Semiologia Cardiovascular 2024

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PROF.

FERNANDA NOGUEIRA
 O paciente inicialmente deve ter
oportunidade de relatar seus problemas
primeiramente sem interrupções. Apesar de
consumir tempo e de parecer produzir um
enorme número de informações irrelevantes
a entrevista inicial é o momento em que o
paciente tem para ser ouvido e causa uma
melhor interação fisioterapeuta x paciente
 Após o relato inicial então tentamos dirigir
a entrevista para determinarmos a
cronologia dos sintomas e suas
características, tipo, local, fatores
agravantes e de melhora.
 A queixa do paciente vai orientar a
entrevista para alguns dos sintomas
cardinais da doença cardíaca, que seguem:
◦ Precordialgia - Dor torácica
◦ Dispnéia - Cansaço / Falta de ar /
Ortopnéia: dificuldade de respirar deitado
◦ Síncope ou pré Sincope - Desmaio,
ausência, distúrbios visuais
◦ Palpitação - Sensação de taquicardia,
falhas nos batimentos
◦ Edema - Inchaço dos membros e/ou face
◦ Cianose - Coloração azulada da pele
 Termos como "HAS", "Doença Coronariana"
ou "Arritmia" devem ao máximo ser evitadas
na Queixa Principal

 Mesmo que o paciente diga essas palavras,


devemos ter em mente que não foi o
paciente que criou esses termos, sendo
palavras produzidas por terceiros no
decorrer de seus atendimentos
 Fatores de risco - necessariamente deve ser
perguntado sobre a presença de:
◦ Diabetes
◦ Dislipidemia
◦ Tabagismo
◦ Obesidade
◦ Hipertensão Arterial
◦ Fatores de risco familiares
Fatores de risco
Apresença de mais de um dos fatores
de risco aumenta de forma importante
o risco cardiovascular do paciente

O diabetes isoladamente é um fator de


risco importante, mesmo na ausência
de outros.
Fatores de risco
 O fator de risco familiar deve ser
considerado como presente quando há
história pregressa de doença coronariana
precoce (antes dos 50 anos), em algum
familiar direto (pai, avô, tios, irmãos)
Fatores de risco
 Em relação aos tabagistas descrever: a
quanto tempo fuma, nº de cigarros, se já
tentou parar, se parou a quanto tempo foi e
quanto tempo fumou.
 Outro dado de interesse que influencia o
fator de risco global do paciente é o seu
grau de atividade física / sedentarismo.
 Descrever o uso de qualquer fármaco e a quanto
tempo a medicação está em uso
 Uma causa precipitante importante de
descompensação de insuficiência cardíaca é o
abandono da medicação prescrita. Sabe-se que
menos de 20% dos hipertensos fazem o
tratamento medicamentoso de forma regular e
eficaz. Assim é muito importante perguntar não
somente a medicação prescrita pelo médico que
deveria estar em uso, mas insistir se de fato ela
estava em uso e se não houve falha na
continuidade ou se a dose está correta ou se está
ocorrendo o uso por conta própria de medicação
não prescrita
 Medicações de uso eventual também devem ser pesquisadas
 Independente do paciente estar ou não com
queixa de origem cardiovascular, durante a
revisão sistemática devemos sempre
perguntar caso não tenha sido citado na
HDA:
◦ Existência de dor torácica
◦ Cansaço ou falta de ar
◦ Edemas
◦ Presença de Palpitações
◦ Passado de síncope, desmaios
◦ Episódios de Cianose
◦ Se sabe ser portador de sopro, alteração estrutural
cardíaca ou hipertensão arterial
• Stress e sedentarismo são fatores de
risco cardiovasculares. Ao orientarmos
modificações de estilo de vida,
precisamos primeiro conhecer o modo
atual de vida do paciente. Pessoas
confinadas a escritórios, submetidas a
pressão constante de trabalho devem
receber orientações compatíveis com sua
profissão e horário de trabalho.
 Como qualquer dor devemos definir:
localização, irradiação, duração, intensidade,
qualidade, fatores precipitantes ou
desencadeantes, fatores que melhoram a dor,
manifestações associadas
 No caso da dor torácica, em que se suspeita de
origem cardíaca é fundamental a determinação
da referência temporal. A quanto tempo
começou, como se iniciou (se súbito ou
gradativo), quanto tempo dura a crise, como
melhora (se súbito ou gradativo), se é continua
ou intermitente.
 Localização:
uma polpa digital, bem limitado a um
único ponto é pouco provável de se
relacionar com cardiopatia, sendo mais
provável uma origem ósteo-muscular.
A dor cardíaca é geralmente indicada com
a mão esfregando o peito, ou com o
punho cerrado, indicando uma região
grande e imprecisa.
 Irradiação:
deve se determinar bem o limite de
distribuição dessa irradiação,
principalmente em relação ao território
próprio para a dor de origem cardíaca: dor
que inclua a CICATRIZ UMBILICAL e se
irradia para baixo, não é de origem
cardíaca.
 Qualidade:
A opressão, queimação ou o mal estar
torácico mal definido são típicos da doença
coronariana. Pontadas e fisgadas apesar de
serem mais inespecíficas também podem
representar doença coronariana.
A dor pontual, bem localizada, súbita e de
curtíssima duração (segundos), não se
relaciona com doença coronariana.
- Fatores precipitantes

