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UFCD 7850

Gestão de Stocks

25 Horas
Pontos Abordados
• Noções
• Tipos
• Controlo de stocks
• Base de dados dos fornecedores
• A encomenda articulada com a gestão de stocks
• Stocks de segurança
• Custos de stocks

2
Ponto 1
• Noções
• Objectivo
• Funções
• Vantagens e Desvantagens na constituição do Stock
• Evolução dos Stocks

3
Noções
Stocks
Consiste em todos bens e materiais que são
armazenados por uma determinada organização
para serem consumidos/utilizados no futuro.

4
Noções
Gestão de stocks
Conjunto de operações que permite, após conhecer a
evolução dos stocks, que se verificou na empresa,
formular previsões destes e tomar decisões de quanto e
quando encomendar na finalidade de conseguir a
melhor qualidade de serviço ao mínimo de custo.

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Objetivo
• O objectivo da gestão de stocks envolve a
determinação de três decisões principais:
 O que comprar?
 Quanto comprar?
 Quando comprar?

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Funções
Exemplo do abastecimento de agua:
quando
Gestor decide encomendar
quanto

Utilizador
Fornecedor
Consome de
quando decidido acordo com suas
entrega pelo gestor necessidades
quanto

7
Funções
• Os consumos só excecionalmente são regulares, por isso o
gestor é obrigado a estudar, em função do consumo, qual
o nível ou stock de água mais conveniente que deve
manter no reservatório, ou seja, que quantidade de água
deve mandar fornecer e em que períodos de tempo de
modo há que não haja desperdício, nem de menos, o que
ocasionaria faltas de água.

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Vantagens na constituição de stocks
Fatores mais relevantes que levam as organizações a constituir
stock:
• Para assegurar o consumo regular de um produto em caso de a sua
produção ser irregular;
• Geralmente, na compra de grandes quantidades beneficia-se de uma
redução do preço unitário;
• Não sendo prático o transporte de produtos em pequenas quantidades,
opta-se por encher os veículos de transporte no intuito de economizar nos
custos de transporte, o que se traduz numa constituição de stock;

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Vantagens na constituição de stocks
• A existência de stock pode-se justificar apenas pela legítima
preocupação em fazer face às variações de consumo;
• Para prevenção contra atrasos nas entregas, provocados por avarias
durante a produção, greves laborais, problemas no transporte, etc;
• Armazenamento de produtos, se a produção for superior ao
consumo, em alturas de crise poderá contribuir para evitar tensões
sociais;
• Beneficia-se da existência de stock, quando este evita o incómodo de
se fazer entregas ou compras demasiado frequentes.

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Desvantagens na constituição de
stocks
Principais inconvenientes na constituição de stocks:
• Certos produtos não possuem condições de serem mantidos em
stock ou poderão ser mantidos em períodos muito curtos;
• O custo de posse traduz-se no facto de existir material não vendido
que vai acabar por imobilizar capital sem acrescentar valor;
• A rutura apresenta-se como um enorme inconveniente, visto que a
ocorrência desta irá provocar vendas perdidas e em casos extremos
poderá levar à perda de clientes.

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Ponto 2
• Tipos de stocks
• Classificação de stocks

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Tipos de stocks
Stock normal: agrupa todos os artigos consumidos de
modo mais ou menos regular. Este divide-se em stocks
ativos e stocks de reserva.
• Stock ativo: artigo que no armazém ocupam o espaço dos
equipamentos de arrumação (estantes, caixas, etc.)de onde são
retirados para satisfação imediata das necessidades correntes dos
utilizadores.
• Stock de reserva: constitui as existências do stock normal que não
tem no local destinado ao stock ativo.

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Tipos de stocks
Stock de segurança (ou de proteção): parte do stock global
destinado a tentar prevenir ruturas de material, provenientes
de:
•Eventuais excessos de consumo em relação aos previstos;
•Aumentos de prazo de entrega em relação aos que tinham
sido acordados;
• Rejeições de material na sua receção;
• Falta de material por deterioração, roubos, etc.

