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Universidade Lúrio

Unilúrio Business School


Ética e Deontologia Profissional
Economia e Gestão Empresarial
Desvio de Fundo como práticas corrosivas as organizações

Docente: Norway Discentes:


Samuli Eusébio
Ricardo Augusto
Introdução
No âmbito de combate à corrupção na Administração Pública, os elementos fundamentais que
devem ser considerados no quadro das reformas compreendem: profissionalização da
Administração Pública, através de Escolas de Governo. contudo o combate a corrupção esta
distante de chegarão fim, visto que maior desafio para diversos sectores e realizar o combate a
corrupção. e medidas de prevenção e combate à corrupção: boa transparência e melhores
procedimentos de tomada de decisão fundamentada; procedimentos e práticas padronizadas
para a redução de interacção dos colaboradores; liberalização; profissionalização aprofundada;
rotação de cargos e funções para prevenir e a ocorrência de casos de corrupção.
Objectivos

Geral

 Compreender o impacto do desvio de fundos nas organizações

Especificos

 Identificar de medidas de controlo interno, com vista a reduzir desvio de fundos

 Perceber como a auditoria funciona para combater a corrupção.


Noções de Ética Social
Ao longo de sua existência, o indivíduo se relaciona com diversos grupos a fim de satisfazer
necessidades e atingir objectivos quer sejam sociais, afectivos, comerciais, políticos e
profissionais. Ocorre que a convivência em grupo gera, por vezes, conflitos, pois as
necessidades e os objectivos podem divergir em virtude das características inerentes a cada
indivíduo; essas características.
Esse mesmo raciocínio pode ser aplicado a um grupo de pessoas que se reúne em prol de um
objectivo comum, formando, assim, uma sociedade, seja ela de qualquer natureza. Esta
sociedade passa a congregar crenças e valores que, por sua vez, lhe dá uma identidade
(LISBOA, 1996).
Ética Empresarial
De forma geral, pode-se assumir que existe hoje uma grande preocupação com o
aspecto ético nas transacções comerciais, a despeito dos escândalos financeiros
acompanhados de fraudes contábeis que se vêem noticiados na mídia. Da mesma
forma como uma conduta antiética pode arruinar os negócios e a imagem da empresa,
a implantação de um processo ético pode reverter-se em uma vantagem competitiva
(AGUILAR, 1994; NASH, 2001; McPHAIL e WALTERS, 2009).
Todavia, isso somente se consolidará se outros componentes a eles forem somados,
tais como permanentes acções de treinamento, discussões e atitudes organizacionais e
pessoais voltadas ao aprimoramento ético visando o comprometimento de toda a
empresa, desde os mais altos níveis hierárquicos.
O papel do profissional contábil

O exercício da profissão de contabilista exige competências, que podem ser


adquiridas através da aprendizagem em instituições credenciadas oficialmente no
sistema educacional.

É obrigação do profissional a preparação técnica e a actualização do conhecimento,


pelos quais o indivíduo deve orientar seu procedimento na profissão que exerce,
garantindo dessa forma a qualidade do serviço prestado e a segurança depositada no
especialista.
Dos deveres e das proibições: Agir com
qualidade profissional
É obrigação do profissional a preparação técnica e a actualização do conhecimento, pelos quais o
indivíduo deve orientar seu procedimento na profissão que exerce, garantindo dessa forma a
qualidade do serviço prestado e a segurança depositada no especialista.

Trabalhar com lealdade: A sociedade tem o direito de esperar que o contabilista que aceita uma
responsabilidade profissional seja tecnicamente competente, com responsabilidade perante o
público que é indispensável para qualquer profissional da Contabilidade.
Cont. Dos deveres e das proibições: Manter um
critério livre e imparcial
A imparcialidade técnica é o alicerce da responsabilidade profissional e em alguns casos, ela não
pode ser exercida se não existir independência psicológica, devendo o profissional evitar aceitar um
compromisso em que sua independência e objectividade possam estar em risco e, da mesma forma.
 Guardar segredo profissional: Este princípio tem relação com a lealdade profissional, mas
baseia-se, também, no tipo de relacionamento que o profissional deve manter com seus clientes
ou patrocinadores.
 Evitar tarefas que atentem à moral: É dever fundamental de todo ser humano e não apenas do
contabilista, rechaçar a mentira e ter a firme convicção para viver a verdade. Dessa forma,
espera-se que o profissional não participe de actos ilícitos e não se envolva em processos de
sonegação, corrupção, fraudes e roubos.
Elementos da reforma de GFP que contribuem para o
combate à corrupção
Segundo o Fórum de Monitoria do Orçamento no seu documento de trabalho sobre
pontos críticos na gestão de finanças públicas, publicado em 2015, as FP têm um
papel importante na sociedade, pois o Estado para cumprir as suas funções, que são
de promover o bem-estar da sociedade, precisa realizar despesa pública e esta deve
ser custeada pela receita pública. Ademais, para que, de facto, a realização dessa
despesa pública resulte no bem-estar da sociedade.

