Convulsões e Epilepsia

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INSTITUTO DE GESTÃO E CIÊNCIAS DE SAÚDE

Curso de Técnicos de Medicina Geral


Módulo de Traumas e Emergências

Tema: Convulsões e Epilepsia.

Docente: Hilário Timóteo, MD.

Nampula, Fevereiro de 2024.


Objectivos de Aprendizagem
Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
 Definir uma convulsão;
 Classificar as convulsões;
 Desenvolver o diagnóstico diferencial e a conduta
profiláctico-terapêutica das convulsões de acordo com a

sua etiologia;
 Reconhecer as convulsões na eclâmpsia;
 Descrever o quadro clínico, o diagnóstico e tratamento da
Epilepsia. 2
Objectivos de Aprendizagem
Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
 Definir epilepsia;
 Descrever sinais e sintomas de epilepsia;
 Listar os meios auxiliares de diagnóstico para epilepsia;
 Nomear os medicamentos disponíveis no país para
epilepsia;
 Explicar qual deve ser a conduta do TMG nesses casos

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Definição do conceito de convulsão
 Etimologicamente, a palavra derivada do latim
convulsione, que significa grande agitação ou
transformação.

 As conculsões são contracções musculares anormais e


excessivas.

 As convulsões caracterizam-se por sinais e sintomas


neurológicos temporários, que resultam em atividade
elétrica neuronal anormal, paroxística e
hipersincrônica no córtex cerebral. 4
Etiologias das Convulsões
 Epilepsia;

 Infecções do SNC (meningites, encefalites);

 Infecções sistêmicas com febre;

 Traumatismos cranianoencefálicos;

 Tumores cerebrais;

 Fármacos e tóxicos (isoniazida, ciprofloxacina, ácido


nalidíxico, amitriptilina); abstinência ao álcool e outras
drogas como o diazepam, fenobarbital, cocaína.

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Etiologias das Convulsões
 Distúrbios metabólicos (hipoxia, hipoglicémia, urémia,
insuficiência hepática, hiponatrémia, hipocalcémia,
hipomagnesemia, deficiência de piridoxina);

 Eclâmpsia (hipertensão arterial induzida ou agravada


pela gravidez);

 Doença vascular cerebral (AVC).

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Aspectos epidemiológicos das convulsões

A prevalência da epilepsia na população geral é de


cerca de 1%, e a probabilidade de se apresentar uma
convulsão durante a vida é de aproximadamente 10%.

 30% das convulsões correspondem a 1ª manifestação


de epilepsia.

 0,5 a 6,5 % das convulsões ocorrem em epilépticos,


quer por insuficiência terapêutica, quer por
intercorrência febril.
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Classificação Clínica das Convulsões
1. Convulsões parciais ou focais:

a) Convulsões parciais simples;

b) Convulsão parcial complexa;

c) Convulsão parcial com generalização secundária.

2. Convulsões generalizadas:

a) Convulsão generalizada pequeno mal (de ausência);

b) Convulsão generalizada grande mal.

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Classificação das convulsões

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Diagnóstico de Convulsões
Diagnóstico Laboratorial e
Diagnóstico clínico:
Imagiológico:
1.Grande Mal: crise
1.Hemograma.
convulsiva tónico-clonico
2.Hematozoários.
generalizada, seguida de
3.Bioquímica:
período de inconsciência
a)Eletrólitos;
breve, fadiga e confusão.
b)Glicemia;
2.Pequeno Mal: ausência
c)Função renal (Ur, Cr).
mental associada a
4.Electroencefagrama.
movimentos de automatismo
5.TAC e RMN.
corporal pouco pronunciados.
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Diagnóstico Diferencial de Convulsões
 Síncope;
 Distúrbios psicológicos;
 Enxaqueca;
 Ataque Isquêmico Transitório (AIT);
 Distúrbios de sono (narcolépsia/cataplexia);
 Distúrbios do movimento (tiques, Coreia, etc).

 Geralmente estes distúrbios não se acompanham de relaxamento


dos esfíncteres nem do sinal de Babinski.

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Tratamento de Suporte

1. Colocar o paciente na posição de semipronação com


a cabeça virada para o lado.

2. Afastar quaisquer objectos passíveis de causar lesão


traumática.

3. Garantir o ABC: oxigenoterapia, acesso venoso e


cateter vesical.

