Aula10, Cimentação

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CIMENTAÇÃO

A cimentação tem como objetivo


principal:
■ Preencher com um agente cimentante o espaço existente entre o dente preparado e a
coroa
■ Promover união entre essas estruturas
■ Evitar o descolamento das restaurações durante a função
■ O prognostico das próteses parciais fixas em longo prazo depende da estabilidade dessa
união. Para isso, o cimento deve ser capaz de promover uma resistente união entre os
diferentes substratatos, seja por união química, mecânica, micromecânica ou por
combinação destas, dependendo da natureza do cimento e do substrato dentário
Em geral, um cimento deve apresentar
características como :
■ Biocompatibilidade
■ Baixa solubilidade
■ Adequada resistência mecânica
■ União aos materiais restauradores e as estruturas dentárias
■ Fácil manipulação
■ Tempo de trabalho e de presa adequados
■ Propriedades estéticas favoráveis
Descrição dos principais cimentos
definitivos utilizados atualmente:
■ Fosfato de zinco
Indicações Vantagens Desvantagens
Coroas e PPF´s Mais de 100 anos de Sensibilidade pós
metalocêramicas experiência clínica operatória ocasional
Pinos intraradiculares Simplicidade de uso Baixa dureza
metálicos
PPFs cerâmicas de zircônia Baixo custo Alta solubilidade
OBS: não está indicado
para a maioria das
cerâmicas
■ Ionômero de vidro convencional
Indicações Vantagens Desvantagens
Coroas e PPFs Liberação de flúor Sensibilidade pós
metalocerâmicas operatória convencional
Pinos intraradiculares Adesão molecular ao Sensibilidade a água e a
metálicos substrato dentário cargas mecânicas
PPFs cerâmicas de zircônia Simplicidade de uso OBS: não está indicado
para a maioria das
cerâmicas
Baixo custo
Baixa alteração
dimensional
Lembrete

■ É importante que todos os produtos empregados na cimentação de coroas,


independentemente do substrato dentário e do material empregado na confecção da
prótese, sigam as orientações do fabricante
■ Ionômero de vidro modificado por resina
Indicações Vantagens Desvantagens
Coroas e PPFs Liberação de flúor Absorção de água e
metalocerâmicas resistência de união expansão
média/alta
Pinos intraradiculares Adesão molecular ao Degradação ao longo do
metálicos substrato dentário tempo em altas
temperaturas
PPFs cerâmicas e de Baixa solubilidade OBS: Não está indicado
zircônia para a maioria das
cerâmicas
Baixa sensibilidade pós
operatória
Simplicidade
Baixo custo
■ Resinoso adesivo

Indicações Vantagens Desvantagens


Coroas e PPFs Baixa solubilidade Dificuldade de manuseio e
metalocerâmicas sensibilidade técnica
Pinos intraradiculares Boa adesão Necessidade do uso de
metálicos primers e sistema adesivo
PPFs cerâmicas Alta dureza Alto custo
Propriedades mecânicas Sensibilidade pós
satisfatórias operatória ocasional
Boa estética Degradação ao longo do
tempo e em altas
temperaturas
■ Resinoso autoadesivo
Indicações Vantagens Desvantagens
Coroas e PPFs Facilidade de utilização Poucos estudos
metalocerâmicas longitudinais de avaliação
clínica
Pinos intraradiculares Menor tempo clínico
metálicos
PPFs cerâmicas Não necessita de pré
tratamento dentinário
Baixa solubilidade
Boas propriedades
mecânicas
Boa estéticas
Preparo das superfícies dentária e interna
da restauração
■ Previamente ao inicio da cimentação, é necessário realizar o tratamento das superfícies dentaria e
interna da coroa em função do material empregado na sua confecção ( metal ou cerâmica) e do
cimento selecionado
■ Para cada tipo de restauração, existem tratamentos específicos da superfície interna da coroa em
função do material empregado em sua confecção
■ Superfícies metálicas: deve-se realizar jateamento com oxido de alumínio para criar retenções
micromecânicas que favorecem a retenção com os cimentos de fosfato de zinco e ionômero de vidro.
■ Superfícies cerâmicas: é necessário conhecer a composição da cerâmica para definir o protocolo de
cimentação. Para cerâmicas feldspática, com leucita e com dissilicato de lítio, cimentos resinosos
exigem que a superfície seja condicionada com acido fluorídrico ( 1 a 2 minutos para feldspática e de
leucita e 20 segundos para as de dissilicato de lítio). Por isso são chamadas de cerâmicas ácido-
sensíveis. Em seguida é realizado a aplicação do agente silano e a cimentação.
■ Atualmente, nenhum cimento disponível comercialmente apresenta as características
ideais para todas as situações clinicas. Portanto, a escolha do cimento deve ser
fundamentada na combinação estratégica entre suas propriedades físicas, químicas e
biológicas, associada ao desenho e a forma corretos do preparo, as características dos
substratos e do material restaurador e a higiene oral efetiva.
Passo a passo
■ 1- os restos de cimento provisório devem ser removidos com sonda exploradora. Os dentes devem ser
limpos com pedra pomes, agua e taça de borracha
■ 2- os dentes devem ser secos com jato de ar quando se empregar cimento de fosfato de zinco. Com os
demais cimentos a superfície preparada deve ser levemente seca com jatos de ar e papel absorvente
■ 3- dentes prontos para a cimentação, toda a área deve estar com isolamento relativo
■ 4- para facilitar a remoção do excesso de cimento, deve-se aplicar vaselina nas margens externas da
prótese
■ 5- para facilitar a remoção de excessos de cimento nas faces proximais, deve-se colocar fio dental nessas
áreas. O fio pode também facilitar a remoção da PPF, caso se observe que não foi assentada
completamente ou que teve a área contaminada por saliva
■ 6- colocação de pequena quantidade de cimento nas faces axiais das coroas com o auxilio de uma
espátula de inserção ou de um pincel. A colocação de cimento em excesso dificulta o assentamento da
prótese, causando desadaptação marginal e alteração da oclusão
■ 7- a PPF deve ser assentada lentamente com pressão digital e mantida em posição por um minuto.
Deve-se verificar se toda a interface está preenchida com cimento, se a PPF está em posição ( por meio
de adaptação marginal com sonda exploradora) e se a oclusão está correta solicitando ao paciente que
oclua os dentes
■ Após o tempo de presa indicado pelo fabricante, removem-se os excessos com sonda
exploradora. É importante observar se todos os excessos foram removidos,
especialmente nas faces proximais. A permanência de restos de cimento no sulco
gengival causa inflação e abcesso gengival

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