Farmacologia

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Farmacologia do

Sistema Nervoso
Central

Ansiedade
Esquizofrenia
Parkinson
Depressão
Epilepsia
Farmacologia do SNC

Introdução
• Não há relação direta entre o comportamento individual da
célula e do cérebro como um todo, diferentemente do que
ocorre no coração e rins, por exemplo.

• Existem algumas relações pouco mais conhecidas entre


neurotransmissor e sintomas, como: vias dopaminérgicas e
doença de Parkinson, noradrenalina e 5HT na depressão,
GABA e ansiedade, etc...

• Uso de drogas no SNC: anestésicos gerais, alívio da dor,


diminuição da febre, diminuição de movimentos involuntários,
indução do sono, apetite, antieméticos e também no tratamento
da ansiedade, mania, depressão e esquizofrenia.
Farmacologia do SNC

Principais transtornos do SNC e


neurotransmissores envolvidos

Ansiedade – GABA
Esquizofrenia – dopamina (aumento), serotonina
Parkinson – dopamina (diminuição)
Depressão – dopamina, noradrenalina, serotonina
Epilepsia – diversos neurotransmissores
Farmacologia do SNC

Principais transtornos do SNC e


neurotransmissores envolvidos

Ansiedade – GABA
Esquizofrenia – dopamina (aumento), serotonina
Parkinson – dopamina (diminuição)
Depressão – dopamina, noradrenalina, serotonina
Epilepsia – diversos neurotransmissores
Classificação dos transtornos da ansiedade
• Transtorno de Pânico sem Agorafobia
• Transtorno de Pânico com Agorafobia
• Agorafobia sem Ataques de Pânico
• Fobia Específica
• Fobia Social
• Transtorno Obsessivo-Compulsivo
• Transtorno de Estresse Pós-Traumático
• Transtorno de Estresse Agudo
• Transtorno de Ansiedade Generalizada
• Transtorno de Ansiedade Devido a Uma Condição Médica Geral
• Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância
Bases Neuroquímicas
Bases Neuroquímicas
Tratamentos dos transtornos de ansiedade

• Intervenção social em fatores ambientais;

• Terapia comportamental (alterar a forma de interpretação);

• Utilização de drogas ansiolíticas:


– Benzodiazepínicos;
– Barbitúricos;
– Inibidores da recaptaçã de serotonina;
– Antagonistas -adrenérgicos;
Fármacos usados no tratamento da ansiedade

Hipnóticos e sedativos

• Sedativo: droga que diminui a atividade, excitação e acalma

• Hipnótico: droga que causa sonolência, promovendo o início e


manutenção de sono que se assemelha ao sono natural,
facilmente “despertável” (hipnose)

• Progressão: sedação → hipnose → coma → anestesia cirúrgica


→ depressão fatal da respiração / função cardiovascular

• Tipos: benzodiazepínicos e barbitúricos


Mecanismo de ação: barbitúricos e benzodiazepínicos

Se ligam ao receptor
GABAa, permitindo a
abertura do canal de
cloro e promovendo a
inibição do neurônio
(potencial de ação não
passa)
Benzodiazepínicos
Droga Duração global de ação Principais indicações

Midazolam Ultracurta (< 6 h) Anestésico intravenoso

Zolpidem* Ultracurta (~ 4 h) Hipnótico


Lorazepam, oxazepam, temazepam,
Curta (12-18 h) Ansiolítico, hipnótico
lormetazepam
Alprazolam Média (24 h) Ansiolítico, antidepressivo

Nitrazepam Média Hipnótico, ansiolítico


Diazepam, clordiazepóxido Prolongada (24-48 h) Ansiolítico, relaxante muscular

Flurazepam Prolongada Ansiolítico


Clonazepam Prolongada Anticonvulsivante, ansiolítico

Barbitúricos: fenobarbital, pentobarbital e tiopental


Benzodiazepínicos

Efeitos colaterais:

Sonolência;
Confusão;
Amnésia;
Comprometimento da coordenação;
Tolerância;
Dependência.
Barbitúricos

Efeitos colaterais:

Sonolência, porém reduzem sono REM;


Confusão mental;
Pensamento prejudicado;
Diminuição dos reflexos;
Ataxia;
Fala arrastada;
Tolerância e tolerância cruzada

Menor índice terapêutico  menos usados


Dependência física;
Coma;
Morte;
Farmacologia do SNC

Principais transtornos do SNC e


neurotransmissores envolvidos

Ansiedade – GABA
Esquizofrenia – dopamina (aumento), serotonina
Parkinson – dopamina (diminuição)
Depressão – dopamina, noradrenalina, serotonina
Epilepsia – diversos neurotransmissores
Esquizofrenia

• Transtorno psicótico que caracteriza-se por perturbações do


pensamento (delírios e desorganização), da percepção
(alucinações) e da expressão emocional.

