Enfermagem 1º Ano Fsisiologia Humana - Sistema Muscular Cadiovascular e Renal

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FISIOLOGIA MUSCULAR

• ANATOMIA E HISTOLOGIA DOS MÚSCULOS.

• FUNÇÕES.

• PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR.

• TIPOS DE CONTRAÇÃO.

• METABOLISMO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR.


• TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES.
• MEMBRO FANTASMA.
• ARCO.
• REFELEXO.
• RIGOR MORTIS E MIASTENIA GRAVIS.
Objetivos:
Geral:
 Compreender a fisiologia Muscular.

Específico:
 Caracterizar o sistema Muscular.
 Reconhecer a importância da Fisiologia Muscular.
 Classificar os tecidos Musculares.
Introdução
A fisiologia Muscular é um campo fascinante que nos permite compreender
como nossos músculos funcionam para realizar movimentos, manter a postura
e executar diversas funções vitais, cerca de 40% da massa corporal total são
compostos por músculo esquelético e, talvez, outros 10% por músculo liso e
cardíaco.
O corpo humano tem aproximadamente 640 músculos, que perfazem entre 40
a 50 por cento do peso de um indivíduo masculino. Relativamente ao feminino,
embora o número seja o mesmo, peso total é menor. Quando estes se
contraem, afectam o movimento do corpo como um todo: do sangue
(circulação), dos alimentos (através do tracto digestivo), da urina (através do
tracto urinário) e do tórax, diafragma e abdómen (durante a respiração). Os
músculos são, portanto, os responsáveis pelo movimento, pois é devido à
contracção muscular que o movimento acontece.
Funções
• Produção dos movimentos corporais: Movimentos
globais do corpo, como andar e correr.
• Estabilização das Posições Corporais: A contração dos
músculos esqueléticos estabilizam as articulações e
participam da manutenção das posições corporais,
como a de ficar em pé ou sentar.
• Regulação do Volume dos Órgãos: A contração
sustentada das faixas anelares dos músculos lisos
(esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um
órgão oco.
funções
• Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As
contrações dos músculos lisos das paredes vasos
sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os
músculos lisos também podem mover alimentos,
urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos
esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do
sangue para o coração.
• Produção de Calor: Quando o tecido muscular se
contrai ele produz calor e grande parte desse calor
liberado pelo músculo é usado na manutenção da
temperatura corporal.
ANATOMIA E HISTOLOGIA MUSCULAR
O SISTEMA MUSCULAR é constituído de grande diversidade
de músculos distribuídos ao longo do corpo, apresentando
tamanhos, formas e funções diversas.
• O tecido muscular é formado por células alongadas com
capacidade de contração que recebem a denominação de
fibras musculares, cada fibra geralmente é inervada por
apenas uma terminação nervosa, localizada próximo ao meio
da fibra.
Existem três tipos de músculo
Músculo esquelético - é formado por tecido muscular estriado e insere-se nos ossos;
Músculo cardíaco - é formado por tecido muscular cardíaco disposto em fáscias e em
espiral e, cada célula, tem a capacidade de se contrair ritmicamente. O tecido contrai-
se de forma coordenada graças a um elemento anatómico do qual partem «ondas» de
contracção, que se propagam pelo coração regulando a sua pulsação. O músculo
cardíaco pode efectuar contracções fortes e continuadas sem nunca parar;
Músculo liso - é formado por tecido muscular liso e a sua função é controlam os
movimentos involuntários dos órgãos internos (vasos sanguíneos, brônquios, tubo
digestivo, etc.). Estes músculos encontram-se sob o controlo do sistema nervoso
autónomo e reagem aos impulsos com contracções lentas e regulares, que podem
prolongar-se durante multo tempo;
Destes três tipos de músculos apenas será abordado o músculo
esquelético, neste capítulo.
Figura 1- Classificação histológica dos tipos de músculos.
MÚSCULO ESQUELÉTICO
O músculo esquelético é uma das variedades do tecido muscular. Tal como
o tecido muscular liso e o tecido muscular cardíaco, apresenta algumas
propriedades específicas: extensibilidade, elasticidade, excitabilidade e
contractibilidade.

