Diabetes

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DIABETEs

Tânia Monteiro
UFCD:9135
Introdução
A diabetes mellitus é uma doença metabólica crónica que se
caracteriza por níveis elevados de glicose no sangue, resultantes de
defeitos na secreção de insulina, na ação da insulina ou em ambos.
Esta doença tem um impacto significativo na saúde global, sendo
uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em muitos
países. A prevalência da diabetes tem aumentado de forma
alarmante, especialmente em sociedades que têm sofrido mudanças
rápidas no estilo de vida, como o aumento do sedentarismo e da
obesidade. Este trabalho de pesquisa tem como objetivo explorar os
diferentes tipos de diabetes, as suas origens, causas e
consequências. Além disso, será analisada a taxa de incidência da
doença na população portuguesa e as formas de prevenção que
podem ser implementadas para mitigar o impacto da diabetes.
Tipos
de
diabetes
Existem três principais tipos de
diabetes, cada um com
características distintas.

T 1
Diabetes tipo 1
A Diabetes Tipo 1 é uma doença autoimune
crónica na qual o sistema imunológico do corpo
ataca e destrói as células beta do pâncreas, que
são responsáveis pela produção de insulina. A
insulina é uma hormona crucial que permite que a
glicose presente no sangue entre nas células para
ser usada como energia. Sem insulina suficiente, a
glicose acumula-se no sangue, levando a níveis
elevados de açúcar no sangue (hiperglicemia).

T 1
Características Principais:

Origem Autoimune: A Diabetes Tipo 1 é causada por uma resposta autoimune,


onde o sistema imunológico confunde as células beta como invasores estranhos e
as destrói. As razões exatas para essa resposta autoimune ainda não são
completamente compreendidas, mas acredita-se que fatores genéticos e
ambientais, como infeções virais, possam desempenhar um papel.
Características Principais:

Desenvolvimento: A destruição das células beta é geralmente rápida e ocorre em


qualquer idade, embora seja mais comum surgir durante a infância e
adolescência. No entanto, a Diabetes Tipo 1 pode desenvolver-se em adultos,
sendo por vezes chamada de LADA (Diabetes Autoimune Latente em Adultos).
Características Principais:

Sintomas: Os sintomas da Diabetes Tipo 1 podem surgir repentinamente e


incluem sede excessiva (polidipsia), aumento da micção (poliúria), fome
constante (polifagia), perda de peso inexplicada, fadiga extrema e visão turva. Se
não tratada, a Diabetes Tipo 1 pode levar a uma condição grave chamada
cetoacidose diabética (DKA), que pode ser fatal.
Diagnóstico

 Testes de Glicose no Sangue: A medição da glicose em jejum ou o teste de


hemoglobina glicada (HbA1c) são frequentemente utilizados para diagnosticar
a diabetes. Níveis elevados indicam a presença da doença.

 Autoanticorpos: Testes para a presença de autoanticorpos específicos (como


anti-GAD, anti-IA2) podem ajudar a confirmar o diagnóstico de Diabetes Tipo
1.
Tratamento

Insulina: A principal forma de tratamento para a Diabetes Tipo 1 é a


administração de insulina exógena. Existem várias formas de insulina
disponíveis, incluindo insulina de ação rápida, de ação longa e insulina pré-
misturada. A insulina pode ser administrada por injeções múltiplas diárias ou
através de uma bomba de insulina.
Tratamento

Monitorização da Glicose: Os indivíduos com Diabetes Tipo 1 devem


monitorizar os seus níveis de glicose no sangue regularmente para ajustar a
dose de insulina e evitar tanto hiperglicemia quanto hipoglicemia.

Dieta e Exercício: Embora a insulina seja essencial, a gestão da dieta e a


prática regular de exercício físico são importantes para manter os níveis de
glicose no sangue dentro de uma faixa saudável.
Prognóstico e Qualidade de Vida:

Complicações: A Diabetes Tipo 1 está associada a complicações a longo prazo,


como retinopatia diabética (problemas de visão), nefropatia diabética (doença
renal), neuropatia (danos nos nervos) e um risco aumentado de doença
cardiovascular.

