Direito Processual Do Trabalho: AULA 03-PARTES: Procuradores e Terceiros. Atos Processuais

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AULA 03- PARTES: Procuradores e Terceiros.

Atos processuais.

DIREITO PROCESSUAL
DO TRABALHO
• CAPACIDADE DE SER PARTE 
Personalidade jurídica (a aptidão
genérica para se adquirir direitos e
deveres);

CAPACIDAD • CAPACIDADE AD CAUSAM


Legitimidade para figurar o processo;
ES
• CAPACIDADE POSTULATÓRIA
Possibilidade de Atuar no processo.
• A capacidade é a aptidão para o gozo e
exercício dos direitos.
• Todos que tem personalidade jurídica:
• Código de Processo Civil Art. 70. Toda
pessoa que se encontre no exercício de
seus direitos tem capacidade para estar
CAPACIDADE em juízo.
DE SER
PARTE • Código Civil Art. 6 o A existência da
pessoa natural termina com a morte;
presume-se esta, quanto aos ausentes,
nos casos em que a lei autoriza a
abertura de sucessão definitiva.
• É a aptidão geral para o uso, gozo e
exercício de direitos. Essa é a capacidade
plena, sendo adquirida com dezoito anos,
e com isso vai se igualar a capacidade
CAPACIDADE civil à capacidade penal.

PROCESSUAL • Menores, deficientes que não possuam


(LEGITIMATIO capacidade civil plena, doentes tem que
ser representado por algum interessado,
AD geralmente parente próximo artigo do
CPC.
PROCESSUM) • Em causas que tratam de pessoas com a
incapacidade civil plena há a intervenção
do Ministério Público, conforme dispõe o
artigo 178, inciso II, do Código de
Processo Civil.
• Aptidão para dirigir-se ao juiz no
processo.
• No direito processual civil, como regra,
tem-se que só possui capacidade
postulatória o advogado, na forma do
CAPACIDADE art. 103 do CPC.
POSTULATÓRIA • Já no processo do trabalho, de acordo
com o art. 791, §§ 1º e 2º, da CLT, a
parte (reclamante e reclamado) pode
exercer o jus postulandi diretamente,
sem a intermediação pelo profissional do
direito.
RECLAMANTE  AUTOR DA
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
PARTES NO (PETIÇÃO INICIAL)
PROCESSO
DO
TRABALHO
RECLAMADO  RÉU
A Constituição prevê no artigo 7º, XXXIII, o trabalho do
maior de quatorze anos, na condição de aprendiz, ou de
qualquer trabalho acima de dezesseis anos, caso surja
alguma demanda trabalhista deve ser representado.

CAPACIDADE Por sua vez, o inciso I do art. 4º do CC consagra que os


DOS maiores de dezesseis e menores de dezoito anos são
MENORES NA relativamente capazes.
JUSTIÇA DO
TRABALHO
Todavia, na forma do parágrafo único do art. 5º do
mesmo Código, cessa, para os menores, a incapacidade
pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do
outro, mediante as causas de emancipação.
CAPACIDADE DOS MENORES NA
JUSTIÇA DO TRABALHO
• Na legislação do trabalho faculta a assistência em diversos momentos ao
longo da execução contratual.
• O art. 439 da CLT, por exemplo, confere validade ao recibo de salários firmado
pelo menor, mas, tratando-se de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao
menor de dezoito anos dar, sem assistência de seus responsáveis legais,
quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida.
• Portanto, grande parte da doutrina reconhece que o menor só deve ter
assistência de seus responsáveis quando houver descumprimento por parte
do empregador e o menor não for emancipado.
• Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus
representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do
Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado
em juízo.
SUCESSÃO E SUSPENSÃO
PROCESSUAL
• Em caso de morte  espólio ou sucessores artigo 110 do CPC;
• RECLAMADO  citação do espólio ou sucessores;
• No caso do Reclamante suspende o processo até a habilitação dos herdeiros Artigo 313
do CPC;

• I − falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que promova a citação do


respectivo espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo
que designar, de no mínimo 2 (dois) e no máximo 6 (seis) meses;

• II − falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de


seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios de
divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão
processual e promovam a respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de
extinção do processo sem resolução de mérito.
• No caso de morte do procurador de
qualquer das partes, ainda que iniciada
a audiência de instrução e julgamento, o
juiz determinará que a parte constitua
FALECIMENTO novo mandatário, no prazo de quinze
DO dias, ao final do qual extinguirá o
PROCURADOR processo sem resolução de mérito, se o
autor não nomear novo mandatário, ou
ordenará o prosseguimento do processo
à revelia do réu, se falecido o procurador
deste.
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM
AUDIÊNCIA
• O artigo 843 da CLT prevê que as partes estarão presentes à audiência,
independentemente do comparecimento dos seus advogados:
• Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado,
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de
Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão
fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.