O músculo esquelético é constituído, fundamentalmente, por dois tecidos:

• Tecido muscular estriado, com capacidade para transformar energia


química em energia mecânica;
• Tecido conjuntivo, que forma as fáscias, as quais envolvem:
• As células musculares – denominado endomísio; Os feixes de células musculares
– denominado perimísio; O músculo – denominado epimísio.
• As fáscias juntam-se nas extremidades do músculo para formar o tendão, que se
relacionará com os ossos.
Os músculos esqueléticos são compostos de fibras musculares que são
organizadas em feixes, chamados de fascículos. Os miofilamentos
compreendem as miofibrilas, que por sua vez são agrupadas juntas para
formar as fibras musculares. Cada fibra possui uma cobertura ou
membrana, o sarcolema, e é composta de uma substância semelhante a
gelatina, sarcoplasma.
• Centenas de miofibrilas contráteis e outras estruturas importantes, tais
como as mitocôndrias e o retículo sarcoplasmático, estão inclusas no
sarcoplasma.
• As miofibrilas são as estruturas contráteis dentro das fibras musculares
esqueléticas que são responsáveis pela contração muscular.
• A miofibrila contrátil é composta de unidades, e cada unidade é
denominada um sarcômero. Cada miofibrila, contém muitos
miofilamentos. Os miofilamentos são fios finos de duas moléculas
de proteínas, actina (filamentos finos) e miosina (filamentos
grossos).

Esquema de um músculo esquelético em corte transversal (Retirado de «Massoterapia


Clínica» de James H. Clay e David M. Pounds)
Figura 2- Tabela descritiva dos tipos de músculo, tipos de contração,
classificação histológica e localização.
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR

Mecanismo de contração muscular é dividido em FASE NEURONAL E


FASE MOTORA.
A FASE NEURONAL é compreendida pela participação do cérebro,
neurônios, medula espinhal e nervos. Esta fase permite a transmissão de
Neurotransmissores (ACETILCOLINA) do Sistema Nervoso Central para
placa motora.
Ocorre as seguintes etapas: 1) Transmissão de acetilcolina entre
neurônios 2) Liberação de acetilcolina na fenda sináptica. 3) Ligação
entre acetilcolina e receptores 4) Ocorre despolarização. 5) Liberação de
Cálcio pelo retículo sarcoplasmático.
• A FASE MOTORA é responsável pela execução
da contração muscular e suas etapas são as
seguintes: (1) Cálcio se liga à troponina e desloca
a molécula. (2) O deslocamento da troponina
permite a libração dos sítios de ligação. (3)
Ocorre o deslizamento das fibras (ACTINA E
MIOSINA). (4) Fica notório a aproximação das
fibras presentes nos Sarcômeros (Figura 4). (5)
Ocorre gasto de ATP.
Figura 3- Mecanismo da contração muscular fase motora.
Figura 4- Imagem do Sarcômero em processos de contração e relaxamento.
• As fibras musculares desprendem muita energia para a
execução dos movimentos. Diante disso, é necessário
mecanismos que possam interromper o processo de
contração. O mecanismo de Cessar da contração
muscular resume nas seguintes etapas: 1) Liberação da
Acetilcolinesterase (degrada a acetilcolina) 2) Ocorre
receptação de Cálcio pelo retículo sacoplasmático. 3)
Ocorre repolarização. 4) Ocorre gasto de ATP.
METABOLISMO ENERGÉTICO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
• O processo metabólico de realização da contração muscular é
dependente da oferta de ATP que não se trata de uma energia
armazenada. Portanto, quando ocorre intenso processo de
contração muscular e por consequência um grande gasto de ATP,
torna-se necessário uma fonte alternativa de energia é necessária
para manter o processo de contração. A alternativa utilizada para
sustentação do movimento é a utilização da FOSFOCREATINA.
A Fosfocreatina é um composto orgânico que proporciona uma
fonte rápida de energia para a contração das fibras musculares
quando o ATP não é suficiente. Tal substância também pode ser
encontrada no cérebro e proporciona uma importante fonte
energética para os neurónios.
• A potência do ATP provém das suas três ligações de fosfato
com uma molécula de adenosina. O ATP é produzido através
da adição de uma ligação de fosfato ao ADP (adenosina
difosfato). Em condições ideais os músculos devem estar
saturados de fosfocreatina, e assim, o ATP será sintetizado
mais rapidamente, permitindo uma resposta mais rápida e
explosiva a nível da contração muscular. Tal função ocorre
através da doação de FOSFATO para ADP, formando assim
ATP.
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES

• As características das fibras também são fatores importantes


para avaliar o perfil de contração. As FIBRAS VERMELHAS
(classificada como Tipo I) possuem contrações lentas de
grande resistência e as FIBRAS BRANCAS (Tipo II) possuem
contrações rápidas, porém de curta duração. A classificação
das fibras foi feita por pesquisadores através das suas
características contráteis e metabólicas.
• Ambas as Fibras Vermelhas e Brancas estão presentes em todos os grupos
musculares do organismo, no entanto, há o predomínio de um tipo sobre o
outro dependendo do músculo e de fatores genéticos.
• Diante da prática de exercícios físicos, por exemplo, ambos os tipos de fibra
contribuem para a execução do movimento, o que difere é o número de
unidades motoras (junção de inúmeras fibras musculares) de cada tipo que
serão eventualmente mais acionadas. Algumas situações durante um
determinado exercício pode caracterizar a necessidade da atuação de cada tipo
de fibra, como por exemplo, exercícios de explosão (arrancadas, saltos, pulos, e
etc.) as fibras rápidas (tipo II) é que serão enfatizadas pela musculatura
envolvida no movimento. Todavia, durante as mesmas atividades supracitadas,
as fibras tipo I ficaram inativas nesse momento. Homens, mulheres e crianças
possuem 45% a 55% de fibras de contração lenta nos músculos de membros
inferiores e superiores. Não há diferenças sexuais, porém a distribuição das
fibras varia de indivíduo para indivíduo.
RIGOR MORTIS, ARCO REFLEXO, MIASTENIA GRAVIS E
MEMBRO FANTASMA

RIGOR MORTIS : O Rigor mortis ou rigidez cadavérica é


um sinal reconhecível de morte que é causado por uma
mudança bioquímica nos músculos, causando um
endurecimento dos músculos do cadáver e impossibilidade
de mexê-los ou manipulá-los. Formam-se pontes
permanente de Actina e Miosina culminando na rigidez
dos músculos, este fenômeno decorre indisponibilidade de
ATP (energia) para realizar a interrupção da contração,
após este processo inicia-se o estado de putrefação.
Figura 5- ilustração do processo de rigidez cadavérica refletido na
permanente contração muscular.

Legenda: ângulos α, β, γ e δ demonstrando as diferenças na condição anatômica de relaxamento muscular em


função do fenômeno de rigor mortis.
ARCO REFLEXO
• O arco reflexo é a resposta imediata à excitação de um nervo,
sem a vontade ou consciência do animal, ou seja, é um
estímulo que não chega até o encéfalo, ele recebe resposta na
medula. Os neurônios motores periféricos situados na medula
espinhal reagem a diversos estímulos mesmo quando são
isolados do cérebro e para que esta reação ocorra é necessária
à formação de um arco reflexo. Portanto, o arco reflexo é
uma resposta a estímulos externos com respostas imediatas e
de contração involuntária.
Figura 6- Esquema representativo do arco reflexo da
contração muscular.
Doenças musculares
• As doenças musculares são àquelas onde há comprometimento
estrutural ou funcional primário do músculo, fato esse
também denominado de miopatia.
• Os sintomas mais comuns envolvem a fraqueza muscular e a
fatigabilidade. Podem ocorrer também dor, rigidez, espasmos ou
cãibras. Existem inúmeras causas para tais patologias. Todavia,
costuma-se dividi-las em dois tipos : As hereditárias e as adquiridas.
• As distrofias são miopatias hereditárias e, apesar da diferente
nomenclatura, também fazem parte desse grande grupo das aflições
musculares.
Tipos de doenças musculares
As miopatias hereditárias englobem:
Miopatias congênitas.
Distrofias Musculares.
Miotonias e canalopatias.
Miopatias metabólicas primárias.
Miopatias mitocondriais.
As miopatias adquiridas são representadas:

Miopatias inflamatórias.
 Miopatias tóxicas e induzidas por drogas.

Miopatias metabólicas secundárias e endócrinas.
Miopatias infecciosas.
A mialgia
• A mialgia é uma dor muscular que pode sinalizar lesões,
infeções, doenças ou outros problemas de saúde. Podendo
ser de curta duração ou crónica, há quem tenha em todo o
corpo, enquanto outras pessoas têm em áreas específicas.

