte fetal.
Virologia na clínica
• Poliomavírus: possuem genoma circular de fita dupla, sem envelope e
de simetria cúbica. Causam infecções crônicas, e muitos deles estão
associados com formação de tumores. Alguns exemplos deste tipo de
vírus incluem os vírus BK (causa nefropatias), o vírus JC (associado
com leucoencefalopatia multifocal progressiva) e o SV40
Virologia na clínica
• Papilomavírus: possuem certa semelhança com os poliomavírus, mas
são de maior tamanho. São popularmente conhecidos por estarem
associados à formação de “verrugas”. Alguns desses vírus podem
causar problemas mais sérios para a saúde humana, como cânceres
genitais.
Virologia na clínica
• Adenovírus: seu DNA é linear de fita dupla, não possui envelope e é
de tamanho médio (70 a 90 nm). Infectam principalmente as mucosas
dos seres humanos, causando doenças respiratórias, gastrenterite e
conjuntivite.
Virologia na clínica
• Hepadnavírus: são de tamanho pequeno (40 a 48 nm) e seu genoma
é composto por DNA circular de fita dupla. Estão associados com
hepatites e com maior risco de câncer hepático.
Virologia na clínica
• Herpesvírus: possui envelope e DNA linear de fita dupla. Entre eles,
distinguem-se os herpesvírus simples tipo 1 e 2 (causam lesões
genitais e orais), citomegalovírus, vírus varicela-zóster, vírus Epstein-
Barr (associado com neoplasias e mononucleose infecciosa), herpes-
vírus 6 e 7 (linfotrópico T) e herpes-vírus 8 (relacionado ao sarcoma
de Kaposi).
Virologia na clínica
• Poxvírus: são vírus grandes, com envelope e DNA linear de fita dupla.
Alguns são agentes causais de doenças em humanos (vacínia, varíola,
molusco contagioso).
Virologia na clínica
• Picornavírus: possuem RNA de fita simples e polaridade positiva.
Entre eles, temos alguns que causam infecções em humanos, como os
enterovírus (vírus Echo, vírus Coxackie, rinovírus e poliovírus) e os
hepatovírus (causal da hepatite A).
Virologia na clínica
• Astrovírus: vírus com RNA linear de fitas simples e polaridade
positiva. Foram associados com gastrenterite em seres humanos.
Virologia na clínica
• Calicivírus: possuem RNA de fitas simples e polaridade positiva, sem
envelope. Dentro deste grupo, temos os norovírus, agentes causais de
patologias como a gastrenterite aguda epidêmica.
Virologia na clínica
• Reovírus: vírus sem envelope, tamanho médio (60 a 80 nm), com RNA
de fita dupla e linear. Alguns reovírus podem causar doenças em
humanos, como os rotavírus (associados com gastrenterite).
Virologia na clínica
• Arbovírus: seu ciclo inclui artrópodes como vetores, transmitindo os
vírus a vertebrados pela picada. Entre os vírus deste grupo, temos os
vírus de doenças como febre amarela, dengue, encefalite e o vírus do
oeste do Nilo.
Virologia na clínica
• Coronavírus: possuem envelope, RNA de fita simples e polaridade
positiva. Muitos deles causam patologias do trato respiratório
superior (os chamados “resfriados”), mas também foi encontrado um
coronavírus responsável pela síndrome respiratória aguda grave
(SARS).
Virologia na clínica
• Retrovírus: seu genoma consiste em duas cópias de RNA linear de fita
simples. Dentro deste grupo, estão os vírus da leucemia e do
sarcoma, os lentivírus (vírus da imunodeficiência humana) e os vírus
espumosos dos primatas.
Virologia na clínica
• Ortomixovírus: vírus de tamanho médio (80 a 120 nm), com envelope
e RNA de fita simples linear com polaridade negativa. São vírus
influenza que afetam humanos e outros animais.
Virologia na clínica
• Filovírus: apresenta envelope, RNA linear de fita simples e polaridade
negativa. Entre eles, temos os vírus de Marburg e Ebola, que
provocam febre hemorrágica.
Viroides e príons
• Existem outros tipos de vírus que não podem ser classificados
seguindo os critérios estudados até aqui e, entre eles, estão os
viroides e os príons.
Viroides e príons
• Viroides são agentes causais de doenças em plantas. São formados por
ácido nucleico (RNA) sem revestimento proteico (BROOKS et al., 2015) e
estão entre os menores patógenos descritos, com seu genoma circular
de RNA fita simples e um tamanho de entre 246 e 399 nucleotídeos.
• Como o viroide não possui revestimento proteico, para ingressar na
célula hospedeira, não utiliza receptores e penetra por meio de lesões
causadas por insetos ou outros danos produzidos no tecido vegetal.
Dentro deste grupo, temos o viroide do tubérculo afilado da batata e o
viroide do coco cadang-cadang.
(MADIGAN et al., 2016)
Viroides e príons
• Em um estudo realizado pelo neurobiologista Stanley Prusiner, em
1982, foi encontrado que a doença de ovelhas scrapie é causada por
proteínas.
• Ele chegou a essa conclusão realizando tratamentos do tecido com
proteases eradiação, observando que a infectividade diminuiu somente
com o primeiro tratamento (em que as proteínas eram afetadas).
• A partir desse experimento, Prusiner cunhou o termo príon, que vem
de proteinaceous infectious particle (partícula infecciosa proteinácea).
(TORTORA; FUNKE; CASE, 2018).
Viroides e príons
Entre as doenças causadas por príons, temos as encefalopatias
espongiformes, caracterizadas por vacúolos proeminentes presentes no
cérebro dos animais infectados.
Em humanos, alguns exemplos são a doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD)
e a insônia familiar fatal.
A causa dessas doenças é a transformação de uma glicoproteína
normal do hospedeiro (PrPc) em uma forma infecciosa scrapie (PrPsc ).
(TORTORA; FUNKE; CASE, 2018).
Fazer a atividade AVA: Vírus,
Viroides e Prions
Bora pra a
Chamada!

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