• § 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro


preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o
proponente.

• § 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não


for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por
outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
LITISCONSÓRCIO
• A CLT prevê que, sendo várias as reclamações e havendo
identidade de matéria, poderão ser acumuladas em um só processo,
se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento
(art. 842);
• O autor pode demandar individualmente, ou pode formular sua
pretensão em conjunto com outro trabalhador, desde que:
• i) se trate de empregados da mesma empresa ou estabelecimento
e;
• ii) haja identidade de matérias.
• Permite, assim, a pluralidade de partes em um dos polos da relação
jurídica processual apenas naquelas hipóteses.
LITISCONSÓRCIO
• Quanto à posição dos litisconsortes, o litisconsórcio pode ser
definido como:
• i) ativo, quando a pluralidade de partes se der no polo ativo –
dos autores, portanto –;
• ii) passivo, quando a pluralidade de partes ocorrer no polo
passivo – ou dos réus –, podendo, ainda ser;
• iii) misto, quando houver pluralidade tanto do lado ativo quanto
passivo da demanda.
LITISCONSÓRCIO
•Quanto à oportunidade, o litisconsórcio poderá ser:
• i) originário, quando definido na própria petição inicial, ou;
• ii) superveniente, quando ocorre no curso da demanda.
•Quanto à vontade, o litisconsórcio pode ser definido como;
• i) necessário (art. 114 do CPC), quando sua formação é obrigatória,
imposta por lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida,
a eficácia da sentença depende da citação de todos os que devam ser
litisconsortes, ou ainda; (No processo do trabalho há previsão expressa de
litisconsórcio necessário, consoante previsto no art. 611-A, § 5º, da CLT)
• ii) facultativo, quando a conveniência da parte é o maior móvel na
definição da pluralidade de partes.­
• O terceiro não faz parte da relação
processual, mas tem algum interesse em
comum com quem tem a capacidade
processual, pois poderá sofrer com a
decisão do processo.
• Tal instituto, além de permitir o ingresso do
INTERVENÇÃO terceiro no processo para defender direito
DE TERCEIROS seu ou que lhe é imputado, facilita a
solução integral da lide, uma vez que,
atendendo aos princípios da economia e
celeridade processual, evita o ajuizamento
de um novo processo (ação de regresso)
para discutir aquela situação – e suas
consequências já postas em juízo.
• Esta participação pode ser voluntária, ou
seja, o terceiro sabe da existência de um
processo e vem a se habilitar na lide para
ajudar uma das partes ou para se opor a
uma ou às duas, ou pode ser obrigatória
(coacta, forçada), o que constitui, na
INTERVENÇÃO verdade, uma exceção.
DE TERCEIROS • Afinal, a parte demandante tem o direito de
escolher contra quem pretende demandar.
• Entretanto, não basta o mero interesse
econômico; é imperioso que exista uma
relação entre o terceiro e o objeto litigioso
do processo.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO
PROCESSO DO TRABALHO
• Há divergências entre a doutrina e a jurisprudência quanto a
possibilidade da intervenção de terceiros na Justiça do
Trabalho sendo, portanto, necessária a análise de cada uma
das hipóteses de intervenção de terceiros aplicáveis a justiça
do trabalho:
• DENUNCIAÇÃO A LIDE NO PROCESSO DO TRABALHO;
DENUNCIAÇÃO Á LIDE NO
PROCESSO DO TRABALHO
• A denunciação da lide, como já vislumbrado, é espécie de intervenção
de terceiros, que permite que uma das partes (denunciante) traga
para a disputa judicial um terceiro com quem mantenha certa relação
jurídica. Dessa ligação poderá decorrer a condenação do denunciado
a ressarcir o denunciante ou compensá-lo pelos prejuízos oriundos da
demanda.
• Podendo ocorrer, portanto no Processo do trabalho nos casos de:
• Sucessão de empresas, nas hipóteses e subempreitada, assédio
moral ou sexual, em ações acidentárias, terceirização, paralisação do
trabalho (fato do príncipe), recebimento de prêmio ou gratificação de
outro empregado, indenização por ofensas de um empregado a outro.
DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA
• Caso o sócio já participe da demanda não há o que se falar de
desconsideração da personalidade jurídica na Justiça do trabalho, porém,
não tendo havido a inserção do sócio como parte, a desconsideração da
personalidade da pessoa jurídica deve ser levada a efeito,
necessariamente, com a instauração do incidente de que cuidam os arts.
133 a 137 do CPC.
• Cumpre alertar, todavia, que a instauração do incidente suspenderá o
processo, sem prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza
cautelar de que trata o art. 301 do CPC, segundo a previsão do art. 855-A,
§ 2º, da CLT, com a possibilidade de bloqueio de ativos ou mediante
arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra
alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do
direito, como previsto originalmente no § 2º do art. 6º da IN 39.
AMICUS CURIAE
• Prevê o CPC que o juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria,
a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento
das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a
participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade
especializada, com representatividade adequada, no prazo de quinze dias
de sua intimação (art. 138 do CPC).
• Dada a omissão da CLT, no particular, aplicável a intervenção nas
demandas sujeitas ao processo laboral. Todavia, não se pode ignorar que
o cabimento da aludida intervenção está condicionado à relevância da
matéria, à especificidade do tema objeto da demanda ou à repercussão
social da controvérsia, mormente a fim de que a medida não sirva apenas
como mecanismo de retardo à decisão final da demanda.
• Os atos processuais precisam garantir a
publicidade que garante as partes a
sequência processual, bem como permitir
que a sociedade acompanhe a jurisdição
que foi exercida naquele caso, porém há
limitação da publicidade em caso de
possível dano ao interesse público ou
ATOS privado conforme prevê o artigo 770 da
PROCESSUAIS CLT.
• Os atos processuais ainda possuem caráter
documentativo conforme o artigo 771 da
CLT, podendo, entretanto, conter o resumo
de determinados atos sendo registrado
apenas o que for essencial.
ATOS PROCESSUAIS QUANTO A
FORMA
• ORAIS Predominante no Processo do Trabalho com a
obrigatoriedade das audiências, porém, reduzidos a termo
posteriormente.
• No caso de depoimento dos estrangeiros, surdos e mudos o
artigo 819 da CLT prevê que serão feitos por interpretes
nomeados pelo juiz, sendo as custas por parte de quem
interessar o depoimento.
• ESCRITOS convertidos em informações gráficas, quer seja
pela redução a termo dos atos orais praticados, quer pela forma
originariamente escrita, como acontece em relação aos recursos
e demais atos processuais.
PRAZOS PROCESSUAIS
• Prazo é um lapso temporal entre dois termos: um inicial e um
final.