A Visão de Finanças Publicas (2011-2025) considera Princípios Orientadores que


devem nortear as finanças públicas os seguintes:
Cont. Elementos da reforma de GFP que contribuem para
o combate à corrupção
 Transparência – divulgação ampla dos relatórios de acompanhamento e monitoriza;
 Sustentabilidade – uma abordagem que permita um melhor equilíbrio entre a receita
e a despesa, procurando incentivar a criação do emprego, a melhoria das infra-
estruturas e serviços públicos, e a criação de um ambiente propício ao crescimento
social e económico do País;
 Coerência – garantia de que as politicas, estratégias, planos, processos, sistemas,
papéis e competências estejam alinhados e integrados;
 Orientação para Processos – normalização de toda a intervenção em torno de
processos claros, eficazes e eficientes, baseados nas melhores práticas
internacionais, garantindo a sua melhoria contínua através de aumento de
competências, utilização adequada da tecnologia e revisão periódica dos processos
chave e de suporte;
Cont. Elementos da reforma de GFP que contribuem
para o combate à corrupção

 Controlo permanente – acção fiscalizadora efectiva e contínua, a todos os níveis;


 Prestação de Contas e Responsabilização – identificação e prestação de contas
pelos agentes praticantes dos actos de execução, gestão, direcção, administração e
governação em matérias de finanças públicas e consequente responsabilização
pelo incumprimento das normas e regras e dos objectivos e resultados definidos;
 Equidade e Justiça social – a garantia de um tratamento proporcionalmente justo
na aplicação e no cumprimento das obrigações e no usufruto dos benefícios daí
decorrentes em função da capacidade e das necessidades reais de cada cidadão.
Importância dos Órgãos de Controlo
Interno
A actuação dos Órgãos de Controlo Interno é de muita importância pelo facto de
poder conferir ao administrador suporte e confiança na gestão do património do
Estado (OLIVEIRA, 2010). Destaca-se então que a acção de controlo interno
compreende uma relevante ferramenta no domínio do controlo preventivo, detectivo
e correctivo, que deve ser operado com todo o rigor e independência, no sentido de
cumprir os propósitos a que se propõe.
Para uma operacionalidade efectiva

Nos termos do artigo 6 da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, é


crucial a existência de órgãos de prevenção da corrupção independentes. Porém, a
independência prescrita depende dos sistemas legal, institucional e político, assim
como das funções particulares que são alocadas a cada órgão de prevenção da
corrupção.
No âmbito operacional, compete aos Agentes de Controlo Interno traçar acções de
controlo que possam devidamente verificar a conformidade e regularidade legislativa,
os registos contabilísticos e financeiros, a boa utilização dos dinheiros públicos, isto
é, a eficácia, eficiência e economicidade.
Não obstante estas melhorias, as reformas não são de tudo um sucesso como seria de
se esperar. A título de exemplo, a Visão de Finanças Públicas (8) apresenta algumas
fraquezas, a saber:
Cont. Para uma operacionalidade efectiva

 Ritmo lento de implementação de reformas face ao programa da previsão inicial;


 Formação e comprometimento deficientes do pessoal e gestores, na liderança e
gestão de mudanças organizacionais, comportamentais e profissionais;
 Não uso da enorme informação disponível no e-SISTAFE e a prevalência da
gestão e tomada de decisões não baseadas nessa informação;
 Base tributária e índice de fiscalidade bem inferiores à média regional da SADC,
etc.
Teoria económica sobre a corrupção

A teoria sobre a corrupção económica de Rose-Ackerman, explica como ocorre a


decisão de cometer ou não um crime em instituição pública ou privada (ROSE-
ACKERMAN, 1975, citado por CUNHA, 2012).

