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RESÍDUOS INDUSTRIAIS

RESÍDUOS INDUSTRIAIS

São considerados resíduos sólidos industriais os


resíduos em estado sólido e semi-sólido que
resultem da atividade industrial, incluindo-se os
lodos provenientes das instalações de tratamento de
águas residuais, aqueles gerados em equipamentos
de controle de poluição, bem como determinados
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d
´água, ou exijam para isso, soluções
economicamente inviáveis, em face da melhor
tecnologia disponível.

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RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Os resíduos industriais podem ser considerados


como o resultado da ineficiência do processo
produtivo, pois são, em última análise, matérias-
primas mal aproveitadas.

Em função das suas características físico-


químicas, os resíduos podem trazer impactos
adversos ao meio ambiente e à saúde humana,
e por esta razão uma gestão deles se faz
imperativa.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Panorama Geral no Brasil
No estado de São Paulo são gerados anualmente cerca de
25 milhões de toneladas de resíduos industriais , 535 mil
toneladas (2,14%) correspondem a resíduos perigosos;
destas :
 283 mil t são tratadas
 166 mil t são armazenadas
 o restante (Classe I - Perigosos, Classe II - Não
Perigosos) é enviado a aterros (aprovados ou
ilegais), causando sérios impactos ao meio
ambiente.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Panorama Geral
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
O problema dos resíduos sólidos industriais vem se
agravando no decorrer dos anos, essencialmente pela
disposição inadequada do solo
A tendência mundial na gestão e tratamento dos resíduos
é a 5 Rs a saber :

 Reprojetar;  Reutilizar e,
 Reduzir;  Reaproveitar.
 Reciclar;

A atuação das agencias reguladoras nos estados


(CETESB/SP) tem sido de reforçar o cumprimento da
legislação ambiental vigente .
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Classificação dos Resíduos Industriais
A classificação de resíduos é muito complexa, pois exige
uma análise minuciosa de partes homogênea e heterogênea
de materiais.
Os resíduos industriais assim como os demais resíduos
sólidos são classificados, de acordo com a NBR 10.004,Classe
I – Perigosos e Classe II Não Perigosos / Inertes ou não
Inertes.

Os Classe I são classificados quanto a periculosidade,


inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou
patogenicidade.
Quanto a possibilidade de tratamento atualmente, os resíduos
sólidos industriais que são corretamente destinados a aterros
sanitários industriais sofrem um processo classificatório prévio
ao seu tratamento e disposição final.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Classificação dos Resíduos Industriais
A classificação dos resíduos envolve a identificação do
processo ou atividade que lhes deu origem e de seus
constituintes e características e a comparação destes
constituintes com listagens de resíduos e substâncias
cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido
NBR 10.004 (ABNT, 2004a).

Segundo Oliveira et al. (2003), de maneira geral, esta


classificação se dá a partir das análises físico-químicas
sobre o extrato lixiviado obtido a partir da amostra bruta
do resíduo. As concentrações dos elementos detectados
nos extratos lixiviados são então comparadas com os
limites máximos estabelecidos nas listagens constantes
da NBR 10.004 (ABNT, 2004a).
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Resíduos Industriais: provenientes de atividades de produção de
bens, pesquisa, mineração (Resíduos gerados em estabelecimentos
Industriais) normalmente com elevada presença de Resíduos tóxicos.

Dependendo do tipo de unidade industrial a política em relação aos


resíduos poderá estar direcionada para:

Minimização de Resíduos
 Tratamento dos Resíduos

Minimização dos Resíduos : qualquer atividade que reduza o volume


e/ou a toxicidade de qualquer resíduo perigoso e que brinda um
benefício econômico
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Tratamento : Qualquer atividade que objetive reduzir o volume e
Reduzir ou eliminar características de periculosidade.

Aplicabilidade das Medidas :

Minimização de Resíduos
Unidades que apresentam facilidade de alterar seus processos. Ex.
Indústria química
Tratamento dos Resíduos
Unidades onde é mais econômico tratar os poluentes gerados. Ex.
Indústria Metalúrgica, galvanoplástia,...
RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Minimização de Resíduos

Surge em decorrência das ações de controle cada vez mais


restritas (principalmente de caráter ambiental), elevando os
custos com o tratamento e disposição final dos resíduos.

