Sismologia 22-23

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Os sismos são movimentos vibratórios bruscos da superfície da

Terra provocados por uma súbita libertação de energia.


SISMOS
Porque acontecem Sismos?
Sismos tectónicos
Sismos de colapso
Sismos vulcânicos

Sismos artificiais
Sismologia
Sismos Naturais
-Sismos vulcânicos (produzidos no decurso de
movimentos bruscos do magma ou durante o
seu movimento ascensional até à superfície).
Sismos vulcânicos
-Sismos de colapso ou de implosão
(originados pelo colapso de certas estruturas
geológicas, como cavernas, ou devido a
movimentos de massa, ex. avalanches).

- Sismos tectónicos (gerados pela rotura das


rochas quando estas estão sob a ação de fortes
tensões tectónicas devido ao movimento das Sismos de colapso
placas tectónicas).
A régua tem um comportamento elástico
e pode comportar-se de duas maneiras:

-regressar ao seu estado inicial após


cessar o estado de tensão;
- se o estado de tensão continuar, pode
ser ultrapassado o limite de elasticidade
da régua e ela parte

Em ambas as situações há libertação de energia.


Sismologia - Deformação das Rochas
Sismologia - Propagação da Energia
Sísmica
Quando o material terrestre é sujeito a um nível de tensão que ultrapassa o seu limite
elástico, verifica-se deformação permanente desse material. A cedência pode ocorrer de
um modo dúctil (induzindo dobramento do material) ou de modo frágil (provocando
movimentação em falhas).
A segunda destas situações produz um sismo.
Aplicando às rochas…
Tensões que geram falhas:
 Os sismos O efeito das tensões Quando a tensão
são o resultado tectónicas provoca aplicada ultrapassar o
de tensões deformações dos limite de resistência do
acumuladas ao materiais rochosos, à material rochoso, ocorre
longo do tempo medida que a energia é uma rotura.
acumulada
 … ao longo da qual
ocorre um movimento
brusco (falha) gerando
um sismo tectónico.

 O processo repete-se
várias vezes.
Sismologia - Ressalto Elástico
A teoria do ressalto elástico estabelece o mecanismo gerador de um sismo. Foi elaborada com
base em estudos geodésicos realizados após o sismo de 1906 em São Francisco, Califórnia, de um
e do outro lado do segmento da falha de Sto. André que sofreu rotura durante o sismo.

O Movimento ao longo da Falha de Santo André


durante o sismo de 1906 deslocou a cerca
Vista aérea da falha de Santo André na zona em que atravessa a
aproximadamente 1,5m.
planície de Carrizo, a oriente da cidade de San Luis Obispo.
(Robert E. Wallace, USGS.)
Instante 1
Um agricultor constrói um
muro de pedra que
atravessa uma falha ativa

Instante 2
Nos anos seguintes o
movimento relativo entre os
blocos de ambos os lados da
falha, que estão travados pelo
atrito, causa a deformação
dos blocos e do muro.

Instante 3
Quando as tensões tectónicas
ultrapassam o atrito, dá-se um
movimento brusco. A energia
elástica acumulada é libertada
na forma de calor e de ondas
sísmicas.
Instante 4

Após o movimento , diminui


o efeito de tensões e os
blocos deformados
adquirem a forma original
Falha ativa
Teoria do Ressalto Elástico
De acordo com a teoria do ressalto elástico, as forças tectónicas geradas em
profundidade produzem o deslocamento muito lento das rochas da crosta em
sentidos contrários de um do outro lado da falha, conduzindo à deformação
progressiva das rochas localizadas na área de movimentação diferencial.

À medida que a movimentação tectónica prossegue, a deformação das


rochas acentua-se e acumula-se energia potencial.

