Aula Psicologia Saúde e Hospitalar.

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Psicologia da Saúde e Hospitalar

Marco Cruz CRP:06/160951


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Psicologia da Saúde e Hospitalar
Surgi em meados da década de 70, surgiu a Psicologia da Saúde, em um momento de grandes

mudanças políticas, sociais, culturais e econômicas. O nome psicologia da Saúde foi batizado por

Stone que lançou em 1979 um livro com este nome, falando sobre a aplicação cientifica ou profissional

da Psicologia da Saúde, baseando o em conceitos e métodos psicológicos, envolvendo todo campo

que se relaciona com a área da saúde, mas não somente em relação aos cuidados com a saúde,

porém também na saúde pública, na legislação, na educação para saúde, etc. Definindo a Psicologia

da Saúde como área de atuação que engloba todos os saberes da psicologia, visando a promoção e

proteção da saúde, tendo como objetivo prevenir e tratar doenças, aperfeiçoando então as políticas de

saúde. (Alves, 2011).


Psicologia da Saúde e Hospitalar

Para De Marco (2003), a nomenclatura psicologia da saúde, é usada para definir


as atividades realizadas por profissionais da área de psicologia no âmbito da saúde,
não somente como assistência e pesquisa, mas também como forma de ensino.
Spink (2003), defende as atividades do psicólogo da saúde dizendo que, é de suma
importância a atuação interdisciplinar, pois ela abre possibilidades de troca de
competência e práticas, sendo essas possibilidades um espaço de cooperação que
visa promover a saúde e refletir a importância das diversas e singulares formas de
saber.
Psicologia da Saúde e Hospitalar

Gorayeb (2010), afirma que o diferencia a Psicologia da Saúde


dos demais campos de atuação da Psicologia, é porque os
sujeitos acolhidos por ela, tem sempre uma dificuldade ligada à
saúde física, com diversos diagnósticos possíveis. Geralmente
este sujeito, tem um problema de saúde física, ligado aos
aspectos comportamentais e emocionais, sendo possível este
problema de saúde física ou os aspectos comportamentais e
emocionais serem a causa ou consequência da relação.
Psicologia da Saúde e Hospitalar

A psicologia da Saúde visa entender a função dos aspectos


psicológicos na manutenção da saúde, no desenvolvimento de
doenças e seus comportamentos associados. Os psicólogos da
saúde realizam pesquisas sobre estes aspectos psicológicos e
intervenções visando a prevenção de doenças, o auxilio no manejo
ou enfrentamento delas. (Miyazaki, Domingos & Caballo, 2001).
Psicologia da Saúde e Hospitalar
A psicologia da Saúde e Hospitalar, atua nos diversos níveis de
atenção a saúde existentes como; Atenção primária; Atenção
Secundária e Atenção Terciária.
• Atenção Primária: Estratégias de Saúde da Família (ESF) e
Unidades Básicas de Saúde (UBS).
• Atenção Secundária: Unidades de Pronto Atendimento (UPA),
Serviço Especializado.
• Atenção Terciária: Hospitais.
Psicologia da Saúde e Hospitalar
Atenção Primária

