Aula 05 Da Formação Dos Contratos

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▪ Complementando a última aula, sobre a

interpretação de contratos, há de observar a


INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO.
▪ Devemos observar os artigos do Capítulo V “Da
Invalidade do Negócio Jurídico” do Código Civil,
arts. 166 a 184, como os prazos prescricionais,
vícios, dolos, negocio simulado, coação, estado de
perigo, fraude contra credores, a intenção do
menor entre 16 e 18 anos.
▪ Arts. 25, 51 XVI do CDC.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

1. A MANIFESTAÇÃO DA VONTADE
Vontade humana se processa inicialmente na mente das
pessoas. É o momento subjetivo, psicológico,
representado pela própria formação do querer.
O momento objetivo é aquele em que a vontade se revela
por meio da declaração. Somente nesta fase ela se torna
conhecida e apta a produzir efeitos nas relações
jurídicas.
Por isso se diz que, em rigor, é a declaração da vontade,
e não ela própria, que constitui requisito de existência
dos negócios jurídicos e, conseguintemente, dos
contrato.
▪ O CONTRATO É UM ACORDO DE VONTADES QUE
TEM POR FIM CRIAR, MODIFICAR OU EXTINGUIR
DIREITOS.
▪ Constitui o mais expressivo modelo de negócio jurídico
bilateral.
▪ A manifestação da vontade pode ser expressa ou
tácita. Poderá ser tácita quando a lei não exigir que
seja expressa (CC, art. 111). Expressa é a exteriorizada
verbalmente, por escrito, gesto ou mímica, de forma
inequívoca. Algumas vezes a lei exige o consentimento
escrito como requisito de validade da avença.
▪O silêncio pode ser interpretado como
manifestação tácita da vontade quando as
circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não
for necessária a declaração de vontade expressa
(CC, art. 111), e, também, quando a lei o autorizar,
como nos arts. 539 (doação pura), 512 (venda a
contento, quando não estiver satisfeito), 432 (praxe
comercial) etc., ou, ainda, quando tal efeito ficar
convencionado em um pré-contrato.
▪ 2. NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES
▪ O contrato resulta de duas manifestações de vontade:
▪ A PROPOSTA E A ACEITAÇÃO.
▪ A primeira, também chamada de oferta, policitação ou
oblação, dá início à formação do contrato e não
depende, em regra, de forma especial.
▪ Nem sempre, no entanto, o contrato nasce
instantaneamente de uma proposta seguida de uma
imediata aceitação.
▪ Na maior parte dos casos a oferta é antecedida de
uma fase, às vezes prolongada, de negociações
preliminares caracterizada por sondagens,
conversações, estudos e debates (tractatus,
trattative, pourparlers), também denominada
fase da puntuação.
▪ Nesta, como as partes ainda não manifestaram a sua
vontade, não há nenhuma vinculação ao negócio.
▪ Qualquer delas pode afastar-se, simplesmente
alegando desinteresse, sem responder por
perdas e danos. Mesmo quando surge um projeto ou
minuta, ainda assim não há vinculação das pessoas.
▪ Tal responsabilidade só ocorrerá se ficar
demonstrada a deliberada intenção, com a falsa
manifestação de interesse, de causar dano ao
outro contraente, levando-o, por exemplo, a perder
outro negócio ou realizando despesas.
▪ O fundamento para o pedido de perdas e danos da
parte lesada não é, nesse caso, o inadimplemento
contratual, mas a prática de um ilícito civil (CC, art.
186).
Embora as negociações preliminares não
gerem, por si mesmas, obrigações para
qualquer dos participantes, elas fazem surgir,
entretanto, deveres jurídicos para os
contraentes, decorrentes da incidência do
princípio da boa-fé, sendo os principais os
deveres de lealdade e correção, de
informação, de proteção e cuidado e de
sigilo.
▪ A violação desses deveres durante o transcurso das
negociações é que gera a responsabilidade do
contraente, tenha sido ou não celebrado o contrato.
▪ Essa responsabilidade ocorre, pois, não no
campo da culpa contratual, mas da aquiliana
(extracontratual), somente no caso de um deles
induzir no outro a crença de que o contrato será
celebrado GEROU EXPECTATIVA, levando-o a
despesas ou a não contratar com terceiro etc. e
depois recuar, causando-lhe dano. Essa
responsabilidade tem, porém, caráter excepcional
▪ Na Jornada de Direito Civil realizada em Brasília em
setembro de 2002, já mencionada (STJ-CJF), foi
aprovada a Conclusão n. 25, do seguinte teor: “O art.
422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação,
pelo julgador, do princípio da boa-fé nas fases
pré e pós-contratual”.
▪ Pode-se afirmar que, mesmo com a redação
insuficiente do aludido art. 422, nela estão
compreendidas as tratativas preliminares,
antecedentes do contrato, que podem acarretar a
responsabilidade pré-contratual.
▪ Também surgem, nas tratativas, deveres de lealdade,
decorrentes da simples aproximação pré-contratual.
▪ Censura-se, assim, quem abandona
inesperadamente as negociações já em
adiantado estágio, depois de criar na outra parte
a expectativa da celebração de um contrato para
o qual se preparou e efetuou despesas, ou em
função do qual perdeu outras oportunidades.
▪ Proclamou a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça
que “a responsabilidade pré-contratual não decorre do
fato de a tratativa ter sido rompida e o contrato não ter
sido concluído, mas do fato de uma das partes ter
gerado à outra, além da expectativa legítima de que o
contrato seria concluído, efetivo prejuízo material”.
▪ Frisou o relator que, no caso sub judice, “houve
o consentimento prévio mútuo, a afronta à boa-
fé objetiva com o rompimento ilegítimo das
tratativas, o prejuízo e a relação de causalidade
entre a ruptura das tratativas e o dano sofrido.
▪ De outra feita, a mesma Turma decidiu que a
responsabilidade pré-contratual pode gerar dever
de indenizar despesas, mesmo que o contrato não
seja fechado.
▪ Asseverou o relator que, “na fase de nascimento,
o princípio da boa-fé objetiva já impõe deveres às
partes, ainda que não tenha ocorrido a celebração
definitiva do ato negocial.
▪ Antes mesmo da conclusão do negócio
jurídico, são estabelecidas entre as pessoas
certas relações de fato, os chamados
‘contatos sociais’, que dão origem a deveres
jurídicos, cuja violação importa
responsabilidade civil.
▪ 3. A PROPOSTA

