Organização Administrativa: Administração Direta e Indireta

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ORGANIZAÇÃO

ADMINISTRATIVA

Administração direta e indireta


ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

-Estuda a estrutura interna da A.P., os órgãos e pessoas jurídicas que a


compõem

- Importância
▪Compreender a estrutura burocrática
▪Reflexão sobre o tamanho, regime jurídico,
normas e mecanismos de planejamento, articulação e controle

- Base-legal: Decreto-Lei n. 200/67


Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma
Administrativa e dá outras providências
- Para cumprir com suas competências/atribuições
constitucionais, a Administração Pública possui três
técnicas: concentração, desconcentração e
descentralização

- Tanto a desconcentração como a descentralização são técnicas


utilizadas para racionalizar o desenvolvimento e a prestação de
atividades do Estado.
CONCENTRAÇÃO

- Técnica de cumprimento de competências administrativas em que tanto a


Administração Direta quanto a Indireta teriam que desempenhar suas atividades
sem possibilidade de reparti-las internamente,

- Sua utilização é raríssima, pois pressupõe a ausência completa


de distribuição de tarefas entre repartições públicas internas.

- Tal forma de prestação das atividades administrativas não encontra amparo nos
dias atuais, uma vez que cada vez mais estamos diante de uma administração
gerencial e pautada na celeridade da prestação de serviço á coletividade.
DESCONCENTRAÇÃO
- É a repartição de funções entre vários órgãos (despersonalizados) de uma mesma
Administração, sem quebra da hierarquia.

- Na há a criação de outras pessoas jurídicas, mas a atribuição de determinadas


competências que serão distribuídas dentro de uma única pessoa jurídica.

- Com ela se objetiva descongestionar, desconcentrar, ou seja, tirar do centro um volume


grande de atribuições, para permitir um desempenho mais adequado e racional.

- Critérios:

Em razão da matéria: em que há a criação de órgãos para tratar de assuntos determinados

Em razão do grau: em que a divisão é feita em função do nível de responsabilidade decisória nos
distintos escalões correspondentes aos diversos patamares de autoridade, havendo o diretor de
departamento, o diretor de divisão, os chefes de seção, os encarregados do setor etc.; e

Pelo critério territorial: que toma por base a divisão de atividades pela localização da repartição,
como é o caso das administrações regionais de Prefeitura, da Delegacia Regional da Saúde etc.
DESCONCENTRAÇÃO

- Conceito de órgão público: Lei 9.784/99

Art. 1º
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura
da Administração indireta;

- Órgãos públicos são divisões internas, por isso recebem o nome de repartições públicas.
As repartições públicas especializadas ou espalhadas por critério territorial são órgãos
que compõem a hierarquia da Administração Direta e, como tais, não têm
personalidade jurídica própria.

- São centros especializados de competência que, via de regra, não podem figurar no polo
de ações. Assim, os atos que praticam são imputados ao ente estatal ao qual pertencem,
sendo que este deve figurar nas ações em geral.
DESCONCENTRAÇÃO

- Desconcentração é técnica administrativa por meio da qual são


criados os órgãos públicos. Com isso, as atividades podem ser
desempenhadas de forma especializada, através de órgãos
integrantes de uma mesma entidade superior.

- A desconcentração, por se operar no âmbito de uma mesma


pessoa jurídica, pressupõe hierarquia e subordinação.
- Ex:
DESCONCENTRAÇÃO

- São centros especializados de competência que, via de regra, não podem figurar no
polo de ações. Assim, os atos que praticam são imputados ao ente estatal ao qual
pertencem, sendo que este deve figurar nas ações em geral.

A doutrina e a jurisprudência reconhecem casos raros de alguns órgãos públicos


dotados de capacidade processual especial, também chamada de capacidade
judiciária ou “personalidade judiciária”.

Ex: Presidência da República e da Mesa do Senado.

Capacidade processual especial que se restringe à possibilidade de tais órgãos realizarem a


defesa de suas prerrogativas em juízos, especialmente em sede de mandado de segurança e
habeas data

Portanto, alguns órgãos públicos têm capacidade processual já que são titulares de
direitos subjetivos próprios a serem defendidos
DESCONCENTRAÇÃO

- São centros especializados de competência que, via de regra, não podem figurar no
polo de ações. Assim, os atos que praticam são imputados ao ente estatal ao qual
pertencem, sendo que este deve figurar nas ações em geral.

Súmula 525/STJ: “A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas


personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus
direitos institucionais”.
DESCONCENTRAÇÃO

O conjunto formado pela somatória de todos os órgãos públicos


integrantes da estrutura de cada entidade federativa recebe o nome de
Administração Pública Direta ou Centralizada.

Assim, pertencem à Administração Direta, além das próprias


entidades federativas, ou seja, União, Estados, Distrito Federal,
Territórios e Municípios, também os Ministérios, Secretarias,
Delegacias, Tribunais, Casas Legislativas, Prefeituras, Ministério
Público, Defensorias, Tribunais de Contas etc.
DESCENTRALIZAÇÃO

- Na descentralização, as competências administrativas são distribuídas a

pessoas jurídicas autônomas, criadas pelo Estado para tal finalidade.

Exemplos: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de


economia mista.