* Emprego de políticas que possibilitem a redução do


volume e ou toxidade dos resíduos gerados (otimização do
processo)
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
A minimização de Resíduos inclui as seguintes
atividades :
a) Redução na geração de resíduos na fonte – É qualquer
atividade que reduza ou elimine a geração de
resíduos sólidos perigosos dentro do processo.
 substituição de insumos
 alteração dos materiais
 alteração da tecnologia
 alteração nos procedimentos

b) Redução na geração sub-produtos;


c) Reciclagem
d) Recuperação de matéria prima e energia.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Importância da Minimização de Resíduos

• Otimizar o uso de seus recursos disponíveis (água,


energia, matéria prima, etc);
• Reduzir os custos envolvidos no tratamento de
resíduos, na compra de matérias primas e nos
processos produtivos;
• Operação de forma ambientalmente segura e
responsável;
• Estratégia viável de promover o desenvolvimento
sustentável de uma organização;
• Melhoria da eficiência do processo;
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RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Benefícios da Minimização de Resíduos


• Aumento da conscientização ambiental;
• Aumento do desempenho ambiental;
• Redução de custos e melhoria da
competitividade;
• Um passo para certificação ISO 14000;
• Melhoria imagem pública da empresa;
• Exemplo para outras empresas;
• Estimula os concorrentes
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RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Barreiras Existentes a Minimização de Resíduos

• Necessidade de capital;
• Especificação técnicas dos insumos e
equipamentos;
• Regulamentação legal;
• Qualidade do produto e aceitação do consumidor;
• Preocupação com produção imediata;
• Disponibilidade de tempo e de técnica
especializadas;
• Resistência a mudança.

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RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Tratamento de Resíduos Industriais


Tratamento : Qualquer atividade que objetive reduzir o
volume e reduzir ou eliminar características de
periculosidade.
Objetivos :
• Melhorar as condições de trabalho (odores);
• Reduzir o volume (facilita a estocagem, porém pode
estar pré-concentrando agentes tóxicos);
• Reduzir ou eliminar características de periculosidade.
(Permite em alguns casos o descarte em aterros
públicos).
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Tratamento de Resíduos Industriais
Processos Biológicos
Compostagem: Decomposição biológica do material
orgânico contido no resíduo, resultando num produto
estável e útil como recondicionador o solo agrícola, bem
como de suas propriedades físicas, químicas e biológicas.

Processos Físicos
Secagem / desidratação: busca eliminar líquidos leves,
reduzir volume, reduzindo custos de transporte e de
disposição final.
Ex. Centrifugas, filtros a vácuo, filtros prensa,...
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Processos Físico-Químicos
Solidificação / Estabilização: Transformação (mediante o
emprego de reações químicas) de constituintes perigosos
presentes em um resíduo em formas menos tóxicas, de
preferência inertes.
Como ????
• Melhorando suas características físicas e de manuseio;
• Auxiliando na sua fixação, impedindo sua lixiviação para o
meio.
Ex. Formação de tijolos com resíduos da industria têxtil, com
catalisadores industriais, areia de modelagem.....
RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Processos Químicos
Incineração: fornos onde são queimados os resíduos. A
queima deve ser controlada para evitar a formação de
poluentes secundários com maior toxidez, como as
dioxinas. As cinzas podem ser depositadas em aterros
sanitários, ou empregadas na elaboração de tijolos.
Os fornos devem estar equipados com filtros específicos,
destinados a minimização de poluentes atmosféricos.
Ex. Líquidos muito inflamáveis, resíduos altamente
persistentes e tóxicos.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Dioxinas
As dioxinas são subprodutos de muitos
processos industriais principalmente a
combustão, nos quais o cloro e
produtos químicos dele derivados são
produzidos, utilizados e eliminados. As Estrutura molecular do
tetraclorodibenzo-dioxina
emissões industriais de dioxina para o
meio-ambiente podem ser
transportadas a longas distâncias por
correntes atmosféricas e, de forma
menos importante, pelas correntes dos
rios e dos mares.
O termo dioxinas é a denominação comumente usada
para a classe química conhecida como dibenzo-p-dioxinas
policlorados (PCDDs) e dibenzofuranos policlorados
(PCDFs).
RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Dioxinas

Existe na natureza uma grande diversidade de dioxinas, que são


moléculas formadas por dois anéis benzênicos (molécula orgânica,
com seis “lados”, formada de carbono e hidrogênio) ligados por dois
oxigênios (vide figura). As dioxinas tóxicas possuem átomos de Cloro,
que podem estar ligados em oito posições diferentes, conforme
numeração na figura.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS

