Seminário Colheita Mecanizada - Gilson PEN DRIVE

Fazer download em ppt, pdf ou txt
Fazer download em ppt, pdf ou txt
Você está na página 1de 67

PLANEJAMENTO E RESULTADOS DO

PROCESSO PRODUTIVO

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 1


A cultura da cana-de-açúcar é, talvez, a
única cultura que dá origem a um produto
agrícola que ao longo dos séculos foi alvo de
disputas mobilizando homens e nações. A planta
que produz açúcar e álcool encontrou condições
ideais em todo território Brasileiro.

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 2


 Proálcool como alternativa para a crise do
petróleo
 Produção e consumo em larga escala de etanol
 Brasil, pioneiro no uso de etanol combustível em
larga
 escala, hoje efeito demonstração para vários
outros países.
 O Brasil é o segundo maior produtor e
consumidor de álcool no mundo, sendo o maior
exportador

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 3


COSTA NETO (2006) adverte que a mecanização da colheita de
cana-de-açúcar é inevitável, pois uma colhedora equivale a 100
cortadores de cana de rendimento na faixa de 15 a 20 Ton/ hora,
comparada a 5 ou 6 Ton/dia por pessoa, ainda, que programas
educacionais e de qualificação profissional são essenciais, assim como
políticas públicas objetivas para minimizar reflexos do êxodo rural que
provavelmente ocorrerá nos próximos anos.

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 4


o--
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 5
A colheita mecanizada da cana-de-açúcar representa a necessidade de
mão de obra, aliada à busca por rendimentos satisfatórios, menores
custos com danos ambientais devido as leis a cumprir. Tendo acordado
para o triênio 2014 a 2017 o término da queima para áreas
mecanizáveis e não mecanizada, respectivamente. Às usinas que
aderirem ao cumprimento das regras estabelecidas garantirão o selo
ambiental, o qual contribuirá para facilitar a comercialização do etanol.

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 6


 Sistematização do Canavial

Requisitos básicos para uma colheita de
sucesso:
 Dimensionamento do nº de Colhedoras e transbordos
 Equipe de apoio capacitada e aparelhada
 Operador treinado e com nível educacional
 Manejo adequado da cultura
 Variedades eretas e resistentes a compactação
 Espaçamento adequado em relação ao relevo
 Tamanho do talhão relativo a produção por variedade
 Largura dos carreadores facilitando o modal logístico
 Eliminação de obstáculos de relevo e desvios

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 7


 Declividade máxima do terreno
 10% para colhedora de pneu
 15% para colhedora de esteira
 Terraços
 O espaçamento entre os terraços deve ser o maior possível,
para:
 Ter o maior número de linhas de cana longas e contínuas

 Espaço suficiente para trabalhar como veículo de transbordo

 Evitar linhas curtas ou “mortas”

 Tipos de terraços:
 Curvas embutidas: Acompanham a declividade do terreno

 Curvas de Base Larga: 20 a 25m de largura

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 8


 Carreadores
 Posicionado em pontos estratégicos para evitar curvas mortas
 Nivelado em relação a área plantada para facilitar manobras,
evitando quebras e aumentando o rendimento da máquina.

 Sulcos
 Devem ser o mais longo possível, evitando que eles “morram” nos
terraços ou dentro do talhão, para evitar perda de tempo e manobras
excessivas.
 O espaçamento entre os sulcos devem ser rigorosamente mantido,
garantindo o paralelismo entre as linhas.

 Remoção de obstáculos
 Remover tocos, pedras, correntes, cabos de aço, peças, filtros,
borrachas, controle de arbustos, árvores, cercas, formigueiros,
cupinzeiros, e todo obstáculo que possa atrapalhar o deslocamento
da máquina.
 Reengenharia de drenagem superficial eliminando o nº excessivo de
valetas, terraços, erosões e voçorocas.