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Tipos de stocks
• Stock afetado: parte do stock global que se encontra
destinado a fins específicos.
Quando um artigo, embora constitua consumo de
vários serviços, é fundamental para o consumo de um
deles e está a escassear, por vezes reserva-se parte do
seu quantitativo retirando-a do stock normal onde
fisicamente se encontra.

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Classificação de stocks
No que se refere à sua posição em relação ao processo produtivo, os stocks podem
classificar-se:
1. Produtos de comercialização – produtos adquiridos aos fornecedores destinados à venda.

2. Produtos de consumo – produtos adquiridos aos fornecedores para consumo interno da


organização.

3. Matérias-primas ou componentes – artigos que se incorporam no produto final.

4. Materiais auxiliares – materiais que se destinam à fabricação mas que não se incorporam na
produção.

5. Materiais de conservação, peças e acessórios.

6. Ferramentas.

7. Embalagens.

8. Produtos finais (produtos acabados).

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Classificação de stocks
Baseado na sua utilidade, os stocks podem ainda ser colocados numa destas categorias:

• Stock em lotes - constitui o stock adquirido no sentido de antecipar as exigências, nesse


sentido, é feita uma encomenda em lotes numa quantidade maior do que o necessário;

• Stock de segurança - é o stock destinado a fazer face a incertezas tanto do ponto de vista
do fornecimento como das vendas;

• Stock sazonal - trata-se do stock constituído para afrontar picos de procura sazonais, ou
rupturas na capacidade produtiva.

• Stock em trânsito - são artigos armazenados com vista a entrarem no processo


produtivo;

• Stock de desacoplamento - trata-se do stock acumulado entre actividade da produção


ou em fases dependentes.
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Classificação de stocks
Exemplos de utilização de Outras “Classificações”
• Numa empresa Comercial, haverá, essencialmente, stocks de
produtos finais, materiais de consumo e, eventualmente, peças de
reserva.
• Numa empresa de investimentos financeiros ou num banco haverá,
certamente, stocks de títulos e de moeda.
• Num estabelecimento hospitalar os stocks de medicamentos
poderão ser classificados de acordo com os diferentes usos
previstos.

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Ponto 3
• Entidades intervenientes
• Controlo de stock
• Tipos de movimentos mais correntemente
utilizados
• Analise ABC

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Entidades intervenientes
O Controlo Operacional do Armazém
Para que os produtos possam fluir eficientemente através do
armazém, tem de existir informação que ajude a dirigir as
actividades do próprio armazém e a medir a eficiência da
utilização dos seus recursos.
O processo de informação inclui: o desenvolvimento do orçamento
anual, a preparação de mapas mensais ou trimestrais dos
recursos, a programação diária e semanal das actividades do
armazém e relatórios sobre as operações e as actividades a
decorrer no armazém.

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Entidades intervenientes
Para uniformizar e simplificar a descrição do sistema de
informação de gestão de stocks cito as entidades intervenientes
num processo de aquisição de um bem, de um modo único e
genérico, se bem que na realidade os nomes possam variar
consoante a nomenclatura usada em cada organismo.
• Serviço – Entidade pertencente a um Organismo e que consome
bens.
• Fornecedor – Entidade designada para fornecer, ou já
fornecedora, de um bem.

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Entidades intervenientes
• Firma – Entidade passível de consulta para fornecimento e
que pode vir a ser Fornecedor.
• Economato – Serviço que gere o material em armazém e a
sua entrega aos outros Serviços de um Organismo.
• Compras – Serviço que efetua e gere o processo de
aquisição de um bem.
• Armazém – Serviço ou espaço onde são depositados, de um
modo provisório, os bens adquiridos pelo Organismo.

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Entidades intervenientes
Com estes intervenientes definidos, as várias fases que integram o
fornecimento, de um bem a um Serviço, podem descrever-se do
seguinte modo:
1.Quando um serviço necessita de um bem pede-o à secção de Economato através de
uma Requisição interna.