A poluição do agente-laranja (dioxina)

Milhões de galões da substância denominada de agente laranja


(dioxina) foram despejados pelos Estados Unidos no Vietnã entre o
ano de 1962 e 1970. O objetivo dessa tática de guerra era desfolhar
a floresta e, assim, evidenciar esconderijos dos guerrilheiros
vietnamitas. Os efeitos contaminantes persistentes após desfolhar a
floresta eram incalculáveis, no entanto, a dioxina se espalhava pela
cadeia alimentar atingindo o homem - o que geraria mais tarde
inúmeros defeitos genéticos em crianças recém nascidas.

Dentre os que na guerra, que foram expostos às "nuvens químicas"


durante o conflito, muitos eram fazendeiros que viviam da terra que
foi atingida pelo herbicida. O agente laranja também atingiu uma
segunda e uma terceira geração, afetadas pela exposição sofrida por
seus pais.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS

A poluição do agente-laranja (dioxina)

No Vietnã, existem hoje 150 mil crianças, cujos defeitos de nascença,


segundo a Cruz Vermelha vietnamita, podem ser atribuídos à
exposição ao agente laranja que seus pais sofreram durante a
guerra, pelo consumo de alimento ou água contaminada por dioxina.

Estima-se que três milhões de vietnamitas foram expostos ao agente


químico durante a guerra e que, destes, 1 milhão enfrentam hoje
sérios problemas de saúde devido à exposição que provocou
mutações genéticas em seu DNA.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Processos Químicos
Co-Processamento: É o aproveitamento das elevadas temperaturas
do processo de fabricação do cimento (2000 oC) em um forno de
clínquer de para a destruição dos resíduos. As cinzas produzidas pela
queima são incorporadas ao produto, sem alterar a qualidade do
mesmo.
O Co-Processamento é largamente empregado na Europa e nos
USA.

Podem ser co-processados pneus, resíduos da indústria siderúrgica e de


alumínio, solventes químicos, óleos usados, borras de pintura, plásticos,
solos contaminados, entre outros.

Não são co-processáveis resíduos hospitalares, radioativos e


domésticos, materiais corrosivos, pesticidas e explosivos.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Forno de clínquer (cimento) utilizado em Co-processamento


RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Co-Processamento - Aplicabilidade
 Resíduos substitutos de matérias-primas;
 Resíduos substitutos de combustível;
 Resíduos inorgânicos para inertização;
 Resíduos orgânicos para destruição térmica

Co-Processamento - Legislação
Resolução CONAMA n° 264/99 - dispõe sobre o licenciamento de
fornos rotativos de produção de clínquer para atividade de co-
processamento de resíduos;
Resolução CONAMA n° 316/2002 - dispõe sobre procedimentos e
critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de
resíduos;
RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Co-Processamento - Premissas Básicas

 Resíduos enquadrados como substitutos de matéria-


prima, fundentes e de combustíveis;
 Emissões atmosféricas que não comprometam a
qualidade ambiental;
 Unidades produtoras de clínquer licenciadas pelo
órgão ambiental competente;
 Não alterar a qualidade do cimento;
 Fornecimento regular do resíduo;
 Agregar valor.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Co-Processamento - Avaliações Técnicas Importantes

• Estudo de Viabilidade de Queima;


• Proposta de Co-processamento;
• Teste em Branco;
• Teste de Queima;
• Planos Complementares:
• Armazenamento de resíduos;
• Atendimento a emergências;
• Treinamento de pessoal;
• Análise de Risco.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Co-Processamento - Resíduos com Bom Poder Calorífero

• Borras Oleosas
• Borras Ácidas
• Pneus
• Borrachas não Cloradas
• Borra de Tintas
• Solventes
• Ceras
• Resinas Fenólicas e Acrílicas
• Carvão Ativado Usado como Filtro
• Elementos Filtrantes de Filtros de
óleo
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Co-Processamento - Vantagens
• Altas temperaturas e longos tempos de residência:
mais de 1800 °C;
• Elevado índice de destruição: Os resíduos orgânicos
são totalmente destruídos; os metais são incorporados
e fixados no produto final;
• Agrega valor e destrói totalmente grandes volumes e
tipos de resíduos;
• Redução das emissões globais: CO2 global é
reduzido.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Co-processamento – Exemplos Atuais
A Votorantim Cimentos começou a utilizar o co-
processamento de resíduos em fornos de clínquer há 16
anos, nas unidades Rio Branco do Sul (PR) e Cantagalo
(RJ).
Na Votorantim esse processo poupa combustíveis fósseis e
naturais (calcário e argila), reaproveitando anualmente
mais de 200 mil toneladas de resíduos de outras indústrias.