Gestão: Com um bom controlo da glicose no sangue e um estilo de vida saudável,


muitas pessoas com Diabetes Tipo 1 podem viver vidas longas e saudáveis. A
educação contínua e o apoio de profissionais de saúde são cruciais para uma
gestão eficaz da doença.
Diabetes tipo 2
A Diabetes Tipo 2 é a forma mais comum de diabetes,
representando cerca de 90-95% de todos os casos.
Caracteriza-se por uma resistência à insulina, onde o
corpo não utiliza a insulina de forma eficaz, e por uma
disfunção progressiva das células beta do pâncreas, que
leva a uma produção insuficiente de insulina ao longo do
tempo. Esta combinação resulta em níveis elevados de
glicose no sangue (hiperglicemia).

T 2
Características Principais:

 Resistência à Insulina: O corpo das pessoas com Diabetes Tipo 2 torna-se


resistente à insulina, uma hormona que permite que a glicose entre nas células
para ser utilizada como energia. Esta resistência significa que a glicose
permanece no sangue, resultando em hiperglicemia.

 Disfunção das Células Beta: As células beta do pâncreas não conseguem


produzir insulina suficiente para superar a resistência à insulina. Com o tempo,
a capacidade de produção de insulina pode diminuir ainda mais.
Fatores de Risco:
 Genética: História familiar de diabetes aumenta a probabilidade de
desenvolver a doença.
 Idade: Mais comum em pessoas com mais de 45 anos.
 Obesidade: Excesso de peso, especialmente gordura abdominal, está
fortemente associado à resistência à insulina.
 Sedentarismo: Falta de atividade física contribui para o ganho de peso e
aumenta o risco de resistência à insulina.
 Dieta: Dietas ricas em açúcares refinados, gorduras saturadas e pobres em
fibras aumentam o risco.
 Outros: Hipertensão, níveis elevados de colesterol e triglicéridos, síndrome dos
ovários poliquísticos e história de diabetes gestacional também são fatores de
risco.
sintomas
Os sintomas da Diabetes Tipo 2 desenvolvem-se gradualmente e podem ser leves
no início, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os sintomas incluem:

 Aumento da sede e da fome


 Urina frequente
 Perda de peso inexplicada
 Fadiga
 Visão turva
 Feridas que demoram a cicatrizar
 Infeções frequentes, como infeções urinárias ou fúngicas
Diagnóstico
Testes de Glicose no Sangue: A glicemia em jejum, o teste de tolerância à
glicose oral e a hemoglobina glicada (HbA1c) são utilizados para diagnosticar a
Diabetes Tipo 2.

Critérios: Um resultado de glicose em jejum ≥ 126 mg/dL, um nível de HbA1c ≥


6,5%, ou uma glicose plasmática ≥ 200 mg/dL duas horas após um teste de
tolerância à glicose oral confirmam o diagnóstico.
Tratamento
 Modificação do Estilo de Vida: Inclui mudanças na dieta, aumento da atividade
física e perda de peso.
 Dieta: Adotar uma dieta equilibrada rica em fibras, vegetais, frutas, proteínas
magras e gorduras saudáveis, limitando açúcares refinados e gorduras
saturadas.
 Exercício
 Medicação: Quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes, podem
ser necessários medicamentos, como: Metformina: Reduz a produção de
glicose pelo fígado e melhora a sensibilidade à insulina.
 Outros Medicamentos: Sulfonilureias, inibidores da DPP-4, agonistas do GLP-
1 e inibidores do SGLT2, que ajudam a aumentar a secreção de insulina,
reduzir a produção de glicose ou melhorar a sua excreção.
 Insulina: Necessária em alguns casos, especialmente quando outros
medicamentos não são eficazes.
Prognóstico e Qualidade de Vida:

Complicações: A Diabetes Tipo 2 está associada a uma série de complicações a


longo prazo, incluindo doenças cardiovasculares, neuropatia, nefropatia e
retinopatia. Um controlo inadequado da glicose no sangue pode levar a
complicações graves e incapacitantes.