2. O Economato verifica a existência do bem em armazém.

3. Se houver no Armazém o bem pretendido este é entregue ao Serviço acompanhado


de uma Guia de entrega.

4. Se não houver no Armazém, dá-se início a um processo de aquisição através de um


pedido à secção de Compras.

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Entidades intervenientes
5. A secção de Compras efectua o processo de consulta ao mercado e é
tomada uma decisão de aquisição de um bem a uma dada Firma, a qual é
formalizada por uma Requisição oficial ou Nota de encomenda.

6. O Fornecedor, após a recepção da Requisição oficial ou Nota de


encomenda, entrega o bem ao Organismo. A entrega, dependendo do tipo de
bem, pode ser no Armazém ou no Serviço. No entanto, quem acusa a
recepção do bem é o Economato através da recepção da Guia de
remessa/Factura do Fornecedor.

7. Após entendimento de boa recepção do bem, este é passível de pagamento.

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Entidades intervenientes
Fornecedor

5
6 7

Serviço 4
Economato
de
compra 2 3

Serviço de 1
produção

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Sistema de gestão de stocks
Domínios da Gestão de Stocks
O Sistema de Gestão de Stocks tem como objectivo primordial gerir três domínios
importantes:

- Gestão Administrativa de Stocks - identifica-se na prática com a gestão de


Aprovisionamento, e centra-se na requisição externa. Gere todo o processo de
contratação e requisição de bens e serviços.

- Gestão de Materiais - preocupa-se essencialmente com as entradas, saídas, e


disposição dos materiais no armazém.

- Gestão Económica de Stocks - decidir acerca dos artigos a adquirir, assim


como, das suas quantidades.

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Gestão Administrativa de Stocks
O conhecimento das existências, em quantidade e em valor,
responde a várias necessidades da empresa, servindo para
alimentar a contabilidade, gerir a tesouraria e gerir os
reaprovisionamentos.
É indispensável o conhecimento do preço unitário dos artigos
para os poder integrar no cálculo dos preços de custo dos
produtos finais ou em curso.
È portanto necessário que os stocks e os seus movimentos
sejam correctamente valorizados.
27
Gestão Administrativa de Stocks
Em termos de gestão dos stocks, o inventário permanente
permite informar as quantidades e os preços unitários,
bem como o valor dos consumos anuais, parâmetros de
base para definir o período económico de encomenda.

Por outro lado, os preços unitários informados servem de


referência aos compradores permitindo determinar os
preços de facturação dos artigos cedidos a outros serviços
da empresa ou vendidos ao exterior.
28
Gestão Administrativa de Stocks

Em resumo: o conhecimento global do stock só se


obtém quando se fala em unidades monetárias e não
apenas em quantidades – donde a necessidade de dispor
de dados quantificados e valorizados sobre stocks: os
consumos, as entradas e os stocks detidos.

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Gestão Administrativa de Stocks
Assim a Gestão Administrativa de Stocks tem como objectivos:

- Registar, as entradas e saídas dos bens;

- Conhecer as quantidades dos diversos bens, existentes em


armazém;

- Planear a entrega das encomendas dos clientes;

- Manter actualizadas as previsões de recepção de encomendas dos


fornecedores;

- Analisar desvios entre as quantidades existentes e as que deveriam


existir.
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Gestão Administrativa de Stocks
“O SEU OBJETIVO É CONTROLAR AS EXISTÊNCIAS”
O Serviço Administrativo deve a cada momento:
• O QUE EXISTE em stock – através da identificação dos artigos, por exemplo, utilizando códigos
de barras;
• QUANTO EXISTE em stock (análise ABC) – assegurar o controlo permanente do armazém,
através de:

- Armazém: registo de entradas e saídas e elaboração de fichas de stocks;


- Gestão administrativa: verificação de desvios, controlar e comparar stocks.
- Em que local (ONDE) está – facilidade de localização e arrumação, utilizando
um código

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Controlo de stocks

OPERAÇÕES DA GESTÃO DE STOCKS :


• Armazenagem
• Gestão das entradas/saídas
• Inventários

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33
Controlo de stocks
Armazenagem
• Gestão mono-armazém / mono-localização

• Neste tipo de organização todos os produtos são armazenados e


geridos num único lugar. Este tipo de organização tem a
vantagem de simplificar a gestão do stock mas implica
necessariamente numerosas movimentações de onde resultam
atrasos e custos.

