Convulsões e Epilepsia
Convulsões e Epilepsia
Convulsões e Epilepsia
sua etiologia;
Reconhecer as convulsões na eclâmpsia;
Descrever o quadro clínico, o diagnóstico e tratamento da
Epilepsia. 2
Objectivos de Aprendizagem
Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
Definir epilepsia;
Descrever sinais e sintomas de epilepsia;
Listar os meios auxiliares de diagnóstico para epilepsia;
Nomear os medicamentos disponíveis no país para
epilepsia;
Explicar qual deve ser a conduta do TMG nesses casos
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Definição do conceito de convulsão
Etimologicamente, a palavra derivada do latim
convulsione, que significa grande agitação ou
transformação.
Traumatismos cranianoencefálicos;
Tumores cerebrais;
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Etiologias das Convulsões
Distúrbios metabólicos (hipoxia, hipoglicémia, urémia,
insuficiência hepática, hiponatrémia, hipocalcémia,
hipomagnesemia, deficiência de piridoxina);
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Aspectos epidemiológicos das convulsões
2. Convulsões generalizadas:
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Classificação das convulsões
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Diagnóstico de Convulsões
Diagnóstico Laboratorial e
Diagnóstico clínico:
Imagiológico:
1.Grande Mal: crise
1.Hemograma.
convulsiva tónico-clonico
2.Hematozoários.
generalizada, seguida de
3.Bioquímica:
período de inconsciência
a)Eletrólitos;
breve, fadiga e confusão.
b)Glicemia;
2.Pequeno Mal: ausência
c)Função renal (Ur, Cr).
mental associada a
4.Electroencefagrama.
movimentos de automatismo
5.TAC e RMN.
corporal pouco pronunciados.
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Diagnóstico Diferencial de Convulsões
Síncope;
Distúrbios psicológicos;
Enxaqueca;
Ataque Isquêmico Transitório (AIT);
Distúrbios de sono (narcolépsia/cataplexia);
Distúrbios do movimento (tiques, Coreia, etc).
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Tratamento de Suporte
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Tratamento de Anticonvulsivante
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Tratamento de Anticonvulsivante
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Convulsões Febris
São crises associadas a temperatura igual ou superior
a 38º C em crianças entre 6 meses e 5 anos, sem
infecção do sistema nervoso evidente.
Têm bom prognóstico e são classificadas em simples
e complexas.
Classificação Simples Complexas
Duração Curta < 15 min Prolongada > 15 min
Tipo Generalizada Focal
Recorrência Sem recorrência Recorrência em 24h
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Conduta perante as Convulsões Febris
Tratamento
Abstinência ao Álcool
ABC + diazepam + Tiamina 100 mg IM ou EV +
Dextrose 5% 1000 ml + Dextrose a 30% 40 a 60 ml.
Referência posterior a consulta de psiquiatria para
tratamento da abstinência ao álcool
Hipoglicemia
ABC + diazepam + Dextrose 5% 1000 ml + Dextrose a
30% 40 a 60 ml EV.
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Epilepsia
Segundo a OMS, a epilepsia é "afecção crónica de
etiologia diversa, caracterizada por crises repetidas,
devidas a uma carga excessiva dos neurónios cerebrais,
associada eventualmente a diversas manifestações
clínicas e paraclínicas“.
A crise epiléptica é uma perturbação de funcionamento
do cérebro, temporária e reversível, que produz
manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas
ou neurovegetativas, mas sem febre.
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Aspectos Epidemiológicos da Epilepsia
A epilepsia é uma doença comum na população geral,
apresentando incidência bastante variável (50 a 120
casos por 100.000 pessoas por ano) no mundo.
Em Moçambique, é a principal causa de procura dos
serviços de psiquiatria.
Só em 2016, pelo menos 65 mil pessoas foram
diagnosticadas com a doença no solo pátrio.
Pode afectar homens, mulheres e crianças de odas as
idades.
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Etiologia da Epilepsia
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Patogênese
1. Princípio da Convulsão:
Falência do mecanismo de inibição mediado por
GABA;
Predomínio excitatório mediado por Glutamanto.
2. Término da Convulsão
Predomínio da actividade inibitória do GABA.
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Classificação das convulsões ILAE - 2017
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Quadro Clínico
Paragens bruscas da actividade;
Perda de consciência;
Quedas no chão;
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Quadro Clínico Específico
Crise mioclónica: contracções musculares súbitas e
maciças atingindo todo o corpo ou em partes.
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História Natural da Epilepsia
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Prevenção
1. Primária:
a) Promoção da saúde;
2. Secundária:
a) Diagnóstico precoce;
3. Terciária: Reabilitação.
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Tratamento da Epilepsia
O tratamento de um paciente com distúrbio epiléptico
quase sempre é multimodal e inclui:
a) Privação do sono;
b) Ingestão de álcool;:
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Terapia Farmacológica Antiepiléptica
Tónico- Focais Ausência Ausência
clónicas de Típica atípica,
início mioclônicas e
generalizado tónicas
1ª Linha Acido valproico Lamotrigina Acido valproico Acido valproico
Lamotrigina Carbamazepina Etossuximida. Lamotrigina
Topiramato Oxcarbazepina Topiramato
Fenitoína
Levetiracetam.
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Pontos-chave
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Referências Bibliográficas
1. MISAU (2013). Manual de Formação Para Técnicos de
Medicina Geral: Neurologia.
2. Hauser, S.L. Josephson, S. A. (2015). Neurologia Clínica
de Harrison. 3ª ed. MacGrawHill.
3. Machado, Ângelo (s/d). Neuroanatomia Funcional.
Atheneu.
4. Greenberg, D. A. e col. (2014). Neurologia Clínica.
AMGH.
5. Rabow, M. W. e col. (2013). Current Medicina:
Diagnósticos e Tratamentos. 51ª ed. LMB.
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