Trabalho de Literatura
Trabalho de Literatura
Trabalho de Literatura
de
Policarpo
Quaresma
Professor Clodoaldo
Laura Amaral, Lara, Lis, Sofia e Maria Áurea 2º B
Biografia:
Nascido em 16 de setembro de 1936, no Rio de Janeiro, Luiz Alfredo Garcia-
Roza tinha uma grande família, era um dos 13 filhos de seus pais. Ainda na
infância, se mudou para Vitória, ES e aos dezoito anos, voltou para o Rio.
Lá, fez faculdade de Filosofia e Psicologia. Nos anos 60, começou a lecionar
na UFRJ, e apenas em 1996, aos 60 anos de idade publicou seu primeiro
livro "O Silêncio da chuva" e apartir de então, se aposentou e decidiu se
dedicar exclusivamente à literatura. Em 1978, Luiz Alfredo Garcia-Roza e a
psicanalista e escritora Livia Garcia-Roza foram morar juntos no Jardim
Botânico. Eles viveram uma vida em comum até a morte do autor, em 16 de
abril de 2020, no Rio de Janeiro, depois que ele ficou internado durante um
ano devido a um AVC
Luiz
Alfre
d
Garc o
i
1R9o3za a
6
202 -
0
Resumo do
Enredo:
Nas páginas 118 a 156 de "Triste Fim de Policarpo Quaresma", Lima Barreto aprofunda a
decadência do protagonista, Policarpo Quaresma. Após o fracasso de suas ideias nacionalistas,
especialmente sua tentativa de implementar o tupi-guarani como língua oficial, Quaresma se
retira para uma fazenda, onde tenta uma nova vida como agricultor, acreditando que poderia
ajudar o país através do trabalho no campo.
Fracasso agrícola: Quaresma se depara com dificuldades inesperadas ao tentar implantar suas
ideias na fazenda. A falta de apoio governamental e o desconhecimento prático sobre o
trabalho rural o levam ao fracasso. Seu sonho de transformar o Brasil pela agricultura esbarra
na realidade das terras improdutivas e no descaso político.
"A terra não respondia aos seus cuidados; e ele via os
campos estéreis onde esperava ver fartura".
Interações com personagens locais: Policarpo enfrenta o desinteresse e as dificuldades
impostas por burocratas e vizinhos que não compartilham de sua visão. Ele se envolve em
conflitos com funcionários públicos corruptos e burocráticos, o que agrava sua decepção com o
país.
“Os funcionários só queriam tirar proveito, e
Quaresma começava a perceber que não era assim
que a nação prosperaria”.
Desilusão crescente: A luta de Quaresma em sua fazenda reflete sua crescente decepção com
o Brasil. Ele percebe que o país, com todas as suas complexidades, não está pronto para o tipo
de mudança que ele sonhava. Isso o leva a uma introspecção amarga, onde começa a
questionar suas convicções.
"Já não sabia se era o Brasil que ele havia sonhado, ou
se seus sonhos eram por demais distantes da
realidade".
Enredo:
Personagen
s
• Felizardo: empregado de • Antonino Dutra: tenente e escrivão.
Quaresma. É um personagem Personagem plano.
plano. Ele serve como empregado • Anastácio: empregado/agregado de
de Policarpo e não apresenta Policarpo. Personagem plano.
desenvolvimento significativo. • Campos: presidente da Câmara.
• Cavalcanti: noivo de Ismênia. É Personagem plano
um personagem plano. • Ricardo Coração dos Outros: é um
• Ismênia: filha de Albernaz. É um personagem tipo, representando o
personagem esférico. Ela poeta popular e modinheiro, com
apresenta uma personalidade características que simbolizam o
mais desenvolvida e suas ações e tipo de artista popular da época.
escolhas refletem uma gama de • Adelaide: irmã do major
motivações que se desdobram ao Quaresma.Personagem plano.
longo da trama. • Armando Borges: noivo de Olga.
• Albernaz: Personagem tipo. Ele Personagem plano
representa o militar com uma
postura rígida e autoritária, sem
muita profundidade além das
Enredo:
Personagen
s
• Doutor Rocha: bacharel em Direito. • Olga: afilhada de Quaresma.
É um personagem tipo, Olga é um personagem
representando, uma postura e esférico. Ela tem uma
características comuns aos personalidade mais rica e
profissionais da área jurídica na complexa.
época. • Policarpo Quaresma:
• Floriano Peixoto: é um personagem protagonista. Policarpo é um
tipo, representando o presidente da personagem esférico. Ao longo
república com as características da obra, revelam-se a
típicas de um político de seu nível e profundidade de suas ideias,
época. crenças e a tragédia resultante
• Genelício: é um personagem plano, de seu idealismo exacerbado.
atuando como escriturário e • Vicente Coleoni: Plano: Vicente
namorado de Quinota, com pouca Coleoni é um personagem
profundidade emocional. plano, atuando como compadre
• Lalá, Quinota e Zizi: irmãs de de Policarpo e com um papel
Ismênia. Personagens planas funcional na trama.