A tensão cizalhante que atua no plano de falha aumenta, mas o atrito entre os
blocos da falha impede deslocações na estrutura. Quando a tensão
cizalhante atinge o valor crítico, ultrapassando o atrito na zona da falha, dá-
se uma movimentação brusca e as rochas nos dois blocos da falha ressaltam
elasticamente, libertando energia sob a forma de calor e de ondas elásticas,
isto é, produz-se um sismo.
Teoria do Ressalto Elástico
A Teoria do Ressalto Elástico, formulada por Harry F. Reid, em 1911, explica o mecanismo de
formação de um sismo tectónico:
– nos limites tectónicos, sujeitos à atuação de forças compressivas, distensivas ou de
cisalhamento, ocorre a acumulação de energia elástica;
– atingido o limite de resistência da zona de falha, ocorre o movimento dos blocos, ou seja, ocorre
a rotura da rocha;
– a movimentação brusca dos blocos, ou ressaltos, provoca a libertação sob a forma de ondas
sísmicas da energia elástica acumulada;
– o ressalto brusco dos blocos deve-se à libertação súbita da energia elástica acumulada.

Rochas sujeitas a forças tectónicas,


neste caso de cisalhamento

A ação continuada das forças tectónicas


durante um determinado período de tempo
gera um estado de tensão.

Atingido o limite de resistência das rochas,


ocorre a libertação súbita de energia com
movimento ao longo do plano da falha.
Conceitos básicos
Terramoto

Macrossismo

Microssismo

Abalo premonitório

Réplica
TERRAMOTOS- quando a libertação de energia sísmica é tal
que se faz sentir em grande parte do planeta.

Os sismos ou abalos sísmicos podem ser sentidos pelos seres


humanos – macrossismos ou apenas detetados por aparelhos –
microssismos.

Abalos premonitórios – Sismos prévios de intensidade menor.

Réplicas – Sismos menos violentos que ocorrem após um sismo


de maior intensidade.
Epicentro e Hipocentro
Ainda que a geração de um sismo envolva o movimento numa superfície
de muitos quilómetros quadrados de área (o plano da falha), quando
observado a centenas ou milhares de quilómetros de distância, o sismo
parece ter sido provocado por uma fonte pontual.

O ponto de onde emanam as ondas sísmicas chama-se hipocentro ou foco


e a sua projeção à superfície da Terra designa-se por epicentro. A distância
entre o epicentro e o foco é a distância focal.
Sismologia Sismos Tectónicos
FALHAS

Forças geradas no interior da


Terra são responsáveis pelo
aparecimento de diferentes
tipos de falhas:

Forças Compressivas Forças de cisalhamento Forças distensivas


Falha inversa Falha transformante Falha normal
Foco entre 0 a
50 Km
Foco de 50 a
300 Km
Foco superior
a 300 Km
Quando o epicentro de um sismo, com foco pouco profundo,
se localiza no mar,

MAREMOTO, RAZ ou TSUNAMI

Já foram registados tsunamis com alturas entre os 30


e 40 metros
Formação de um tsunami

Quando o epicentro
de um sismo se
localiza no fundo
oceânico/crusta
oceânica, ou muito
próximo, pode
ocorrer a formação
de ondas gigantes –
que se designam
maremoto, raz de
maré ou tsunami.
Sismologia – Formação de Tsunami
ORIGEM DE UM TSUNAMI

À medida que se aproxima das zonas costeiras ( menos profundas ), a onda diminui o
seu comprimento, mas ao mesmo tempo, aumenta a sua amplitude (altura).
Liquefação

Quando o epicentro de um
sismo se localiza em áreas
constituídas por sedimentos
saturados em água e com
fraca capacidade de
drenagem, pode ocorrer a sua
liquefação.
Os sedimentos, devido à
vibração sísmica, perdem a
sua coesão e resistência ao
Processo de liquefação devido à
corte comportando-se, então, vibração sísmica
como um fluido.
Ondas Sísmicas
Sismologia - Propagação da Energia
Sísmica
A energia sísmica dispersa-se, a partir do foco, em todas as direções e sentidos,
obrigando as partículas que constituem os materiais rochosos a vibrarem, vibrações
essas que se propagam sucessivamente às outras partículas, originando as ondas
sísmicas que fazem tremer a Terra.