Na Atenção Primária, a Psicologia da saúde tem seu campo de atuação


voltado ao coletivo, algumas intervenções são realizadas geralmente de
forma grupal, sendo os grupos relacionados as questões da saúde, tais
como, grupos de gestantes, diabetes, tabagismo, entre outros, todos eles
possuem caráter informativo, visando a prevenção e promoção da saúde. Os
psicólogos também trabalham de forma multidisciplinar com a equipe de
saúde, realizando estudo dos casos, interconsultas, supervisão continuada,
orientação e capacitação no cuidado e acolhimento dos pacientes nos casos
de saúde mental. (Lancetti, 2003).
Psicologia da Saúde e Hospitalar
Atenção Primária
A Estratégia da Saúde da Família (ESF) na atenção Primária visa constituir novos meios de atuação na
saúde para reestruturar não somente os atendimentos, mas fazer com que os sujeitos sejam autores do
seu próprio processo de saúde em seu dia a dia. Assim o atendimento da ESF, atinge os domicílios,
escolas, creches e outras instituições que estejam dentro do seu âmbito de abrangência.
As atividades realizadas pela equipe da ESF não vai se delimitar somente as práticas médicas-centradas,
mas se expandir a atenção primaria à saúde, tendo como objetivo efetivar as ações de promoção,
recuperação, proteção e prevenção à saúde, vinculados com a realidade da comunidade e de grupos
vulneráveis. (Vasconcelos, 1999). Brandão e Bonfim (1999), enfatizam que a atuação do psicólogo na ESF
está centrada no sofrimento das pessoas e suas crises individuais e relacionais, e que o papel do
psicólogo é de acolher e apoiar as pessoas no enfrentamento destas dificuldades, promovendo nelas
autonomia e corresponsabilidade na construção de um modo de vida saudável.
Psicologia da Saúde e Hospitalar
Atenção Secundária

A atuação do psicólogo na Atenção Secundária tem como objetivo apoiar o


paciente durante o tratamento, quando o processo de doença já está instalado,
visando que ocorra o não agravamento da doença. Este aborda diferentes
práticas como psicoterapia em formas variadas de aplicação a todas as faixas
etárias, processos de psicodiagnóstico, orientação psicológica, entrevistas de
encaminhamento a outros setores da rede de saúde e ou a outras redes
profissionais, reuniões inter e multidisciplinares para discussão dos casos,
entre outros (ALVES, 2011).
Psicologia da Saúde e Hospitalar
Atenção Terciária
Dentro do contexto hospitalar de acordo com Cantarelli (2009), cabe ao psicólogo
desempenhar atividade considerada ativa e real, sendo não considerada
totalmente motivo de interpretação. De modo que essa conduta ocorre de acordo
com a comunicação desse profissional, dando ênfase em seu trabalho em relação a
compreensão do paciente e de seus familiares diante das questões que são
consideradas necessárias enfrentar. Diante disso, a função exercida pelo psicólogo
hospitalar é: acolher, dar a devida atenção às questões do paciente, compreender
esse individuo, dar o auxilio necessário em relação ao tratamento, fortalecimento
do vínculo familiar, dar o devido esclarecimento sobre a doença, entre outros.
Psicologia da Saúde e Hospitalar
Atenção Primária

Local de atuação: Metodologia de atuação:

• Acolhimento do paciente
• Unidade Básica de Saúde
• Acolhimento da Família
(UBS)
• Auxilio na Compreensão do
• Estratégia da Saúde da diagnóstico
Família (ESF) • Pensar o adoecimento
• Núcleo Ampliado da Saúde • Promoção e Prevenção de Saúde
da Família (NASF) • Desenvolvimentos de Grupos
• Sistema Prisional • Acolhimento Individual
• Consultório de Rua • Plano Terapêutico Singular (PTS)
Psicologia da Saúde e Hospitalar
Atenção Secundária

Local de Atuação: Metodologia de Atuação:

• Centro de Atenção Psicossocial • Acolhimento do paciente


(CAPS) • Acolhimento da Família
• Centro de Especialidades • Auxilio na Compreensão do
diagnóstico
• Centro de Especializado em • Pensar o adoecimento
Recuperação (CER)
• Promoção e Prevenção de Saúde
• Ambulatórios, Policlínicas com • Desenvolvimentos de Grupos
linhas de cuidados especificas, • Acolhimento Individual
entre outros.
• Plano Terapêutico Singular (PTS)
Psicologia da Saúde e Hospitalar
Atenção Terciária

Local de Atuação: Metodologia de Atuação:


• Hospitais • Acolhimento do paciente
• Emergência, Clinicas Médicas, • Acolhimento da Família
Unidades de Terapia Intensiva • Auxilio na Compreensão do
• Hemodiálise diagnóstico
• Núcleo de Atenção Domiciliar • Pensar a Hospitalização
• Enfermarias • Cuidados Paliativos
• Plano Terapêutico Singular (PTS)
Vamos Pensar a Prática como
Profissional de Saúde:
Pensando a Prática
Um pensamento para refletirmos
“Para o paciente que se acha só e confuso, perdido no labirinto da
crise, a abordagem franca e confirmatória de sua existência e o
reconhecimento de sua angústia pelo terapeuta têm a experiência da mão que
se estende do alto do abismo para impedir-lhe a queda definitiva. Nessa fase, o
terapeuta não só consegue estabelecer um vínculo satisfatório com o paciente,
como também produzir certo alívio derivado da anulação da sensação de o
paciente achar-se absolutamente só e desamparado.” Ferreira Santos (1999)
Pensando o Paciente

• Ser Biopsicossocial

• Sujeito com valores e dignidade

• Sujeito com direitos e deveres

• Sujeito dono da sua história e protagonista dela.


Acolhendo o Paciente
• De forma Humanizada
• Empaticamente
• Escuta Ativa
• Sem julgamentos
• Abandonando meus valores ( o que acho certo)
• Olhar para o sujeito
Comunicação com o Paciente
• De forma clara e elucidativa

• Com linguajar mais próximo possível do linguajar do paciente

• Tentar despertar interesse do paciente

• Escutar atento e ativamente o paciente

• Manter a calma e ser receptivo

• Tolerar sem ansiedade os silêncios do paciente

• Se necessário reformular o que foi dito para que o paciente possa


compreender

• Abster se de julgamentos
Comunicação com o Paciente

• Admitir que o paciente tenha a suas convicções

• Criar condições para que o paciente possa se expressar

• Se estiver juntamente com outro profissional manter uma fala


mais coesa o possível entre os pares, sem contradizer o que
outro profissional está falando na frente do paciente.
Desenvolvendo um bom atendimento
• Como estudado acima um bom atendimento se da quando
realizado de forma humanizada, sem julgamentos e com olhar
empático. Também se faz necessário aprender a controlar a nossa
própria ansiedade no momento em que vamos atender o outro.

• Ter uma boa capacitação teórica alinhada com a atitude prática.

• Não ter medo de errar, evite errar mas se errar não tenha medo de
corrigir.
Compreendendo o Adoecer
Os estudos da Psicologia da Saúde consideram a dor do paciente
como única, empenhando-se para tentar compreender suas
dimensões e o modo pelo qual repercute na vida dele. Este ramo
psicologia é o que mais tenta explicar o sofrimento do paciente, e,
principalmente, compreender este sofrimento associando-o com a
realidade de sua inclusão. Uma psicologia clínica, social, hospitalar e
institucional e que, por isso, tenha uma visão mais ampla dos
conceitos de saúde. Uma psicologia que possa entender o
homem contemporâneo sem descaracteriza-lo em diversas versões
teóricas desprovidas de contexto ou mesmo de compreensão própria
e única (Angerami, 2002).
Compreendendo o Adoecer
O adoecimento, segundo a visão médica, pode ser visto como
um mal desempenho de papéis de alguma das funções do
organismo, pois há uma visão de que o homem é um corpo que
tem uma expectativa previsível de funcionamento. Porém, o
adoecimento para a psicologia, é visto como uma situação
inesperada para qual não se está preparado, já que ninguém
opta por adoecer. Assim como a doença, o processo de
hospitalização surge como algo desconhecido ao indivíduo,
podendo gerar ansiedades e fantasias. (Fighera & Viero,
2005).
Compreendendo o Adoecer

Camom (2004) relata que o adoecer traz consigo uma


modificação psicológica como angústia, medo, insegurança
depressão; afetando tanto o paciente como seus familiares.
Compreendendo o Adoecer

O papel do psicólogo hospitalar diante do sujeito doente é conduzir


determinados critérios relacionados a qualidade, ao significado da
vida e ao valor que a mesma tem. É dar suporte ao paciente para
que ele saiba lidar com as questões do adoecimento, dando auxilio
na reconquista do sentido de viver, pois em momentos como esse, a
vida já não tem mais sentido para esse doente. Por fim, lidar com a
doença e a morte não é fácil, mas cabe ao psicólogo e a equipe
multiprofissional especializada proporcionar a esse paciente
momentos de acolhimento, tranquilidade, paz e carinho por parte da
família, para que sua partida seja a mais serena possível (Porto
& Lustosa, 2010).
Limitação Profissional

