4a AULA de Psic. Geral

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Processos Psíquicos Cognitivos

Sensação, Percepção, Memória, Pensamento,


Linguagem e Imaginação
Sensação
Sensação

• A Sensação é o reflexo psíquico mais simples ao mesmo tempo


integrante fundamental do reflexo mais complexo; ela é determinada
pelas qualidades (luminosidade, calor, consistência, peso, sonoridade,
etc) dos objectos reais que actuam sobre as terminações periféricas ou
aparelhos receptores dos distintos canalizadores. Estas qualidades dos
objectos reais se denominam estímulos sensoriais.

• Para que se produza a sensação é necessário que o estímulo sensorial


tenha uma intensidade determinada que oscila entre as magnitudes.
Os órgãos dos sentidos são sistemas especiais de captação e
codificação das informações relativas ao meio interno e externo do
organismo. Eles são cinco sentidos: da visão, da audição, do paladar,
do tacto e do olfacto.

No seu conjunto formam o sistema somato-


sensorial que nos mantém informados sobre as
características dos objectos que entram em
contacto com a superfície do organismo;
Outros órgãos sensoriais

• Foram descobertos outros órgãos sensoriais que informam o organismo


das suas próprias actividades: são os sentidos:

• Cinestésicos (órgãos viscerais e ao meio interno do organismo) e;


• Vestibulares (equilíbrio e orientação).

• Além disso, temos sentidos responsáveis pelas sensações relativas aos


órgãos viscerais e ao meio interno do organismo (por exemplo: a fome, a
sede, a sensação de mal estar, dores no estômago). Tais sentidos internos
são o cinestésico, álgico interno e tacto interno. E, finalmente, há
receptores nos músculos, tendões e articulações que dão informação
sobre o trabalho próprio desses órgãos.
Charles Sherington, distingue três espécies de órgãos dos
sentidos:

• Exteroceptivos
São receptores sensoriais sensíveis à acção de estímulos exterores ao
organismo. Deles depende a vida de relação. Compreendem: a
visão, a audição, o paladar, o olfacto e o sistema somato-sensorial.

O sistema Somato-sensorial é constituído por um grande número


de corpúsculos espalhados pela pele, que reagem a um ou vários
estímulos externos (mecânicos, físicos e químicos) que garantem
as modalidades básicas da sensação cutânea; tacto externo, álgico
externo, pressão e térmico (de calor e de frio).
• Interoceptivos
São receptores distribuídos pelos órgãos internos, de que recebe a
sua estimulação (aparelho digestivo, respiratório, muscular). O
principal destes sentidos é o cinestésico (responsável pelas sensações
de fome, sede, disposição orgânica), mas compreendem também o
álgico interno e o tacto interno. São de extrema importância na
satisfação das necessidades básicas e na do equilíbrio do organismo

• Proprioceptivos
São assim chamados porque se trata de receptores estimulados
pela própria actividade organismo ou dos órgãos em que se situam.
Inclui esta designação, o sentido cinestésico que depende de
receptores situados nos músculos, tendões e articulações. Dão- nos
informação sobre as posições relativas dos membros e outras partes do
corpo durante os orientação (do corpo).
O que se pode ver nestas imagens

Percepção
Percepção
A percepção é um fenómeno complexo, através do qual o mundo exterior é
apreendido e interpretado como sendo ordenado em totalidades. Estímulos
presentes, assim como experiências do passado são integrados e elaborados
numa visão de conjunto.
Pode ser conceptuada como a imagem psíquica ou vivência que reflecte o
objecto real presente como um todo. O mundo dos objectos não nos entra tal
qual, consciência a dentro, pela porta dos sentidos. As mensagens destes
precisam ser processadas, interpretadas.
Por exemplo, não tomamos consciência de que as imagens dos
objectos na retina são invertidas e que mudam continuamente os
movimentos dos olhos.
• Uma outra observação importante permite por em destaque o facto de
que a percepção não depende só da constelação de estímulos que
actuam sobre o sujeito; ela depende também da atitude do sujeito.

• As nossas percepções são, com efeito influenciadas por toda uma série
de factores relativos à personalidade do sujeito, como por exemplo
motivações e interesses, atitudes e expectativas, experiência anteriores
e hábitos culturais.