Em meios de composição homogénea - que não é o caso da Terra - a energia sísmica


expande-se sob a forma de esfera, com centro no foco.

Frente de onda: corresponde à separação


entre as partículas que estão a vibrar e as
partículas que ainda não entraram em Raio sísmico: qualquer trajectória
agitação. perpendicular à frente de onda.
S P Primárias, longitudinais, de compressão
D A
O N ou volumétricas

 A vibração das partículas é paralela à direção de propagação da onda.


 A propagação produz-se por uma série de impulsos alternados de
distensão e compressão através das rochas, havendo variações de
volume do material.
 Incidem verticalmente nas estruturas

• Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos.


• Velocidade de propagação diminui na passagem de meios sólidos, para líquidos e
gasosos.
Ondas P (longitudinais ou primárias)

• Ondas de volume;

• Primeiras a serem registadas,


uma vez que são as mais
rápidas;

• Provocam a compressão e a
distensão dos materiais, Direção das
ondas
paralelamente à direção de
sísmicas
propagação; Vibração das
partículas do
• A sua velocidade aumenta com solo
a rigidez.
S S Secundárias, transversais
D A
O N
 As partículas vibram num plano perpendicular à direção de
propagação.
 Provocam mudança da forma do material mas não do volume (ondas de
corte).
 Incidem transversalmente nas estruturas, pelo que a sua ação sobre os
edifícios é mais destruidora.

 Deslocam-se com menor velocidade do que as ondas P.


 Propagam-se apenas nos meios sólidos
Ondas S (transversais ou secundárias)

• Segundas a serem
registadas;

• Provocam a vibração das


partículas perpendicularmente
à direção de propagação;

• A sua velocidade aumenta Direção das


ondas
com sísmicas
Vibração das
a rigidez. partículas do
solo
S P O ND
A AS S
O ND
ONDAS
SUPERFICIAIS

• Propagam-se ao longo da superfície do


Globo e resultam de interferências de
ondas do tipo P e S.

• São ondas de grande amplitude


elevada capacidade destrutiva.
ONDAS
SUPERFICIAIS

• Ondas Love (L) – as partículas vibram horizontalmente em


ângulo reto com a direção de propagação.

São ondas lentas e de grande amplitude.


Atacam, preferencialmente, os alicerces dos prédios.
Não se propagam em meios líquidos.
• Ondas Rayleigh (R) – induzem um movimento elíptico das
partículas, num plano perpendicular à direção de propagação,
provocando no solo ondulações semelhantes às ondas
marinhas.

 São lentas e de grande amplitude.

Propagam-se em meios sólidos e líquidos.


Na geosfera, a velocidade de
A energia sísmica propagar-se-ia propagação das ondas sísmicas
com a mesma velocidade em internas depende das
todas as direções. propriedades físicas das rochas
que atravessam

R- rigidez- propriedade que confere à matéria uma


forma definida
D- densidade – concentração de matéria num dado
volume (d=m/v)
K- Incompressibilidade - avalia a resistência de um
corpo sólido, à variação de volume em função da
pressão
Se o meio for liquido, a rigidez é nula Vp diminui e Vs= 0 Km/s

A velocidade de propagação das ondas varia com as características das rochas


que atravessam: densidade, rigidez e incompressibilidade.
Em laboratório foram feitos estudos simulando ondas sísmicas e fazendo-as
atravessar amostras de rochas previamente selecionadas. Constatou-se um
padrão no comportamento das ondas P e S: a sua velocidade aumenta com a
rigidez, com a incompressibilidade e diminui com a densidade.
A velocidade das ondas superficiais (L e R)
mantém-se constante. Porquê?
O que faz variar a velocidade de propagação das ondas sísmicas é o facto
de elas atravessarem meios com características diferentes. Como as ondas
L se propagam à superfície não têm de atravessar meios com
características diferentes logo a sua Vp mantém-se constante.
Sismógrafos
Sismógrafos
Deteção e registo de sismos
Os sismógrafos são aparelhos de precisão que registam, em
sismogramas, a vibração
induzida pelas ondas sísmicas. Um sismógrafo consiste numa massa
suspensa que funciona como um pêndulo, que oscila quando é atingida
por ondas sísmicas.
Numa estação sismográfica existem, geralmente, três sismógrafos:
um para registo dos movimentos verticais e dois para registo dos
movimentos horizontais (um orientado na direção norte-sul e outro na
direção este oeste.