O que distingue centralização e descentralização é o conceito de entidade.

Art. 1º

§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:


II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

Por ter personalidade autônoma, tais entidades respondem judicialmente pelos


prejuízos causados por seus agentes públicos.
DESCENTRALIZAÇÃO

O conjunto de pessoas jurídicas autônomas criadas pelo Estado recebe o nome


de Administração Pública Indireta ou Descentralizada.
Ex:

Autarquia Sociedade de
Economia Mista

Fundação Pública Empresa Pública


ATIVIDAD
E
PRÁTICA:
FORUM DE
classifique
COMARCA DE IJUÍ
em órgão ou
entidade:

SERVIÇO REGIONAL DE
AUDITORIA DE CAXIAS DO SUL

COLÉGIO ESTADUAL
JULIO DE CASTILHOS
RELAÇÕES ENTRE OS DOIS FENÔMENOS NA
ORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

a) Centralização concentrada: quando a competência é exercida por uma única pessoa


jurídica sem divisões interna. Seria o caso de uma entidade federativa que desempenhasse
todas as suas competências sem divisão em órgãos públicos;
b) Centralização desconcentrada: a atribuição administrativa é cometida a uma única pessoa
jurídica dividida internamente em diversos órgãos públicos. Ex: competências da União
exercidas pelos Ministérios;
c) Descentralização concentrada: ocorre quando são atribuídas competências
administrativas a pessoa jurídica autônoma sem divisões internas. Ex: autarquia
sem órgãos internos;
d) Descentralização desconcentrada: quando as competências administrativas são
atribuídas a pessoa jurídica autônoma dividida em órgãos internos. Ex: autarquia
estrutura internamente em diversos órgãos e repartições.
TEORIA DO ÓRGÃO PÚBLICO

A atuação do agente público é atribuída ao Estado.

Relaciona-se com a teoria da imputação volitiva, que sustenta que o agente


público atua em nome do Estado, titularizando um órgão público (conjunto de
competências), de modo que a atuação do agente no exercício da função pública é
juridicamente atribuído imputado ao Estado.

CF, Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito


privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
ORGANIZAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- “Administração Pública / administração pública”

espécie de atividade estatal, ao


lado da função legislativa e da
função jurisdicional
ORGANIZAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- “Administração Pública / administração pública”

estrutura consubstanciada num


conjunto de órgãos públicos e
entidades administrativas que
compõem o Poder Público
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA

- Pessoa jurídica que se confunde com os entes federados


- Pessoas políticas, e órgãos que integram essas pessoas por desconcentração, sem
personalidade jurídica própria, aos quais a lei confere o exercício de funções
administrativas
ORGANIZAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA

UNIÃO FEDERAL ESTADO DO RS

MUNICÍPIO DE
PORTO
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA

- Personalidade jurídica (direitos e deveres), também se inserem:


ORGANIZAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA

- Outras pessoas jurídicas, dotadas de certa autonomia gerencial e administrativa, porém


controladas e fiscalizadas pela Administração Pública Direta

1. Autarquias
2. Fundações públicas
3. Sociedades de economia mista
4. Empresas públicas
ORGANIZAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. DEVIDO PROCESSO LEGAL DE
CRIAÇÃO

Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir
as áreas de sua atuação;
ORGANIZAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. DEVIDO PROCESSO LEGAL DE
CRIAÇÃO

Pessoas jurídicas de direito público são criadas por lei o que significa dizer que o
surgimento da personalidade jurídica ocorre com a publicação da lei instituidora,
sem necessidade de registro em cartório (princípio da legalidade).

Art. 37, XIX, CF – “somente por lei


específica poderá ser criada autarquia (...)
ORGANIZAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. DEVIDO PROCESSO LEGAL DE
CRIAÇÃO

Pessoas jurídicas de direito privado são autorizadas por lei ou seja é


publicada uma lei permitindo a criação, depois o executivo expede um
decreto regulamentando a criação e por fim a personalidade nasce com o
registro dos atos constitutivos e em cartório (art. 45, CC.)

Art. 45. CC. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.
ORGANIZAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. DEVIDO PROCESSO LEGAL DE
CRIAÇÃO

Pessoas jurídicas de direito público: autarquias, fundações públicas, agencias


reguladoras e associações públicas.

Pessoas jurídicas com personalidade de direito privado: empresas publicas,


sociedades de economia mista, subsidiárias, fundações governamentais.
AUTARQUIAS
AUTARQ
UIAS
Conceito legal- Decreto Lei 200/67

Art. 4° A Administração Federal compreende:


II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias
de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;

Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:


I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,
patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração
Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e
financeira descentralizada.
AUTARQ
UIAS

Conceito legal

Autarquia é pessoa jurídica de direito público interno,


pertencente à Administração Pública Indireta, criada por lei
específica para o exercício de atividades típicas da
Administração Pública.
AUTARQ
UIAS
Características
1. Criação e extinção por lei

- Criadas e extintas por lei

- A personalidade jurídica de uma autarquia surge com a publicação da lei que a


institui, dispensando o registro dos atos constitutivos em cartório

Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir
as áreas de sua atuação
AUTARQ
Características UIAS
1. Criação por lei
AUTARQ
Características UIAS
2. Personalidade e natureza jurídicas públicas