• Na percepção, o objecto percebido é sempre constituído como uma


totalidade organizada.
Características da Percepção
Dentre as principais características da percepção, pode-se citar:
• Atenção;
• Interpretação;
• Sensação.
Tipos de percepções
• Visual
• Tactil
• Olfactiva
• Gustativa
• Auditiva
• Espacial
• Temporal
• Musical (identificação de acordes, intervalos, de sulfetos, som, ritmo e
melodia, etc.)
Leis da Percepção
• Lei da Unidade: a lei da unidade consiste em afirmar que a percepção de
um elemento pode ser construída por uma ou até mesmo várias partes que
constroem o todo. Sendo assim, uma unidade é percebida como um
elemento único. Essa lei se faz presente em diversas criações publicitárias
famosas. Uma delas é o logo da Adidas.
• Lei da Segregação: essa lei foca na capacidade perceptiva de isolar,
evidenciar ou identificar objectos, ainda que sobrepostos, dentro de uma
composição. Isso acontece por causa da variação estética (cor, textura,
sombra, brilho, etc) que um elemento possui em relação ao outro.
• Lei da Unificação: a unificação pode ser definida pela igualdade ou
equilíbrio de estímulos em todos os elementos de uma determinada
composição. Desta forma, temse um objecto coerente e harmonizado
• Lei do Fechamento: esta é uma das mais aplicadas leis da gestalt. É
possível encontrá-la em diversos logótipos famosos, tais como: Carrefour,
NBC e Johnnie Walker, entre outros. A lei do fechamento parte do
princípio de que o nosso cérebro ―fecha‖ a formação de imagens
completas quando vemos apenas formas inacabadas ou silhuetas.
• Lei da Continuidade: a continuidade diz respeito à forma como a sucessão
de elementos e o fluxo de informações funciona em nosso cérebro. Ela
representa, ainda, a tendência de que objetos acompanhem outros no
sentido de alcançar uma forma — seja pelo uso de cores, volumes, texturas
e formas estruturalmente estáveis.
• Lei da Proximidade: elementos distintos que se posicionam de formas
muito próximos uns dos outros tendem a ser percebidos juntos.
Consequentemente, também são interpretados como apenas uma unidade.
Essa impressão é ainda mais forte quando esses elementos são semelhantes
• Lei da Semelhança: aqueles objectos que possuem formas, cores ou
aparência geral semelhante também tendem a ser interpretados
como uma só unidade. Na publicidade, essa lei geralmente é utilizada
para criar releituras a partir do agrupamento de outras formas que
são iguais ou parecidas entre si.

Nota:
Que o princípio básico da percepção visual da Gestalt. Sempre
enxergamos a composição visual geral como um todo antes de nos
aprofundarmos nos seus elementos mais complexos.
Memória
Memória
• Memória é a capacidade que possui o espírito de fixar, conservar e reproduzir
sob a forma de lembrança, as impressões experimentais anteriormente.

• A memória abrange todo o campo da vida psíquica. Todos os factos


psicológicos, qualquer que seja a sua natureza, são susceptíveis de serem
revividos pela memória.

• Em sua significação mais ampla, memória pode ser considerada a


conservação do passado no presente. “É a colaboração de todo o nosso
passado nas tarefas psíquicas que estamos realizando em todos os momentos
da nossa vida presente”.
Capacidades ou funções
• Capacidade de fixação, pele qual as impressões se fixam no nosso espírito

• Capacidade de evocação, pele qual conservamos as impressões fixadas

• Capacidade de evocação, pela qual as impressões fixadas e conservadas


podem ser reproduzidas no nosso espírito

• Capacidade e reconhecimento, pela qual reconhecemos as impressões


reproduzidas como factos da nossa experiência anterior

• Capacidade de localização, pele qual localizamos, no tempo e no espaço, a


impressão reproduzida e reconhecida.
Tipos de Memória

• Memória declarativa (pode ser designada por explícita ou memoria com registo,
implica a consciência do passado, levando a reportarmo-nos a acontecimentos, fatos
epessoas que conhecemos ou aconteceram no passado). Este tipo de memória reúne
tudo o que podemos evocar ou declarar por meio de palavras. Distinguem-se, neste
tipo de memória, dois subsistemas:
a) Memória episódica - quando envolve eventos datados, recordações (rosto de
amigos pessoas famosas, músicas, fatos e experiências pessoais) ou seja relacionados
com o tempo.
b) Memória semântica - uma memória pessoal na qual se manifesta uma relação
íntima ente quem recorda e o que se recorda. Abrange a memória do significado das
palavras. Este tipo de memória refere-se ao conhecimento geral sobre o mundo
(fórmulas matemáticas, regras gramaticais, leis da química, fatos históricos, etc. Neste
tipo de memória não há localização no tempo (aocontrário da memória episódica), não
está associada a nenhum conhecimento, acção ou fato especifico do passado.
• Memória não-declarativa – É a memória usada para procedimentos e habilidades,
como por exemplo: andar de bicicleta, jogar bola, ler um livro, etc. A memória não
declarativa também pode ser de designada por memória implícita ou sem registo.

• Memória de curto prazo – A memória de curto prazo é conhecida como um tipo de


memória com capacidade limitada em sua retenção da informação armazenada, ou
seja, os inpus que recebemos são retidos durante um breve período de tempo, que não
passa de 30-40 segundos. A memória de curto prazo tem a capacidade de lembrar 6-7
itens e, como já comentamos, eles serão retidos em um breve espaço temporal. No
entanto, se a informação for retida ou manipulada, pode ser armazenada em outro tipo
de memória, como na memória de longo prazo. Essa é a memoria mais susceptível à
deterioração, mas também existem estratégias para melhor a memoria de curto prazo.

• Memória de longo prazo – refere-se a um tipo de memória capaz de codificar e reter a


informação durante um período de tempo maior, podendo ser mantida em uma
temporalidade de segundos até anos. As memórias episódicas, semânticas e/ou
processuais, por exemplo, são normalmente mantidas na memória de longo prazo.
• Memória do trabalho – também é conhecida como memória operacional. Esse tipo
de memória refere-se ao mecanismo que nos permite armazenar e manipular a
informação guardada, além de associar a informação armazenada com outras ideias
que entram com novos inputs. De modo que, opera nas acções cognitivas mais
complexas, como a compreensão da linguagem e a leitura, o aprendizado ou
raciocínio, o planejamento ou as habilidades de lógico matemática.