Gestão: Com um bom controlo glicémico, muitas pessoas com Diabetes Tipo 2
podem levar uma vida normal e saudável. Isto inclui a adesão ao plano de
tratamento, consultas regulares com profissionais de saúde e monitorização
contínua dos níveis de glicose.
Diabetes gestacional
A Diabetes Gestacional é um tipo de diabetes
que surge pela primeira vez durante a gravidez
e desaparece após o parto. No entanto, as
mulheres que tiveram diabetes gestacional têm
um risco aumentado de desenvolver Diabetes
Tipo 2 mais tarde na vida. Esta condição é
diagnosticada quando os níveis de glicose no
sangue aumentam durante a gestação, devido a
alterações hormonais que provocam
resistência à insulina.
Características Principais:

Desenvolvimento Durante a Gravidez: A diabetes gestacional normalmente


desenvolve-se entre a 24ª e a 28ª semana de gestação. É causada pelas alterações
hormonais da gravidez, que podem interferir com a capacidade do corpo de
utilizar a insulina de forma eficaz.

Resolução Pós-Parto: Na maioria dos casos, os níveis de glicose no sangue


voltam ao normal após o parto. No entanto, a diabetes gestacional aumenta o risco
de diabetes em futuras gestações e de desenvolver Diabetes Tipo 2 mais tarde.
Fatores de risco

 História Familiar: Histórico familiar de diabetes.


 Idade: Mulheres com mais de 25 anos têm um risco maior.
 Peso: Excesso de peso ou obesidade antes da gravidez.
 História Pessoal: História prévia de diabetes gestacional ou parto de bebé com
peso elevado.
 Etnia: Certos grupos étnicos, como hispânicos, afro-americanos, nativos
americanos e asiáticos, têm um risco mais elevado.
SINTOMAS

A diabetes gestacional geralmente não apresenta sintomas evidentes e é


frequentemente diagnosticada através de testes de rotina. Quando presentes, os
sintomas podem incluir:

 Sede excessiva
 Urina frequente
 Fadiga
 Náusea
 Visão turva
diagnóstico

Testes de Tolerância à Glicose: Entre a 24ª e a 28ª semana de gravidez, é realizado


um teste de tolerância à glicose oral (OGTT) para medir a resposta do corpo à
glicose. O teste consiste em medir a glicemia em jejum, seguida pela ingestão de
uma solução açucarada e medição dos níveis de glicose após uma e duas horas.
tratamento

Monitorização da Glicose no Sangue: As mulheres com diabetes gestacional


precisam de monitorizar os seus níveis de glicose no sangue várias vezes ao dia.
Dieta Saudável: Seguir uma dieta equilibrada e rica em fibras, com controlo da
ingestão de carboidratos para manter os níveis de glicose estáveis.
Exercício Regular: A atividade física moderada pode ajudar a controlar os níveis
de glicose no sangue.
Medicação: Se a dieta e o exercício não forem suficientes para controlar a glicose
no sangue, pode ser necessário o uso de insulina ou, em alguns casos,
medicamentos orais.
Prognóstico e Complicações

Impacto na Mãe: Mulheres com diabetes gestacional têm um risco maior de


desenvolver pressão arterial elevada durante a gravidez (pré-eclâmpsia) e parto
por cesariana.
Impacto no Bebé: Bebés de mães com diabetes gestacional podem nascer com
excesso de peso (macrossomia), o que pode aumentar o risco de complicações no
parto. Estes bebés também têm um risco maior de desenvolver obesidade e
diabetes tipo 2 na vida adulta.
Prevenção Futuras: Após o parto, é importante que as mulheres que tiveram
diabetes gestacional continuem a monitorizar os seus níveis de glicose e
mantenham um estilo de vida saudável para reduzir o risco de desenvolver
Diabetes Tipo 2 no futuro.
Origens da Doença
Tipo 1

Autoimunidade: O sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas.

Genética: Certos genes aumentam o risco.

Fatores Ambientais: Infeções virais e exposições ambientais podem desencadear a


doença.
Tipo 2

Resistência à Insulina: As células do corpo não utilizam a insulina de forma


eficaz.

Genética: A predisposição genética aumenta o risco.

Estilo de Vida: Dieta pobre, sedentarismo e obesidade são fatores principais.

Fatores Ambientais e Sociais: Urbanização e falta de acesso a alimentos saudáveis


contribuem para o risco.
Diabetes Gestacional

Alterações Hormonais: Hormonas da gravidez causam resistência à insulina.

Genética e História Familiar: Maior risco com história familiar de diabetes.

Peso e Estilo de Vida: Excesso de peso e dieta desequilibrada aumentam o risco.