O co-processamento é um dos mecanismos de


desenvolvimento limpo (MDL) – previstos no Protocolo de
Kyoto .
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Algumas Possibilidades de Tratamento de Resíduos Industriais

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RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Algumas Possibilidades de Tratamento de Resíduos Industriais
- Papéis e plásticos não contaminados
- Vidros Diversos
- Madeiras em geral
- Borrachas em geral e Pneus RECICLAGEM INTERNA /
- Metais ferrosos RECICLAGEM EXTERNA
- Óleo vegetal
- Lâmpadas fluorescentes
- Frascos de Laboratório

- Restos de Alimentos e Vegetais


- Rejeitos Gerais
- Rejeitos dos Sanitários
CO-PROCESSAMENTO /
- Vidros Planos
- Lodo de efluentes sanitários ATERRO INDUSTRIAL
- Resíduos de Varrição CLASSE II (Não Perigosos)
- Lâmpadas incandescentes

- Borra de tinta
- Químicos em geral ATERRO INDUSTRIAL
- Lodo de ETE CLASSE I (Perigosos)
- Solventes
- Tambores contaminados de EPI´s
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RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Disposição Final
A destinação final adequada de resíduos é importante, pois ao
produzir um resíduo, este continua pertencendo ao gerador
mesmos depois de enviado para tratamento ou disposição em
terceiros.
Aterro Sanitário: Consiste em armazenar os resíduos, dispostos
em camadas, intercaladas por camadas de terra, em locais
escavados.
Aterro Industrial: São aterros licenciados por órgãos Ambientais,
pois obedecem critérios de engenharia e normas operacionais
especificas, que garante um confinamento seguro em termos de
poluição ambiental e proteção a saúde pública.
Os resíduos inflamáveis, reativos, oleosos,orgânico-persistentes
não devem ser dispostos em aterros.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Disposição Final

Aterro Industrial:
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Aterros industriais
• contexto: planejamento, uso do solo, saúde pública, proteção ao
meio
– características
- urbanização / vizinhança
- custo do terreno
- distância aos pontos de geração
- condições de acesso
- hidrogeologia
– requisitos
- > 500 m de residências
- > 200 m de corpos d’água
- permeabilidade < 10-7 cm/s
- declividade < 20%
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Aterros industriais
– projeto
• licenciamento
• barreiras múltiplas
• preparação dos resíduos
– secar
– neutralizar
– solidificar
• monitoramento
– estudos
• caracterização dos resíduos sólidos
• caracterização do local
– geografia
– topografia
– hidrogeologia
– climatologia
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Aterros industriais
– elementos de proteção ambiental
• drenagem de água de chuva
• impermeabilização (geomembranas, argila) – monitorar
• detecção de vazamentos (drenos-testemunha, poços de
inspeção)
• coleta/tratamento de líquidos percolados
• drenagem de gases
- infra-estrutura
• cerca / guarita / portaria
• placa informativa
• balança
• escritórios
• laboratórios
• pátio (materiais, resíduos)
• refeitórios, banheiros, vestiários
• acessos
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Aterros industriais

– gerenciamento / planos de operação


- registro e controle de recebimentos
- amostragem
- segregação
- inspeção
- emergência
- fechamento
- monitoramento (20 anos)
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Aterros industriais –Cacterísticas Construtivas Importantes

Impermeabilização Inferior

Os aterros industriais deverão possuir sistema duplo de


impermeabilização inferior composto de manta sintética sobreposta a
uma cama de argila compactada, de forma a alcançar coeficiente de
permeabilidade menor ou igual a 1,0 x 10-7 cm/s, com espessura
mínima de 60 centímetros, devendo ser mantida uma distância
mínima de 2 metros entre a superfície inferior do aterro e o nível mais
alto do lençol freático.
Sobre o material sintético deverá ser assentada uma camada de terra
com espessura mínima de 50 centímetros.

