Sismologia 22-23
Sismologia 22-23
Sismologia 22-23
Sismos artificiais
Sismologia
Sismos Naturais
-Sismos vulcânicos (produzidos no decurso de
movimentos bruscos do magma ou durante o
seu movimento ascensional até à superfície).
Sismos vulcânicos
-Sismos de colapso ou de implosão
(originados pelo colapso de certas estruturas
geológicas, como cavernas, ou devido a
movimentos de massa, ex. avalanches).
O processo repete-se
várias vezes.
Sismologia - Ressalto Elástico
A teoria do ressalto elástico estabelece o mecanismo gerador de um sismo. Foi elaborada com
base em estudos geodésicos realizados após o sismo de 1906 em São Francisco, Califórnia, de um
e do outro lado do segmento da falha de Sto. André que sofreu rotura durante o sismo.
Instante 2
Nos anos seguintes o
movimento relativo entre os
blocos de ambos os lados da
falha, que estão travados pelo
atrito, causa a deformação
dos blocos e do muro.
Instante 3
Quando as tensões tectónicas
ultrapassam o atrito, dá-se um
movimento brusco. A energia
elástica acumulada é libertada
na forma de calor e de ondas
sísmicas.
Instante 4
A tensão cizalhante que atua no plano de falha aumenta, mas o atrito entre os
blocos da falha impede deslocações na estrutura. Quando a tensão
cizalhante atinge o valor crítico, ultrapassando o atrito na zona da falha, dá-
se uma movimentação brusca e as rochas nos dois blocos da falha ressaltam
elasticamente, libertando energia sob a forma de calor e de ondas elásticas,
isto é, produz-se um sismo.
Teoria do Ressalto Elástico
A Teoria do Ressalto Elástico, formulada por Harry F. Reid, em 1911, explica o mecanismo de
formação de um sismo tectónico:
– nos limites tectónicos, sujeitos à atuação de forças compressivas, distensivas ou de
cisalhamento, ocorre a acumulação de energia elástica;
– atingido o limite de resistência da zona de falha, ocorre o movimento dos blocos, ou seja, ocorre
a rotura da rocha;
– a movimentação brusca dos blocos, ou ressaltos, provoca a libertação sob a forma de ondas
sísmicas da energia elástica acumulada;
– o ressalto brusco dos blocos deve-se à libertação súbita da energia elástica acumulada.
Macrossismo
Microssismo
Abalo premonitório
Réplica
TERRAMOTOS- quando a libertação de energia sísmica é tal
que se faz sentir em grande parte do planeta.
Quando o epicentro
de um sismo se
localiza no fundo
oceânico/crusta
oceânica, ou muito
próximo, pode
ocorrer a formação
de ondas gigantes –
que se designam
maremoto, raz de
maré ou tsunami.
Sismologia – Formação de Tsunami
ORIGEM DE UM TSUNAMI
À medida que se aproxima das zonas costeiras ( menos profundas ), a onda diminui o
seu comprimento, mas ao mesmo tempo, aumenta a sua amplitude (altura).
Liquefação
Quando o epicentro de um
sismo se localiza em áreas
constituídas por sedimentos
saturados em água e com
fraca capacidade de
drenagem, pode ocorrer a sua
liquefação.
Os sedimentos, devido à
vibração sísmica, perdem a
sua coesão e resistência ao
Processo de liquefação devido à
corte comportando-se, então, vibração sísmica
como um fluido.
Ondas Sísmicas
Sismologia - Propagação da Energia
Sísmica
A energia sísmica dispersa-se, a partir do foco, em todas as direções e sentidos,
obrigando as partículas que constituem os materiais rochosos a vibrarem, vibrações
essas que se propagam sucessivamente às outras partículas, originando as ondas
sísmicas que fazem tremer a Terra.
• Ondas de volume;
• Provocam a compressão e a
distensão dos materiais, Direção das
ondas
paralelamente à direção de
sísmicas
propagação; Vibração das
partículas do
• A sua velocidade aumenta com solo
a rigidez.
S S Secundárias, transversais
D A
O N
As partículas vibram num plano perpendicular à direção de
propagação.
Provocam mudança da forma do material mas não do volume (ondas de
corte).
Incidem transversalmente nas estruturas, pelo que a sua ação sobre os
edifícios é mais destruidora.
• Segundas a serem
registadas;
De qu
e f act
depen ores
d e?
◊ da distância epicentral
◊ da energia libertada
co
◊ da profundidade do fo
◊ da natureza das rochas
çã o
◊ da qualidade de constru
na l
◊ da densidade populacio
Escala Macrossísmica Europeia
Isossistas – linhas
curvas que unem
pontos onde o sismo
se fez sentir com a
mesma intensidade.
1900-1985
A escala de magnitudes desenvolvida por Richter foi concebida/calibrada com base em medições das
amplitudes máximas das ondas.
Posteriormente, foi desenvolvida uma escala que permite a utilização de qualquer tipo de sismógrafo
em qualquer região da Terra.