• Provocada principalmente por uma hiperatividade dopaminérgica em


certas estruturas do SNC

Sintomas negativos: inibições


Sintomas positivos:
Embotamento afetivo
Exacerbações
Ausência de emoções
Distúrbios do proc. de pensamento Perda de iniciativa
Delírios Prejuízo na atenção
Alucinações Pobreza de autocuidado e de
desempenho social
Tipos de Esquizofrenia (DSM-
IV)
Paranóide: predominam sintomas positivos. O quadro clínico é dominado por um
delírio paranóide. Pacientes desconfiados, reservados, agressivos.

Desorganizado: predominam os sintomas afetivos e as alterações do pensamento.


As ideias delirantes, embora presentes, não são organizadas. Alguns doentes pode
ocorrer uma irritabilidade marcada associada a comportamentos agressivos. Existe um
contato muito pobre com a realidade.

Catatônico: predominam os sintomas motores e por alterações da atividade, que


podem ir desde um estado de cansaço e acinético até a excitação.

Indiferenciado: apresenta habitualmente um desenvolvimento insidioso com um


isolamento social marcado e uma diminuição no desempenho laboral e intelectual.
Observa-se nestes doentes uma certa apatia e indiferença relativamente ao mundo
exterior.

Residual: nesta forma existe um predomínio de sintomas negativos, os doentes


apresentam um isolamento social marcado por um embotamento afectivo e uma
pobreza ao nível do conteúdo do pensamento.
Esquizofrenia
Teoria dopaminérgica
Localização anatômica dos sistemas
dopaminérgicos no SNC
Antiesquizofrênicos clássicos

• fenotiazinas: + antagonismo em D2
clorpromazina,
flufenazina
efeito nos sintomas positivos
• tioxantenos:
flupentixol
• butirofenonas: efeitos extrapiramidais
haloperidol

Diminuição da neurotransmissão
dopaminérgica na voa nogroestriatal
causa parkinsonismo
Antiesquizofrênicos atípicos

+ antagonismo em 5-HT2
• Clozapina
• Olanzapina
• Sertindol
+ efeitos nos sintomas • Risperidona
negativos
• Sulpirida
• Quetiapina
- efeitos adversos motores
Farmacologia do SNC

Principais transtornos do SNC e


neurotransmissores envolvidos

Ansiedade – GABA
Esquizofrenia – dopamina (aumento), serotonina
Parkinson – dopamina (diminuição)
Depressão – dopamina, noradrenalina, serotonina
Epilepsia – diversos neurotransmissores
Mal de Parkinson

• Sintomas (aparecem somente quando dopamina do estriado cai para 20-40% do normal):

tremor em repouso, que tende a diminuir durante atividade voluntária

rigidez muscular

hipocinesia (atividade motora é difícil de parar assim como de iniciar)

• Pode ocorrer sem causa óbvia ou por isquemia cerebral, encefalite viral ou
outros tipos de lesão patológica

CAUSA: Perda de neurônios: parkinsonismo primário --> tratamento com


fármacos que aumentam a sinalização da dopamina: levodopa (substrato
dopamina), selegilina (inibe MAOB), amantadina (aumenta lib de dopamina),
bromocriptina (agonista D1)

CAUSA: Bloqueio dos receptores de dopamina: parkinsonismo induzido por


antiesquizofrênicos  tratamento com biperideno (antagonista muscarínico)
Farmacologia do SNC

Principais transtornos do SNC e


neurotransmissores envolvidos

Ansiedade – GABA
Esquizofrenia – dopamina (aumento), serotonina
Parkinson – dopamina (diminuição)
Depressão – dopamina, noradrenalina, serotonina
Epilepsia – diversos neurotransmissores
Depressão

Classificação

Unipolar Bipolar

Episódios depressivos Episódios depressivos


+
Episódios de mania
Distúrbios afetivos

Episódios depressivos, sintomas:

 Anedonia
 Sentimento de desvalia ou culpa
 Fadiga ou perda de energia
 Diminuição da concentração ou indecisão
 Pensamentos recorrentes de morte
Sono
 Alterações Apetite
Psicomotoras
Distúrbios afetivos

Episódios mania, sintomas:

 Auto-estima inflada ou grandiosidade


 Diminuição da necessidade de sono
 Loquacidade
 Fuga de idéias
 Dispersão
 Aumento da atividade física ou agitação psicomotora
 Envolvimento excessivo em atividades prazerosas
 Comportamento de risco
Hipóteses Biológicas dos Distúrbios Afetivos
(depressão e mania)

 Deficiência funcional de
neurotransmissores monoaminérgicos
(dopamina e noradrenalina)

= Depressão = Mania

Anormalidade nos receptores de


neurotransmissores

Noradrenalina Serotonina

Hipersensíveis
Tratamento dos Distúrbios Afetivos
Antidepressivos (tricíclicos, inibidores da MAO, inibidores da recapt. da serotonina)
Lítio
Anticonvulsivantes
Antidepressivos Tricíclicos

amitriptilina, desipramina e nortriptilina

Mecanismo de ação – Inibidores da recaptação de


noradrenalina e serotonina e, em menor proporção, de
dopamina

Efeitos adversos e toxicidade – Ação anticolinérgica,


antiadrenérgica, aumento de peso, alterações na vigília,
fraqueza e fadiga
Inibidores da Monoamino oxidase (MAO)

moclobemida e tranilcipromina
Mecanismo de ação – Inibição da desaminação oxidativa de
aminas biogênicas (realizada pela MAO), elevando os estoques
neuronais de serotonina, dopamina e noradrenalina  inibem a
MAOA e a MAOB

Moclobemida: inibição reversível: menos efeitos colaterais, porém


menor eficácia.
Tranilcipromina: inibição irreversível: maior eficácia e mais efeitos
colaterais (reação do queijo)

Efeitos adversos e toxicidade – hipotensão ortostática, boca


seca, turvação da visão, constipação intestinal, e distúrbios
genitourinários. Mais raros, tontura, fraqueza, diarréia, edema,
cefaléia, insônia, tremores, confusão mental e crises
convulsivantes.
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina

citalopram, floxetina, fluvoxamina, paroxetina e sertralina

Mecanismo de ação – Inibem seletivamente a recaptação


de serotonina, potencializando a neurotransmissão
serotoninérgica

Efeitos adversos – Ganho de peso, náuseas, vômitos,


cefaléia, agitação, ansiedade, alterações do sono, tremores,
reações dermatológicas, efeitos extrapiramidais e disfunção
sexual.
Lítio

 Mecanismo de ação – Seu efeito estabilizador do humor


ainda é desconhecido:

Substitui o sódio no compartimento intracelular.


Inibe a liberação da noradrenalina e dopamina, aumenta o turnover da
serotonina e dopamina.
Outra ações: interfere com íons (cálcio e magnésio), insulina, glucagon, tiroxina,
inibe adenililciclase e proteína-quinase, e altera as concentrações de GABA e
glutamato.

 Efeitos adversos – Poliúria (diabete insípido nefrogênico),


hipotireodismo e bócio, aumento de peso corpóreo, fadiga,
letargia e tremor. Intoxicação: sonolência, vômito, debilidade
muscular, boca seca, dor abdominal, letargia e vertigens.
Farmacologia do SNC

Principais transtornos do SNC e


neurotransmissores envolvidos

Ansiedade – GABA
Esquizofrenia – dopamina (aumento), serotonina
Parkinson – dopamina (diminuição)
Depressão – dopamina, noradrenalina, serotonina
Epilepsia – diversos neurotransmissores
Epilepsia

É um distúrbio no funcionamento cerebral caracterizado por


ocorrência de convulsões periódicas e não previsíveis.

Tipos de Epilepsia:

Parcial
Generalizados
Epilepsia

Mecanismo de Ação dos Fármacos Antiepiléticos:

Potencialização da ação do GABA


Barbitúricos e benzodiazepínicos, ácido valpróico e vigabatrina.

Inibição da função do canal de sódio;


Fenitoína, carbamazepina, valproato, lamotrigina.

Inibição da função do canal de cálcio.


etosuximida
Mecanismo de ação dos fármacos antiepilépticos
Terminação
pré-sináptica
inibitória

GABAA
neurônio
pós-sináptico
Fármacos antiepiléticos x tipo de crise

Tipo de Crise Droga de Escolha Drogas


Alternativas
Crises parciais simples, complexas Carbamazepina Fenobarbital
ou com generalização secundária Fenitoína Gabapentina*
Valproato Lamotrigina*
Topiramato*

Crises generalizadas de ausência Valproato Clonazepam


Etossuximida

Crises generalizadas tônico-clônicas Carbamazepina Fenobarbital


Fenitoína Lamotrigina
Valproato

Crises generalizadas mioclônicas Valproato (pode


associar
clonazepam)

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