Defesa Contra Aviação e Blindados Hoje
Defesa Contra Aviação e Blindados Hoje
Defesa Contra Aviação e Blindados Hoje
BLINDADOS
Generalidades
Nos dias atuais a aeronave é cada vez mais empregada em combate,
quer como meio de ataque, reconhecimento apoio de fogo ou
transporte. A sofisticação tecnológica faz dos aviões e helicópteros
uma ameaça temível e aparentemente invulnerável à ação do
combatente individual. No entanto podem ser tomadas diversas
medidas passivas, que dificultem ou impossibilitem a descoberta de
nossas posições pelas aviações inimigas, ou medidas ativas, de
caráter francamente agressivo, que permitam enfrentar as aeronaves
atacantes neutralizando sua ação, repelindo-as, ou mesmo chegando
a abatê-las.
Medidas passivas
a. Dispersão – A dispersão da tropa, das viaturas e das instalações dificulta a sua localização e não
oferece alvo compensador ao inimigo aéreo. Deve ser mantida uma distância de, pelo menos, cinco
passos entre os homens.
b. Camuflagem – Devem ser adotadas as medidas de camuflagem necessárias para dificultar a
observação aérea.
c. Vigilantes do ar – para que o alerta de um ataque aéreo seja dado em tempo útil, favorecendo a
possibilidade de uma reação, principalmente nas colunas de marcha, colunas motorizadas e nos
estacionamentos, devem ser escalados vigilantes do ar. Ao perceber o aparecimento de aeronaves
inimigas ou não identificadas, o vigilante do ar ou o primeiro que avistar dará o alarme, através de
um sinal convencionado, ou gritará: ALERTA AVIÃO! (AVIÕES).
1) Estando a tropa em terreno limpo, os homens deitam-se e ficam imóveis. Se houver tempo,
deverão procurar cobertas e abrigos.
2) Estando em marcha por estradas, abandonam seu leito, procurando cobertas e abrigos nas
proximidades, ou deitam nas suas margens.
3) Estando em posição ou em estacionadas, procuram o abrigo ou a coberta mais próxima,
permanecendo imóveis.
4) À noite todas as luzes deverão ser apagadas.
MEDIDAS ATIVAS
a. A defesa ativa é realizada empregando o máximo de volume de fogos, tanto de armas antiaéreo
como de todas as outras armas leves orgânicas (fuzis, fuzis-metralhadores e metralhadoras).
b. Em princípio, constituem alvos aéreos para as tropas que não possuem armamento antiaéreo, as
aeronaves de pequena velocidade (aviões a hélice e helicópteros) voando baixo e os aviões de
ataque ao empregarem a técnica de aproximação e ataque à baixa altura.
c. Volume de fogo – À primeira vista parece impossível abater uma aeronave moderna, com toda
sua sofisticação, empregando-se apenas armas leves. No entanto, se esse armamento for
utilizado para lançar a máxima quantidade possível de projetis no trajeto de um avião, há boa
probabilidade que algum desses projetis o atinjam, danificando-o ou destruindo-o. Na pior das
hipóteses o piloto inimigo terá o seu trabalho tão prejudicado que poderá ser obrigado a retrair
ou desviar-se do cumprimento de sua missão. Para que se obtenha tal volume do fogo, todos os
homens deverão atirar tão rápido quanto for possível, mesmo que para isso prejudiquem um
pouco a precisão. O essencial é conseguir o máximo de projetis no ar à frente do avião (figura
01).
FIGURA 01
a. Como atirar
1) Se o avião estiver atacando sua posição o combatente deve atirar no nariz do avião (figura
02).
1) Se o avião não o está atacando, o combatente aponta com um avanço de
aproximadamente 100m para os aviões de grande velocidade (jatos) ou 50m
para os de pequena velocidade (aviões a hélice e helicópteros) (figura 04 e
figura 05).
Generalidades
ESCOTILHA DO ATIRADOR
ESCOTILHA
DO ATIRADOR
RODAS DE
LAGARTAS APOIO
S
Vulnerabilidade e limitações dos blindados
1) Bases de antenas.
Equipamentos eletrônicos de tiro e visão noturna
a. Observação – blindagem que protege a guarnição limita-
lhe a observação. Quanto maior for a proteção de
blindagem, mais restrita será a capacidade de observação.
Quando um carro está pronto para o combate, a
visibilidade da guarnição é limitada a umas poucas fendas
estreitas na blindagem ao pequeno campo visual de seus
periscópios. A velocidade e os solavancos prejudicam
muito a observação e os homens não tem tempo para
reconhecer o terreno cuidadosamente.
b. Ruído – o ruído no interior dos veículos blindados torna
difícil a seus ocupantes a ouvirem os sons externos, o
barulho do motor e das lagartas de um carro ensurdecem
de tal maneira os homens, que estes, normalmente ficam
incapacitados de ouvirem os disparos das armas inimigas.
c. Imprecisão do tiro – é muito difícil fazer pontaria com
qualquer arma, do interior de um engenho mecanizado,
quando em movimento. O tiro é muito impreciso,
principalmente deslocando-se em terreno variado.
d. Sensibilidade ao terreno – em quase todos os terrenos, a
acidentes que podem dificultar ou mesmo impedir a
passagem de um carro, obrigando-o a mudar de direção.
e. Interiores apertados – todos os veículos blindados
dispõem de pouco espaço e os homens das guarnições
ficam atravancados; o resultado é que se um projétil
penetrar num desses carros, poderá, facilmente, ferir
vários ou todos os seus tripulantes. O interior de aço faz
com que o projétil, ou seus fragmentos, ricocheteie ou se
despedacem, podendo atingir toda a guarnição.
Medidas Passivas