- Fatores de piora

- Fatores de melhora
 Início e duração:
A dor típica da doença coronariana crônica
é de inicio relacionado com esforço,
piorando de forma progressiva, durando
cerca de 5 a 10 minutos, geralmente não
menos de 2 e não mais que 20 minutos.
A dor prolongada, maior que 30 minutos se
for de origem cardíaca se relaciona com IAM
 Manifestações associadas:
Sudorese, extremidades frias, palidez,
náuseas são comemorativos importantes
para a dor torácica sugestivos de síndrome
coronariana aguda.
 Características da dor anginosa:
a) Dor opressiva ou sensação de pressão
b) Localização - mão sobre o precórdio.
c) Irradiação típica - para a região cervical e
região medial do MSE, mas pode acontecer em
qualquer localização do tórax, mesmo a direita,
região epigástrica e dorso.
d) A piora ou seu início com o esforço é uma
marca importante da angina típica.
e) Melhora com repouso ou com uso de nitratos
f) As crises são intermitentes, com duração
geralmente superior a 2 minutos (nunca inferior
a 1 minuto) e geralmente chegando até 10 ou
no máximo 20 minutos. Crises de dor de tempo
superior a 20 min, é sugestivo de IAM .
 O desconforto respiratório é normal em
indivíduos saudáveis submetidos a esforços
de grande intensidade, ou mesmo de menor
intensidade se não forem treinados para
atividade física.
 A dispnéia é anormal quando ocorre em
repouso ou quando desencadeada por
esforço de grau em que não seja esperado
este sintoma. A etiologia da dispnéia é
diversa, incluindo doenças pulmonares,
cardíacas e ansiedade.
 A dispnéia cardiogênica ocorre tanto em
repouso como ao esforço. Em repouso se
relaciona com a posição do paciente,
surgindo ao assumir decúbito e melhorando
com a posição sentada (ortopnéia).
• A dispnéia súbita acompanhada de dor
torácica e hemoptise é típico do
tromboembolismo pulmonar.

• O pneumotórax causa dispnéia aguda e dor


torácica de forte intensidade.

• O IAM também pode se apresentar com dor


torácica acompanhada de dispnéia.
Aguda Crônica
1) Edema agudo de pulmão 1) DPOC
2) Asma 2) ICC
3) pneumotórax espontâneo 3) Fibrose intersticial difusa
4) Trauma torácico 4) Asma
5) Pneumonia 5) Derrame pleural
6) Embolia Pulmonar 6) Doença vascular pulmonar
7) Derrame pleural 7) Anemia severa
8) Ansiedade
 O acúmulo de líquidos no tecido intersticial
é característica de condições onde ocorram
alteração ou da pressão hidrostática ou da
pressão oncótica dos tecidos
 A insuficiência cardíaca, a doença renal a
hipoproteinemia podem causar edema e
para maior dificuldade, podem inclusive
coexistir, dentro da mesma síndrome
 Antes de ser notado o edema é precedido
por ganho de peso de 3 até 5 Kg
 O edema de origem cardíaca é normalmente
simétrico e progride desde as pernas
chegando coxa, genitália e parede abdominal.
Em pacientes cronicamente acamados, o
edema pode se concentrar na região sacra.
 O edema pode ser generalizado (anasarca),
podendo ocorrer dessa forma na síndrome
nefrótica(aumento da taxa de proteína na
urina), na cirrose hepática e na IC severa.
 Edemas unilaterais de extremidades
indicam trombose venosa ou edema
linfático
 Os sintomas acompanhantes servem para
elucidar o diagnóstico diferencial entre o
edema cardiogênico e outras etiologias,
principalmente com o edema de origem
renal e hepático
 No edema hepático a ascite precede o
edema de membro inferior e geralmente
não há dispnéia a não ser que haja restrição
respiratória pela ascite volumosa
 O edema renal é acompanhado da
disfunção renal e suas alterações
laboratoriais.
Etiologias de edema:
1) Insuficiência cardíaca
2) Insuficiência venosa crônica / trombose
venosa
3) Doenças renais
4) Cirrose hepática
5) Hipotireoidismo
 A palpitação é a sensação do batimento
cardíaco.

 A etiologia clínica varia desde estados de


ansiedade até as mais variadas formas de
arritmias. A diferenciação pode ser
auxiliada com algumas informações.
 A perda da consciência é normalmente
resultado de baixa perfusão cerebral. A
história clínica é fundamental para o
diagnóstico diferencial da síncope.
 A síncope pode ser classificada em sua
etiologia como sendo cardíaca ou não
cardíaca. Dependendo do estudo a causa
cardíaca tem incidência de 10 a 40% dos
casos de síncope. Vale ressaltar que quase
50% dos casos a etiologia da síncope não
pode ser comprovada, apesar de exaustiva
pesquisa clínica.
 A consciência retorna rapidamente na
síncope cardíaca, enquanto ocorre uma
demora maior nas síncopes de origem
neurológica.
 Pacientes com síncope de origem em
distúrbios emocionais raramente
apresentam traumas de queda, ao contrário
da síncope associada a convulsão onde esta
quase sempre está presente.
 A cianose é a coloração azulada da pele e
mucosas, resultado do excesso de
concentração de hemoglobina reduzida. É
mais bem observada por um membro da
família que pelo próprio paciente.
 Existem 2 tipos de cianose:
◦ Cianose central - resulta de shunts
direita-esquerda ou por deficiência da
função pulmonar.
◦ Cianose periférica - resulta de
vasoconstricção secundária a baixo débito
ou exposição ao frio.
 Cianose em uma única extremidade indica
obstrução arterio-venosa naquele membro.
 Cianose localizada nas mãos se relaciona
com o fenômeno de Raynaud.
 A cianose central relacionada com doença
cardíaca congênita aparece e piora com o
exercício, enquanto a cianose periférica do
baixo débito acontece desde o repouso e
piora apenas discretamente com o esforço.
 Avaliar pulsos
 Avaliar o precórdio
 Básica
 Complementar

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