Sismologia - Magnitude
A relação entre a magnitude (M) e a energia (E)
libertada num sismo, expressa em Joules, pode
ser calculada pela fórmula:
E=10 (2,4M-1,2)
Mas…
Nem sempre um sismo de maior magnitude é aquele que possui maior
intensidade sísmica, ou seja, nem sempre o que liberta mais energia é o que
provoca mais vítimas!
Existem casos em que temos:
valores elevados de magnitude e baixa intensidade
baixa magnitude e elevada intensidade
Exercício 1:
?
Um sismo de magnitude 7,9 que afetou o Japão em 1994 causou 4
mortos, enquanto outro, com magnitude 6,4 que ocorreu na Índia em
1993, fez cerca de 12 000 mortos.
Japão India
População devidamente preparada Elevada densidade populacional,
pobre, sem preparação
Construções anti-sísmicas Infra-estruturas frágeis, sem plano
de ordenamento do território
Comente a afirmação:
V= d/t
Os sismogramas permitem o cálculo do intervalo (S-P). Identificado este intervalo em, pelo
menos, três estações sismográficas, é possível determinar a distância de cada estação ao
epicentro. A transposição destas distâncias para um mapa permite a determinação gráfica
do epicentro sísmico.
Sismologia – Como localizar o
epicentro?
A distância epicentral, que corresponde à distância que vai do epicentro à
estação sismológica, pode ser medida em quilómetros e em ângulo epicentral, e
é um dado indispensável para a descrição/caracterização de um sismo.
C - Ondas L
1º Calcula-se as distâncias
epicentrais medido primeiro no
sismograma o intervalo de
tempo S-P
Distribuição dos epicentros (·) de 30 000 sismos, registados num período de 6 anos.
A distribuição a nível mundial dos sismos não segue um padrão aleatório.
A distribuição mundial dos epicentros permite definir três
grandes zonas sísmicas no globo terrestre:
No geral
Fronteiras conservativas
Os focos sísmicos
distribuem-se, por isso,
em plano inclinado.
FALHA DE SANTO ANDRÉ
Limite Conservativo
(Falha transformante)
Deslizam a uma
velocidade de 3 a
6 cm por ano
Forte atividade
sísmica na
Califórnia e no
México
Ocorrências sísmicas mostradas segundo a profundidade da localização do foco ou
hipocentro.
Legenda:
Amarelo (superficiais) = profundidade do foco até 25 km
Sismicidade Interplaca
Sismicidade Intraplaca
Sismo de 23
Abril de 1909,
com
epicentro em
Benavente.
M= 6,7
Sismicidade em Portugal - Açores
Como é que se explica a atividade sísmica nos Açores?
A atividade sísmica nos Açores explica-se pelo seu enquadramento tectónico: região de encontro
de três placas litosféricas: Placa Americana, Placa Euroasiática e Placa Africana .
Os Açores, por sua vez, encontram-se num ponto triplo, numa zona de limites convergentes entre as Placas
Euro-asiática, Africana e Americana e ainda de limites divergentes e conservativos. São ainda afetados pelos
Bancos de Goringe e de D. João de Castro (elevações submarinas de terrenos que se deixam atravessar muito
facilmente pelas ondas sísmicas, pelo que apresentam um grande risco sísmico). Há ainda a considerar a Falha
Açores – Gibraltar.
Sismicidade em Portugal
Fronteira convergente
(zona de subducção) entre
a placa da Birmânia e a
placa Indo-Australiana;
Sismo tectónico
superficial (+- 30 Km)
Recuo abrupto do mar
junto da costa é um sinal
que indica a iminência da
ocorrência de um sismo.
Banda Aceh, Indonésia
MINIMIZAÇÃO DE RISCOS SÍSMICOS
-PREVISÃO E PREVENÇÃO
A investigação realizada
na área da sismologia tem
sido fundamental para
minimizar a ação
desvastadora dos sismos.
Apesar de existirem sinais percursores de um abalo
sísmico:
Abertura de pequenas fraturas no interior das rochas
próximas de zonas sismogénicas;
variação do nível da água em poços próximos de falhas
ativas;
a água dos poços ficar turva e com cheiro desagradável;
anomalias no padrão de comportamento de animais (ex:
cobras)
Densidade
populacional
elevada
Monitorização das zonas de elevado risco sísmico, através da
implementação de redes de estações sismográficas
Estabelecimento de normas e dispositivos legais (e seu
cumprimento) de construção anti-sísmica ou parassísmica que
tornem as construções mais resistentes aos sismos.
4) Estabelecimento de normas e dispositivos legais (e seu
cumprimento) de construção antissísmica que tornem as
construções mais resistentes aos sismos.
Ao nível das populações…
Zona de maior
perigosidade
Nos Açores, apenas a partir de 1980 passou a ser
obrigatória a construção antissísmica.
Computadores
do centro de
aviso alertam os
cientista de vigia
que determinam
a localização e
magnitude do
sismo
FIM