O sistema duplo de impermeabilização deverá ser construído de


modo a evitar rupturas devido a pressões hidrostáticas e
hidrogeológicas, condições climáticas, tensões da instalação, da
impermeabilidade ou aquelas originárias da operação diária.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Aterros industriais –Cacterísticas Construtivas Importantes

Impermeabilização Superior (Cobertura Final):


quando do fechamento de cada célula de um
aterro industrial, a impermeabilização superior a
ser aplicada deverá garantir que a taxa de
infiltração na área seja tão pequena quanto
possível. Desta forma, esta impermeabilização
deverá ser no mínimo tão eficaz quanto o
sistema de impermeabilização inferior
empregado.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Aterros industriais – Cacterísticas Construtivas Importantes
O sistema de impermeabilização superior deverá compreender das seguintes
camadas, de cima para baixo:

1 - camada de solo original de


60 (sessenta) centímetros,
para garantir o recobrimento
com vegetação nativa de
raízes não axiais;
2 - camada drenante de 25
(vinte e cinco) centímetros de
espessura, com coeficiente
de permeabilidade maior ou
igual a 1,0x10-3cm/s;

3 - manta sintética com a mesma especificação utilizada no sistema de


impermeabilização inferior;
4 - camada de argila compactada de 50 (cinqüenta) centímetros de espessura,
com coeficiente de permeabilidade menor ou igual a 1,0 x 10-7cm/s.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Algumas Medidas de Cunho Gerencial que podem
Melhorar o Panorama Nacional
- Inventários de resíduos industriais, dimensionando e
caracterizando-os resíduos industriais, segundo normas,
regulamentos legais e possibilidades de reaproveitamento;
- Elaboração de planos que disciplinem a localização de
empreendimentos de tratamento e disposição de resíduos
industriais;
- Utilização de tecnologias limpas, incluindo pesquisa, transferência
e aplicação na busca de alternativas tecnológicas associadas a
reciclagem. Reinserção de resíduos e efluentes na cadeia
produtiva
- Criação de bolsas de resíduos, negócios e oportunidades, para
promover a negociação de resíduos industriais recicláveis,
promovendo a redução dos custos de produção, incentivos às
recitadoras e a ampliação do universo de fornecedores
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Resíduos Especiais
PILHAS E BATERIAS
Pilhas, Baterias ou Acumuladores são
designações utilizadas para sistemas que
convertem energia química em energia elétrica;
Legislação atual: CONAMA nº257/99 :
• As pilhas e baterias serão entregues pelos
usuários aos estabelecimentos que as
comercializam ou à rede de assistência técnica
autorizada pelas respectivas indústrias, para
repasse aos fabricantes ou importadores, para
que estes adotem, diretamente ou por meio de
terceiros, os procedimentos de reutilização
reciclagem, tratamento ou disposição final
ambientalmente adequada.

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RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Resíduos Especiais PILHAS E BATERIAS – CONAMA nº257/99

Art. 3º - Os estabelecimentos que comercializam os produtos


descritos no art.1º, bem como a rede de assistência técnica
autorizada pelos fabricantes e importadores desses produtos, ficam
obrigados a aceitar dos usuários a devolução das unidades usadas,
cujas características sejam similares àquelas comercializadas, com
vistas aos procedimentos referidos no art. 1º.
Art. 8o Ficam proibidas as seguintes formas de destinação final de
ilhas e baterias usadas de quaisquer tipos ou características:

I - lançamento "in natura" a céu aberto, tanto em áreas urbanas como


rurais;
II - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou
equipamentos não adequados, conforme legislação vigente;
III - lançamento em corpos d'água, praias, manguezais, terrenos
baldios, poços ou cacimbas, cavidades subterrâneas, em redes de
drenagem de águas pluviais, esgotos, eletricidade ou telefone, mesmo
que abandonadas, ou em áreas sujeitas à inundação.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Resíduos Especiais PILHAS E BATERIAS – CONAMA nº257/99

Parágrafo Único. Na impossibilidade de reutilização ou


reciclagem das pilhas e baterias descritas no art. 1o, a
destinação final por destruição térmica deverá obedecer as
condições técnicas previstas na NBR - 11175 - Incineração
de Resíduos Sólidos Perigosos - e os padrões de
qualidade do ar estabelecidos pela Resolução CONAMA
No 03, de 28 de junho de l990.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Resíduos Especiais LÃMPADAS FLUORESCENTES

• Tubo de vidro selado preenchido


com gás argônio a baixa pressão,
vapor de mercúrio, terminais de
alumínio,eletrodos (tungstênio,
níquel, cobre ou ferro) e poeira
fosforosa ( 4 a 6 gramas/lâmpada de
40 watts);
• Conteúdo de mercúrio em lâmpada
padrão: em torno de 25 mg de vapor
de mercúrio;
• Lâmpada quebrada ao ar livre
implica emissão de mercúrio para
atmosfera.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Resíduos Especiais RESÍDUOS DE PNEUMÁTICOS

COMPONENTES
• Borracha com teores de enxofre;
• Lona;
• Malha de aço.