O art. 41 do Código Civil dispõe que:

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:


I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV.- as autarquias, inclusive as associações
públicas;
V.- as demais entidades de caráter público
criadas por lei.
AUTARQ
Características UIAS
2. Personalidade e natureza jurídicas públicas

- Enquanto a existência legal das pessoas regidas pelo direito privado


começa com a inscrição, no registro próprio, dos atos constitutivos, a autarquia é
regulada pelo princípio da legalidade

- A natureza jurídica pública também lhe confere todas as


prerrogativas/poderes e sujeições/deveres decorrentes do regime jurídico
administrativo
AUTARQ
Características
UIAS
2. Personalidade e natureza jurídicas públicas

► são imunes a impostos:


Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e


mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

- Taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais são


devidos normalmente

- O patrimônio, a renda e os serviços somente gozarão da imunidade se forem afetados à


realização das finalidades essenciais da autarquia ou delas decorrentes
AUTARQU
Características IAS
2. Personalidade e natureza jurídicas públicas

► são imunes a impostos:

STF Re 203839/97: “IPTU incide sobre prédio


ocupado pela autarquia; logo, coberto pela imunidade
tributária”

RE 98.382: “são devidos tributos municipais sobre terreno baldio de


propriedade da autarquia”.
AUTARQ
Características UIAS
2. Personalidade e natureza jurídicas públicas

► seus bens são públicos, dos atributos da


impenhorabilidade,
revestidos inalienabilidade e imprescritibilidade
AUTAR
QUIAS

Características
2. Personalidade e natureza jurídicas públicas

►praticam atos administrativos, dotados de presunção de legitimidade,


exigibilidade, imperatividade e autoexecutoriedade.
AUTARQ
UIAS
Características
2. Personalidade e natureza jurídicas públicas

►Celebram contratos administrativos, nos termos da Lei Nacional n.


14.133/2021.
► Devem, portanto, licitar.
AUTARQ
UIAS

Características
2. Personalidade e natureza jurídicas públicas

► Regime de contratação estatutário


AUTARQ
Características UIAS
2. Personalidade e natureza jurídicas públicas

► Prerrogativas especiais da Fazenda Pública

- Prazo: CPC, Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal

- Desnecessidade de adiantar custas

- Dever de intimação pessoal

- Execução de suas dívidas pelo sistema de precatórios


AUTAR
Características QUIAS
2. Personalidade e natureza jurídicas públicas

► Responsabilidade objetiva e direta

- Autarquias respondem objetivamente, isto é, sem necessidade de


comprovação de culpa ou dolo, pelos prejuízos causados por seus agentes a
particulares.

- Além de objetiva, é também direta, porque é a própria entidade que deve ser
acionada judicialmente para reparar os danos patrimoniais que causar.

- A Administração Direta só pode ser acionada em caráter subsidiário, ou


seja, na hipótese de a autarquia não possuir condições patrimoniais e
orçamentárias de indenizar a integralidade do valor da condenação.
AUTARQ
UIAS
Os Tribunais de Contas são órgãos de
Características controle externo do ente político, sendo
responsáveis pela fiscalização contábil,
2. Personalidade e natureza jurídicas públicas financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial os órgãos e entidades
► Sofrem controle dos Tribunais de Contas públicas do ente federativo quanto à
legalidade, legitimidade e
economicidade.

►Estão sujeitas à vedação de acumulação de cargos e funções


públicas e ao teto constitucional
AUTARQ
Características UIAS
3. Capacidade de autoadministração ou autogoverno

- Como ente jurídico próprio, dotado de personalidade jurídica, elas não se


submetem às relações hierárquicas da Administração Direta, tendo liberdade
para gerir seus quadros sem interferências indevidas.

- Também têm autonomia financeira.

“Seus recursos, não importa se oriundos de trespasse estatal ou


hauridos como produto da atividade que lhes seja afeta, configuram
recursos e patrimônios próprios”. Celso Antônio Bandeira de Mello
AUTARQ
Características UIAS
4. Especialização dos fins ou das atividades

- Criada para descentralizar serviços, sendo-lhe transferida por lei a


titularidade do serviço público ou de atividade pública.

- A pessoa política q u e deu vida à autarquia lhe destina certa matéria, o


que gera a especialização dos fins e atividades.
AUTARQ
Características UIAS
5. Sujeição aos controles de tutela

- Administração Direta exerce sobre as autarquias o “controle de tutela”.

- Tipo de controle que objetiva verificar se o ente não está se desviando das
finalidades que justificam a sua criação.

- Ou seja, a Administração Direta exerce controle sobre as atividades das


entidades administrativas da Administração Indireta com o objetivo de
garantir a observância de suas finalidades institucionais.