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 9


 Escolha da variedade da cana
 Porte ereto – facilita a colheita
 Resistente ao corte: não lascar, facilitando a rebrota
 Folhas soltas - facilita limpeza
 Resistência ao acamamento: facilita a colheita e evita
perdas
 Resistente a compactação e pisoteio
 Variedades com raízes mais volumosas e resistentes ao
arranquio.
 Maior longevidade
 Colmos frágeis ao corte

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 10


VARIEDADES - IMPUREZAS VEGETAIS – IMPORTANTE

RUIM

BOM

VARIEDADES - IMPUREZAS MINERAIS


AFETA INDIRETAMENTE 11
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO
 Plantio
 Manual, semi-mecanizado e mecanizado
 Utilizar mudas selecionadas (viveiros preparados)

 Espaçamentos utilizados:
 1,5m: ideal para colheita mecanizada

 1,4m: possível colheita mecanizada, normalmente em áreas mais

arenosas, podendo operar com disco de corte descentralizado.


 0,4m x 1,4m (combinado ou abacaxi): possível a colheita

mecanizada.
 0,5m x 1,3m (combinado ou abacaxi): possível a colheita mecanizada

 0,9m x 1,5m (Linha dupla): possível a colheita mecanizada

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 12


CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 13
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 14
AMBIENTE DE ORIGEM – IMPUREZAS - COMPLEXO

SOLO SISTEMATIZAÇÃO
OPERADORES
TEXTURA TALHÕES
DECLIVIDADE PLANEJAMENTO

TRATOS CULTURAIS
CULTIVO
CLIMA & TEMPO IMPUREZAS

VARIEDADES OPERAÇÕES
QUEBRA LOMBO
MÁQUINAS
COLHEDORAS

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 15


 Cultivo “Quebra Lombo”

 Nivelamento do sulco após o plantio: essencial para uma boa


colheita mecanizada, pois se a linha da cana ficar abaixo do
nível do solo, as perdas no corte aumentarão e a impureza
mineral também aumentará consideravelmente.
 Minimização da estabilidade da máquina
 Dificuldade de deslocamento
 Maximização de arranquio de soqueira
 Altura do toco irregular maximizando a perda
 Aumento de dano mecânico a estrutura do equipamento por
abrasão

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 16


TRATOS CULTURAIS – CULTIVO – OPERAÇÃO SEM QUALIDADE

RUIM

RUIM

IMPUREZAS MINERAIS – ALTISSIMA


CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 17
PREPARO SOLO E PLANTIO – OPERAÇÃO SEM QUALIDADE

RUIM

RUIM

IMPUREZAS MINERAIS – ALTISSIMA


CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 18
QUEBRA LOMBO – OPERAÇÃO COM QUALIDADE

BOM

IMPUREZAS MINERAIS – MINIMIZA PROBLEMAS


CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 19
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 20
Sistematização da lavoura cultivada
para “Colheita Mecanizada com
Qualidade”

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 21


CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 22
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 23
Estado dos rebolos cortados com facas
novas.

Estado dos rebolos cortados com facas


velhas.

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 24


Perdas
Contaminação – deterioração da Matéria Prima
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 25
Teste de Faquinhas do corte de base

Datas/ Horimetros

Frotas 14/nov 17/nov 18/nov 19/nov 21/nov 23/nov

661013 4833,7 4835,9 4840,6 4841,5 4849,3 4852,5


661039 –
376,6 387,9 396,0 402,6 425,0 434,1
quebrou 7
661032 2317,8 2328,6 2337,9 2346,0 2362,1 2370,0
661033 –
2168,5 2182,1 2193,4 2196,1 2221,7 2231,1
quebrou 2
Frota Material Propriedade 1ª Virada 2ª Virada

661013 Duraface 6 mm Material Usina 18,8 0,0

661032 Pratco 6 mm Material Teste 47,6 5,1

661033 Pratco 5 mm Material Teste 27,6 35,1

661039 Duraface 6 mm
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO
Material Usina 26,0
26
32,0
Resultado do corte de base da Resultado do corte de base da
colhedeira a nível do solo. colhedeira com nível elevado.