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Controlo de stocks
Armazenagem
• Gestão multi-armazém / multi-localização

• Com o objectivo de minimizar as movimentações é, por vezes,


preferível repartir os stocks por vários locais de armazenagem.
Cada armazém agrupa os produtos por tipo (produtos acabados,
matérias-primas) ou em função de proximidade geográfica.

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Controlo de stocks
Gestão de entradas e saídas

• Receção
Consiste na entrada de um produto em armazém. Para este tipo de
transação deve-se verificar a conformidade dos produtos recebidos
bem como a sua qualidade.

• Entrega
Os artigos solicitados são retirados do stock sob a forma de nota de
encomenda de um cliente (produtos acabados) ou uma ficha de
saída (produtos fabricados).

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Controlo de stocks

Inventários
Um inventário consiste numa operação de contagem física dos
artigos nas prateleiras do armazém.

Diferentes tipos de inventário:

1.Inventário permanente: Consiste em manter


permanentemente actualizadas as quantidades de cada artigo
em stock através das transacções.

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Controlo de stocks
Inventários
2. Inventário intermitente :É realizado no final do ano contabilístico.
Efectua-se para todos os artigos da empresa o que implica uma
apreciável carga de trabalho que pode perturbar a sua actividade.

3. Inventário rotativo: Consiste em examinar o stock por grupos de


artigos e verificar a sua exactidão em termos de quantidades e
localização desses artigos. A frequência de realização deste inventário
é diferente consoante o tipo/importância do artigo.

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Valorimetria
Critérios de valorimetria das existências
- A entrada das mercadorias em armazém é sempre
registada ao preço de custo, o que deve incluir as despesas
de compra e excluir os descontos comerciais obtidos.
- A saída, pelo contrário, depende do critério de valorimetria
de existências utilizado pela empresa.
Ou seja, o custo pela qual as mercadorias saem do armazém
para venda.

39
Valorimetria
Método de custeio (os mais utilizados)
a) Custo específico;
b) Custo médio ponderado;
c) FIFO;
d) LIFO;

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Valorimetria
Custo especifico – as existências são avaliadas pelo
seu custo real ou efetivo.

Utilizado por empresas que comercializam artigos


de elevado valor ou cujo número de artigos para
venda seja muito elevado

Exemplo: stands

41
Valorimetria
• Custo médio ponderado – as saídas do armazém são
valorizadas ao custo médio das entradas.

• CMP = Q1 x P1 + Q2 x P2
Q1 +Q2

Q – quantidade
P - preço

42
Valorimetria
FIFO (First In, First Out)
• Com este método de avaliação, o sistema parte do princípio
de que os artigos que entraram primeiro no armazém serão
também os primeiros a sair. Isto significa que as saída de
mercadorias são avaliadas com os preços que são válidos
para as primeiras entradas de mercadorias.
• FIFO - ou PEPS - primeiro que entra, primeiro que sai

43
44
Valorimetria
LIFO (Last In, First Out )
• Com este método de avaliação, o sistema parte
do princípio de que os artigos que entraram por
último no armazém serão os primeiros a sair.
• LIFO - ou UEPS - último que entra, primeiro que

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46
Valorimetria
Exemplo:
Aquisição sucessiva dos seguintes lotes da mesma mercadoria:

• Outubro de 2001: Quantidade – 100 Preço unitário: 10 Euros


• Novembro de 2001: Quantidade – 200Preço unitário:12 Euros
• Dezembro de 2001: venda de 150 unidades

Apuramento do CMVMC:

CMVMC = Ei + Compras +/- Reg. Existências – Existências finais

• Custo médio ponderado


• FIFO
• LIFO

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Valorimetria
RESOLUÇÃO:
Custo médio ponderado
CMVMC = (100*10 + 200*12) * 150 = 1700
100+200
FIFO
CMVMC= 100*10 + 50*12 = 1600
LIFO
CMVMC= 150*12 = 1800