• O prazo consiste no período de tempo durante o qual um ato


processual pode ou deve ser praticado.
• Os prazos, em regra, serão realizados nos prazos prescritos
em lei. Caso a lei seja omissa, o juiz determinará os prazos em
consideração à complexidade do ato.
PRAZOS PROCESSUAIS
• Quanto à origem:
• os prazos são legais, estipulados por lei;
•  são judiciais, estipulados pelo juiz;
•  são convencionais, estipulados pelas partes;
• Quanto a natureza:
•  dilatórios, quando prorrogáveis;
•  peremptórios, quando improrrogáveis;
• Quanto aos efeitos:
•  Preclusivos, perda da oportunidade;
• Cominatórios, perda da oportunidade com suas consequências.
CONTAGEM DE PRAZOS
PROCESSUAIS
• Na forma do art. 774 da CLT, o início do prazo se dá a partir da
ciência pessoal ou do recebimento da notificação, pelos correios,
não se aplicando aquelas disposições do CPC que exigem a
juntada do comprovante da notificação nos autos.
• Todavia, na hipótese de recebida a notificação ou cientificado
pessoalmente em dia não útil, a contagem do prazo somente se
iniciará no dia útil subsequente.­
• Entretanto, com a inclusão do artigo 775 da CLT discorre que
serão contados em dias úteis, tal qual previsto no CPC (art. 212),
sempre com a exclusão do dia do início e a inclusão do dia do
vencimento.
PRAZOS PROCESSUAIS
• O Juiz poderá prorrogar os prazos pelo tempo que entender
necessário, deixando a cargo da autoridade judiciária a livre
delimitação do tempo necessário para a pratica do ato.
• Pode haver também a prorrogação nas hipóteses de força
maior, desde que devidamente comprovada, conforme prevê o
artigo 775.
• No processo do trabalho a contagem, se dá excluindo-se o dia
do começo e incluindo-se o dia final, salvo em relação àqueles
prazos vencíveis em dia sem expediente forense, cuja
prorrogação se dá até o primeiro dia útil subsequente.
PRAZOS PROCESSUAIS
• No caso das demandas sujeitas à Justiça Especializada, o
prazo para apresentação da resposta será a própria audiência,
após a tentativa de conciliação (art. 847 da CLT).
• Além disso, o recesso forense também é considerado
suspenso a prazo até que retorne os trabalhos.

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