- No âmbito federal, o controle de tutela denomina-se “supervisão


ministerial”, pois as autarquias se sujeitam à fiscalização do Ministério a
cuja pasta esteja vinculada à presidência da República.
AUTARQ
Características UIAS
5. Sujeição aos controles de tutela
Art. 26. No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial visará a assegurar,
essencialmente:
I.- A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade.
II.- A harmonia com a política e a programação do Governo no setor de atuação da entidade. III - A
eficiência administrativa.
IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade.
Parágrafo único. A supervisão exercer-se-á mediante adoção das seguintes medidas, além de outras
estabelecidas em regulamento:
a) indicação ou nomeação pelo Ministro ou, se for o caso, eleição dos dirigentes da entidade,
conforme sua natureza jurídica;
b) designação, pelo Ministro dos representantes do Governo Federal nas Assembleias Gerais e órgãos de
administração ou controle da entidade;
c) recebimento sistemático de relatórios, boletins, balancetes, balanços e informações que permitam ao
Ministro acompanhar as atividades da entidade e a execução do orçamento-programa
e da programação financeira aprovados pelo Governo;
d) aprovação anual da proposta de orçamento-programa e da programação financeira da entidade, no caso de
autarquia;
e) aprovação de contas, relatórios e balanços, diretamente ou através dos representantes ministeriais nas
Assembleias e órgãos de administração ou controle;
f) fixação, em níveis compatíveis com os critérios de operação econômica, das despesas de pessoal e de
administração;
g) fixação de critérios para gastos de publicidade, divulgação e relações públicas;
h) realização de auditoria e avaliação periódica de rendimento e produtividade;
i) intervenção, por motivo de interesse público.
AUTARQ
Características UIAS
5. Sujeição aos controles de tutela

Importante! A sujeição ao controle de tutela não implica em


subordinação da Administração Indireta face a Administraço Direta,
mas tão somente vinculação.

O controle poderá ser exercido apenas nos limite sdefinidos em lei,


mantendo-se a autonomia das entidades administrativas.
AUTAR
Classificação QUIAS
- Quanto ao âmbito federativo

1. Federais

2. Estaduais

3. Distritais

4. Municipais
AUTAR
Classificação
QUIAS
- Quanto ao âmbito federativo

1. Federais
AUTARQU
Classificação IAS
- Quanto ao âmbito federativo

2. Estaduais
AUTARQ
Classificação UIAS
- Quanto ao âmbito federativo

4. Municipais
AUTARQ
Classificação
- Quanto ao objeto UIAS
a)Assistenciais ou de fomento: que têm por fim realizar os objetivos
constitucionais presentes no art. 3º, III, da CF, de reduzir as desigualdades
sociais e regionais.
AUTARQ
Classificação
- Quanto ao objeto
UIAS
b) Previdenciárias: objetivam operacionalizar políticas públicas e ações da
previdência social, administrando recursos e concedendo benefícios

Ex:
AUTARQ
Classificação
- Quanto ao objeto
UIAS
c) Culturais ou de ensino: desenvolvem políticas e ações voltadas à
cultura e educação.
Ex:
AUTAR Limites ao poder de polícia:
Tema 732 STF- É inconstitucional a suspensão
Classificação QUIAS realizada por conselho de fiscalização profissional
do exercício laboral de seus inscritos por
- Quanto ao objeto inadimplência de anuidades, pois a medida
consiste em sanção política em matéria tributária.
d) Profissionais corporativas: criadas pelo Estado para a
consecução de fim de interesse público, qual seja, a fiscalização do
ou
exercício das profissões correspondentes. Para tanto, elas controlam as atividades
desenvolvidas em cada segmento de atividade profissional, assim, autorizando,
fiscalizando e punindo, quando for o caso, os profissionais das áreas fiscalizadas.
AUTAR
QUIAS
-No julgamento da ADIn 3.026/2006, o STF negou a natureza autárquica da OAB,
entendendo que falta à entidade personalidade jurídica de direito público, não tendo
nenhuma ligação com a Administração Pública.

- Perante a Constituição Federal de 1988, a OAB seria uma entidade sui generis.

1. Não se sujeita aos ditames impostos à Administração Pública Direta e Indireta.


2.Não é uma entidade da Administração Indireta da União, mas um serviço público
independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito
brasileiro
3.Não está incluída na categoria na qual se inserem essas que se têm referido como
“autarquias especiais” para pretender-se afirmar equivocada independência das hoje
chamadas “agências”.
4.Não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer das suas partes está
vinculada.
5.Ocupa-se de atividades atinentes aos advogados, que exercem função constitucionalmente
privilegiada, na medida em que são indispensáveis à
administração da Justiça (art. 133 da CF/88). É entidade cuja finalidade é afeita a
atribuições, interesses e seleção de advogados.
AUTARQ
UIAS
6. Não há ordem de relação ou dependência entre a OAB e qualquer órgão público.

7.A OAB, cujas características são autonomia e independência, não pode ser tida como
congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional. A OAB não está voltada
exclusivamente a finalidades corporativas. Possui finalidade institucional.

8.Embora decorra de determinação legal, o regime estatutário imposto aos empregados da


OAB não é compatível com a entidade, que é autônoma e independente.