4. Se a boca estiver semiaberta, colocar abaixador de


língua;

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Tratamento de Anticonvulsivante

1. Benzodiazepínicos de acção rápida (5 min):

a) Diazepam 0,1-0,3 mg/kg EV ou 0,5-0,7mg/kg rectal.

b) Midazolam 0,2 mg/kg EV.

2. Fenitoína (250mg/5ml) 20mg/kg EV.

3. Fenobarbital (100mg/2ml) 20mg/kg EV.

4. Midazolam (15mg/3ml) 0,5mg/kg, em perfusão


contínua de 2mcg/kg/min.

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Tratamento de Anticonvulsivante

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Convulsões Febris
 São crises associadas a temperatura igual ou superior
a 38º C em crianças entre 6 meses e 5 anos, sem
infecção do sistema nervoso evidente.
 Têm bom prognóstico e são classificadas em simples
e complexas.
Classificação Simples Complexas
Duração Curta < 15 min Prolongada > 15 min
Tipo Generalizada Focal
Recorrência Sem recorrência Recorrência em 24h

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Conduta perante as Convulsões Febris
Tratamento

 1ª Crise: Antipirético: paracetamol 15mg/kg/dose.

 2ª Crise: Anticonvulsivantes: Diazepam/Midazolam.

Tratamento profiláctico nas convulsões complexas

 Profilaxia intermitente: Diazepam 0,5-1mg/kg/dia.

 Profilaxia contínua: Fenobarbital 3-5mg/kg/dia ou


Valproato de Sódio 15-60mg/kg/dia.

 Manter a profilaxia até 24 horas sem febres.


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Conduta na Eclâmpsia
 MgSO4 é mais seguro e eficaz do que fenitoína,
diazepam ou cocktail lítico (clorpromazina, prometazina
e petidina).
 Toxicidade por MgSO4:
a) Avaliação: FR>16; DU>25 mL/h; Reflexos
profundos.
b) Antídoto: gluconato de cálcio, 1g EV (correr em 3´).

Esquema de MgSO4 Dose de ataque Dose de Manutenção


“Esquema de Pritchard” 4g EV (bolus) + 10g 5g IM 4/4 horas
EV e IM IM (5g cada nádega)
Esquema de Zuspan” 4g por EV(bolus) 1g /hora EV em BIC
EV exclusivo (D: 12ml AD/SF/DX (1amp+ 490ml SF/DX
= 20ml) = 100ml/h)
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Convulsões no Contexto da Abstinência ao
Álcool e na Hipoglicemia

Abstinência ao Álcool
 ABC + diazepam + Tiamina 100 mg IM ou EV +
Dextrose 5% 1000 ml + Dextrose a 30% 40 a 60 ml.
 Referência posterior a consulta de psiquiatria para
tratamento da abstinência ao álcool

Hipoglicemia
 ABC + diazepam + Dextrose 5% 1000 ml + Dextrose a
30% 40 a 60 ml EV.
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Epilepsia
 Segundo a OMS, a epilepsia é "afecção crónica de
etiologia diversa, caracterizada por crises repetidas,
devidas a uma carga excessiva dos neurónios cerebrais,
associada eventualmente a diversas manifestações
clínicas e paraclínicas“.
A crise epiléptica é uma perturbação de funcionamento
do cérebro, temporária e reversível, que produz
manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas
ou neurovegetativas, mas sem febre.
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Aspectos Epidemiológicos da Epilepsia
A epilepsia é uma doença comum na população geral,
apresentando incidência bastante variável (50 a 120
casos por 100.000 pessoas por ano) no mundo.
 Em Moçambique, é a principal causa de procura dos
serviços de psiquiatria.
 Só em 2016, pelo menos 65 mil pessoas foram
diagnosticadas com a doença no solo pátrio.
 Pode afectar homens, mulheres e crianças de odas as
idades.
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Etiologia da Epilepsia

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Patogênese

1. Princípio da Convulsão:
 Falência do mecanismo de inibição mediado por
GABA;
 Predomínio excitatório mediado por Glutamanto.

2. Término da Convulsão
 Predomínio da actividade inibitória do GABA.

 Descarga eléctrica paroxística e súbita – convulção –


morte celular –excitotoxicitada por glutamato –
convulsão prolongada – edema cerebral e HIC.
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Classificação das convulsões ILAE - 2017

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Classificação das convulsões ILAE - 2017

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Quadro Clínico
 Paragens bruscas da actividade;

 Perda de consciência;

 Quedas no chão;

 Convulsões e contracções musculares;

 Movimentos automáticos e despropositados (vestir


ou despir, caminhar, mastigar ou engolir);

 Contracções simples e repetitivas de um dos


membros ou da face.
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Quadro Clínico Específico
Crise Generalizada Tónico-Clónica (Grande Mal)

É caracterizada por queda súbita, enrijecimento muscular


seguido de convulsões, paragem da respiração, possível perda
de urina e/ou mordedura da língua, durante menos de 5 minutos.