▪ 3.1. Conceito e características


▪ A oferta traduz uma vontade definitiva de contratar
nas bases oferecidas, não estando mais sujeita a
estudos ou discussões, mas dirigindo-se à outra
parte para que a aceite ou não, sendo, portanto, um
negócio jurídico unilateral, constituindo elemento da
formação contratual.
▪ CC Art. 759. A emissão da apólice deverá ser precedida de
proposta escrita com a declaração dos elementos
essenciais do interesse a ser garantido e do risco.
▪ CDC Art. 35 (Leitura).
▪ Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços
recusar cumprimento à oferta, apresentação ou
publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e
à sua livre escolha:

▪ I - exigir o cumprimento forçado da obrigação,


nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;
▪ II - aceitar outro produto ou prestação de serviço
equivalente;
▪ III - rescindir o contrato, com direito à restituição
de quantia eventualmente antecipada,
monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
▪ Pode-se dizer, então, que proposta, oferta, policitação
ou oblação “é uma declaração receptícia de
vontade, dirigida por uma pessoa a outra (com
quem pretende celebrar um contrato), por força
da qual a primeira manifesta sua intenção de se
considerar vinculada, se a outra parte aceitar”.
▪ Representa ela o impulso decisivo para a
celebração do contrato, consistindo em uma
declaração de vontade definitiva. Distingue-se
nesse ponto das negociações preliminares, que não
têm esse caráter e não passam de estudos e
sondagens, sem força obrigatória.
▪ Aquela, ao contrário, cria no aceitante a
convicção do contrato em perspectiva, levando-
o à realização de projetos e às vezes de
despesas e à cessação de alguma atividade.
▪ Por isso, vincula o policitante, que responde por todas
essas consequências, se injustificadamente retirar-se
do negócio.
▪ A proposta deve conter todos os elementos essenciais do
negócio proposto, como:
▪ preço,
▪ quantidade,
▪ tempo de entrega,
▪ forma de pagamento etc.
▪ Deve também ser séria e consciente, pois vincula o
proponente (CC, art. 427).
▪ Deve ser, ainda, clara, completa e inequívoca, ou seja, há
de ser formulada em linguagem simples, compreensível ao
oblato, mencionando todos os elementos e dados do
negócio necessários ao esclarecimento do destinatário e
representando a vontade inquestionável do proponente.
▪ - CONSULTE CONDIÇÕES;
▪ - SUJEITO ANÁLISE DE CRÉDITO;
▪ - IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA;
▪ - CC Art. 759. A emissão da apólice deverá ser
precedida de proposta escrita com a declaração dos
elementos essenciais do interesse a ser garantido e
do risco.
▪ - CC Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos,
quando as declarações de vontade emanarem de
erro substancial que poderia ser percebido por
pessoa de diligência normal, em face das
circunstâncias do negócio.
▪ A oferta é um negócio jurídico receptício, pois a
sua eficácia depende da declaração do oblato
(pessoa a quem é direcionada a proposta de
contrato).
▪ Não tem, entretanto, força absoluta, gerando desde logo
direitos e obrigações. Não se pode assim dizer que
equivale ao contrato.
▪ Não perde o caráter de negócio jurídico receptício
se for endereçada não a uma pessoa determinada,
mas assumir a forma de oferta aberta ao público,
como nos casos de mercadorias expostas em
vitrinas, feiras ou leilões com o preço à mostra,
bem como em licitações e tomadas de preços para
contratação de serviços e obras.
▪ O art. 429 do atual Código Civil declara que “a oferta
ao público equivale a proposta quando encerra os