Sismógrafo de registo de movimentos verticais e sismógrafo de registo de movimentos


horizontais.
Sismograma. (S-P) é o intervalo de tempo que separa o
registo das ondas P e S.
Sismogramas
Sismologia - Sismogramas
Os sismógrafos produzem sismogramas, onde se registam os tempos de
chegada e as amplitudes dos vários tipos de ondas sísmicas.
A interpretação dos sismogramas fornece informações muito úteis sobre:
Parâmetros das ondas sísmicas;
 A localização do epicentro ;
A distância ao epicentro (da estação sismológica, que regista o sismo)
 As propriedades das zonas atravessadas pelas ondas sísmicas

Amplitude (A) - distância máxima de afastamento de uma partícula


em relação à sua posição de repouso.
Período (T) - tempo de uma oscilação completa.
Frequência ( F) - número de oscilações que ocorrem num
determinado intervalo de tempo.
Escalas de Avaliação
Sísmica
Escala de Mercalli Modificada – mede a intensidade sísmica

Escala de Richter – mede a magnitude de um sismo


Intensidade de um sismo
Intensidade - Mede a grandeza de um sismo qualitativamente, em
função dos efeitos nas populações, construções e ambiente. A
intensidade varia com a profundidade ao foco e da distância ao
epicentro, com as características geológicas e topográficas do
terreno, e com as estruturas edificadas.

Escala de Mercalli Modificada ( MM 1956) - É uma


escala qualitativa utilizada para medir a
intensidade de um sismo.
Sismologia - Intensidade
A intensidade sísmica é uma medida dos efeitos (estragos) produzidos pelo sismo e
mede-se geralmente na escala de Mercalli, que vai de I - não sentido - até XII -destruição
total! A intensidade de um sismo diminui à medida que nos afastamos do seu epicentro.

De qu
e f act
depen ores
d e?

◊ da distância epicentral
◊ da energia libertada
co
◊ da profundidade do fo
◊ da natureza das rochas
çã o
◊ da qualidade de constru
na l
◊ da densidade populacio
Escala Macrossísmica Europeia

A Escala Macrossísmica Europeia, cuja revisão mais recente data


de 1998, sendo por isso mais conhecida pelo acrónimo EMS-98, é uma
escala destinada a avaliar os efeitos de um sismo sobre as construções.
Pretende constituir um padrão europeu de uso generalizado para avaliação
da intensidade dos sismos, substituindo a Escala de Mercalli e outras
escalas similares. A EMS é a primeira escala de intensidade que foi
concebida com o objectivo de encorajar a cooperação entre engenheiros e
sismologistas, em vez de ser concebida como um mero instrumento para
uso sismológico. Foi aprovada pela Comissão Sismológica Europeia na sua
XXIII Assembleia Geral, realizada em Praga em 1992, sendo, após um
período experimental, aprovada em 1998 na sua versão final, acompanhada
por um manual detalhado com directivas de aplicação, ilustrações e
exemplos.
Escala Macrossísmica Europeia
Carta de isossistas

Isossistas – linhas
curvas que unem
pontos onde o sismo
se fez sentir com a
mesma intensidade.

Após a determinação da intensidade do sismo nos vários locais da


região onde foi sentido e localizado o epicentro, pode-se obter
uma carta de isossistas.
Obtidas com base nas
Isossistas intensidades sentidas
em diferentes locais

da profundidade do foco e da distância ao


epicentro.
 da natureza do subsolo.
 quantidade de energia libertada no foco.
 tipo de construção.