Causas
• As causas mais comuns de dor muscular são:
• Lesões
• Uso excessivo do músculo
• Tensão
MIASTENIA GRAVIS (causa fraqueza muscular)

• Miastenia gravis (MG) é uma doença autoimune que afeta a


comunicação entre os nervos e os músculos, o que resulta
em fraqueza muscular. A condição importante da Miastenia
Gravis em nosso estudo é a dinâmica de sua patogênese. A
reação autoimune promove destruição dos receptores de
acetilcolina o que impede a contração muscular de
determinados músculos. Os músculos afetados com maior
frequência são os dos olhos, da face e da deglutição. A
fraqueza destes músculos pode causar visão dupla, pálpebras
descaídas, dificuldade em falar e dificuldade em caminhar. A
doença pode ser de início súbito.
Figura 7- Indivíduo apresentando sintomatologia clássica da Miastenia Gravis.
MEMBRO FANTASMA
A síndrome do membro fantasma é a percepção de sensações que
geralmente incluem dor em um membro amputado. Pacientes com
essa condição experimentam o membro como se ainda estivesse
ligado ao corpo, enquanto o cérebro continua recebendo
mensagens dos nervos que originalmente transportavam os
impulsos do membro ausente. Alguns estudos descrevem a
existência de um mapa neural que o cérebro tem do corpo, com
transmissão de informações ao restante do cérebro sobre a falta
de conhecimento do membro sobre sua existência.
O Membro Fantasma, é descrito como a sensação de possuir
membros ou órgãos ausentes, com incidência em pacientes no
período pósoperatório da amputação, em casos de lesão do plexo
braquial, tetraplegia, além de poder se manifestar em pessoas que
nasceram sem membros.
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
• INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR.
• O CORAÇÃO.
• CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E CIRCULAÇÃO PULMONAR.
• O CICLO CARDÍACO: POTENCIAL ELÉTRICO E
FREQUÊNCIA CARDÍACA.
• ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES: HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA.
INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA
CARDIOVASCULAR
A principal função do sistema circulatório é transportar
nutrientes, sais minerais, gases e metabólitos através da
circulação do sangue por todo o corpo. A circulação é realizada
através do bombeamento de sangue executado pelo coração,
um órgão protagonista deste sistema. Após o bombeamento,
inicia-se a distribuição do sangue que ocorre através dos vasos
sanguíneos como artérias, arteríolas, veias, capilares e vênulas
que compõem as vias de circulação. O coração é um órgão
complexo de funcionamento vital para todas as atividades do
organismo humano. Diante de mecanismos específicos o tecido
cardíaco promove contrações ritmadas, ao qual denominamos
ritmo ou frequência cardíaca.
O CORAÇÃO
• É o principal órgão do sistema cardiovascular.
• Localização: localizado na parte central da caixa
torácica, pouco inclinado para a esquerda.
• Constituíção: Constituído de uma câmara oca com
quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos.
• Forma: O órgão apresenta um formato de cone
invertido com o ápice voltado para baixo.
• Dimensão: Apresenta a dimensão aproximada de uma
mão fechada, em geral estima-se que possa ter massa
entre 250 a 300 g.
Papel das cavidades:
• As cavidades cardíacas possuem papel fundamental na
dinâmica de contrações cardíacas denominadas como Sístole e
no relaxamento do coração, denominado Diástole. Portanto, o
átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o átrio
esquerdo comunica-se com o ventrículo esquerdo.
• Entre os átrios e os ventrículos existem válvulas que regulam o
fluxo do sangue e impedem seu refluxo, ou seja, o retorno do
sangue dos ventrículos para os átrios. São as chamadas
válvulas atrioventricular direita e a válvula atrioventricular
esquerda. Por muito tempo, as válvulas atrioventriculares eram
denominadas tricúspide (direita) e bicúspide ou mitral
(esquerda).
Figura 1- Estrutura anatômica das cavidades cardíacas e vasos adjacentes.
Figura 9.1 Estrutura do coração e percurso do fluxo sanguíneo
através das câmaras e valvas cardíacas. O coração consiste em
várias camadas, incluindo endocárdio interno, miocárdio e
camadas mais externas do epicárdio e do pericárdio.
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E CIRCULAÇÃO PULMONAR
O sistema circulatório é dividido em 2 processos a
Circulação pulmonar ou pequena circulação e a
Circulação Sistêmica ou Grande circulação. A grande
circulação é responsável por transportar elementos
essenciais como glicose, oxigênio, hormônios para os
tecidos e todas as células. Já a circulação pulmonar tem
como principal função realizar a HEMATOSE (trocas
gasosas, captação de O2 e saída de CO2).
• A Circulação Sistêmica depende do bom funcionamento cardíaco, o coração é
uma bomba contrátil que propulsiona sangue arterial (rico em O2) para todas as
células e recebe sangue venoso (rico em CO2) através da rede venosa. O
mecanismo de funcionamento da circulação sistêmica inicia pela Sístole
(contração cardíaca) do Ventrículo esquerdo que bombeia sangue arterial para as
ARTÉRIAS, posteriormente ARTERÍOLAS e aos CAPILARES.