• Memoria imediata – sua duração é de poucos segundos é de poucos segundos, pois


ao utilizá-la é descartada pelo cérebro. Pode ocorrer armazenamento de tais dados
inconscientemente.

• Memória sensorial – Na memória sensorial recebemos estímulos externos


percebidos através de nossos sentidos. No entanto, a informação codificada desses
inputs externos mantem uma curta duração de armazenamento. Em seguida, é
eliminada, esquecida ou transmitida para outros tipos de memória que permitiam
que seu armazenamento dure mais tempo. Assim, seu funcionamento é transitório,
para ser armazenada posteriormente no sistema de memória de curto ou longo
prazo
Pensamento
Pensamento
• Pensamento é o fenómeno psíquico consciente que reflecte as relações
externas e internas entre os objectos do mundo real.

• O Pensamento se inicia da sensação e da percepção, quando se chega a um


certo grau de desenvolvimento, as qualidades sensoriais e dos objectos
percebidos são substituídos por seus sinais variáveis e isto permite a
produção do pensamento.

• O Pensamento está determinado pelos acontecimentos do mundo real


objectivo, seu desenvolvimento está condicionado pelas particularidades do
mecanismo cerebral do sujeito (motivações que o produzem).
• Pensamento e pensar são uma forma de processo mental ou faculdade do
sistema mental. Pensar permite aos seres modelarem sua percepção do mundo
ao redor de si, e com isso lidar com ele de uma forma efetiva e de acordo com
suas metas, planos e desejos. Palavras que se referem a conceitos e processos
similares incluem cognição, senciência, consciência, ideia, e imaginação.

• O pensamento é considerado a expressão mais "palpável" do espírito humano,


pois através de imagens e ideias revela justamente a vontade deste.

• O pensamento é fundamental no processo de aprendizagem. O pensamento é


construtor e construtivo do conhecimento.

• O principal veículo do processo de conscientização é o pensamento. A


actividade de pensar confere ao homem "asas" para mover-se no mundo e
"raízes" para aprofundar-se na realidade.
• Etimologicamente, pensar significa avaliar o peso de alguma coisa. Em
sentido amplo, podemos dizer que o pensamento tem como missão tornar-
se avaliador da realidade.

• Segundo Descartes (1596-1650), filósofo de grande importância na


história do pensamento:

"A essência do homem é pensar". (Por isso dizia):


"Sou uma coisa que pensa, isto é, que duvida, que afirma, que
ignora muitas, que ama, que odeia, que quer e não quer, que também
imagina e que sente". (Logo quem pensa é consciente de sua existência)
“Penso, logo existo."
• Para Piaget o pensamento está intimamente ligado a esquemas motores
e a conceitos de objectos e das suas características. Por volta de um
ano a criança começa a pensar. Imita acontecimentos que desenrolam-
se a sua volta – é já um indício da função simbólica.
• Pensar designa, em sentido lato, reflectir, então, essa reflexão é
reflexão de algo. Assim, o pensamento surge como reflexo de alguma
coisa que lhe é exterior – representamos simbolicamente pela palavra
(pelo conceito) o objecto sobre o qual pensamos ou reflectimos.
• O pensamento pode ser caracterizado por exigir períodos de latência, nos quais as
atividades internas são suspensas ou interrompidas. Portanto, ele é somatório de
atividades incluídas na elaboração de estudos, de processos superiores da formação
de conceitos, os chamados conceitos cognitivos, da solução de problemas, do
planejamento, do raciocínio e da imaginação.

• O período de convergência do pensamento pode ser caracterizado no momento em


que o indivíduo se vê frente a novas situações, cuja complexidade pode ser variável
e para as quais não encontra esquemas de resposta pré-montados ou pré-estruturados
pela aprendizagem e ainda, cuja resposta não é instintiva e sim, construída ou
elaborada.

• Pode-se definir o pensamento como a faculdade de formular conceitos, para os quais


a atividade psíquica elabora os fenômenos cognitivos, imaginativos e planificativos,
cujo grau pode ser algo distinto tanto dos sentimentos como das vontades.
Características
• O pensamento lógico se caracteriza por operar mediante conceitos e
raciocínios. Existem padrões que possuem um começo no pensamento e
criam um final, isso acontece em milésimos de segundos, por sua vez
milhares de começos e finais fazem disso um pensamento lógico; este
depende do ambiente externo e para estar em contato com ele dependemos
dos cinco sentidos.
• O pensar sempre responde a uma motivação, que pode estar originada no
ambiente natural, social, cultural ou no sujeito pensante. O pensar é uma
resolução de problemas. A necessidade exige satisfação.
• O processo de pensamento lógico sempre segue uma determinada direção.
Esta direção vai em busca de uma conclusão ou da solução de um problema,
não segue propriamente uma linha reta e sim um formato zigue-zague com
avanços, paradas, rodeios, e até mesmo retrocessos.
• O processo de pensar se representa como uma totalidade coerente e
organizada, no que diz respeito a seus diversos aspectos, modalidades,
elementos e etapas.O pensamento é simplesmente a arte de ordenar as
matemáticas e expressá-las através do sistema linguístico.

• As pessoas possuem uma tendência ao equilíbrio, uma espécie de


impulso para o crescimento, a saúde e ao ajuste. Existem uma série de
condições que impedem e bloqueiam esta tendência. O aprendizado de
um conceito negativo de si mesmo é uma das condições bloqueadores
mais importantes. Um conceito equivocado ou negativo de si mesmo
deriva de experiências de desaprovação ou ambivalência que o sujeito
passou nas etapas iniciais de sua vida.
Quais são os tipos de pensamento?