9.Incabível a exigência de concurso público para admissão dos contratados sob o regime
trabalhista pela OAB.
AUTARQ
UIAS

Pela legislação antiga era uma autarquia federal hoje após entendimento do STF,
passou a ser considerado serviço público independente sem vinculação ao poder
Federal, que goza de imunidade tributária art. 45,§5º EOAB), tem fins
lucrativos, é autônomo, é independente e seus funcionários são
contratados pelo regime da CLT, sem necessidade de prévio concurso
público.
AUTARQ
Classificação
- Quanto ao objeto
UIAS
e) Ambientais: promover medidas para preservação da
qualidade do meio ambiente, o que não exclui o exercício do poder
objetivam
sancionatório
AUTAR
Classificação
- Quanto ao objeto
QUIAS
f) De controle: caso das agências reguladoras, que têm por fim exercer o
controle sobre entidades que prestam serviços públicos, por meio de concessões
ou permissões, ou que desenvolvem atividades econômicas
AUTARQ
Classificação UIAS
- Quanto ao objeto
g) Administrativas: desempenham atividades fiscalizatórias próprias do
Estado
AUTARQ
Classificação UIAS
- Quanto ao regime jurídico

1. Autarquias comuns: são as autarquias comuns dotadas do regime


jurídico ordinário dessa espécie de pessoa pública.

2. Autarquias especiais

Caracterizam-se pela existência de determinadas peculiaridades normativas


que as diferenciam das autarquias comuns, como mais autonomia.

Além de universidades públicas, também são consideradas autarquias em


regime especial as agências reguladoras, agências executivas e conselhos
profissionais.
AUTARQ
Classificação UIAS
- Quanto ao regime jurídico
2. Autarquias especiais

Universidades – autarquias especiais, com regime jurídico diferenciado em razão da


necessária autonomia didática e de ensino (art. 207 da CF/88).

- Nomeação do Reitor pelo Chefe do Executivo com base em lista elaborada pela própria
Universidade

- Mandado do dirigente (reitor), insuscetível de cassação pelo chefe do executivo


(Súmula 47/STF: Reitor de universidade não é livremente demissível pelo
presidente da república durante o prazo de sua investidura)

- Estatuto e Regimento elaborados pela própria universidade

- Existência de órgãos colegiados centrais na Administração superior, com


funções deliberativas e normativas

- Carreira específica para o pessoal docente, com progressão baseada na obtenção


AUTARQ
Escolha dos dirigentes UIAS
- Geralmente, a nomeação do dirigente máximo (superintendente, em alguns casos) ou dos
integrantes dos órgãos colegiados de direção superior compete ao Chefe do Poder a que
esteja vinculada a entidade

- A lei pode estabelecer normas especiais para determinada autarquia ou categoria de


autarquias. Ex: autarquias de regime especial, como universidades, nas quais que a
nomeação é ato complexo

- As Agências Reguladoras são dirigidas em regime de colegiado, por um Conselho Diretor


ou Diretoria composta por conselheiros ou diretores, sendo um deles seu presidente,
diretor-geral, diretor-presidente. Eles são geralmente escolhidos pelo Presidente Da
República e por ele nomeados, após aprovação no Senado Federal (art. 52, III, “f”, CF) –
ato complexo. O mandato terá prazo fixado na lei de criação de cada agência.
FUNDAÇÕES
PÚBLICAS
FUNDAÇÕES PÚBLICAS

Fundação é um patrimônio destacado por um fundador para uma finalidade


específica. Dessa forma, utilizando o conceito geral de fundação, é possível
defini-la como uma pessoa jurídica composta por um patrimônio
personalizado, que presta atividades não lucrativas e atípicas do Poder Público,
mas de interesse coletivo, como educação, cultura, pesquisa entre outras,
sempre merecedoras de amparo estatal.
HÁ TRÊS TIPOS BÁSICOS DE
FUNDAÇÕES NO DIREITO:
-as fundações de direito privado instituídas por particulares – que não são
objeto do estudo do Direito Administrativo, mas do Direito Civil

- as fundações de direito privado instituídas pelo Poder Público; e

-as fundações de direito público que têm natureza jurídica de


autarquia.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE
DIREITO PÚBLICO

Fundações públicas são pessoas jurídicas de direito público interno, instituídas


por lei específica, mediante a afetação de um acervo patrimonial do Estado a
uma dada finalidade

De acordo com o entendimento adotado pela maioria da doutrina e pela


totalidade dos concursos públicos, as fundações públicas são espécies de
autarquias revestindo-se das mesmas características jurídicas aplicáveis às
entidades autárquicas.

Podem exercer todas as atividades típicas da Administração Pública, como


prestar serviços públicos e exercer poder de polícia.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS

Ocorre que a natureza de pessoas de direito público é negada pelo Decreto Lei
200/67, veja-se:

Art. 5º, II, do Decreto-Lei n. 200/67:


IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para
o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou
entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado
por recursos da União e de outras fontes.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS

Criticada veementemente pela doutrina, essa conceituação legislativa não foi


recepcionada pela Constituição de 1988, cujo art. 37, XIX, trata das fundações
públicas como figuras simétricas às autarquias, portanto, reconhecendo a
natureza pública das referidas entidades fundacionais.

Podem exercer todas as atividades típicas da Administração Pública, como


prestar serviços públicos e exercer poder de polícia.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO
PRIVADO
“Fundação governamental”.

Quanto à criação: art. 37, XIX, CF, que exige lei específica para autorizar sua
criação, ficando para a lei complementar a definição de suas possíveis finalidades.