• Os capilares :Os são as estruturas que permitem dispensar às células o oxigênio e


receber das mesmas o gás carbônico, constituindo assim, o sangue venoso. Após
a troca de nutrientes e metabólitos agora o sangue venoso retorna pelas
VÊNULAS, VEIAS e chega ao coração através da Diástole Átrio Direito. É
importante ressaltar que em via de regra quando ocorre uma SISTOLE ATRIAL,
obrigatoriamente ocorre uma DIASTOLE VENTRICULAR, e vice-versa.
• A circulação pulmonar é responsável pelas trocas
gasosas e depende da relação entre coração e
pulmões. O mecanismo da circulação pulmonar inicia
pela Sístole do Ventrículo Direito que bombeia
sangue venoso para os pulmões, logo em seguida
ocorre a HEMATOSE e o retorno do sangue agora
arterial destina-se ao Átrio Esquerdo que encontra-se
em diástole. O sangue arterial após passagem do
átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo configura
como o fim da circulação pulmonar e estabelece o
início da grande circulação.
Figura 2- Esquema representativo da Circulação Sistêmica e Circulação pulmonar
O CICLO CARDÍACO: POTENCIAL ELÉTRICO E FREQUÊNCIA CARDÍACA
• O Ciclo cardíaco é caracterizado pelos eventos relacionados ao fluxo e pressão sanguínea
que ocorrem desde o início de um batimento cardíaco até o próximo batimento.
• A frequência cardíaca e o potencial elétrico que determina os batimentos cardíacos é em
dois períodos:
 o de relaxamento, chamado diástole, quando o coração se distende ao receber o sangue.
o de contração, denominado sístole, quando ele ejeta o sangue.
• O ciclo cardíaco é iniciado pela produção espontânea de um potencial de ação no Nodo
Sinoatrial (NSA), originado pelas células marcapasso.
• Os impulsos elétrico produzidos são difundidos inicialmente pelo miocárdio atrial e,
posteriormente, estimulam os ventrículos através do feixe atrioventricular, este por sua
vez, reduz a velocidade de condução dos impulsos o que provoca um atraso na
transmissão. O atraso na transmissão dos impulsos elétricos é fundamental para garantir
que os átrios possam contrair antes dos ventrículos, o que permite o caráter ritmado e
frequente da bomba cardíaca
POTENCIAL ELÉTRICO: SISTÓLE E DIÁSTOLE

• O processo de Sístole é proveniente de estímulo ou seja depende de


DESPOLARIZAÇAO, o processo de Diástole trata-se do
relaxamento muscular que pode ser caracterizado tanto pelo
Potencial de repouso (quando ainda não recebeu o estímulo) quanto
a REPOLARIZAÇÃO (cessar do estímulo).
POTENCIAL ELÉTRICO: ELETROCARDIOGRAMA