• Os 9 tipos de pensamentos de acordo com a psicologia são os


seguintes:
• Pensamento reflexivo.
• Pensamento crítico.
• Pensamento analítico.
• Pensamento lógico.
• Pensamento sistêmico.
• Pensamento analógico.
• Pensamento criativo.
• Pensamento deliberativo.
Linguagem
Linguagem

• A linguagem fornece ao sujeito a possibilidade de expressar o


pensamento. A linguagem dá forma ao conteúdo do pensamento, não se
concebendo este sem a forma linguística. Pensamento e linguagem são
mutuamente indispensáveis, já que o primeiro se materializa no segundo
e este, por sua vez, tem uma função de significação.

• A linguagem não é um mero instrumento de expressão do pensamento,


mas sim um sistema ativo que o molda e o predetermina de um modo
específico.

• Linguagem: Sistema simbólico usado para representar os significados em


uma cultura, abrangendo a fonologia, prosódia, sintaxe, morfologia,
semântica e a pragmática.
Diferença entre linguagem e pensamento?

• A linguagem, segundo estudiosos, é uma função inata que permite ao


indivíduo simbolizar o seu pensamento e decodificar o pensamento do
outro.

• O pensamento precede a linguagem, que também é considerada outra


forma de pensamento. A etapa das imagens mentais precede a primeira
palavra da criança.
• Segundo Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, que apenas é uma das suas
formas de expressão. A formação do pensamento depende, basicamente, da coordenação
dos esquemas sensorimotores e não da linguagem. Esta só pode ocorrer depois que a
criança já alcançou um determinado nível de habilidades mentais, subordinando-se,
pois, aos processos de pensamento. A linguagem possibilita à criança evocar um objeto
ou acontecimento ausente na comunicação de conceitos. Piaget, estabeleceu uma clara
separação entre as informações que podem ser passadas por meio da linguagem e os
processos que não parecem sofrer qualquer influência dela. Este é o caso das operações
cognitivas que não podem ser trabalhadas por meio de treinamento específico feito com
o auxílio da linguagem. Por exemplo, não se pode ensinar, apenas usando palavras, a
classificar, a seriar, a pensar com responsabilidade.

• Já para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o


início da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais
superiores: ela dá uma forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da
imaginação, o uso da memória e a planificação da acção. Neste sentido, a linguagem,
diferentemente daquilo que Piaget postula, sistematiza a experiência direta das crianças
e por isso, adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os
processos que nele estão em andamento.
Imaginação

• É a capacidade que o espírito possui de representar ou de combinar


imagens de objectos ausentes, reais ou possíveis. Pela imaginação
podemos não só evocar coisas anteriormente percebidas, como
também inventar ou criar, em nosso espírito, coisas que na realidade
não existem.

• Há muitas representações imaginárias, nas quais existem ao mesmo


tempo a consciência de que nenhuma realidade objectiva lhes
corresponde e que pertencem a um mundo fantástico. Os fenómenos
imaginários são preponderantemente intuitivos.
• Na imaginação há um posicionamento da pessoa face ao objecto, que é
possuído como existente em algum lugar (mas não no aí perceptivo)
como ausente mas possível, como inexistente (ficção) ou, ainda, é
assumida frente ao imaginado uma posição de neutralidade (ausência
de qualquer afirmação quanto a existência).

• A imaginação do homem pode ser sobre o passado, sobre o presente e


sobre o futuro. Além disso, a actividade imaginativa pode ser
permanente (neste caso não se refere ao tempo determinado, mas esta
imaginação é vivenciada pelo homem que imagina).
Leis dos processos psíquicos
• Os processos psíquicos formam uma estrutura complexa integrada por múltiplas
articulações. Os elementos desta estrutura articulam-se em níveis ou planos distintos.
Nos planos mais elevados, os fenómenos psíquicos, surgem mais intensos, vivos e
precisos. Nos planos inferiores, a articulação é cada vez mais fraca, imprecisa e difusa.

• A vida psíquica apresenta-se, assim, como uma série de camadas distintas e


superpostas, é uma estratificação que se dispõe desde o plano da máxima concentração
mental ate da máxima dispersão e mínima coordenação.

• Todas as camadas do psiquismo acham-se em incessante actividade e em íntima e


permanente inter-relação. Todas elas contribuem, cada qual no seu sector, para unidade
e equilíbrio e a síntese da vida mental. E há na dinâmica do psiquismo uma
característica que deve ser realçada para a melhor compreensão do mecanismo dos
processos psíquicos normais ou anormais. As camadas inferiores, mais permissivas e
difusas são coordenadas e integradas pelas camadas superiores. Existe assim uma
hierarquia funcional regulando a actividade global do espírito.
Características dos processos Psíquicos

A análise dos processos psíquicos revela neles as seguintes características


fundamentais:

• Todo o processo psíquico apresenta grande complexidade e se


caracteriza por um conjunto de elementos;
• Todo o processo psíquico constitui uma síntese, uma estrutura e não uma
simples associação de elementos;
• Todo o processo psíquico comporta condições orgânicas e condições
psíquicas;
• Todo o processo psíquico deriva de uma ou mais tendências.
Apesar de condicionados pelo organismo e, especialmente, pelo sistema
nervoso, os processos psíquicos distinguem-se, irredutivelmente, dos
processos fisiológicos pelas seguintes características:

• Os processos psíquicos pertencem a um “eu” com o qual se encontram


relacionados;
• Os processos psíquicos têm a possibilidade de se tornarem
“conscientes”, isto é, de serem conhecidos imediata e directamente;
• Os processos psíquicos são inextensos, não sendo, portanto,
directamente mensuráveis;
• Os processos psíquicos são intencionais, isto é, tem sempre relação com
o objecto;
• Os processos psíquicos são prospectivos, isto é, tendem par realizaç0πo
de certos fins.
Particularidades dos Processos Psíquicos

• É preciso reconhecer, portanto, que todo o processo psíquico é, ao mesmo


tempo, intelectual afectivo e motor. “ A vida psicológica é una. É verdade
que para a comodidade da linguagem dizemos: a inteligência pesquisa a
verdade, a sensibilidade nos impede a amar, a vontade realiza tal acção.
Mas é o inteiro, é a alma em sua totalidade que as une em cada uma dessas
operações”.

• Além da sua unidade, a vida psíquica se caracteriza por sua natureza


essencialmente pessoal. Os processos psíquicos pertencem a um sujeito,
gravitam em torno de um eu, são vivências de uma pessoa, enfim,
representam processos de reacção, acção e expressão de uma personalidade.
• Segundo a psicologia experimental, os estudos da ciência que caem
sobre a experiência ou sobre a observação são relacionados com um
“eu”, com um ser que sente e pensa, que “se” considera como uma
unidade indivisível e individual, suporte dos diferentes processos
psicológicos, permanecendo idêntico a si mesmo, através da sua
multiplicidade.

• Todas as sensações, imagens, afeições, movimentos, tendências,


relacionados com esse “eu” psicológico formam, por essa relação, um
mesmo sistema psicológico que se chama uma personalidade
psicológica. Nenhum facto experimental autoriza sistemas psicológicos
distintos, um “eu” supraliminal e um “eu” subliminal, coexistindo
simultaneamente para ligar processos psicológicos, diferentes ou
idênticos, mas dependendo do mesmo corpo humano.
Teorias dos processos Psíquicos
Teoria da sensação
• MULLE, psicólogo alemão, observou que cada órgão sensorial so é
responsável e capaz de proporcionar um tipo de resultado: mesmo
variando um estímulo, a sensação permanece a mesma. E um mesmo
estimulo actuando em diferentes órgãos irão provocar resultados diversos.

• WEBER, diz que para sentir algo como diferente é necessário que o
excitante aumente ou diminua de intensidade dentro de uma magnitude
que não é constante e que vai depender da intensidade anterior. Para
excitantes pouco intensos, pequenas diferenças são sentidas. Para
excitantes mais fortes, as diferenças terão que ser maiores. Trata – se
então do que ficou denominado como linear diferencial.
• FECHNER, procurou dar expressão matemática a essa relação
afirmando: “a magnitude da sensação é proporcional ao logaritmo do
seu estímulo”. Ou “ enquanto o estimulo cresce em progressão
geométrica, a sensação cresce em progressão aritmética”.

• Quanto ao número dos sentidos, permanece válida a divisão original


de Aristóteles: visão, audição, olfacto, paladar e tacto, nestas
compreendidas as diferentes manifestações: pressão, dor, fria e calor.
Hoje acrescentam – se: assinestésia( relativa a movimentos, posições
musculares), equilíbrio e cinestões musculares), equilíbrio e
cinestesia(sensações internas).
Teoria da percepção
 Teoria tradicional
Lalande, ao definir a percepção, exprime com muita clareza a teoria
tradicional. Diz ele que a percepção “é o facto pelo qual um individuo,
organizando sensações presentes, interpretando – as e completando – as por
imagens e lembranças, opõem – se a um objecto que julga espontaneamente
distinto dele, real e actualmente conhecido põr ele”. A percepção supõe toda
uma construção mental pela qual as sensações vividas são exteriorizadas e
interpretadas.

 Teoria associonista
Segundo os associonistas, a percepção é um conjunto de sensações que a
associação une num todo homogéneo e ao qual a atenção confere clareza e
nitedez. A sensação, a atenção e a associação representam, de acordo com esse
ponto de vista, os elementos fundamentais do processo perceptivo.
 Teoria fenomenológica

A fenomenologia se propõe a escrever o que “aparece”, isto é, o dado


realmente vivido. Trata –se de pôr entre parênteses “hipóteses” e teorias e de
revelar simplesmente o que é vivido pela consciência.

Segundo os fenomenologistas, a sensação pura, tal como a psicologia clássica a


descrevia, é um mito. Nenhuma experiência nos revela sensação pura. Os factos
patológicos não podem ser invocados. A agnósia não é um retorno á sensação pura
originária, mas uma desagregação patológica da percepção. O resíduo de uma
percepção desorganizada não poderia ser identificada como elemento primeiro de uma
percepção normal.

Em suma, não existe nenhuma experiência da sensação pura. Não está de


modo nenhum demonstrado que a percepção seja puramente subjectiva.
 Teoria da forma

A psicologia de forma (gestalt – psychologie)


A gestalt é constituída de elementos sem significação isolada, cujo
o valor não depende de atributos da sua posição no conjunto. A
percepção de um conjunto.