requisitos essenciais ao contrato, salvo se o
contrário resultar das circunstâncias ou dos usos”.
▪ Em geral entende-se que é limitada ao estoque
existente. Acrescenta o parágrafo único que
“pode revogar-se a oferta pela mesma via de
sua divulgação, desde que ressalvada esta
faculdade na oferta realizada”.
▪ A oferta aberta ao público vale como proposta
obrigatória, pois, quando contém todos os
elementos essenciais do contrato.
▪ 3.2. A oferta no Código Civil
▪ 3.2.1. A força vinculante da oferta
▪ Dispõe o art. 427 do Código Civil:
▪ “A proposta de contrato obriga o proponente, se o
contrário não resultar dos termos dela, da natureza do
negócio, ou das circunstâncias do caso”.
▪ Portanto, repetindo: desde que séria e consciente, a
proposta vincula o proponente.
▪ A obrigatoriedade da proposta consiste no ônus,
imposto ao proponente, de mantê-la por certo
tempo a partir de sua efetivação e de responder
por suas consequências, por acarretar no oblato
uma fundada expectativa de realização do
negócio, levando-o muitas vezes, como já dito, a
elaborar projetos, a efetuar gastos e despesas, a
promover liquidação de negócios e cessação de
atividade etc. O Harrier valia em 1991 US$18 milhões
de dólares.
▪ A LEI ABRE, ENTRETANTO, VÁRIAS EXCEÇÕES A
ESSA REGRA.
▪ DENTRE ELAS NÃO SE ENCONTRAM, TODAVIA, A
MORTE OU A INTERDIÇÃO DO POLICITANTE
(AQUELE QUE FAZ A OFERTA/PROPOSTA). ART.
427 CC.
▪ Nesses dois casos, respondem,
respectivamente, os herdeiros e o curador do
incapaz pelas consequências jurídicas do ato.
▪ Com efeito, a morte intercorrente não desfaz a
promessa, que se insere como elemento passivo
da herança. A proposta se transmite aos
herdeiros como qualquer outra obrigação.
▪ Estes somente poderão retratar-se na forma do art.
428, IV, do atual diploma. O princípio, como adverte
Sílvio Venosa, evidentemente não se aplica a uma
proposta de obrigação personalíssima.
▪ Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
▪ IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao
conhecimento da outra parte a retratação do
proponente.
▪ 3.2.2. PROPOSTA NÃO OBRIGATÓRIA
▪ As exceções referidas no item anterior encontram-se
na segunda parte do art. 427.
▪ Desse modo, a proposta de contrato obriga o
proponente, “se o contrário não resultar dos termos
dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do
caso”.
▪ A oferta não obriga o proponente, em primeiro lugar,
se contiver cláusula expressa a respeito. É quando o
próprio proponente declara que não é definitiva e se
reserva o direito de retirá-la. Muitas vezes a aludida
cláusula contém os dizeres: “proposta sujeita a
confirmação” ou “não vale como proposta”.
▪ Neste caso a ressalva se incrusta na proposta
mesma e o aceitante, ao recebê-la, já a conhece
e sabe da sua não obrigatoriedade.
▪ Se ainda assim a examinar e estudar, será com seu
próprio risco, pois não advirá nenhuma consequência
para o proponente se optar por revogá-la, visto que
estará usando uma faculdade que a si mesmo se
reservou.
▪ Em segundo lugar, a proposta não obriga o proponente em
razão da natureza do negócio.
▪ É o caso, por exemplo, das chamadas propostas
abertas ao público, que se consideram limitadas ao
estoque existente e encontram-se reguladas no art.
429 do atual diploma.
▪ E, por último, a oferta não vincula o proponente em razão
das circunstâncias do caso, mencionadas no art. 428 do
mesmo diploma. Não são, portanto, circunstâncias quaisquer,
mas aquelas a que a lei confere esse efeito. O referido
dispositivo declara que a proposta deixa de ser obrigatória:

▪ “I – Se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi


imediatamente aceita...”.
▪ Quando o solicitado responde que irá estudar a
proposta feita por seu interlocutor, poderá este
retirá-la.
▪ É “pegar ou largar, e se o oblato não responde logo,
dando pronta aceitação, caduca a proposta, liberando-
se o proponente”.
▪ Considera-se também presente – aduz o dispositivo em
tela – “a pessoa que contrata por telefone ou por meio
de comunicação semelhante”.
▪ Presente, portanto, é aquele que conversa
diretamente com o policitante, mesmo que por
algum outro meio mais moderno de comunicação a
distância, e não só por telefone, e ainda que os
interlocutores estejam em cidades, Estados ou países
diferentes.
▪ Se a comunicação entre as partes é feita pela
Internet, estando ambas em contato simultâneo, a
hipótese merece o mesmo tratamento jurídico
conferido às propostas feitas por telefone, por se
tratar de comunicação semelhante, só se tornando
obrigatória a policitação se for imediatamente aceita.
▪ Todavia, o mesmo não deve suceder com a proposta feita
por via de e-mail, não estando ambos os usuários da rede
simultaneamente conectados. OU SEJA NÃO É NO
MESMO MOMENTO

▪ “II – Se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido


tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento
do proponente”.
▪ O prazo suficiente para a resposta varia conforme as
circunstâncias. É o necessário ou razoável para que
chegue ao conhecimento do proponente e denomina-
se prazo moral. Entre moradores próximos, não deve
ser muito longo. Diferente será o entendimento se os
partícipes do negócio residirem em locais distantes e
de acesso difícil e demorado.

▪ “III – Se, feita a pessoa ausente, não tiver sido


expedida a resposta dentro do prazo dado”.
▪ OFERTAS TEM PRAZO PARA FINDAR SUAS
PROPOSTAS
▪ Se foi fixado prazo para a resposta, o proponente terá
de esperar pelo seu término. Esgotado, sem
resposta, estará este liberado, não
prevalecendo a proposta feita.

▪ “IV – Se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao


conhecimento da outra parte a retratação do
proponente”.
▪ 3.3. A oferta no Código de Defesa do Consumidor

▪ O Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90)


regulamenta, nos arts. 30 a 35, a proposta nos contratos
que envolvem relações de consumo. Preceituam eles que
deve ser séria, clara e precisa, além de definitiva, como
também o exige o Código Civil.
▪ Entretanto, naquele a oferta é mais ampla, pois
normalmente dirige-se a pessoas indeterminadas. A
distinção básica é a destinação do Código de Defesa do
Consumidor à contratação em massa, como regra geral.
▪ No tocante aos efeitos, a recusa indevida de dar
cumprimento à proposta dá ensejo à execução
específica (arts. 35, I, e 84), consistindo opção
exclusiva do consumidor a resolução em perdas e
danos.
▪ Além de poder preferir a execução específica (CDC,
art. 35, I), o consumidor pode optar por, em seu lugar,
“aceitar outro produto ou prestação de serviço
equivalente” (II) ou, ainda, por “rescindir o contrato,
com direito à restituição de quantia eventualmente
antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e
danos” (III).
▪ O art. 34 do referido diploma, por sua vez, estabelece
solidariedade entre o fornecedor e seus prepostos ou
representantes autônomos.