Quanto ao controle: estão sujeitas a supervisão do Tribunal de Contas, além de


outas formas de controle comuns à Administração Pública.

Quanto à receita: Podem receber dotação orçamentária; seus bens podem ter regime
especial desde que indispensáveis à prestação dos serviços públicos.

Quanto aos privilégios: Não possuem privilégios processuais

Quanto à responsabilidade civil: Podem responder de forma objetiva e direta desde


que sejam prestadoras de serviços públicos.

Quanto ao regime de pessoal: empregados públicos- CLT.


FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO
PÚBLICO
“Autarquia fundacional” > equiparação às autarquias

Quanto à criação: É feita por lei, sendo inexigível a inscrição dos atos constitutivos
no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Art. 37, XIX, CF.

Quanto ao regime: regime especial quanto aos bens, como impenhorabilidade,


alienabilidade condicionada, imprescritibilidade e impossibilidade de oneração de
bens.

Quanto às prerrogativas: regime de precatório, prazos dilatados, imunidade


tributária relativa ao patrimônio, rendas e serviços vinculados às suas finalidades
essenciais.

Quanto à responsabilidade civil: responsabilidade direta, civil e objetiva- art. 37,


§6º, CF..

Quanto ao regime de pessoal: servidores públicos- regime próprio.


AGÊNCIAS
AGÊNCIAS

- O termo introduzido no Direito Administrativo brasileiro em função


da globalização
- Apesar da inspiração norte-americana, seu significado nos EUA é muito mais
amplo. Nos EUA, toda organização administrativa se resume em agências,
correspondentes em nosso sistema a qualquer autoridade pública.

- No Brasil, temos duas modalidades de agências:

1. Agências Executivas
2. Agências Reguladoras
AGÊNCIAS EXECUTIVAS
Agências Executivas

- Importante instrumento da administração gerencial, o instituto da agência executiva foi


uma tentativa de aumentar a eficiência da Administração Pública por meio da
flexibilização de exigências legais em benefício da eficiência na gestão do interesse
público.

Previstas no art. 37, §8º da CF, é um título atribuído pelo governo federal a autarquias,
fundações públicas e órgãos que celebrem contrato de gestão para ampliação de sua
autonomia mediante a fixação de metas de desempenho.

-Logo, não são uma nova espécie de pessoa jurídica da Administração Pública, mas uma
qualificação obtida por entidades e órgãos públicos.

A baixa qualidade técnica das normas disciplinadoras da outorga do título de agência


executiva e a falta de clareza quanto aos seus objetivos resultaram na diminuta repercussão
prática do instituto, havendo poucos casos de entidades que obtiveram tal qualificação.
Agências Executivas

- Características principais:

• Ter um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em


andamento é pré-requisito básico para a qualificação de uma instituição como agência
executiva;

• O contrato de gestão, firmado com o ministério supervisor, embora seja um documento


característico das agências executivas, contendo a fixação de objetivos estratégicos e
metas a serem atingidas pela instituição, é imprescindível para a criação da agência
executiva;

• O ato de qualificação como Agência Executiva dar-se-á mediante decreto.

• O grau de autonomia de gestão que possui uma agência executiva é uma característica
que a diferencia das autarquias e fundações públicas.
Agências Executivas
- Refletem uma qualificação concedida, por decreto específico, a autarquias ou fundações
que celebram contrato de gestão com a Administração a que se acharem vinculadas, para
a melhora da eficiência e redução de custos.
AGÊNCIAS REGULADORAS
AGÊNCIAS REGULADORAS
- São autarquias em regime especial, criadas e extintas por lei

-O fenômeno da regulação por meio de agências especializadas intensificou-se no


Brasil no final da década de 90, como resultado do movimento da globalização
econômica e das metas de ajustes fiscais assumidas pelas burocracias latino-
americanas ante os organismos financeiros internacionais, que resultaram em
privatização.

-O afastamento do Estado dessas atividades passou a exigir a instituição de órgãos


reguladores, conforme previsão do art. 21, XI, CF e art. 177, §2º, III, CF.
AGÊNCIAS REGULADORAS

Sentidos da privatização no Brasil

1) Venda de estatais à iniciativa privada, que, por vezes, também é


acompanhada da libertação de determinada atividade antes econômica
monopolizada pelo Estado ao mercado, sendo alteração no necessária
ordenamento jurídico;

2) Repasse do exercício de serviços públicos para particulares, mediante


concessões e permissões, situação em que em vez de o Estado prestar
diretamente o serviço público ele transfere o seu exercício a empresas
privadas por meio de delegação (contrato).

 A criação das agências reguladoras teve uma direta relação com o


processo de privatizações e reforma do Estado voltada a reduzir a
participação estatal em diversos setores.
AGÊNCIAS
REGULADORAS

Intervenção estatal no domínio econômico

1) Direta: quando o Estado, por meio de suas empresas, exerce a atividade


econômica, em competição com a iniciativa privada ou em regime de monopólio,
conforme arts. 173 a 177 da CF.