Os gestaltistas não percebem os elementos á parte para os


reconstruir e os associar. Os elementos são dados a nossos sentidos
imediatamente, agrupados numa estrutura.

A Psicologia de gestalté a psicologia da totalidade. Os gestaltistas


percebem o objecto no geral, sem ter em consideração as partes ou
estruturas do mesmo.
Teoria da memória
Pode conceptualizar-se uma teoria de memória de três maneiras
diferentes, identificando os processos essenciais; ou, a um nível mais
sofisticado, descrevendo o modo como esses processos interagem no
tempo; ou; resumindo os princípios da memorização mediante o elenco
de uma série de regras pragmáticas par facilitar a retenção.

Modelos de memória
• O modelo mais usado é baseado na analogia entre a memória humana
e o funcionamento dos computadores. Tais modelos supõe a acção de
sistemas particulares de armazenamento, destinados a elaborar e
armazenar a informação.
Esse modelo da analogia pressupõe informação de armazenagem a curto termo e
armazenagem a longo termo. Se a informação não for recuperada no armazém a curto
termo, é recuperada e consolidada no armazém a longo termo, que possui grande
capacidade de armazenar informação durante a vida. No armazém a longo termo a
informação pode ser codificada em novas estruturas de organização/ou repetidamente
recuperada.

Melhoramento da retenção
• Salienta-se, por um facto importante, seja qual for a teoria de memória: quanto
maior for aprendido, melhor será a retenção.
• Muitas vezes os alunos tentam tirar apontamentos pormenorizados das leituras das
lições aconselhadas sem compreenderem o seu conteúdo. Depois de os lerem, ficam
ainda às escuras no que respeitam os princípios da lição ou das leituras. Fariam
melhor tentar compreender o que foi dito e tomar notas das ideias principais.
Compreender em primeiro lugar, tirar apontamentos pertinentes, e repetir mais
tarde, são ciosa que favorecem a retenção.
• Assim, a compreensão facilita a aprendizagem como a retenção.
Teoria da Abordagem contemporânea da imaginação

O imaginário é uma função essencial da potência da vida individual, da vida em


sociedade e da vida das sociedades. Ela está em toda parte mesmo onde não a
esperamos, como nas operações mentais mais racionais. O imaginário procede e
engloba o racionalismo. Todo o real é repensado simbolicamente par ser ao mesmo
tempo apresentável colectivamente e o servir como espelho para a “imagem” interior.
No entanto, o real social colectivo, o real psicológico individual e o real imaginário
geram entre eles semelhanças e dissemelhanças.

Na teoria da imaginação constam três níveis sucessivos do imaginário:

• O primeiro nível é o mundo empírico psicocorporal. A sua dominância é consciente e


diurna, e ele é caracterizado pela heterogenização inocturna, pelo principio de
exclusão, de não contradição, de identidade, pela capacidade de descriminação, de
distinção e de perceber o individuo como sendo o oculto. É a visão da criatura sem ver
o divino, este último sendo o espelho que revela a criatura.
• O segundo nível manifesta o mundo subtil da alma, é individual e
colectivo, receptivo, com um dominância inconsciente inocturna. Essa
capacidade de unificação vê o divino como visível sem ver a criatura,
sendo o criatural o espelho da divindade.

• O terceiro nível caracteriza o mundo das inteligências, que não é


individual, nem colectivo, nem consciente, nem diurno, nem nocturno,
nem activo, nem receptivo mas que ultrapassa e engloba as diferenças
e similitudes. Ele possui ao mesmo tempo e contraditoriamente a
capacidade de inteligência discriminativa e da visão unitiva. Aqui dois
espelhos reflectem um a outro, a divindade na criatura e o crial na
divindade, recompondo uma unidade múltipla na “unitude” que se
teofaniza.
• Portanto, há realmente no universo da imaginação diferentes níveis de
reconhecimento, nos quais a resistência oferecida pelo objecto deve ser penetrada
pela imaginação cognitiva do sujeito, de acordo com as modalidades próprias a
cada um dos níveis da realidade.

• A descoberta dos mundos que compõem o imaginário, ligada a moda de percepção


diferentes surge como um dos maiores desafios do século XXI.

• Assim a imaginação e o pensamento que lhe é associado deve estabelecer


fronteiras e atravessa-las, abrir os conceitos e fecha-los, ir do todo unitário, às
partes do todo, a fim de harmonizar a contradição.

• Além disso, o possível diálogo entre artes, ci­ências, tradições e religiões, encontra
com diferentes níveis do imaginário, uma possibilidade de concretização real.
Mecanismos dos processos Psíquicos
Mecanismo fisiológico das sensações

• A informação sensorialmente das diferentes partes do organismo para o


sistema nervoso central, ou seja, par o cérebro. O cérebro é visto como
um complexo sistema funcional, com diversos componentes agindo em
diferentes níveis. O cérebro recebe, analisa, armazena informação
enviada pelos sistemas sensoriais cuja estimulação provoca a sensação
que pode ser simples ou complexa.

• Os sinais dos sentidos misturam-se com actividade contínua do cérebro.