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 27


• O sistema dos extratores é
responsável pela
maior demanda de potência
disponível no
motor, além de ser o ponto
principal de
ocorrência de perdas de
matéria-prima.
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 28
• As perdas invisíveis raramente são
consideradas na literatura publicada devido à
impossibilidade de se quantificá-las no campo,
apesar de se constituírem como característica
importante na colheita de cana picada.
• Reduzir os índices de impurezas na cana
colhida por meio do aumento da velocidade de
saída de ar dos extratores/ventiladores das
colhedoras, pode elevar as perdas de matéria prima
a níveis inaceitáveis.

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 29


b

a c

Perdas invisíveis, serragem (a) e lascas (c) recolhidas junto com


as impurezas vegetais (b) na saída do extrator primário.

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 30


• Regular a velocidade de operação de acordo
com a produtividade, tombamento, ou em função
da existência de obstáculos na área de colheita
(erosões, pedras e tocos, etc.) operar com
velocidades compatível com a produtividade do
lote, utilizar entre 3 e 5 km/hora com
produtividade > 80Ton.Ha utilizar velocidade de
5 a 6 km/hora < 80 Ton.Ha desde que não
danifique os equipamentos, não coloque em risco
as pessoas envolvidas na operação, não
prejudique a qualidade da cana colhida e não
ocorram grandes perdas de cana, ou seja,
respeitando as metas da empresa.

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 31


CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 32
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 33
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 34
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 35
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 36
Convencional • Vantagens:
- Diminui significamente o
abalo e arranquio de soqueiras;
- Tocos levemente mais
elevados, embora mais firmes.

C Ângulo Modificado

• Mais elevado,
paralelo ao solo;
A.M

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 37


Testes operacionais com regulagem do
ângulo da caixa do corte de base para
evitar abalo e arranquio de socaria

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 38


Resultados Médios Obtidos
Colmos Arrancados

SETOR UP Convencional (% Média) Modificado (% Média) Diferença (%)

Meia Ponte 50 16,62 11,37 5,25

Meia Ponte 44 14,06 13,53 0,53

Jacarandá 34 15,97 12,69 3,28

São Judas 19 13,45 12,83 0,62

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 39


Resultados Médios Obtidos
Colmos Abalados

SETOR UP Convencional (% Média) Modificado (% Média) Diferença (%)

Meia Ponte 50 25,95 18,09 7,86

Meia Ponte 44 32,03 19,63 12,40

Jacarandá 34 24,37 24,08 0,29

São Judas 19 22,69 30,14 -7,45

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 40


CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 41
Exemplo de material divulgativo.

*Posição atual: em teste


CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 42
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 43
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 44
46
INTELVIDA - CURSOS PROFISSIONALIZANTES 47
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 48
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 49
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 50
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 51
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 52
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 53
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 54
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 55
• colheita manual
– 2 a 5% bem manejados,
• colheita mecânica
– 5 a 8% em cana ereta,
– 8 a 10% em condições adversas (cana
crua e tombada).

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 56


IMPUREZAS MINERAIS E VEGETAIS NA CARGA
Soqueira
Terra e Palmito Palha
Raízes

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 57


IMPUREZAS MINERAIS E VEGETAIS NA CARGA

IMPUREZAS

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 58


IMPUREZA MINERAL – COMPARATIVO USINAS

PRODUTIVIDADE - 80 TON / ha MINERAL – 10,80 Kg / ton

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 59


IMPUREZA VEGETAL – COMPARATIVO USINAS

PRODUTIVIDADE - 80 TON / ha VEGETAL – 53,30 Kg / ha

RUIM BOM

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 60


CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 61
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 62
IMPUREZAS VEGETAIS

Colheita mecanizada
Até 4,51 % Ótimo 
4,52 a 6,72 % Bom 
6,73 a 8,00% Regular 
> 8,00% Ruim 
Meta 6,00%

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 63


IMPUREZAS MINERAIS

Até 0,50 % Ótimo 


O,51 % a 0,60 % Bom 
0,61 a 8,00 % Regular 
> 8.00 % Ruim 
META 0,60%

CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 64


CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 65
Carlos Fernando Silva de Araújo Gilson Cordeiro
[email protected] [email protected]
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 66
EECAC – UFRPE
RIDESA

OBRIGADO!
CARLOS CANA LIMPA – GILSON CORDEIRO 67

Você também pode gostar