Como os tipos de materiais são diferentes, assim as


isossistas assumem um contorno irregular
Magnitude de um sismo
Magnitude - O conceito de magnitude foi introduzido
para fornecer uma medida da quantidade de energia
libertada por um sismo.
Constitui um parâmetro muito importante na
quantificação do fenómeno, recorrendo a medições
do movimento da Terra que consideram a distância
epicentral e a profundidade focal.
A escala de magnitude sísmica adotada, no sentido
de uniformizar o valor para um mesmo sismo, é a
escala de Richter (desenvolvida em 1935 por Charles
F. Richter, com base nos registos dos sismógrafos de
Wood- Andersson).
Charles Richter lendo um
sismograma
(só cerca de 20 a 30% da energia é propagada sob a forma de
ondas, a restante é dissipada sob a forma de calor).
Sismologia – Magnitude de um
sismo
Foi Richter quem primeiro reconheceu, em 1935, que as ondas sísmicas
radiadas por um sismo podem fornecer boas estimativas da energia
libertada, isto é, da magnitude. Com base na análise de grande quantidade
de sismogramas, demonstrou que quanto maior é a energia libertada por
um sismo, maior é a amplitude da vibração do solo.

1900-1985

A escala de magnitudes desenvolvida por Richter foi concebida/calibrada com base em medições das
amplitudes máximas das ondas.
Posteriormente, foi desenvolvida uma escala que permite a utilização de qualquer tipo de sismógrafo
em qualquer região da Terra.
Sismologia - Magnitude
A relação entre a magnitude (M) e a energia (E)
libertada num sismo, expressa em Joules, pode
ser calculada pela fórmula:
E=10 (2,4M-1,2)

As escalas de magnitude não têm limites, nem


superior, nem inferior mas o limite de
sensibilidade dos sismógrafos impõe uma valor
mínimo por volta dos 2.

A magnitude máxima é limitada pela resistência da crosta e manto superior e


nunca se observaram sismos com magnitude superior a 10.

Com base em dados adquiridos por sismógrafos transportados por sondas


espaciais, que registam ondas P, foi já mesmo possível estimar as magnitudes de
milhares de sismos na Lua e de dois em Marte.
Sismologia - Magnitude
Alguns dos sismos de maior magnitude e mais mortíferos do
Outros grandes sismos séc. XX.
registados foram o do
Chile (1960), com
magnitude estimada de
9,5 e o do Alaska (1964),
em que a magnitude
atingiu o valor 8,6.

É possível que as rochas


não possam armazenar
mais energia elástica do
que essa.
Todavia, pensa-se que
sismos provocados por
grandes impactos
meteoríticos possam ter
magnitudes bastante
maiores.
 Os sismos de grande magnitude (M> 7) são relativamente raros.

 Os sismos com magnitude inferior a 2 não são sentidos

(microssismos), mas são registados pelos sismógrafos.

Magnitude versus Intensidade


OBJETIVO SUBJETIVO

Para cada sismo há apenas um valor de magnitude, que


origina diferentes intensidades de acordo com a distância ao
epicentro.
O que concluímos da tabela?

Mas…
Nem sempre um sismo de maior magnitude é aquele que possui maior
intensidade sísmica, ou seja, nem sempre o que liberta mais energia é o que
provoca mais vítimas!
Existem casos em que temos:
 valores elevados de magnitude e baixa intensidade
baixa magnitude e elevada intensidade

Exercício 1:
?
Um sismo de magnitude 7,9 que afetou o Japão em 1994 causou 4
mortos, enquanto outro, com magnitude 6,4 que ocorreu na Índia em
1993, fez cerca de 12 000 mortos.
Japão India
População devidamente preparada Elevada densidade populacional,
pobre, sem preparação
Construções anti-sísmicas Infra-estruturas frágeis, sem plano
de ordenamento do território

Diferenças a nível do local em que o sismo foi sentido, ao tipo de


construções da área abrangida, preparação da população, distância
ao epicentro.
Exercício 2

Comente a afirmação:

“Cada sismo apresenta várias intensidades, mas tem apenas uma


magnitude”
A magnitude é apenas um valor, uma vez que corresponde à quantidade de
energia libertada no hipocentro.
Como a intensidade é dada pelos estragos e estes diminuem à medida que nos
afastamos do epicentro, cada sismo acaba por ter várias intensidades, consoante
a distância epicentral.
Método gráfico para calcular uma
magnitude
Como se calcula a magnitude?
1º Calcula-se o intervalo S-P (atraso das ondas
S em relação às P, já que as P chegam primeiro,
sendo detetadas primeiro que as S), medindo
no sismograma com uma régua a distância
entre o inicio das P e o início das S. Obtém-se
um valor em milímetros, que corresponde a
segundos (1mm=1 s)
2º Calcula-se o valor da amplitude (em mm),
medindo com uma régua a altura máxima da
onda (desde a posição de repouso até ao ponto
mais alto).
3º Utilizando uma escala que converte os
segundos em quilómetros, que
corresponde à distância ao epicentro.
4º Marca-se na escala respetiva o ponto relativo
à distância epicentral e o ponto relativo ao valor
de amplitude.
5º Une-se os pontos das duas escalas e
determina-se graficamente a magnitude,
por intersecção desta reta com a escala
central.
DETERMINAÇÃO DA MAGNITUDE DE UM SISMO

Para evitar um calculo matemático difícil é utilizado um método gráfico que


proporciona uma estimativa rápida de magnitude e distância epicentral a partir dos
dados de um sismograma. Este valor permite determinar valores aproximados para
sismos pequenos ou moderados, com foco superficial.
O método gráfico consiste na utilização de duas escalas:
1) Escala que relaciona o intervalo S-P com distância ao epicentro; ou seja
converte segundos em quilómetros.

2) Escala que mede a amplitude


1.Calcule o intervalo de tempo que separa a
chegada das ondas P e S, assinalando o valor
obtido na escala A.

2. Indique a distância entre a estação sismográfica e o


epicentro do sismo.
Distância Epicentral aprox= 220km

3. Assinale na escala B a amplitude máxima


registada no sismograma.
4. Assinale a magnitude deste sismo.
Aproximadamente 5
DETERMINAÇÃO DO EPICENTRO DE UM SISMO

V= d/t
Os sismogramas permitem o cálculo do intervalo (S-P). Identificado este intervalo em, pelo
menos, três estações sismográficas, é possível determinar a distância de cada estação ao
epicentro. A transposição destas distâncias para um mapa permite a determinação gráfica
do epicentro sísmico.
Sismologia – Como localizar o
epicentro?
A distância epicentral, que corresponde à distância que vai do epicentro à
estação sismológica, pode ser medida em quilómetros e em ângulo epicentral, e
é um dado indispensável para a descrição/caracterização de um sismo.

A determinação da distância epicentral baseia-se na diferença de tempo


de chegada S-P.
Identifica as ondas A, B e C.
A - Ondas P
B - Ondas S

C - Ondas L

Qual o atraso S-P?


É de 10 minutos.
DETERMINAÇÃO DO EPICENTRO DE UM SISMO
A partir dos dados obtidos de três estações sismográficas, traçam-se três circunferência
com centros nas respetivas estações e raios correspondentes às distâncias epicentrais.
A interseção das 3 circunferências corresponde à localização do epicentro.

1º Calcula-se as distâncias
epicentrais medido primeiro no
sismograma o intervalo de
tempo S-P

2º Usam-se gráficos tempo


versus distância e lê-se no
gráfico a distância a que
corresponde o valor encontrado
de S-P
3º Reduz-se o valor em km à
escala do mapa que tivermos,
para centímetros (temos o raio)
4º Traça-se uma
circunferência com centro na
estação e o raio calculado
5º Traçam-se 3 circunferências e a interseção corresponde ao epicentro.
ATENÇÃO!
Geralmente os arcos não intersetam exatamente num ponto. Tal resulta em parte de
erros de observação, mas também porque o conhecimento teórico das curvas dos
tempos de percurso das ondas S e P é imperfeito.