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Valorimetria
O registo destes critérios de valorimetria são feitos em :

49
TIPOS DE MOVIMENTOS MAIS
CORRENTEMENTE UTILIZADOS
Os materiais dentro da empresa estão sujeitos aos mais diversos tipos de
movimentos. Destes, os mais utilizados são os seguintes:

•Entradas de compras – produtos provenientes de fornecedores que


provocam o aumento das existências

•Saídas para utilização interna – produtos requisitados para uso na


própria empresa e que originam a redução das existências

•Expedição – movimento de saída para o exterior que conduz à redução


das existências

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TIPOS DE MOVIMENTOS MAIS
CORRENTEMENTE UTILIZADOS
• Transferências – movimentos entre armazéns ou entre locais de
armazenagem, que não conduzem ao aumento em termos globais do
inventário
• Devoluções de fabricação – ou mais genericamente devoluções de
utilização, compreendem movimento de entrada em stock proveniente
de saídas de stock não utilizadas
• Devoluções a fornecedores – movimento de saída resultante da não-
aceitação de materiais provenientes de compras, mas cuja não
conformidade só foi detetada após o movimento de Entrada da Compra.

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Analise ABC (lei de Pareto)
Como não é possível nem aconselhável tratar todos os
artigos da mesma forma, a analise ABC é uma ferramenta
de gestão muito simples, mas com grande eficácia na
classificação correta dos stocks, criando três níveis de
prioridade distintos na gestão dos mesmos.
Assim, este método classifica os stocks em três grandes
grupos, A, B ou C, de acordo com a percentagem dos
consumos anuais que cada grupo representa.

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53
Analise ABC (lei de Pareto)
A separação é feita de acordo com a seguinte metodologia:
Classe A - Este e o grupo de artigos com maior valor de consumo anual, embora seja
representado por um pequeno numero de artigos: 15 a 20% do total de artigos
correspondem a 75 a 80% do valor do consumo anual total.

Classe B - Este e um grupo intermédio: 20 a 25% do total de artigos representam 10 a


15% do valor do consumo anual de todos os artigos.

Classe C - Este grupo de artigos possui o menor valor de consumo anual, embora
represente um elevado numero de referencias: 60 a 65% do numero total de artigos
correspondem a 5 a 10% do valor do consumo anual de todos os artigos.

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Analise ABC (lei de Pareto)
• A Curva ABC ou 80-20, é baseada no teorema do economista
Vilfredo Pareto, na Itália, no século XIX, num estudo sobre a
renda e riqueza, ele observou uma pequena parcela da
população, 20%, que concentrava a maior parte da riqueza,
80%.

55
Analise ABC (lei de Pareto)
A gestão de cada grupo deve ser realizada da seguinte forma:
• Classe A - Os artigos devem ser controlados frequentemente de
forma a manter existências baixas e evitar rupturas.
• Classe B - Os artigos devem ser controlados de forma mais
automatizada.
• Classe C - Os artigos devem possuir regras de decisão muito
simples e totalmente automatizadas. Os níveis de stock de
segurança podem ser elevados de forma a minimizar os
inconvenientes de eventuais rupturas.

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Analise ABC (lei de Pareto)
Curva ABC

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Ponto 4
• Base de dados dos fornecedores

• A encomenda articulada com a gestão de stocks

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Base de dados dos fornecedores
Para encomendar, temos que saber onde. Ou então, quais os
fornecedores em que podemos encomendar um determinado tipo de
produto. Para isso é necessário constituir uma base de dados de
fornecedores. Quais os elementos que consideramos importantes
registar numa base de dados de fornecedores?
• O nome do fornecedor;
• A morada;
• O contacto telefónico;
• O tipo de produto;
• O prazo de entrega;
• O prazo de pagamento;
• O transporte que utiliza;
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Base de dados dos fornecedores
A Informática e o Aprovisionamento
A utilização da informática no aprovisionamento permite que a tomada
da decisão seja pronta e eficaz, tanto nas compras, ao tratar dos dados
sobre o mercado fornecedor, variedade de artigos e dos seus preços,
etc., como na gestão dos stocks, na prevenção das rupturas, na vigilância
dos prazos de entrega, etc.

