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Sessão clínica de pediatria

O RIEN TADO RA : AN A PAULA FRIZZO


Grupo G1
Álvaro Ribeiro Rabello
Aloizo Ferreira Gonçalves Neto
Ana Beatriz Fernandes Aguiar
Caso clínico :
 ID : GOM, sexo masculino, 7 anos, estudante, residente de
 HDA : Mãe relata que o paciente sofreu trauma em perna esquerda no dia
21/01/2024 e novamente no dia 22/01/2024 sofreu mais dois impactos no
mesmo local, após isso iniciou quadro de dor, claudicação, edema e eritema local.
O que fez com que ela procurasse o serviço de ortopedia em sua cidade (Laje do
Muriaé), onde foi prescrito cefalexina. Após iniciar quadro de febre, mãe procura
a UPA de Itaperuna RJ. E após a realização de exames laboratoriais é admitido no
HSJA no dia 28/01/2024.
 HPP: Nega internações prévias, nega alergias, nega comorbidades.
 História social : Estudante, boa alimentação, sono regular, prática atividade
física.
Exame físico
 Nível de consciência: Criança acordada, ativa e reativa ao manuseio, interagindo com o examinador.
Sem sinais de irritação meníngea.
 Pupilas: pupilas isocóricas e fotorreagentes.
 Ectoscopia: Hidratado, normocorado, acianótico, anictérico, presença de linfonodo cervical a direita e
inguinal bilateralmente.
 ACV: RCR em 2 tempos, BNF sem sopros.
 AR: MVUA sem RA, eupneico em ar ambiente.
 ABD: Plano, flácido, depressível, indolor a palpação superficial e profunda, sem visceromegalias ou
massas palpáveis.
 MID: Sem edemas, sem sinais clínicos de TVP, pulso presente e amplo.
 MIE: Presença de edema, eritema e calor em coxa, sem sinais clínicos de TVP, pulso presente e amplo.
 Circunferência coxa esquerda:
30/01/2024 - 12h: 38cm ; 00h: 37cm
31/01/2024 - 12h: 35cm ; 00h 35cm
03/02/2024 – 35 cm
05/02/2024 – 34 cm
USG:

 29/01/2024 - USG de partes moles da coxa esquerda: Demonstrou coleção de conteúdo espesso
e heterogêneo, medindo aproximadamente 4,2 x 2,2 cm, com distância de 1,5 cm da pele, entre
os planos musculares no vasto medial.
 01/02/2024 - USG de partes moles da coxa esquerda: Demonstrou coleção de conteúdo espesso
e heterogêneo, medindo aproximadamente 4,2 x 2,2 cm, com distância de 1,5 cm da pele, entre
os planos musculares no vasto medial.
 05/02/2024 - USG de partes moles da coxa esquerda: Área diminuída de liquefação com
aproximadamente 2 cm de diâmetro.
Hipóteses diagnosticas:

Fratura de fêmur

Celulite

Contusão

Estiramento
Fisiopatologia

 As lesões musculares podem ser ocasionadas por contusões, estiramentos ou lacerações.


 A cicatrização do músculo esquelético segue uma ordem constante, sem alterações
importantes conforme a causa (contusão, estiramento ou laceração).Três fases foram
identificadas neste processo: destruição, reparo e remodelação
 Fase 1: Destruição - caracterizada pela ruptura e posterior necrose das miofibrilas, pela
formação do hematoma no espaço formado entre o músculo roto e pela proliferação de
células inflamatórias.
 Fase 2: Reparo e remodelação - consiste na fagocitose do tecido necrótico, na regeneração
das miofibrilas e na produção concomitante do tecido cicatricial conectivo, assim como a
neoformação vascular e crescimento neural.
 Fase 3: Remodelação - período de maturação das miofibrilas regeneradas, de contração e de
reorganização do tecido cicatricial e da recuperação da capacidade funcional
 O hematoma pode vir a infeccionar e isto forma o abscesso.
Classificação

 Grau I: Representam uma lesão de apenas algumas fibras musculares com pequeno edema e
desconforto, acompanhadas de nenhuma ou mínima perda de força e restrição de movimentos.

 Grau II: Provocam um dano maior ao músculo com evidente perda de função .É possível palpar-se
um pequeno defeito muscular, ou gap, no sítio da lesão, e ocorre a formação de um discreto
hematoma local .

 Grau III: Estende-se por toda a sessão transversa do músculo e resultando em virtualmente
completa perda de função muscular e dor intensa .A falha na estrutura muscular é evidente, e a
equimose costuma ser extensa, situando-se muitas vezes distante ao local da ruptura.
Explicando as possíveis complicações :

 Abscessos são coleções de pus em espaços teciduais confinados, geralmente causados por
infecção bacteriana. Os sintomas incluem dor local, sensibilidade, calor e edema (se próximos
da pele) ou sintomas constitucionais (se profundos). - tratamento se da por: drenagem e
antibióticoterapia.
 A síndrome compartimental consiste na pressão aumentada do tecido dentro de um
compartimento fascial apertado, o que resulta em isquemia do tecido. O primeiro sintoma
consiste em dor exagerada, proporcional ao grau da lesão. - tratamento se da através da:
fasciotomia.
Conduta :

Antibióticoterapia : ceftriaxone + oxacilina com início em 27/01/2024.

Drenagem cirúrgica do hematoma.

Avalição diária da série branca e do membro lesionado, verificação de


sinais inflamatórios e pulsos.
Parecer da ortopedia:
31/01/2024 : Paciente trazido ao centro cirúrgico para drenagem de
hematoma em região de vasto lateral da coxa esquerda, contudo ao
adentrar no CC, foi verificado redução significativa do edema, melhor
mobilidade e praticamente sem queixas álgicas. Realizada nova
avaliação no CC com USG, que evidenciou impactante redução do
volume do hematoma, sendo desnecessária a abordagem cirúrgica e
indicado tratamento conservador e medicamentoso.
Desfecho do quadro

Paciente segue em melhora, esperando o fim da a antibióticoterapia,


segue em observação. Não houve necessidade da intervenção cirúrgica
pois o edema regrediu espontaneamente com o auxílio dos antibióticos.
Alta está prevista para domingo, onde completará 14 dias do ATB.
Referências :

BARROSO, Guilherme Campos; THIELE, Edilson Schwansee. Lesão


muscular nos atletas. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 46, p.
354-358, 2011

LOPES, Arnaldo Santhiago et al. Diagnóstico e tratamento das


contusões musculares. Rev bras ortop, v. 29, n. 10, p. 714-22, 1994.

BURMANN, Ricardo Carli; SILVA, Renata Helena José; MARTINS,


Luis Felipe Menezes. Lesão muscular: fisiopatologia, classificação e
tratamento. Acta méd.(Porto Alegre), p. 481-496, 2006.

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