A formação acadêmica, muitas vezes, não possibilita aos profissionais


respostas concretas a muitas questões, principalmente àquelas que estão
ligadas à condição humana e a falta de controle sobre
a vida e a morte. Espíndula, Valle e Bello (2010). Existe uma grande
dificuldade por parte dos profissionais da saúde, em lidar com o sofrimento
da família e dos pacientes, esses profissionais podem acabar agindo com
hostilidade em relação à família e até mesmo ao paciente, o que pode ser
atribuído a uma forma de proteção, uma vez que esses profissionais não
estão preparados para lidar com esse sofrimento, sendo assim a evitação
ou confronto acabam sendo utilizados. Kovács (2008).
Pensando a Saúde do Profissional de
Saúde

Uma questão importante é a saúde de quem cuida, altos


índices de suicídio, consumo de drogas e absenteísmo
no trabalho, indicam um grave problema na estrutura
psíquica desses profissionais, que por muitas vezes se
sente despreparado, simplesmente por falta de amparo e
conhecimento para poder interagir de forma adequada e
saudável perante esses sentimentos (Kovács 2008).
Trabalho na Saúde
• O trabalho na Saúde é constituído por uma equipe multidisciplinar,
sendo assim necessário então a existência de uma boa coesão na
equipe para desempenhar o trabalho proposto.
Trabalho na Saúde

Compreendemos então que um atendimento humanizado,


formado por uma equipe de trabalho coesa, com profissionais
capacitados traz resultados positivos ao processo de
adoecimento do sujeito.
Referências Bibliográficas
Alves, R. F. (2011). Psicologia da saúde: teoria, intervenção e pesquisa. Campina Grande: EDUEPB. Recuperado de
http://static.scielo.org/scielobooks/z7ytj/pdf/alves-9788578791926.pdf
Angerami-Camon, V. A. (2002). Apresentação. In V. A. Angerami-Camon (Org.), Novos rumos na psicologia da
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Camon, V.A. (2004). Tendências em psicologia hospitalar. São Paulo: Thomson.
Brandão, I. R. & Bonfim, Z. A. (1999). Os jardins da psicologia comunitária: Escritos sobre a trajetória de um
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Cantarelli, A. P. S. (2009). Novas abordagens da atuação do psicólogo no contexto hospitalar. Rev. SBPH, 12(2), 137-
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De Marco, M. A. (2003). Psicologia da Saúde: A Face Humana da Medicina: do modelo biomédico ao modelo
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Espíndula, J. A., Valle, E. R. M., & Bello, A. A., (2010). Religião e espiritualidade: um olhar de profissionais de saúde.
Revista Latino-Americana de Enfermagem, 18(6). doi: 10.1590/S0104-11692010000600025
Fighera, J. & Viero, E. V. (2005). Vivência do paciente com relação ao procedimento cirúrgico: fantasias e
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Gorayeb, R. (2010). Psicologia da Saúde no Brasil. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 26(especial), 115-122
Referências Bibliográficas

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Lancetti, A.(2003). Saúde Loucura: Saúde mental e saúde da família. São Paulo: Hucitec.
Miyazaki, M.C.O.S., Domingos, N.A.M., & Caballo, V.E. (2001). Psicologia
Da Saúde: intervenções em hospitais públicos. In: B. Marconi, M .A; Lakatos, E.M.(2008). Técnicas de pesquisa:
planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de
dados. 7ª ed. São Paulo: Atlas.
Porto, G., & Lustosa, M. A. (2010). Psicologia Hospitalar e Cuidados Paliativos. Revista da SBPH, 13(1), 76-93.
Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582010000100007
Spink, M. J. P. (2003). Psicologia social e saúde: práticas, saberes e sentidos. Petrópolis. RJ: Vozes.
Vasconcelos, E. M. (1999). Educação popular e atenção à saúde da família. São Paulo, SP: Hucitec.

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