As principais aplicações de informática nas compras são, sobretudo, a


existência de um ficheiro de artigos e de um ficheiro de fornecedores, a
gestão das encomendas aos fornecedores e a gestão das encomendas
das fábricas.

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Base de dados dos fornecedores
Ficheiro de artigos:
Um ficheiro de artigos deve poder registar, a todo o momento, a totalidade de artigos
existente em stock e, para cada um deles:
• Nome do artigo

• Nomenclatura

• Formas comerciais do produto

• Propriedades

• Acondicionamento

• Utilização na empresa

• Produtos de substituição

• Fornecedores possíveis

• Encomendas passadas

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Base de dados dos fornecedores
Ficheiro de fornecedores:
Deve conter:
• Nome do fornecedor
• O seu código
• Números de telefone e de fax
• Nome do empregado a contactar
• Principais produtos que fornece
• Contactos anteriores
• Informações diversas: encomendas realizadas, solidez financeira, etc.

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Base de dados dos fornecedores
Para que os ficheiros possam estar atualizados, torna-se necessário:
•No ficheiro de artigos

- Acrescentar uma nova referência

- Modificar as características que definem um produto (a


designação, o preço, … )

- Retirar um artigo que deixou de ser consumido/vendido

- Solicitar ou responder à procura de qualquer artigo

- Listar todos os artigos triados sob qualquer critério

63
Base de dados dos fornecedores

No ficheiro de fornecedores
- Juntar ou suprimir um fornecedor de determinado artigo

- Introduzir ou alterar o preço do artigo apresentado por


qualquer fornecedor

- Introduzir outras informações relevantes

64
As encomendas articuladas com a
gestão de stocks
A gestão das encomendas aos fornecedores:

Decorre desde o envio da nota de encomenda até ao

pagamento ao fornecedor, de acordo com os seguintes passos:

- Envio da nota de encomenda

- Confirmação da recepção da nota de encomenda

- Anulação eventual da nota de encomenda


65
As encomendas articuladas com a
gestão de stocks
A gestão das encomendas aos fornecedores:

- Vigilância do prazo de entrega


- Entrada do artigo em armazém
- Recepção e verificação da factura
- Emissão da ordem de pagamento
Também será conveniente a verificação do volume de negócios do
fornecedor, assim como do seu cumprimento dos prazos de entrega e
ainda da qualidade dos artigos.

66
As encomendas articuladas com a
gestão de stocks
A gestão das encomendas das fábricas:
Vai desde a receção da encomenda até à colocação à
disposição do requisitante, o que decorre nas fases seguintes:
- Receção da encomenda
- Saída desta de armazém
- Emissão da nota de saída de armazém

Existem um número enorme de aplicações possíveis da


informática no que respeita à gestão de stocks.

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Ponto 5
• Stocks de segurança
• Custos de stocks (custos de compra, de encomenda,
de posse, de rutura)

68
Stocks de Segurança
• O stock de segurança representa o stock adicional
às existências normais que permite minimizar os
impactes de um aumento inesperado da procura
por parte dos clientes e um atraso não previsto no
fornecimento dos fornecedores, ou seja um
aumento do seu prazo de entrega. Tem por
finalidade principal evitar uma rotura de stocks.

69
Stocks de Segurança
é a quantidade de produtos equivalente ao
número de dias de vendas (número de produtos
vendidos por dia em média) a considerar para
conseguir satisfazer as encomendas no caso de
falhas ou atrasos por parte dos fornecedores.