Assim, a corrupção, como um acto criminoso, tem por base um pacto oculto,
envolvendo uma parte que solicita a violação de deveres e uma outra que os viola,
pelo interesse individual em detrimento do colectivo, ao passo que, o crime tem um
esquema mais elementar, podendo ser movido por uma decisão individual, ou
colectiva.
Finanças Públicas e Corrupção
O conceito “Finanças Públicas” refere-se à forma como o Estado capta recursos a partir da
tributação até a contratação de dívidas, gere e gasta tais recursos, devendo pautar pela rigorosa
prestação de contas sobre a sua utilização, sempre na perspectiva de atender às necessidades da
colectividade e do próprio Estado (Visão Estratégica das Finanças Públicas 2009-2020 –
MENAF).
O termo corrupção vem do latim corruptus, que etimologicamente significa objecto quebrado
(CHAI et al., 2007: 33). Pode-se perceber que, o que na maioria rodeia o homem são objectos,
por exemplo, os instrumentos legais e normativos quando violados, isto corresponde a uma
quebra. Neste sentido, ressalta-se que toda corrupção contrapõese à ética, moralidade, lei,
tradição e transparência, gerando um ambiente de desconfiança entre os membros da
organização ou sociedade.
Desvio de Fundos
O desvio de fundos é um roubo ou acto ilícito que consiste em apropriar os fundos
indevidamente para uso pessoal, trata-se de fazer uso indevido da propriedade a que se tem
acesso ou que lhe foi legalmente confiada no seu cargo formal ou trabalho como servente,
agente, fiador ou guardião (FAEL, MUNGUAMBE, CRUZ & MOSSE, 2008).

Do ponto de vista legal, o desvio de fundos é um crime económico. No artigo 313 do Código
Penal, o desvio de fundos do Estado é referido como peculato. A Lei no 1/79, de 11 de Janeiro,
Lei sobre Desvio de Fundos do Estado prevê de forma especial punir os crimes de desvio de
fundos do Estado, agravando as penas aplicáveis aos infractores.
Controlo e Controlo Interno
O termo controlo é uma das funções do ramo de Administração Pública, tido como de muita importância. Segundo

MEIRELLES, a função controlo é “a faculdade de vigilância, orientação e correcção que um Poder, órgão ou autoridade

exerce sobre a conduta funcional de outro”

Ainda 32 SANTANA aponta que, o controlo significa a “fiscalização exercida sobre as actividades de pessoas, órgãos,

departamentos, ou sobre produtos, para que tais actividades ou produtos não se desviem das normas pré-estabelecidos.

O controlo interno é, por si só, uma ferramenta de grande relevância para a busca e provisão de informação fiável à

mobilização, execução e aplicação de recursos financeiros públicos. Além disso, o controlo interno é importante pelo

facto de suportar a actividade desenvolvida pelos órgãos de controlo externo, principalmente, Tribunal Administrativo,

sendo preceituado pela lei que estes podem determinar a requisição de 33 serviços de inspecção e auditoria aos órgãos

de controlo interno, como consta no nº 1 do artigo 4 da Lei nº 26/2009, de 29 de Setembro.


Auditoria

A auditoria é uma actividade que pode ser desenvolvida ao nível interno ou externo,
compreende um conjunto de técnicas que visam avaliar, de forma amostral, a gestão
da organização, pelos processos e resultados gerenciais, mediante a confrontação
entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou
normativo 35 versado nos objectivos delineados (CONAB & COAUD, 2008).
Conclusão
Tendo em conta toda a revisão da literatura feita e a recolha de dados realizada, este
trabalho apresenta as seguintes conclusões: O desvio de fundos constitui uma grande
problemática para varias organizações, com tudo e possível através de medidas de
controlo interno reduzir as práticas alinhadas a esta.

É importante controlar o risco de acordo o estatístico já comprovado. é recomendado


que os desvios tratados sejam o mesmo número de trabalhadores envolvidos no
ambiente laboral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

 AMARAL, D. (2006). Curso de Direito Administrativo, 3ª edição, Volume 1,


Lisboa, Editora Almedina.
 BANGURA, Y. (2000). Public Sector Restructuring: the Institutional and Social
Effects Of Fiscal Managerial and Capacity-Building Reforms.
 Geneva: United Nations Research Institute for Social Development. Occasional
Paper nº 3.
 CUNHA, A. (2012). Políticas de Combate à Corrupção. Corrupção no Setor
Público sob a Perspetiva da Teoria da Agência. Tese de Mestrado em Ciências
Jurídico-Económicas

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