No entanto a razão principal resulta do facto de as ondas sísmicas mencionadas


terem origem no foco e não no epicentro (onde se localizam os sismógrafos)

Exercício do Livro adotado páginas 152 e 153


Sismos e tectónica de placas
Sismos e tectónica de placas

Distribuição dos epicentros (·) de 30 000 sismos, registados num período de 6 anos.
A distribuição a nível mundial dos sismos não segue um padrão aleatório.
A distribuição mundial dos epicentros permite definir três
grandes zonas sísmicas no globo terrestre:

 Cintura circumpacífica- zona da periferia do oceano


Pacífico, onde ocorrem os sismos mais violentos.

 Cintura mediterrânico-asiática- onde ocorrem cerca de


15% dos sismos.

 Zonas de dorsais oceânicas- formam uma faixa


continua que se estende por milhares de quilómetros.
A localização geográfica dos epicentros dos sismos
permite classificá-los de acordo com o enquadramento
tectónico.

 SISMOS INTERPLACAS (95% ocorre em falhas


localizadas junto às fronteiras das placas
tectónicas).

 SISMOS INTRAPLACAS (5% ocorre em falhas

ativas localizadas no interior das placas)


A repartição dos focos sísmicos ao nível das fossas oceânicas faz-se segundo um plano
inclinado- plano de Benioff, cuja extensão pode variar, de acordo com a inclinação da
placa mergulhante, entre 200 e 700 Km.
SISMOS INTERPLACAS-
Fronteiras convergentes

Placa euroasiática e indo-australiana


continuam a empurrar-se ~ 1 a 2cm/ano
?

Movimento Divergente - Neste, caso, afastamento de placas continentais

No geral

 Sismos de foco pouco profundo (até 50 Km) e geralmente de menor magnitude do


que os sismos das fronteiras convergentes.
 Têm o foco ao longo das falhas paralelas ao rifte.
SISMOS INTERPLACAS

 Fronteiras conservativas

 Ao longo das falhas transformantes, as duas placas movem-se


horizontalmente em sentidos contrários, gerando sismos de
pequena profundidade (não superior a 50 Km).
?

Movimento Convergente – neste caso, colisão de duas placas


continentais; podem ser sismos superficiais, intermédios, ou
profundos, podendo o hipocentro situar-se até aos 700km de
profundidade.

Os focos sísmicos
distribuem-se, por isso,
em plano inclinado.
FALHA DE SANTO ANDRÉ
Limite Conservativo
(Falha transformante)

Deslizam a uma
velocidade de 3 a
6 cm por ano

Forte atividade
sísmica na
Califórnia e no
México
Ocorrências sísmicas mostradas segundo a profundidade da localização do foco ou
hipocentro.

Legenda:
Amarelo (superficiais) = profundidade do foco até 25 km

Vermelho (intermédios) = profundidade do foco entre 26 e 75 km

Negro (profundos) = profundidade do foco entre 76 e 660 km


Sismos em Portugal
Sismicidade em Portugal

Portugal está situado numa zona relativamente instável, do ponto de vista


tectónico, apresentando risco sísmico moderado.
Porquê?
Situa-se na Placa Euro-Asiática, mas muito próximo da fronteira com a Placa
Africana (a 200 Km do litoral algarvio) – Falha Açores-Gibraltar.
O território de Portugal continental pode ser delimitado por dois
sistemas sismogénicos

Sismicidade Interplaca
Sismicidade Intraplaca

Sismo de 23
Abril de 1909,
com
epicentro em
Benavente.
M= 6,7
Sismicidade em Portugal - Açores
Como é que se explica a atividade sísmica nos Açores?
A atividade sísmica nos Açores explica-se pelo seu enquadramento tectónico: região de encontro
de três placas litosféricas: Placa Americana, Placa Euroasiática e Placa Africana .