▪ Em conformidade com o art. 30 do diploma


consumerista, toda informação ou publicidade,
suficientemente precisa, veiculada por qualquer
forma ou meio de comunicação com relação a
produtos ou serviços oferecidos ou
apresentados, obriga o fornecedor, integrando o
contrato.
▪ A oferta deve ser clara, precisa, veiculada em língua
portuguesa e de fácil entendimento.
▪ Se uma empresa construtora, por exemplo, menciona
na propaganda das unidades habitacionais à venda que
estas são dotadas de determinado acabamento
(azulejos, metais e pisos de determinada marca ou
qualidade, p. ex.), tais informações erigem-se à
condição de verdadeiras cláusulas contratuais.
▪ A proposta aberta ao público, por meio de exibição de
mercadorias em vitrinas, catálogos, anúncios nos
diversos meios de divulgação etc., vincula o
ofertante.
▪ O fornecedor deve assegurar não apenas o preço e as
características dos produtos e serviços, mas também
as quantidades disponíveis em estoque. Deve,
assim, atender à clientela nos limites do
estoque informado, sob pena de
responsabilidade.
▪ 4. A ACEITAÇÃO
▪ 4.1. Conceito e espécies

▪ Aceitação é a concordância com os termos da


proposta. É manifestação de vontade
imprescindível para que se repute concluído o
contrato, pois, somente quando o oblato se
converte em aceitante e faz aderir a sua vontade à
do proponente, a oferta se transforma em contrato.
▪A ACEITAÇÃO CONSISTE, PORTANTO, “NA
FORMULAÇÃO DA VONTADE CONCORDANTE DO
OBLATO, FEITA DENTRO DO PRAZO E ENVOLVENDO
ADESÃO INTEGRAL À PROPOSTA RECEBIDA”
▪ Para produzir o efeito de aperfeiçoar o contrato
a aceitação deve ser pura e simples. Se
apresentada “fora do prazo, com adições,
restrições, ou modificações, importará nova
proposta” (CC, art. 431), comumente
denominada contraproposta.
▪ Como a proposta perde a força obrigatória depois de
esgotado o prazo concedido pelo proponente, a
posterior manifestação do solicitado ou oblato
também não obriga o último, pois aceitação não
temos e, sim, nova proposta.
▪ O mesmo se pode dizer quando este não aceita a
oferta integralmente, introduzindo-lhe restrições ou
modificações.
▪ A aceitação pode ser expressa ou tácita. A primeira
decorre de declaração do aceitante, manifestando a
sua anuência; a segunda, de sua conduta, reveladora
do consentimento.

▪ O art. 432 do Código Civil menciona duas hipóteses de


aceitação tácita, em que se reputa concluído o
contrato, não chegando a tempo a recusa:
▪ a) quando “o negócio for daqueles em que não seja
costume a aceitação expressa”;
▪ b) ou quando “o proponente a tiver dispensado”.
▪ Se, por exemplo, um fornecedor costuma remeter os
seus produtos a determinado comerciante, e este, sem
confirmar os pedidos, efetua os pagamentos, instaura-
se uma praxe comercial.
▪ Se o último, em dado momento, quiser interrompê-la,
terá de avisar previamente o fornecedor, sob pena de
ficar obrigado ao pagamento de nova remessa, nas
mesmas bases das anteriores.
▪ OU SEJA, HÁ UMA PRÉ CONCEPÇÃO DE UM HÁBITO...
▪ 4.2. Hipóteses de inexistência de força vinculante da aceitação

▪ duas hipóteses em que tal manifestação de vontade deixa de ter força


vinculante:

▪ a) Se a aceitação, embora expedida a tempo, por motivos imprevistos,


chegar tarde ao conhecimento do proponente (CC, art. 430, primeira
parte) –
▪ Assim, se, embora expedida no prazo, a aceitação chegou
tardiamente ao conhecimento do proponente, quando este,
estando liberado em virtude do atraso involuntário, já
celebrara negócio com outra pessoa, a circunstância deverá
ser, sob pena de responder por perdas e danos, imediatamente
comunicada ao aceitante, que tem razões para supor que o contrato
esteja concluído e pode realizar despesas que repute necessárias ao
seu cumprimento. Assim o exige a segunda parte do mencionado art.
430.
▪ b) Se antes da aceitação, ou com ela, chegar ao
proponente a retratação do aceitante – Dispõe,
com efeito, o art. 433 do Código Civil que se
considera “inexistente a aceitação, se antes dela
ou com ela chegar ao proponente a retratação do
aceitante”. Verifica-se que a lei permite também a
retratação da aceitação.
▪ Neste caso, a “declaração da vontade, que continha a
aceitação, desfez-se, antes que o proponente pudesse
tomar qualquer deliberação no sentido da conclusão do
contrato”
▪ 5. MOMENTO DA CONCLUSÃO DO CONTRATO
▪ 5.1. Contratos entre presentes

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