• Maricota: esposa de Albernaz, é um
Tempo e Espaço:
Tempo: O tempo de "Uma Janela em Copacabana", livro de Luiz Alfredo Garcia Roza, se
passa principalmente durante a década de 1990, no Rio de Janeiro. O romance mistura
elementos de ficção e uma atmosfera de mistério, com uma narrativa contemporânea
que reflete as transformações sociais, culturais e políticas do Brasil nesse período. A
história se desenrola no contexto urbano de Copacabana, um bairro carioca conhecido por
sua mistura de luxo e decadência, e acompanha a vida de um homem que se envolve em
eventos inesperados enquanto observa o mundo à sua volta. Embora a data exata não
seja definida no livro, a ambientação e a linguagem indicam que a história ocorre durante
esse período, com a sociedade brasileira vivenciando uma era de transição, marcada pela
instabilidade econômica e mudanças sociais.
Tempo e Espaço:
Espaço: O espaço de "Uma Janela em Copacabana" é essencialmente urbano e está profundamente
ligado ao Rio de Janeiro, mais especificamente ao bairro de Copacabana, famoso por sua mistura de
glamour e decadência. O protagonista da história observa o mundo através de uma janela, e esse
ponto de vista simboliza não apenas a sua visão do mundo, mas também a desconexão e o
distanciamento da realidade ao seu redor. A janela atua como uma espécie de limite entre a vida do
personagem e o mundo exterior, ampliando a sensação de alienação e reflexão sobre a vida urbana.
A cidade de Copacabana é retratada como um espaço onde a violência, o isolamento e a solidão
coexistem com a beleza e o charme da paisagem, um cenário que reflete as tensões e contrastes
sociais e culturais do Brasil contemporâneo. Além disso, a localização no Rio de Janeiro, com suas
paisagens urbanas, praças, ruas e edifícios, proporciona uma atmosfera que é ao mesmo tempo
familiar e inquietante, servindo como um pano de fundo simbólico para o enredo do livro.
Esse espaço urbano, com seus detalhes vívidos e contrastes, é crucial para a narrativa de Fonseca,
pois permite explorar temas como a alienação, o desejo, a violência e a percepção individual em um
cenário moderno e desafiador
"Da janela, ele via o mar, a praia, o
Aqui está um trecho que indica a relação com o espaço, especialmente com a cidade de Copacabana:
movimento das pessoas na calçada, as
sombras que a tarde começava a lançar
sobre as fachadas dos prédios.
Copacabana, com seu ritmo peculiar,
parecia ter vida própria, indiferente ao
que acontecia nas vidas individuais que
Foco Narrativo:
O livro "Uma Janela em Copacabana" de Luiz Alfredo Garcia Roza adota o foco
narrativo na terceira pessoa, com um narrador onisciente e ele utiliza esse tipo de
narração para criar uma atmosfera de distanciamento e de observação crítica dos
eventos que se desenrolam na trama. O narrador, apresenta reflexões e
comentários sutis sobre os personagens, especialmente sobre o protagonista, o
detetive Espinosa, e sobre o cenário de Copacabana. Há momentos em que o
narrador utiliza ironia, digressões e reflexões sobre o comportamento humano, o
que adiciona camadas de profundidade à narrativa. Essas intervenções não são
aleatórias; elas ajudam a refletir a complexidade dos personagens e a construir
uma crítica social sutil, característica da literatura policial de Garcia Roza. As
atitudes do narrador são essenciais para o significado geral da obra. Elas servem
para:
1- Construir uma atmosfera de ambiguidade
2- Humanizar os personagens
3- Reforçar a crítica social
4- Manter o mistério
A:
Estilo Literário:
--» O estilo literário de Uma Janela em Copacabana é marcado pelo realismo urbano e pelo
gênero policial, com influência do estilo noir. Garcia-Roza utiliza uma narrativa detalhista,
criando um ambiente sombrio e tenso, característico das histórias policiais que envolvem
mistério e investigação. Esse estilo é centrado em descrever a realidade de forma crua, com
personagens profundos e falíveis, explorando o psicológico e os conflitos internos,
especialmente os dilemas éticos do protagonista, o detetive Espinosa. A narrativa também foca
nas paisagens urbanas e nos problemas sociais, como a corrupção e a violência, proporcionando
ao leitor uma visão crítica e reflexiva sobre a sociedade urbana brasileira, especialmente no
contexto do Rio de Janeiro. Além disso, Garcia-Roza tem um estilo descritivo e introspectivo, que
trabalha com nuances e simbolismos, ampliando a experiência de suspense e mistério no
desenrolar da trama.
