Aula Cimento de Ionomero de Vidro

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FOM

Prof: Sérgio Abel de Souza Lemos


CIMENTO DE
IONÔMERO
DE VIDRO E
CIMENTO DE
IONÔMERO DE VIDRO
MODIFICADO POR
INTRODUÇÃO
Foram descritos inicialmente por Wilson e Kent, em 1971, no qual o
cimento da época utilizado era o cimento de policarboxilato de zinco
disponíveis nos anos 1960, que foi desenvolvido a partir dos
cimentos de fosfato de zinco, onde foi substituído o ácido fosfórico
pelo ácido poliacrílico.
INTRODUÇÃO

São materiais restauradores constituídos de um pó e


um líquido que, quando misturados, produzem uma
massa plástica que subsequentemente toma presa,
formando um sólido rígido.

As duas principais características dos ionômero de


vidro, que fez de seu uso um material aceito, é:
 sua capacidade de aderir ao esmalte e à dentina e;
 a sua capacidade de liberar flúor a partir do vidro presente no
cimento.
INTRODUÇÃO

Os cimentos de ionômero de Vidro (CIV) foram


usados principalmente para restauração de lesões de
abrasão/erosão e como agente cimentante de coroas e
pontes.

Com a introdução de variedades de novas


formulações, atualmente sua aplicação clínica foi
ampliada e inclui a restauração de lesões proximais e
oclusais e dentes decíduos, bases e forros cavitários e
material de preenchimento de núcleo.
INTRODUÇÃO

Uma recente inovação foi a modificação do cimento de ionômero de


vidro pela incorporação de resina, permitindo o material tomar presa
por foto-ativação.

Esses novos materiais são conhecidos como Cimento de Ionômero de


Vidro modificado por Resina (CIV MRs)
Composição

Vidro Poliácido
Responsável pela
liberação do flúor, Responsável
características de pela viscosidade
presa e solubilidade. do material

Água Ácido
Tatárico
Inicia como um meio
de reação e hidrata a Influencia no tempo
matriz aumentado a de trabalho e de presa
resistência do material do material
REAÇÃO DE PRESA
Envolve três etapas:
Dissolução;
Gelação;
Endurecimento.
Dissolução

 Quando da solução comercial adequada ou


água é misturada com o pó, o ácido penetra na
solução e reage com a camada mais externa do
vidro;
 Essa camada perde os íons de alumínio, cálcio,
sódio e flúor, de forma que só permanece um
gel de sílica.

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Gelação
 É a chamada presa inicial. Essa fase deve-se à ação
rápida dos íons de cálcio que, reage com os grupos
carboxila do ácido.

 Se a restauração não for protegida nessa fase pode


perder água para o meio tornando-se fraca. Ou
absorver umidade do meio podendo estar
contaminada por sangue ou saliva, manchando a
restauração.

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Endurecimento

 Ocorre após a fase de gelação, que pode durar


até 7 dias.
 São necessários aproximadamente 30 minutos
para que a quantidade de íons de alumínio se
torne significante. São eles os responsáveis
pela resistência final do cimento.

Sérgio Abel
Propriedades

 Característica de manipulação;
 Adesão;
 Estética;
 Solubilidade;
 Liberação de Flúor.

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Característica de manipulação

 Os CIVs são previamente inclinados a ter tempos de


trabalho e de presa prolongados. Porém, com a
incorporação do ácido tatárico responsável por
equilibrar o tempo de trabalho e de presa, hoje em dia
esses tempos são bem mais definidos.

Material Mistura Trabalho Presa Acabamento


CIV 20s 75s 2min 7min

Sérgio Abel
Adesão
 Um dos aspectos mais atraentes do CIV é ser um
material restaurador de inserção em um único
incremento, e que é capaz de aderir diretamente à
dentina e ao esmalte.

 A adesão criada é suficientemente forte, tanto que


quando um CIV se desloca, a fratura é no interior e
não ao longo da interface.

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Adesão

 Por isso, a principal limitação da força adesiva do


CIV é a sua baixa resistência a tração;

 Para haver uma boa adesão a dentina, a superfície


deve ser tratada primeiro com um condicionador. O
melhor condicionador parece ser o ácido poliacrílico.

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Estética
 Na atualidade é o fator de maior importância para os pacientes
que desejam restaurações que se tornem imperceptíveis.
 No CIV a cor é produzida pelo vidro que pode ser controlada
pela adição de pigmentos, tais como o óxido férrico ou o preto
carbono.
 Antigamente a cor dos CIVs era mais adequada a dentina do
que ao esmalte. Essa falta de translucência deixou o CIV
sempre atrás da resina.