O cérebro, por sua vez, tem participação no controle do que os sentidos
lhe trazem, podendo permitir acesso a certas mensagens sensoriais,
enquanto bloqueia outras.
Mecanismo fisiológico da percepção

• O processo perceptivo complexo depende tanto dos sistemas sensoriais


como do cérebro. Os sistemas sensoriais detectam a informação, convertem-
na (ou fazem transdução) em impulsos nervosos. A percepção depende,
portanto, de quatro operações: detecção, transdução (conversão da energia
de uma forma para a outra), transmissão e processamento da informação.

Detecção, transdução e transmissão


• Os sentidos detectam, realizam transdução e transmitem informações
sensoriais. Cada sentido tem um elemento de detecção denominado
receptor, uma célula ou grupo de células especificamente responsável por
um determinado tipo de energia. Certas células dos ouvidos são
especialmente
• Destinadas a registrar os sons ou as vibrações do ar que são uma forma
de energia mecânica. As células do olho são muito sensíveis à luz que
é uma forma de energia electromagnética. Os receptores dos nossos
olhos respondem à luz visível, que é uma fracção diminutiva do
espectro de energia electromagnética.

• Os receptores comportam-se como transdutores. Os receptores de


nossos sentidos convertem a energia que entra nos sinais
electroquímicos que o sistema nervoso utiliza para a comunicação. Se
a energia que entra for suficientemente intensa, detonará impulsos
nervosos que transmitem informações codificadas sobre as várias
características do estímulo através de fibras nervosas específicas a
determinadas regiões do cérebro.
Mecanismos fisiológicos da memória
• O sistema nervoso é composto por biliões de neurónios e outras células. A rede
de neurónios permite que os sentidos transmitam descrições electroquímicas
daquilo que está acontecendo no ambiente do cérebro.

• As lembranças da memória são codificadas por modificações químicas


originadas dentro dos neurónios. O ADN, o ARN e as PROTEINAS são
considerados como provavelmente implicados no processo.

• O ADN (ácido desoxirribonucleico) é a substância química que codifica a


informação sobre a herança genética de cada indivíduo. Agindo dentro do núcleo
da célula, o ADN ajuda a determinar a estrutura do ARN (ácido ribonucleico),
mensageiro químico que transfere informações do ADN para o resto da célula
através do controle da produção de proteínas.
• As enzimas, ou seja, o tipo de proteínas, regulam as operações da
célula. As enzimas produzem e eliminam os neurotransmissores,
produtos químicos relacionados com os padrões de comunicação entre
os neurónios.

• As quantidades de ARN e proteínas no cérebro são responsáveis pelas


lembranças. As proteínas, por sua vez, estariam implicadas no
armazenamento de lembranças. Então, impedir sua produção deve
interferir na memória.
Mecanismos fisiológicos do pensamento

Cada pensamento certamente envolve sinais simultâneos em varias partes do


córtex cerebral, tálamo, sistema límbico e formação reticular do tronco
cerebral. Alguns pensamentos primitivos dependem provavelmente, de
forma quase total, dos centros inferiores; o pensamento da dor
provavelmente é um bom exemplo. Pois, só em raras ocasiões, a estimulação
eléctrica do córtex humano produz qualquer coisa além do grau mais leve da
dor, enquanto a estimulação de determinadas áreas do hipotálamo e
mesencéfalo frequentemente causam dor intensa, por outro lado, um tipo de
padrão de pensamento que exige em sua maior parte do córtex cerebral é da
visão, porque a perda do córtex visual causa incapacidade completa de
perceber a forma visual ou a cor.
Mecanismos fisiológicos da imaginação

• O exercício perfeito da imaginação exige, como


condição fisiológica, o equilíbrio orgânico e a
integridade funcional do sistema nervoso. Os distúrbios
fisiológicos reflectem-se na actividade imaginativa,
deprimindo-a ou exaltando-a.
Perturbações dos processos Psíquicos
Perturbações da sensação
• As perturbações da sensação são: quantitativas e qualitativas.

1. As quantitativas podem ser:

a)Hiperestesia – aumento de sensação pelo estimulo normal;


b)Hipostesia – diminuição de sensação pelo estimulo normal;
c)Anestesia – falta de sensação; não aumenta, nem diminui.
2. As qualitativas podem ser:

a) Perestesias – são sensações inadequadas produzidas por um


estímulo que habitualmente produz outra sensação ou não alcança
o umbral mínimo de sensibilidade. Resposta que não é adequada
para um estímulo não adequado.

b) Cenestropatias – são sensações imprecisas e


desagradáveis procedentes dos órgãos
internos e dos músculos. Por exemplo: uma pessoa
diz: “ uma coisa está a subir; descer, morder, picar, no
estômago”.
Perturbação da percepção
Os transtornos da percepção podem ser:

• Ilusões – falsa percepção do objecto realmente existente no campo sensorial do


sujeito. Substituição do objecto real.

• Alucinações – falsa percepção do objecto que no momento da vivência não


existe no campo sensorial do sujeito. Falsa percepção do objecto que não existe
no campo sensorial.

• Pseudo alucinações – falsa percepção, fora do campo sensorial, de um objecto


que não está presente no meio ambiente no momento que se produz a vivência.
• Metamorfose – é a ilusória percepção dos objectos reais em que está
alterada a sensação de suas qualidades especiais. Os objectos são
percebidos como pequenos, maiores ou com distinta forma, o que não
constitui a realidade.

• Alteração de esquema corporal - é a ilusória percepção do próprio corpo.