ESTADO É PRODUTOR DE BENS E SERVIÇOS

2) Indireta: quando Estado exerce apenas atividade normativa que


repercute na atividade econômica, conforme art. 174

ESTADO É REGULADOR DA ATIVIDADE


PRESTADA POR PARTICULARES
AGÊNCIAS REGULADORAS
Flexibilização dos monopólios

- EC 5/95, que decretou o fim da exclusividade da prestação direta, pelos


Estados-membros, dos serviços locais de gás canalizado;

- EC 6/95, responsável pelaextinção do


tratamento favorecido para as
empresas brasileiras de nacional, especialmente
pesquisa e à lavra quanto à minerais e
capital de
potenciais de energia hidráulica; ao aproveitamento dos

-EC 8/95, que determinourecursos


o fim da exclusividade estatal na prestação dos
serviços de telecomunicações e radiodifusão;

-EC 9/95, que determinou a quebra do monopólio estatal das atividades de


pesquisa, lavra, refino, importação, exportação e transporte de petróleo, gás
natural e hidrocarbonetos.
AGÊNCIAS REGULADORAS
EC 8/95 e 9/95 inseriram no texto constitucional a expressão “órgão
regulador”:

Art. 21. Compete à União:


XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão,
os
serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a
organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos
institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)

Art. 177. Constituem monopólio da União:


§ 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a
realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste
artigo observadas as condições estabelecidas em lei.
§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre:
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio
da União; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
AGÊNCIAS REGULADORAS

- O repasse do exercício de diversos serviços públicos aos particulares foi


acompanhado, por decisão política, da criação de entes especializados para
promover a adequada intervenção no setor regulado, seja por meio de atividade
normativa (o que nos EUA se denomina rulemaking) ou pela prática de atos
administrativos (adjudication) relacionados com o controle na delegação do
serviço.

- Às agências reguladoras foi dado identificar falhas específicas no setor regulado


em função da análise de estruturas de competição existentes para evitar práticas
restritivas à livre competição entre licitantes, tendo em vista o alcance de
contratação mais afinadas com o preenchimento de necessidades coletivas.
AGÊNCIAS REGULADORAS

Conceito

São entidades autárquicas em regime especial, pois normalmente


dotadas de autonomia maior do que as demais autarquias.

São incumbidas do desempenho de atividade típica de administração pública


consistente na regulação e fiscalização de serviços públicos ou de outras
atividades relevantes ao Estado.
AGÊNCIAS REGULADORAS

Exemplos

Criada pela Lei n. 9.427/96, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, tendo


por finalidade regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e
comercialização de energia elétrica, em conformidade com as políticas e
diretrizes do governo federal.
AGÊNCIAS REGULADORAS

Exemplos

Criada pela Lei n. 9.472/97, vinculada ao Ministério das Comunicações, tendo


como atribuições centrais o disciplinamento e a fiscalização da execução,
comercialização e uso dos serviços e da implantação e funcionamento de redes
de telecomunicações, bem como da utilização dos recursos da órbita e espectro
de radiofrequências
AGÊNCIAS REGULADORAS

Exemplos

Criada pela Lei n. 9.478/97, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, tendo


como competência central promover a regulação, a contratação e a fiscalização
das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo.
AGÊNCIAS REGULADORAS

Exemplos

Criada pela Lei n. 9.961/00, vinculada ao Ministério da Saúde, cabendo- lhe


normatizar, controlar e fiscalizar as atividades que garantam a assistência
suplementar à saúde.
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Exemplos

Criada pela Lei n. 9.984/00, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, tendo


competência a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos.
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Exemplos

Criada pela Lei n. 9.782/99, vinculada ao Ministério da Saúde, tendo como


finalidade promover a proteção da saúde da população, por intermédio do
controle sanitário, da produção e da comercialização de produtos e serviços
submetidos à vigilância sanitária, especialmente das indústrias de medicamentos
e cosméticos, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das
tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e de
fronteiras
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Exemplos

Criada pela Lei n. 10.233/01, vinculada ao


Ministério dos Transportes, tendo como
atribuição fiscalizar a prestação dos serviços
públicos de transporte rodoviário e ferroviário.

Criada pela Lei n. 10.233/01, vinculada ao


Ministério dos Transportes, tendo como
competência principal fiscalizar os serviços
públicos prestados em portos.
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Exemplos

Criada pela Medida Provisória n. 2.228/01, vinculada ao


Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, tendo como finalidade fomentar, regular e
fiscalizar a indústria cinematográfica e videofonográfica.

Criada pela Lei n. 11.182/05, vinculada ao


Ministério da Defesa. Tem competência para
regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e
infraestrutura aeronáutica e aeroportuária.
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Exemplos

Autarquia especial dotada de autoridade administrativa independente, ausência de


subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia
financeira e orçamentária
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Atenção:

Órgão despersonalizado subordinado


à Presidência da República

Não é agência reguladora, muito


embora se denomine “agência”
AGÊNCIAS
REGULADORAS

- Assegurar a prestação de serviços


adequados, assim entendidos aqueles que
satisfazem as condições de regularidade,
continuidade, eficiência, segurança,
atualidade, generalidade, cortesia na sua
prestação e modicidade nas suas tarifas;

- Garantir a harmonia entre os dos


interesses usuários,
concessionários, permissionários e
autorizatários de serviços públicos;

- Zelar pelo equilíbrio econômico-


financeiro dos serviços públicos
delegados.
AGÊNCIAS REGULADORAS

Natureza jurídica

- As agências reguladoras são autarquias qualificadas com regime especial


definido segundo suas leis instituidoras, que regulam e fiscalizam assuntos
atinentes às respectivas esferas de atuação.