Idade e Etnia: Mulheres com mais de 25 anos e certas etnias têm maior risco.
Outros tipos de diabetes

Existem outros tipos menos comuns de diabetes que têm origens variadas:

Diabetes Monogénica: Causada por mutações em genes específicos, esta forma de


diabetes inclui o MODY (Diabetes de Início Jovem do Tipo Maturidade) e a
Diabetes Neonatal.

Diabetes Secundária: Resulta de outras condições médicas ou tratamentos que


afetam a produção ou utilização da insulina, como doenças pancreáticas,
endocrinopatias, ou o uso prolongado de certos medicamentos (por exemplo,
corticosteroides).
Causas e
consequências

T 4
Causas

Diabetes Tipo 1: Autoimunidade, fatores genéticos e possíveis desencadeantes


ambientais.

Diabetes Tipo 2: Resistência à insulina, disfunção das células beta, obesidade,


idade avançada, histórico familiar e inatividade física.

Diabetes Gestacional: Alterações hormonais durante a gravidez, excesso de peso


antes da gravidez, idade avançada.
Consequências

Agudas: Cetoacidose diabética (principalmente no tipo 1), hipoglicemia,


hiperglicemia.

Crônicas: Danos aos olhos (retinopatia), rins (nefropatia), nervos (neuropatia),


coração (doença cardiovascular), e pés (úlcera diabética).
Formas de Prevenir

A prevenção da diabetes,
especialmente do tipo 2,
envolve mudanças no estilo
de vida.

T 2
Alimentação saudável

 Adotar uma dieta rica em fibras, vegetais, frutas, grãos integrais, proteínas
magras e gorduras saudáveis.

 Evitar alimentos processados, açúcares refinados e gorduras saturadas.

 Controlar as porções e manter refeições regulares.


Atividade Física Regular

 Praticar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana
(caminhada, ciclismo, natação).

 Incluir fortalecimento muscular duas vezes por semana.

 Incorporar mais movimento no dia a dia.


Controlo do Peso:

 Manter um peso saudável ou perder peso em caso de excesso.


 Monitorar regularmente o peso e ajustar dieta e exercícios conforme
necessário.

Monitorização da Saúde:

 Realizar exames médicos regulares para monitorar níveis de glicose, pressão


arterial e perfil lipídico.
 Informar o médico sobre a história familiar de diabetes.
Educação e Conscientização
Participar em programas de educação em diabetes.
Promover a conscientização sobre a diabetes em comunidades e locais de
trabalho.

Redução de Comportamentos de Risco


Evitar fumar.
Limitar o consumo de álcool.

Gestão do Stress:

Praticar técnicas de relaxamento como meditação e yoga.


Manter um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.
Taxa de
Incidência na
População
Portuguesa

T 5
A diabetes é uma preocupação crescente em Portugal. Dados recentes do Instituto
Nacional de Estatística (INE) e do Observatório Nacional da Diabetes (OND)
revelam:

 Prevalência: Aproximadamente 13.6% da população portuguesa com idade


entre 20 e 79 anos tem diabetes.
 Tendências: A prevalência aumenta com a idade, sendo mais elevada entre os
indivíduos com menos escolaridade e rendimento.
 Distribuição: A diabetes tipo 2 é a forma mais comum, correlacionada com o
aumento da obesidade e do sedentarismo na população.
Conclusão
A diabetes é uma doença complexa e
multifacetada que exige uma abordagem
abrangente para prevenção e controlo. Medidas de
estilo de vida saudável são fundamentais para
prevenir o diabetes tipo 2 e minimizar suas
consequências. Em Portugal, a crescente taxa de
incidência requer políticas de saúde pública
eficazes e programas educativos para reduzir o
impacto desta doença na população.
webgrafia

 https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/diabet
es-mellitus-dm-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-da-glicose-no-sangue/diabetes-mellitus-dm
 https://www.cuf.pt/saude-a-z/diabetes
 https://www.tuasaude.com/diabetes/
 https://apdp.pt/
 https://www.ff.ulisboa.pt/noticias/novos-casos-de-diabetes-em-portugal-com-tendencia-crescente/
 https://www.spd.pt/images/uploads/20210304-200808/DF&N-2019_Final.pdf

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