• Ilusória percepção do tempo – percepção errada do tempo, pensa que o


tempo passa rapidamente. Isto também acontece com pessoas normais.

• Afasia sensorial – este sintoma é a defeituosa percepção da linguagem


oral ou escrita (dificuldade da linguagem oral ou escrita).
• Desrealização – o sujeito não percebe verdadeiramente o objecto, não tem
consciência de sua vivência e o reflexo da realidade. O sujeito manifesta
esta alteração da percepção dizendo que percebe as coisas com a mesma
percepção e claridade que antes. Os objectos que dão sensação não são
objectos reais (troca pasta por papéis).

• Despersonalização – é a alteração da compreensão dos fenómenos psíquicos


que se desenvolve no próprio corpo do sujeito. O sujeito sente e pensa que é
uma outra pessoa a falar e a pensar, em seu lugar; acha que existe uma outra
pessoa dentro de s.

• Transformação – pensa, acha que não é ele, é outra pessoa distinta, pensa
que a face, os membros, os órgãos genitais são grandes ou pequenos.
Perturbações da memória
As perturbações da memória podem ser quantitativas e qualitativas.

 Quantitativas:

• Hipomnésia – é a debilitação ou diminuição de memória. Este transtorno afecta ambos


processos mnésicos, tanto a memória de fixação (actual), como a memória de evocação
(passada).

• Amnésia – perda total ou quase total das lembranças referentes a um período de tempo
determinado, ou um fenómeno ou acontecimento.

• Hipermnésia – é o aumento da memória de produção, os pacientes com hipermnésia


lembram exactamente acontecimentos que pareciam não ter sido objecto de sua atenção, e
o que não tinham lembrado durante muito tempo.
 Qualitativas:

• Paramnésia – factos que aconteceram mas conta de forma, acrescenta.


Factos que não aconteceram, o individuo conta como realidade. São
lembranças deformadas. Os factos reais são contados de outra forma e
factos que não tiveram lugar são evocados ou lembrados como reais.

1) Falsas lembranças ou reminiscências – quando um individuo lembra


de forma figurada ou quase sempre um facto que realmente
aconteceu.
2) Confabulação – o paciente lembra como reage os factos ou
acontecimentos que nunca tiveram lugar.
Perturbação de pensamento
A perturbação do pensamento pode ser de acordo com a origem, o curso e o
conteúdo.
1) Origem

 Autista – é o pensamento que em vez de reflectir os fenómenos que


desenvolvem no momento presente, no meio circundante ao sujeito e as
recordações e representações com ele associados, se nutre
exclusivamente de outras recordações, de representações ou vivências
alucinatórias que não estão relacionadas com a realidade actual.

 Interpenetrado – pensamento em que se mistura coisas reais e fantasias.


2) Curso

o Lentificação do pensamento – atraso na associação de ideias que constituem


o processo racional, independentemente do conteúdo das mesmas ser normal.

o Aceleração do pensamento – consiste no desenvolvimento exageradamente


rápido do processo racional, independentemente de qual seja o seu conteúdo.
Há fuga de ideias.

o Desagregação - é a associação de conceitos incongruentes e se manifesta


quando o paciente se expressa com frases de orações correctas pela sua
estrutura gramatical, mas desenvolve pensamento que não tem nenhuma
conexão lógica entre si.
o Detalhação prolicidade – manifesta-se por insignificação para detalhar
ideias principais do discurso.

o Incoerência – é a falta de conexão lógica e conceptual entre os distintos


componentes que intervêm no desenvolvimento do pensamento. O
discurso do paciente está formado por um conjunto de palavras
incompreensíveis e não existe nenhuma conexão lógica e gramatical.

o Roubo ou interrupção do pensamento – o paciente interrompe o seu


discurso sem que haja simultaneamente outros sintomas de alteração de
pensamentos, fica com a concepção de que estão a roubar o seu
pensamento.
3. Conteúdo
o Ideia fixa – é a ideia que se repete no campo da consciência do paciente; é uma ideia
real que terá acontecido em certa circunstancia, se repete sem intervenção do paciente
e contra a sua vontade.

o Ideia obsessiva – é a ideia que tem características da ideia fixa, se repete com muita
intensidade e resulta incómoda para o paciente a sua presença no campo da
consciência se faz mais insistente quando p paciente faz mais esforço para a desalojar
da sua mente. Pode ser acompanhada de medo e temor.

o Ideia fóbica – a ideia fixa se denomina fóbica quando expressa medo e temor. Nestes
casos o paciente fica influenciado pelo seu temor, não pode evitar a presença dessas
ideias.

o Ideia sobrevalorada – é a imagem psíquica que reflecte um fenómeno real. O paciente


atribui uma importância ou característica que realmente não tem.

o Ideia delirante – a ideia delirante é a falsa imagem de um fenómeno que não se tenha
produzido ou a imagem deformada que um sucesso de realmente teve lugar.
Perturbações da imaginação

• As alterações da imaginação se traduzem por uma exaltação ou


depressão na produção na produção das imagens. A hipertrofia da
imaginação se acompanha as vezes da mitomania, que é a necessidade
mórbida de inventar e de mentir. A actividade imaginativa se exalta
nos estados histéricos, paranóicos, parafrénicos, toxicomaníacos, etc. a
imaginação se deprime nos estados demenciais, confusionais,
oligofrénicos, etc.

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