• O eletrocardiograma, ou ECG, é um exame feito para avaliar a


atividade elétrica do coração, observando, assim, o ritmo, a
quantidade e a velocidade dos batimentos. As atividades elétricas
do coração são demonstradas no ECG através de 6 ondas: P, Q, R,
S, T, U, a variação do perfil destas ondas pode indicar o surgimento
de alguma patologia. Por isso, o ECG é considerado padrão ouro
para o diagnóstico não invasivo das arritmias (alterações na
frequência cardíaca) e distúrbios de condução (anormalidades no
trajeto dos impulsos elétricos), além de ser muito importante nos
quadros de isquemia (redução do fluxo sanguíneo que irriga o
miocárdio, prejudicando a nutrição e oxigenação das células).
O traçado do eletrocardiograma é
composto basicamente por 5 elementos:
•1º Onda P,
•2º Intervalo PR,
•3º Complexo QRS,
•4º Segmento ST e
•5º Onda T.
A saber:
• A onda P é o traçado que corresponde à despolarização dos
átrios (contração dos átrios).
• As ondas QRS representam a despolarização ventricular,
que ocorre em 3 fases: despolarização septal (onda Q),
despolarização das paredes ventriculares (onda R) e
despolarização das regiões atrioventriculares (onda S).
• A onda T representa a repolarização ventricular.
• Figura 3-Imagem ilustrativa das ondas de potencial elétrico do ECG
ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES: HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA
• O sistema cardiovascular pode sofrer variações de acordo com determinados
estímulos e caso haja intercorrências que alterem a homeostase isso pode gerar
processos patológicos.
• Além das cardiopatias, uma das patologias mais importantes que influenciam o
sistema cardiovascular é a HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS).
• A HAS é uma doença crônica, multifatorial que acomete cerca de 40% da
população idosa e pode gerar diversas complicações. Estabelece-se que os
valores normais de pressão são 120 (PS) x 80 (PD) mmHg-dl de sangue. Valores
pressóricos iguais ou acima de 140 x 90 mmHg-dl considera-se o indivíduo
hipertenso.
• Fatores como alto consumo de sódio, estresse, consumo de álcool, tabagismo,
obesidade, sedentarismo, idade, diabetes e etc, são contribuintes para o
desenvolvimento de Hipertensão.
Figura 4-Tabela de valores de referência a avaliação
pressórica.
A HAS por se tratar de uma doença multifatorial é influenciada por
3 mecanismos básicos: CARDÍACO, VASCULAR E RENAL. Algumas
cardiopatias como TAQUICARDIA e ARRITIMAS são fatores que
alteram a frequência cardíaca, alterando assim o débito cardíaco e
consequentemente a pressão arterial (P.A). Os processo de
vasoconstrição e o aumento da resistência vascular periférica
também contribuem para o aumento da P.A. O aumento da
resistência vascular periférica pode ser regulado pelas pressões
hidrostática (P.H) (influenciada pela volemia), e Pressões Oncótica
(P.O.) e Intersticial (P.I.) (pressão da parede dos vasos), portanto,
quando a pressão hidrostática é maior que a soma de pressão
oncótica e intersticial (PH>PO+PI) os valores pressóricos
aumentam.
Figura 5-Imagem ilustrativa das forças de pressão exercida nos vasos.
O sistema renina-angiotensina-aldosterona regula
funções essenciais do organismo, como a
manutenção da pressão arterial, balanço hídrico e
de sódio. O principal objetivo deste mecanismo é
responder a uma possível instabilidade
hemodinâmica e evitar a redução na perfusão
tecidual sistêmica.
O sistema renal também apresenta fatores
importantes para a regulação da P.A. O sistema
RENINA-ANGIOTENSINA é um sistema
hipertensor, onde a RENINA participa da conversão
de Angiotensinogênio e outros eventos
consequentes estimulam o aumento da produção de
ALDOSTERONA (ADH) um hormônio anti-
diurético, que por sua vez, inibe a Diurese,
aumentando e volemia e por consequência a P.A.
FISIOLOGIA RENAL
• ANATOMIA E FISIOLOGIA RENAL.

• FUNÇÕES DO SISTEMA RENAL.

• URINA.

• ETAPAS DA EXCREÇÃO RENAL.

• SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA.

• CONTROLE DE pH SANGUÍNEO,

• CLEARENCE RENAL
INTRODUÇÃO À ANATOMIA E FISIOLOGIA RENAL
• O sistema renal tem como função filtrar o sangue que
chega bombeado pelo coração, regulando o volume
intravascular.
• Constituição: A estrutura renal é constituída de dois
rins, dois ureteres, bexiga e uretra.
• Trajetória: O sangue chega ao rim pela artéria renal e
no interior de cada rim, essa artéria se ramifica em
numerosas arteríolas aferentes presentes na região do
córtex. Os rins recebem 20 a 25% do débito cardíaco
total, significando que todo o sangue do organismo
circula através dos rins aproximadamente 12 vezes por
hora.
Origem da artéria renal: Origina-se da aorta abdominal,
que se divide em vasos cada vez menores, formando as
arteríolas aferentes ramificando-se em glomérulo. O
glomérulo renal recebe o plasma sanguíneo.
• Uma fração do plasma continua no sangue e sai pela
arteríola eferente e outra parte é filtrada no glomérulo,
levando à produção da urina.
• A depuração renal é um fenômeno em que a fração filtrada
do plasma é transformada em filtrado glomerular e depois
em urina.
Figura 1-Imagem ilustrativa das estruturas do Sistema Renal.
FUNÇÕES DO SISTEMA RENAL

A Fisiologia renal é o estudo da fisiologia dos rins. A


unidade funcional do rim é o néfron. O sangue da
arteríola aferente entra no glomérulo, onde parte é
filtrado e parte sai do glomérulo pela arteríola eferente.
O ultrafiltrado glomerular passa pelos túbulos do
néfron, onde ocorre seu processamento através de
reabsorção e secreção. O produto do ultrafiltrado
sanguíneo é o que conhecemos como URINA, um
composto concentrado em metabólitos e água,
O sistema renal tem como principais funções:

• 1) A eliminação de metabólitos como: Ureia,


Creatinina, ácido úrico, toxinas e fármacos;

• 2) O controle hídrico através da diurese (controle


da volemia), e controle intra e extracelular;

• 3) No processo de regulação através da produção


de hormônios e no controle ácidobásico do sangue.
URINA
• Em condições normais a Urina apresenta as seguintes
substâncias: água como maior componente (95%), ácido úrico,
bicarbonato, creatinina, íons de potássio, íons de sódio, íons de
cloro e uréia (sendo o maior componente presente na urina).