- Em regra, o regime especial diz respeito à maior autonomia em relação à


Administração Pública, tendo vista que, além das características de autonomia
das autarquias:
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Natureza jurídica

1. Os dirigentes têm mandato fixo

- Estabelecido para um período determinado na lei de instituição, que varia,


em geral, entre três a cinco anos;

- Não coincidente com o mandato do Chefe do Executivo;

- Não podendo, como regra geral, ser exonerados ad


nutum por motivações políticas.

- Lei 9986/2000

Agência Nacional de Águas


(Lei 9.984/00):
Art. 10. A exoneração imotivada de dirigentes da ANA só poderá
ocorrer nos quatro meses iniciais dos respectivos mandatos.
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Natureza jurídica

1. Os dirigentes têm mandato fixo

- Em regra, eles perdem o mandato em três hipóteses previstas na Lei 9986/00,


que “Dispõe sobre a gestão de recursos humanos das Agências
Reguladoras e dá outras providências”:

Art. 9º Os Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato


em caso de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado
ou de processo administrativo disciplinar.

Parágrafo único. A lei de criação da Agência poderá prever outras


condições para a perda do mandato.
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Natureza jurídica

2. Quarentena
- Para os dirigentes que se desvinculam da agência reguladora pelo prazo
estabelecido em lei;

- Período que geralmente dura 6 meses, contado da exoneração ou término


ATENÇÃO: Em 2019, o art. 8º da do mandato, durante o qual o ex-dirigente fica impedido para o exercício de
Lei 9986/00 foi alterada, atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva
passando de 4 para 6 meses o
período de quarentena agência.
Lembrando que a lei específica
de
cada
agência reguladora EXCEÇÃO: Aneel, Anatel, ANP, Anvisa, ANS, ANTT e Antaq: 1 ano
pode dispor um prazo diferente
– mas entende-se que seis
meses é o prazo mínimo.

§ 2o Durante o impedimento, o ex-dirigente ficará vinculado à agência,


fazendo jus a remuneração compensatória equivalente à do cargo de
direção que exerceu e aos benefícios a ele inerentes.
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Natureza jurídica

3. Órgão de cúpula ou Diretoria/Conselho Superior do ente


é colegiado

Lei 9986/00
Art. 4º As Agências serão dirigidas em regime de colegiado, por
um
Conselho Diretor ou Diretoria composta por Conselheiros ou
Diretores, sendo um deles o seu Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-
Presidente.

Requisitos:
- brasileiros
- de reputação ilibada
- formação universitária
- elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais
serão nomeados
- escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados
- após aprovação pelo Senado Federal
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Controle do Congresso Nacional

4. Fiscalização

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os
atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta.

- Abarca a fiscalização dos atos editados pela Administração Indireta e ao controle


financeiro, contábil e orçamentário, exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do
Tribunal de Contas.
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Atividades das agências reguladoras

1.Poder de polícia: compreende a imposição de limitações administrativas


previstas em lei, fiscalização e a repressão a atividades não compatíveis com o
bem-estar geral.
Ex: Anvisa

2. Fomento e fiscalização de atividades privadas


Ex: Ancine

3. Regulação e controle do uso de bem público


Ex: ANA
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Atividades das agências reguladoras

4.Atividades que, quando o Estado presta, ele protagoniza o título


de serviços públicos, mas são simultaneamente “livres” à iniciativa
privada, ou seja, são desempenhadas com controle estatal, mas não
por meio de concessão ou permissão de serviços públicos
Ex: ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)

5. Regulação, contratação e fiscalização de atividades econômicas


Ex: ANP

6.Regulam e controlam atividades objeto de permissão e concessão


de serviços públicos
Ex: Aneel, Anatel, ANTT, Antac e Anac.
AGÊNCIAS
REGULADORAS
Atribuições das agências reguladoras
- fixar regras (regulamentar) à prestação dos serviços delegados

- realizar licitações

- celebrar contratos

- controle o desempenho das atividades e nelas intervir

- aplicar sanções

- decidir e articular medidas para a encampação de serviços por interesse público

- rescindir ou alterar unilateralmente o contrato

- promover a reversão dos bens afetados ao serviço ao término do contrato

- definir o valor da tarifa ou a sua revisão e critérios de reajuste

- papel de ouvidoria: ouvir denuncias e reclamações dos usuários


QUADRO COMPARATIVO
Agências Executivas Agências Reguladoras
Qualificação jurídica atribuída a Autarquias com regime
Natureza órgãos ou pessoas governamentais especial

Visam a operacionalidade mediante Controle e fiscalização de


Atuação exercício descentralizado de tarefas setores privados
públicas
Contexto da reforma administrativa Contexto da reforma
Surgimento administrativa

Inmetro Anatel, Aneel, Anac


Exemplos

Base ideológica Modelo da administração gerencial Modelo da administração


gerencial
Âmbito federativo Somente no âmbito federal Em todas as esferas
federativas

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