Legislação atual: CONAMA nº258/99 :

Art.1o As empresas fabricantes e as


importadoras de pneumáticos ficam
obrigadas a coletar e dar destinação
final, ambientalmente adequada, aos
pneus inservíveis existentes no território
nacional, na proporção definida nesta
Resolução relativamente às quantidades
fabricadas e/ou importadas.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Resíduos Especiais RESÍDUOS DE PNEUMÁTICOS - CONAMA Nº258/99

Parágrafo único. As instalações para o processamento


de pneus inservíveis e a destinação final deverão
atender ao disposto na legislação ambiental em vigor,
inclusive no que se refere ao licenciamento ambiental.

Art. 9o A partir da data de publicação desta Resolução


fica proibida a destinação final inadequada de
pneumáticos inservíveis, tais como a disposição em
aterros sanitários, mar, rios, lagos ou riachos, terrenos
baldios ou alagadiços, e queima a céu aberto.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Alguns Exemplos de Recuperação de


Resíduos Sólidos:
• Remoção de Cromo do Couro residual
• Remoção de Pb de escória de
recicladoras de Baterias
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Couro “wet blue”
É proveniente do processo de
beneficiamento do couro com cromo.
Parte desse couro é perdido na forma de
“serragens” e “aparas”

Deve ser descartado em aterros especiais


para evitar lixiviação do cromo durante sua
degradação
RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Tratamento
Remoção do Cromo / recuperação do Couro

2 - 3% em cromo
Cada tonelada de
couro gera 80 Kg de
retalho.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Processo de recuperação

Couro com Couro isento


solução extratora de Cr
p/ o Cr Couro

Couro pode ser empregado com adubo (15 %


Nitrogênio total)
O cromo e o agente extrator podem recuperados
(sistema fechado)
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Baterias chumbo/ácido
Composição de uma bateria

COMPONENTE Kg %
Ácido 3,65 12
Chumbo 8,64
Grade (metálico) 3,00
70-
Conexões (metálico) 0,80 80
Pasta de bateria (óxido/sulfato) 4,84
Caixa (polipropileno) 0,67 5-6
Outros materiais (plásticos,
0,34 2-3
papel, madeira, PVC...)
Total 13,5 100
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Baterias chumbo/ácido
Carcaça (PP)
Sucata de Bateria Reciclagem
Exaurida (C/S/ H2SO4) Corte
H2SO4

Placas ?
(PbO / PbSO4)
C + Fe Borra ou escória (6% Pb)
Fundição Resíduo Sólido
Placa SiO4 (1200 oC)
Final Material
Combustível Particulado (Pb)
(óleo) ? Pb Metálico H2SO4, SO2...

Pasta Calor
(PbO H2SO4 PbO (Pó)
? Placas Novas
/ PbSO4) ?
+
Pb Particulado
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Reciclagem de baterias exauridas

 47% produção mundial de Pb

 85% das baterias são recicladas

diminui impacto ambiental


Muito atraente p/ as
indústrias economia de energia
minérios exauridos

Quebra da bateria

ETAPAS Recuperação do polipropileno

Recuperação do chumbo
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Escória
resíduo com alto teor de chumbo
quimicamente ativo
sólido preto e opaco

Processo pirometalúrgico 33 000 ton/ano de


escória
600 kg escória/ton de Pb recuperado

Armazenamento em tambores fechados, evitando o


contato com o solo e a chuva.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Análise química da escória
Elemento/composto % em peso

FeS 40-50
Na2CO3 20-30
coque 10-20
SiO2 4
Pb 1-2,3
CaO 1
PbS 1

Cu 0,44
Sn 0,31
Zn 0,24
Ni 0,028
Sb 0,014
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Objetivo
Otimização do processo pirometalúrgico

Inviável em escala de bancada

Desenvolvimento de
procedimentos destinados
à extração e recuperação
do Pb presente na escória.

Reações de complexação/precipitação

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