70
Stocks de Segurança
Existem várias formas de calcular o stock de segurança:

• Fórmula simples: Depende da variação do consumo médio mensal para cada período;
esta fórmula utiliza-se para empresas com forte componente sazonal nas vendas;

• Fórmula Vicente/Santos: Depende dos acréscimos previsíveis tanto do consumo como


dos prazos de entrega; leva a um stock de segurança entre 10 a 20% superior ao
consumo médio mensal;

• Fórmula de Battersby: Depende da amplitude das vendas em determinados períodos


(meses);

• Fórmula inglesa: Depende do consumo médio mensal, do prazo de entrega e da


constante do nível de serviço (ou seja, o inverso da rutura admissível, um valor definido
pela empresa).

71
Stocks de Segurança
Stock de segurança permite a protecção contra:
• procura instável;
• entregas de mercadorias com defeito por
parte dos fornecedores;
• prazos de aprovisionamento que não estejam a
ser cumpridos.

72
Stocks de Segurança
Todos os stocks incorrem em custos.

Existem 4 tipos de custos inerentes à gestão económica dos stocks:


• (CA) Custo de aquisição (custo de compra) - engloba custos de
transporte, inspeção, receção, etc.
• (CE) Custo de lançamento ou efetivação da encomenda
• (CP) Custo de posse- com a manutenção dos stocks, conservação, etc.
• Custos de rutura de stocks- quando o armazém não satisfaz a procura.

CT = CA + CE + CP

73
Custo de compra (Custo de aquisição)
• Custo de compra (CA):
Inclui:
▪ A preparação das requisições;
▪ A selecção de fornecedores;
▪ A negociação;
▪ Os transportes;

74
Custo de compra (Custo de aquisição)
O custo de compra (CA) é igual ao número de unidades compradas por ano (N)
vezes o preço médio unitário do artigo em causa (p), o qual resultará de um a média
de todos os preços praticados durante o ano.

CA = N x p
Exemplo:

Se forem comprados 1000Kg de uma dada matéria prima durante o ano N e se o


preço médio por quilo for, nesse período de tempo, de 80€, então

CA = N x p

CA = 1000 x 80

CA = 80.000€

75
Custo de compra (Custo de aquisição)
Para minimização deste custo, o gestor de stocks deve procurar satisfazer três
condições de redução de p (uma vez que as urgências do consumo/produção
determina N):

- Reduzir tanto quanto possível as compras de urgência, porque estas


contribuem para a subida dos preços – a prioridade principal passa a ser a
rapidez da entrega da encomenda e não o preço.

- Tentar evitar prazos de pagamento longos porque conduzem a


preços de encomenda mais elevados.

- Organizar as compras de modo a centralizá-las, porque aumenta o


poder negocial da empresa.

76
Custo de encomenda
Custo de realização da encomenda (CE):
É igual ao custo de realização de uma encomenda (E) vezes o número de encomendas
efetuadas durante um ano.

CE = E x n.º encomendas

O valor E obtém-se somando todos os gastos efetuados diretamente e indiretamente


com a realização das encomendas e dividindo-os pelo número anual de encomendas:

- Encargos salariais, relativos ao tempo de trabalho prestado na execução da encomenda,


incluindo subsídios recebidos, pagamentos à segurança social, etc.

- Encargos com material utilizado na realização das encomendas (papel, esferográficas,


impressos das notas de encomenda, clipes, borrachas, etc);

77
Custo de encomenda
- Amortizações das instalações e equipamentos do sector das compras;

- Custos indiretos relacionados com a encomenda, como os de aquecimento,


iluminação, telefonem, fax, e-mails, selos, etc, que só aproximadamente e por
cálculos indiretos poderão ser afetados às compras.

O somatório destes custos dá-nos o custo total anual das encomendas, o


qual dividido pelo número de encomendas realizadas no mesmo período de
tempo é igual ao custo de realização de uma encomenda (E). Se
considerarmos que frequentemente numa encomenda (nota de encomenda)
existe mais do que um artigo pedido, então deverá ser considerado o número
anual de artigos encomendados em vez do número anual de pedidos.