• A condição homeostásica da formação de urina prevê altas


concentrações de uréia e creatinina e baixas concentrações no
sangue.
O aspecto da urinário é de suma importância para uma precisa avaliação
da função renal. Pode-se destacar os seguintes aspectos apresentados e
os diversos enquadramentos clínicos associados:
- Urina bem clara: pode indicar excesso de água. A ingestão
exagerada de líquidos pode sobrecarregar os rins e provocar a
perda de sais.

- Amarelo claro: essa é a cor ideal.

- Amarelo escuro: pode ser considerado normal, mas é um sinal


de que é necessário beber mais água.

- Âmbar ou mel: esse é um sinal de desidratação.


- Laranja: pode ser falta de água ou reflexo de pigmentos da comida. Se a
cor persistir, pode ser que haja algum problema na vesícula ou no fígado.

- Espuma ou efervescente: com frequência, pode indicar o excesso de


proteína ou a existência de algum problema renal.

- Rosa ou avermelhada: se for persistente, pode ser um sinal de problemas


no fígado, rim, próstata, infecção ou até mesmo um tumor.

- Acastanhada: indica desidratação grave ou problemas no fígado.

- Azulada ou esverdeada: pode ser provocada por pigmentos na comida,


uso de medicamentos ou ainda uma infecção bacteriana.
Figura 2-Composição urinária em condições fisiológicas.
• A Creatinina e ureia são duas substâncias presentes
na corrente sanguínea, que podem ser dosadas
através de exames de sangue quando se pretende
fazer uma avaliação da função dos rins. Quando os
rins do paciente começam a funcionar de forma
inadequada e a sua capacidade de filtrar o sangue
fica afetada, as concentrações de ureia e creatinina
no sangue tendem a ser elevar. Quanto mais alta for
a creatinina sanguínea, mais grave é a insuficiência
renal.
•Uma forma interessante de verificarmos o
bom funcionamento renal é através da
concentrações de uréia e creatinina no
sangue e na urina. O bom funcionamento
renal, prevê altas concentrações de uréia e
cretinina na urina e baixas concentrações
da mesma no sangue.
ETAPAS DA EXCREÇÃO RENAL
• A formação do volume urinário é dependente de um
conjunto de processos que resultam no produto
denominado urina. Este produto é resultante da relação
entre as taxas com que as diferentes substâncias são
excretadas.
• Pode-se determinar a taxa de excreção urinária através da
relação matemática: TE= TF – TR+TS.
* TE (taxa de excreção urinária); TF (taxa de filtração);
TR (taxa de reabsorção); TS (taxa de secreção).
Figura 3-Ilustração das etapas de excreção urinária.
FILTRAÇÃO

• A filtração renal é a primeira etapa, que ocorre quando o sangue passa pelo rim,
mais especificamente no glomérulo. A diferença de pressão, faz com que as
substâncias saiam dos vasos do glomérulo e passem para a cápsula de Bowman,
formando o filtrado glomerular.
• Esse processo não é seletivo, passando todas as moléculas e substâncias
pequenas e ficando retidas as macromoléculas.
• A formação da urina: Começa quando uma grande quantidade de
líquido praticamente sem proteínas é filtrado dos capilares
glomerulares para o interior da capsula de Bowman. Portanto,
praticamente a totalidade de substâncias presentes no plasma, exceto
as proteínas são livremente filtradas, de forma que a concentração
dessas substâncias no filtrado glomerular da cápsula de Bowman é a
mesma do plasma.
•Conforme o líquido filtrado sai da
cápsula de Bowman e flui nos túbulos,
ele é modificado pela reabsorção de
água e solutos específicos de volta para
os capilares peritubulares ou pela
secreção de outras substâncias dos
capilares peritubulares para os túbulos.
REABSORÇÃO E SECREÇÃO

• O papel da reabsorção é de recuperar as moléculas


que foram filtradas, mas são essenciais ao
organismo e devem retornar para a circulação.
Esse processo acontece, principalmente, no túbulo
proximal do néfron. São exemplos dessas
moléculas: aminoácidos, glicose, ureia, sódio e
água. Uma situação importante se refere à
reabsorção da Glicose.
• Quando a glicose começa a aparecer na urina significa que o
limiar de reabsorção foi atingido, que no caso da glicemia é de
160-180 mg/dL.