VEROSSIMILHANÇ
A:
No livro "Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, a verossimilhança se refere
à forma como o autor constrói a história de forma plausível, retratando a realidade da
época em que se passa a narrativa, tanto em aspectos sociais, políticos quanto culturais.
Entre as páginas 118 e 156, é possível identificar diversos momentos que fortalecem
essa sensação de realismo.
Contexto político-social: O livro se passa no período da República Velha no Brasil, e o
autor utiliza muitos elementos históricos para situar a narrativa. A crítica ao governo e à
burocracia está presente, principalmente na forma como Policarpo Quaresma, um
homem de ideais nacionalistas, acaba sendo mal interpretado e desacreditado pela
sociedade ao tentar já
“Quaresma implementar suas ideias. desiludido com os rumos do governo,
estava completamente
mas ainda acreditava que poderia contribuir para o desenvolvimento do
Brasil com sua devoção e patriotismo”
Personagens realistas: Os personagens ao redor de Policarpo, como Olga e o General
Albernaz, são representações de figuras comuns da sociedade brasileira da época. Olga,
por exemplo, com seu comportamento pragmático, contrasta com o idealismo de
Policarpo, mostrando como o sonho nacionalista de Policarpo era visto como algo
utópico. “Olga, ao ver a situação de Policarpo, não sabia mais se o ajudava ou se
deixava que ele percebesse, por si só, o fracasso de seus sonhos”
VEROSSIMILHANÇ
A:
A queda gradual de Policarpo: As páginas 118 a 156 marcam uma fase de crescente
desilusão do protagonista. Ele começa a perceber que suas ideias, por mais patrióticas
que sejam, não têm espaço na sociedade em que vive. Isso reflete um processo comum
de queda de muitos intelectuais e idealistas que enfrentavam o sistema político da
época.
“Com o tempo, Quaresma via suas cartas serem ignoradas e seus pedidos
não alcançarem respostas, até que se deu conta de que ninguém o levava
a sério”
Movimento Literário:
O livro Uma Janela em Copacabana, de Luiz
Alfredo Garcia-Roza, não pertence a um
movimento literário tradicional como o
modernismo, romantismo ou realismo "Copacabana é um bairro com
clássico, mas se insere na literatura vida própria, uma cidade dentro
contemporânea brasileira, mais da cidade. Suas ruas são tomadas
especificamente no gênero policial urbano.
por diferentes personagens,
Nesse contexto, a obra explora questões
sociais, violência, e dilemas morais que desde o morador anônimo até o
caracterizam a vida nas grandes cidades, comerciante, e as camadas
especialmente no Rio de Janeiro. Assim, a sociais se misturam sem pudor."
obra faz parte de uma vertente da literatura → Descrição da realidade urbana
contemporânea conhecida como realismo e social de Copacabana
urbano. Esse tipo de narrativa busca retratar o
cotidiano com realismo e tensão, explorando
as dinâmicas sociais, a corrupção e os
problemas urbanos, com um enfoque quase
jornalístico, mas com aprofundamento
psicológico nos personagens, o que também
Conclusão:
Ao final, o livro revela que, como em muitos casos policiais, as respostas nem sempre são claras e diretas. Espinosa, com sua
postura analítica e introspectiva, acaba descobrindo que a chave para o mistério não está apenas nas evidências físicas, mas
na complexidade das relações humanas e nos próprios dilemas internos de cada um dos envolvidos no crime. O desfecho é
cheio de reviravoltas e deixa o leitor refletindo sobre as incertezas e as falhas na busca pela verdade.A obra se caracteriza por
de um clima de tensão e pela investigação meticulosa, mas também pela reflexão sobre a natureza humana e os aspectos
psicológicos dos personagens, como a corrupção dos policiais, bem como a culpabilização destes pela sociedade, que deveria,
ao invés disso, atribui-los responsabilidades. O suspense é mantido até o fim, e a solução do mistério, embora reveladora, não
elimina as questões existenciais e as ambiguidades que o cercam.Assim, a conclusão de Uma Janela em Copacabana é, em
última análise, uma reflexão sobre a complexidade do ser humano e a maneira como as motivações e os segredos pessoais
podem influenciar os acontecimentos que parecem ser puramente racionais ou lógicos à primeira vista.
Atividade
criativa:
Uma Janela em Copacabana x Sangue Frio
Semelhanças:
Diferenças:
Foco narrativo Sequestro de menores O assassino
também conta a história Cenas de violência explícita
Falta de foco no mistério e suspense Menos voltado às
criticas sociais Diferentes linhas de tempo Contexto
cultural e geográfico