João Guimarães Rosa

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João Guimarães Rosa

Primeiras Estórias

Antonio José Farias da Rocha


Henrique Schneider
Pedro Rodrigues Britz
Tobias pinheiro
Contexto Histórico

• Fim do estado novo (1937-1945);


• Redemocratização do País;
• Fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945);
• Polarização Mundial;
• Início da Guerra Fria (1947-1991);
• Golpe Militar (1964-1985)
Características
• Academicismo;
• Passadismo e retorno ao passado;
• Oposição à liberdade formal;
• Experimentações artísticas (ficção experimental);
• Realismo fantástico (contos fantásticos);

Terceira geração • Retorno à forma poética (valorização da métrica e da


rima);
modernista •

Influência do Parnasianismo e Simbolismo;
Inovações linguísticas e metalinguagem;
(1945-1980) •

Regionalismo universal;
Temática social e humana;
• Linguagem mais objetiva.
JOÃO GUIMARÃES ROSA
VIDA (1908-1967)
• João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais, 27 de junho de
1908;
• Estudioso de Línguas;
• Em 1929 escreve seus primeiros contos;
• Se forma em 1930 na Faculdade de Medicina
da Universidade de Minas Gerais;
• No mesmo ano se casa com Ligia Cabral Penna;
• Foi Oficial Médico do 9º Batalhão de Infantaria;
• quando em 1934, ingressa para a carreira
diplomática, no Itamaraty;
• Patrono da cadeira nº 2 na Academia
Brasileira de Letras.
citação- Discurso de
posse
“Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas
duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras
palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio
São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque
amo os grandes rios, pois são profundos como a alma
de um homem. Na superfície são muito vivazes e
claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros
como o sofrimento dos homens.”
Características
Literárias
• Contos, novelas, romances.
• Ambientadas pelo sertão brasileiro;

Algumas Obras •

Ênfase nos temas nacionais
Regionalismo
• Obras mediadas por uma linguagem
• Grande Sertão: Veredas (1956)
• inovadora (invenções linguísticas, arcaísmo,
Primeiras Estórias (1962)
• palavras populares e neologismos).
Campo Geral (1964)
• Noites do Sertão (1965)
• Magma (1936) - Prêmio da Academia Brasileira de
Letras
• Sagarana (1946) - Prêmio Filipe d'Oliveira e Prêmio

Obras
Humberto de Campos
• Grande sertão: Veredas (1956) - Prêmio Machado de
Assis, Prêmio Carmen Dolores Barbosa e o Prêmio
premiadas Paula Brito
• Primeiras Estórias (1962) - Prêmio do PEN Clube do
Brasil
Grande sertão: veredas
(1956
• Uma das obras mais)emblemáticas do escritor;
• Traduzida para muitas línguas;
• Prêmio Machado de Assis, recebido em 1961;
• Linguagem coloquial, regionalista e original;
• Acontece em Goiás e nos Sertões de Minas Gerais e
Bahia;
• A obra retrata as aventuras e peripécias do ex-jagunço
Riobaldo e de seu grande amor: Diadorim
CITAÇÕES
• “O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que
as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que
elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam.”

• “O diabo existe e não existe. Dou o dito. Abrenúncio. Essas melancolias.


O senhor vê: existe cachoeira; e pois? Mas cachoeira é barranco de chão, e
água caindo por ele, retombando; o senhor consome essa água, ou desfaz
o barranco, sobra cachoeira alguma? Viver é negócio muito perigoso...”
CITAÇÕES
• “Com Deus existindo, tudo dá esperança: sempre um milagre é possível, o
mundo se resolve. Mas, se não tem Deus, há-de a gente perdidos no vaivem, e a
vida é burra. É o aberto perigo das grandes e pequenas horas, não se podendo
facilitar – é todos contra os acasos. Tendo Deus, é menos grave se descuidar um
pouquinho, pois no fim dá certo. Mas, se não tem Deus, então, a gente não tem
licença de coisa nenhuma! Porque existe dor.”

• “Viver é muito perigoso... Querer o bem com demais força, de incerto jeito,
pode já estar sendo se querendo o mal, por principiar. Esses homens! Todos
puxavam o mundo para si, para o concertar consertado. Mas cada um só vê e
entende as coisas dum seu modo.”
Primeiras Estórias
(1962
) conhecido;
• Livro menos
• 21 Contos;
• Temas giram entorno dos mistérios
da vida
• Questionamentos sobre o sentido
da existência e sobre a morte
• O título se relaciona diretamente
com o resgate das "narrativas
ancestrais" (Primeiras) e com a
opção pela imaginação, se tornam
estórias.
A TERCEIRA MARGEM
DO RIO
Primeiras estórias (1962)
• Um dos contos mais famosos do autor;
• Tom regionalista e universal;
• Estilo de prosa poética;
• Trata de grandes dilemas da existência humana.

• Narrado em primeira pessoa;


• Narrador é o filho de um pai que decide abandonar a família;
• Interpretações diversas;
CITAÇÕES
"Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com
a tabuinha da popa, como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda
fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, própria para dever durar na água por
uns vinte ou trinta anos. Nossa mãe jurou muito contra a idéia. Seria que, ele, que
nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas? Nosso pai
nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem
quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre.
Largo, de não se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em
que a canoa ficou pronta."
CITAÇÕES
"Nem queria saber de nós; não tinha afeto? Mas, por afeto mesmo, de respeito,
sempre que às vezes me louvavam, por causa de algum meu bom procedimento, eu
falava: — "Foi pai que um dia me ensinou a fazer assim..."; o que não era o certo,
exato; mas, que era mentira por verdade. Sendo que, se ele não se lembrava mais,
nem queria saber da gente, por que, então, não subia ou descia o rio, para outras
paragens, longe, no não-encontrável? Só ele soubesse. Mas minha irmã teve
menino, ela mesma entestou que queria mostrar para ele o neto. Viemos, todos, no
barranco, foi num dia bonito, minha irmã de vestido branco, que tinha sido o do
casamento, ela erguia nos braços a criancinha, o marido dela segurou, para
defender os dois, o guarda-sol. A gente chamou, esperou. Nosso pai não apareceu.
Minha irmã chorou, nós todos aí choramos, abraçados."
CITAÇÕES
"Nossa mãe, vergonhosa, se portou com muita cordura; por isso, todos pensaram de
nosso pai a razão em que não queriam falar: doideira. Só uns achavam o entanto de
poder também ser pagamento de promessa; ou que, nosso pai, quem sabe, por
escrúpulo de estar com alguma feia doença, que seja, a lepra, se desertava para
outra sina de existir, perto e longe de sua família dele. As vozes das notícias se
dando pelas certas pessoas — passadores, moradores das beiras, até do afastado da
outra banda — descrevendo que nosso pai nunca se surgia a tomar terra, em ponto
nem canto, de dia nem de noite, da forma como cursava no rio, solto solitariamente.
Então, pois, nossa mãe e os aparentados nossos, assentaram: que o mantimento que
tivesse, ocultado na canoa, se gastava; e, ele, ou desembarcava e viajava s'embora,
para jamais, o que ao menos se condizia mais correto, ou se arrependia, por uma
vez, para casa."
VÍDEO
https://youtu.be/VnB_d17DoDo
Referências
• https://www.todamateria.com.br/terceira-geracao-
modernista/
• https://www.todamateria.com.br/guimaraes-rosa/
• https://www.todamateria.com.br/grande-sertao-
veredas-de-guimaraes-rosa/
• https://www.infoescola.com/livros/primeiras-estorias/
• https://pt.wikipedia.org/wiki/
A_Terceira_Margem_do_Rio

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