• Do mesmo modo que existem moléculas que devem retornar à


circulação, existem as que precisam ser eliminadas, mas não
são filtradas. O papel da secreção é remover essas moléculas.
A remoção de íons hidrogênio, potássio e amônia estão entre
os processos de secreção mais importantes.
• Medicamentos e macromoléculas também são secretados.
EXCREÇÃO
• Depois desses três processos, citados anteriormente, a
urina está formada e pronta para ser eliminada, sendo
primeiramente armazenada na bexiga. A excreção
ocorre quando a urina é eliminada do corpo, através da
micção. A ingestão regular de líquidos é de suma
importância para a manutenção da função renal. O
consumo de água estimula a função renal, favorece as
diureses e contribui para a diluição das frações sólidas
presentes na urina.
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA
O sistema renina-angiotensina, também
identificado como sistema
reninaangiotensina-aldosterona, é um
conjunto de peptídeos, enzimas e receptores
envolvidos em especial no controle do volume
de líquido extracelular e na pressão arterial.
• O processo é composto por renina, angiotensinogênio, angiotensina
I, angiotensina II, angiotensina III, enzima conversora de
angiotensina (ECA), angiotensinases e aldosterona.
• A renina é liberada pelos rins, enquanto que a enzima conversora
de angiotensina (ECA) é encontrada no endotélio vascular em
vários órgãos.
• Uma vez ativada a cascata, surgem a angiotensina I (AI) e a
angiotensina II (AII), que circulam pelo sangue e se ligam em
receptores específicos ATI e ATII, regulando funções em órgãos
alvos e principalmente pela inibição da diurese com atuação da
aldosterona.
Através desse sistema o organismos pode
promover retenção hídrica, aumento da volemia
e aumento da pressão arterial. Em alguns casos,
como perda excessiva de sangue, choque
hipovolêmico e queda súbita de pressão arterial
podem ser revertidos com a intervenção do
Sistema Renina-Angiotensina.
Figura 4-Imagem ilustrativa do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona.
CONTROLE DE pH SANGUÍNEO

• O controle do pH sanguíneo é regulado por diversos fatores


como a função respiratória e também pela função renal.
• O pH sanguíneo tende a neutralidade é normalmente
encontra-se aproximadamente em 6,5 porém, algumas
situações podem alterar o pH sanguíneo para quadros de
Alcalose (pH básico) e Acidose (pH ácido) sanguínea.
• No intuito de regular o pH do sangue em estado de Alcalose,
o rins excretam HCO3 (bicarbonato) e retém H+ hidrogênio,
em condições de Acidose, o processo é inverso ocorrendo
eliminação de H+ e retenção de HCO3.
CLEARANCE RENAL
O clearance é o volume de plasma a partir do qual uma
determinada substância pode ser totalmente depurada
(eliminada) na urina em uma determinada unidade de tempo.
Esse processo depende da concentração sérica, da taxa de
filtração glomerular e do fluxo plasmático renal. O clearence
renal, juntamente com as concentrações de uréia e creatinina
são marcadores importantes para avaliar a função renal e
indicar possíveis patologias como Insuficiência renal aguda
(IRA) e Insuficiência renal crônica (IRC).
Fim do Capitulo 4
• Próximos capítulos:
FISIOLOGIA ENDÓCRINA.
 FISIOLOGIA MASTIGATÓRIA.
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA.
Referência bibliográfica
Manual de Anatomia e Fisiologia - SISTEMA MUSCULAR
•Livro guyton and hall textbook of medical physiology-fourteenth - esta edição de guyton and hall textbook of medical
physiology, 14ª edição, de john e. - capítulo 6 contração do músculo esquelético, pp. 370-405
•LIVRO DE FISIOLOGIA HUMANA - Daniel de Azevedo Teixeira. Teófilo Otoni – 2021. pp.21-29.

SITES DA INTERNET
• https://sanarmed.com/fisiologia-muscular/
• https://www.foa.unesp.br/#!/ensino/departamentos/dcb/histologia/atlas-de-histologia-geral/tecido-muscular/
• https://www.rafaeloliveiraneuro.com/doencas-musculares

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