Sérgio Abel
Estética

 Mesmo que a combinação inicial da cor e da


translucência entre o esmalte e o CIV seja importante,
também é importante que essa boa combinação seja
mantida no ambiente hostil que é a cavidade oral.
 A perda da qualidade estética da restauração pode
surgir pelo manchamento que, se for excessivo,
poderá ser considerado uma falha clínica e necessitar
de substituição.

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Solubilidade
 Devido a alta solubilidade, os silicatos odontológicos
tinham a reputação de perda do material na boca;

 Isso era atribuído a dosagem e à manipulação


incorreta, mas é uma característica inerente de todos
os cimentos odontológicos e, como tal os CIVs não
são exceções.

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Liberação de Flúor

 A liberação de flúor favorece a resistência à cárie do


esmalte adjacente a restauração.

 É um dilema fazer escolha entre um CIV e um


compósito, com o primeiro sendo definitivamente
mais fraco, mas promovendo alguma proteção dos
tecidos circundantes e o segundo que é mais estável e
mais forte, mas não fornece a tal proteção.

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Cimentos de Ionômero de Vidro
modificado por Resina
 Algumas da desvantagens do CIV são:

• Tempo de trabalho curto e de presa longo;


• Baixa resistência;
• Trincamento e ressecamento;
• Resistência deficiente ao ataque ácido.

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 Com a introdução da resina no dia a dia do consultório, os
profissionais começaram questionar as vantagens de usar
o CIV, pois consideravam que estes estavam longe do
ideal.
 Porém a propriedade de liberação de flúor e propriedade
adesiva, sempre foram uma grande vantagem do CIV,
logo eles continuavam ser amplamente usados.
 Foi então que os fabricantes decidiram adicionar ao CIV,
uma resina que se polimerizaria sob a ação de uma
unidade de luz azul = CIV modificado por resina.

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Composição

 Material apresentado na forma de pó e liquido sendo o pó


constituído de vidro radiopaco de flúor-alumínio-silicato, e,
um liquido fotoativo mantido em um frasco escuro (para
proteger da luz ambiente).

• Obs: a composição do liquido varia de produto para


produto, mas em geral é uma solução aquosa de monômero
hidrofílico.

 A escolha da resina é limitada pelo fato do CIV ser uma


material a base de água e por isso a resina necessita ser solúvel
em água.

Sérgio Abel
Reação de Presa

 É essencialmente a mesma dos CIV e é iniciada quando o


pó e o líquido são misturados.
 O CIV MRs difere dos demais CIV no fato de que essa
reação é muito mais lenta, promovendo um tempo de
trabalho mais prolongado;
 A presa rápida é fornecida pelo mecanismo de
fotoativação para que ocorra a polimerização (30s de
exposição a luz).

Sérgio Abel
Reação de Presa

 Nota de advertência:

 Podem ser herdados alguns problemas associados com os


compósitos fotoativados, tais como a profundidade de
polimerização, que requer inserção incremental, e a contração
de polimerização, que pode comprometer a adesão ao dente.

Sérgio Abel
Reação de Presa

 Alguns CIV MRs apresentam polimerização por


reação de REDOX, promovido por um ativador e um
iniciador.
 Isso possui a vantagem de que se a luz da unidade
fotopolimerizadora não for capaz de penetrar toda a
profundidade da restauração, a reação redox
assegurará a profundidade total de polimerização.
 Com isso não há necessidade da inserção incremental
do CIV MRs

Sérgio Abel
Propriedades

 A adição química da resina aos CIVs melhorou de


forma significativa muitas das propriedades.
 As vantagem dos CIVs tais como a capacidade de
aderir a dentina e a liberação de flúor, foram
combinadas com o tempo prolongado de trabalho e
uma presa rápida.
 A restauração pode ser imediatamente polida.

Sérgio Abel
Resumo Comparativo

Propriedades CIV CIV MRs


Tempo de trabalho 2 mim 3min e 45s
Tempo de presa 4min 20s
Resistência compressiva 202 MPa 242 MPa
Resistência a tração 16 MPa 37 MPa
Resistência ao 4,6 MPa 11,3 MPa
cisalhamento ao esmalte
Resistência ao 4,3 MPa 8,2 MPa
cisalhamento a dentina

Vidrion Ketac e Vitro molar

Sérgio Abel

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