Os Açores, por sua vez, encontram-se num ponto triplo, numa zona de limites convergentes entre as Placas
Euro-asiática, Africana e Americana e ainda de limites divergentes e conservativos. São ainda afetados pelos
Bancos de Goringe e de D. João de Castro (elevações submarinas de terrenos que se deixam atravessar muito
facilmente pelas ondas sísmicas, pelo que apresentam um grande risco sísmico). Há ainda a considerar a Falha
Açores – Gibraltar.
Sismicidade em Portugal

A Falha Açores-Gibraltar é responsável por deformações tectónicas


geradoras de atividade sísmica. O Banco de Gorringe, uma elevação
submarina, a sudoeste do Cabo de S. Vicente, localizada nessa falha é uma
das zonas de maior instabilidade.
O epicentro do terramoto de Lisboa de 1755 localizou-se no Banco de
Gorringe, assim como o epicentro do sismo de 1969.
Sismos em Portugal
TSUNAMI
SISMOS E TECTÓNICA DE PLACAS

A actividade sísmica e a formação


de tsunamis

MAREMOTO NO ÍNDICO 26/12/2004


Qual o contexto tectónico do sismo de
Samatra?

 Fronteira convergente
(zona de subducção) entre
a placa da Birmânia e a
placa Indo-Australiana;
 Sismo tectónico
superficial (+- 30 Km)
 Recuo abrupto do mar
junto da costa é um sinal
que indica a iminência da
ocorrência de um sismo.
Banda Aceh, Indonésia
MINIMIZAÇÃO DE RISCOS SÍSMICOS
-PREVISÃO E PREVENÇÃO

A investigação realizada
na área da sismologia tem
sido fundamental para
minimizar a ação
desvastadora dos sismos.
Apesar de existirem sinais percursores de um abalo
sísmico:
 Abertura de pequenas fraturas no interior das rochas
próximas de zonas sismogénicas;
 variação do nível da água em poços próximos de falhas
ativas;
 a água dos poços ficar turva e com cheiro desagradável;
 anomalias no padrão de comportamento de animais (ex:
cobras)

… até hoje não foi possível desenvolver qualquer método


generalizado que conduza à previsão da hora e do local
onde ocorrerá o sismo.
PREVENÇÃO
Investir todo o esforço de minimização do risco sísmico na
prevenção sísmica através de um conjunto de medidas que
atenuem o efeitos destrutivos dos mesmos.

Estudo geológico de terrenos antes da construção de grandes obras


de engenharia (pontes, barragens, túneis, centrais nucleares, …) e da
definição da localização dos depósitos de resíduos poluentes;
Planos de ordenamento do território que definam a utilização das
diferentes parcelas do território de acordo com o seu risco sísmico

Densidade
populacional
elevada
Monitorização das zonas de elevado risco sísmico, através da
implementação de redes de estações sismográficas
Estabelecimento de normas e dispositivos legais (e seu
cumprimento) de construção anti-sísmica ou parassísmica que
tornem as construções mais resistentes aos sismos.
4) Estabelecimento de normas e dispositivos legais (e seu
cumprimento) de construção antissísmica que tornem as
construções mais resistentes aos sismos.
Ao nível das populações…

Formação de pessoal especializado no âmbito de ação das


entidades de proteção civil;

Planos de evacuação que assegurem uma rápida deslocação


de zonas mais densamente povoadas;

Promover a Educação das Populações através de ações de


simulação de situações de catástrofe;
 Em Portugal, o 1º regulamento de construção antissísmica foi
promulgado pelo Marquês de Pombal;

 Em Portugal as construções antissísmicas são obrigatórias desde 31


de Maio de 1958.

Em 1983 para uma


melhor aplicação
da regulamentação
anti-sísmica, o país
foi dividido em 4
áreas de acordo
com a sua
sismicidade.

Zona de maior
perigosidade
Nos Açores, apenas a partir de 1980 passou a ser
obrigatória a construção antissísmica.

O Eurocódigo 8 regulamenta, em toda a União


Europeia, a construção de estruturas antissísmicas.
Sistema de aviso prévio de tsunamis;

Computadores
do centro de
aviso alertam os
cientista de vigia
que determinam
a localização e
magnitude do
sismo
FIM

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