78
Custo de posse ou custo de armazenagem
Custo de Posse (CP)
O custo de posse do stock compreende duas categorias de despesas: o
interesse financeiro dos capitais imobilizados que se situa entre 10 e 15% e os
gastos de armazenagem que podem atingir 5 a 10% do valor imobilizado.

Os gastos de armazenagem são constituídos pelo custo de funcionamento


dos armazéns (remunerações e encargos, iluminação e força motriz, manutenção
dos locais e dos equipamentos), a amortização ou aluguer dos locais, a
amortização dos equipamentos, seguros, perdas por deterioração e roubo, custo
de obsolescência.

79
Custo de posse ou custo de armazenagem
O custo de armazenagem envolve a taxa de posse
dos stocks e o valor do stock médio.

A taxa de posse dos stocks é constituída por:


- As despesas relativas aos armazéns;
- Juros do capital imobilizado em stocks;
- Desvalorização do stock.

80
Custo de Rutura
A rutura pode verificar-se nas duas atividades de
produção:

- Fabricação: falta de materiais para dar


continuidade ao processo produtivo

- Manutenção: falta de uma peça que origina


paragem de fabrico e cuja produção não pode ser
recuperada.
81
Custo de Rutura
• Estes são os custos associados à falta de um determinado produto. Estes custos
são muito difíceis de calcular e em muitos casos não passam de estimativas,
devendo por isso ser utilizados com algum cuidado.

• No entanto, é consensual que as roturas podem ter consequências muito


prejudiciais para as empresas. Como tal empresas estão dispostas a suportar os
custos de posse dos stocks de modo a evitar a rotura.

No caso mais simples o fornecedor pode perder o lucro resultante dessa venda
(poderá ainda perder a contribuição para a cobertura dos custos fixos).

82
Custo de Rutura
• No entanto, as consequências podem ser mais graves: perda de
confiança, perda de vendas futuras e prejuízo da reputação entre outras.
• A rotura de um determinado produto pode provocar perturbações
significativas da produção.
• Para além disso, em consequência da rotura podem ser ativados
mecanismos de reposição que tem custos muito elevados: encomendas
de emergência, utilização de fornecedores alternativos, transporte de
mercadorias por meios expresso ou mesmo o armazenamento de
produtos parcialmente acabados.

83
CONCLUSÃO

84
Questões básicas da gestão de stocks

85
Questões básicas da gestão de stocks
Quais os produtos a manter em stock?

As organizações devem garantir que os stocks se mantêm nos níveis mais


baixos possíveis permitindo manter os níveis de serviço adequados.

Ou seja:

• Manter os stocks dos produtos existentes a níveis razoáveis;

• Controlar a utilização/custos dos produtos que já estão em stock, e se


tornar mais barato não o manter em stock, ele deve ser removido o
rapidamente.

86
Questões básicas da gestão de stocks
Quais os produtos a manter em stock?

Antes de adicionar um novo produto ao inventário devem ser avaliados os


custos e os benefícios.

Ou seja, não devem ser adicionados ao inventário produtos que não são
absolutamente necessários.

Remover do inventário todos os produtos que já não são necessários.

87
Questões básicas da gestão de stocks
Quando é que devemos encomendar?

Existem basicamente três abordagens para esta questão:


• Utilizar um sistema de revisão periódica para colocar encomendas de
dimensão variável a intervalos regulares de tempo.

• Utilizar um sistema que coloca encomendas numa quantidade fixa. Os níveis


do stock devem ser continuamente controlados e quando atingem um nível
pré-determinado a encomenda é colocada.

• Utilizar um sistema que relacione a procura directamente com o oferta e que


encomenda quantidades suficientes para satisfazer as necessidades durante
um determinado período de tempo.

88
Questões básicas da gestão de stocks
Qual é a quantidade a encomendar?

Cada vez que é colocada uma encomenda, existem custos associados:

• Se colocarmos muitas encomendas, de pequena dimensão, os custos de


encomenda são elevados, mas os stocks médios são baixos;

• Se colocarmos poucas encomendas, de grande dimensão, os custos de


encomenda são reduzidos, mas os stocks médios são altos.

89
Fim

Obrigado!

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