Crise de Ausência (Pequeno Mal)

É caracterizada por episódios breves (3 a 30s) de paralisia e


desatenção. A recuperação é rápida mas os episódios são
acompanhados por perda da consciência.

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Quadro Clínico Específico
 Crise mioclónica: contracções musculares súbitas e
maciças atingindo todo o corpo ou em partes.

 Crise atónica: queda súbita, sem perda de consciência.

 Crise parcial simples: convulsões limitadas a uma área


do corpo, mas que podem estender-se a outras áreas, sem
haver perda de consciência.

 Crise parcial complexa: caracterizada por súbito


enrijecimento muscular seguido de movimentos
mastigatórios e automatismos.
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Estado de Mal Epiéptico (EME)
É definido por dois aspectos:

1. Duração: persistência ou recorrência de convulsões


num período igual ou superior a 30 minutos.

2. Comprometimento de Consciência: sem recuperação


da consciência entre os episódios.

 EME refractário: quando não responde ao tratamento


após 1 hora.

 EME subtil: dissociação electromecânica progressiva.

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História Natural da Epilepsia

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Prevenção
1. Primária:

a) Promoção da saúde;

b) Prevenção da doença: atenção perinatal, imunização e


controlo da criança e do adolescentes sadios.

2. Secundária:

a) Diagnóstico precoce;

b) Tratamento oportuno: dieta cetogénica, tratamento


farmacológico, ciurúrgico e estimulação do nervo vago.

3. Terciária: Reabilitação.
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Tratamento da Epilepsia
O tratamento de um paciente com distúrbio epiléptico
quase sempre é multimodal e inclui:

1. o tratamento das afecções subjacentes que causem ou


contribuam para as crises epilépticas,;

2. exclusão de factores precipitantes;

3. supressão das crises recorrentes por terapia profilática


com antiepilépticos ou;

4. cirurgia e discussão de diversas questões psicológicas


e sociais.
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Tratamento dos Distúrbios Subjacentes
 Se a única causa da crise epiléptica for um distúrbio
metabólico, como anormalidade dos eletrólitos séricos
ou da glicemia, o tratamento visa reverter o problema
metabólico e prevenir sua recorrência.

 Se a única causa da crise epiléptica for um distúrbio


metabólico, como anormalidade dos eletrólitos séricos
ou da glicemia, o tratamento visa reverter o problema
metabólico e prevenir sua recorrência.

 Nestes casos, o uso de antiepilépticos é desnecessário.


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Exclusão dos Factores Precipitantes
 situações particulares que parecem reduzir o seu limiar
para crises epilépticas devem ser evitadas, como:

a) Privação do sono;

b) Ingestão de álcool;:

c) crises epilépticas induzidas por estímulos altamente


específicos, como monitores de videogame, música, ou
a voz de um indivíduo ("epilepsia reflexà').

d) Se houver associação entre stress e crises epilépticas,


técnicas de redução do stress podem ajudar.
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Terapia Farmacológica Antiepiléptica
 Objectivo: prevenir completamente as crises sem causar
quaisquer efeitos indesejáveis, de preferência com única
medicação e com bom esquema posológico.

 Indicação: a terapia farmacológica deve ser iniciada em


todo paciente com crises recorrentes de etiologia
desconhecida, ou com causa conhecida irreversível.

 Selecção dos fármacos: a classificação das crises


epilépticas é um elemento importante para elaborar o
plano terapêutico.
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Terapia Farmacológica Antiepiléptica
 Selecção dos fármacos: a fenitoína, ácido valproico,
carbamazepina, fenobarbital e etossuximida, constituem a 1ª linha
por serem eficazes e baratos.

 Efeitos colaterais comuns aos antiepilépticossedação, ataxia e


diplopia.

 Suspensão do tratamento: (1) controle clínico completo das crises


por 1 a 5 anos; (2) um único tipo de crise, seja focal ou generalizado;
(3) exame neurológico normal, incluindo a inteligência; e (4) EEG
normal.

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Terapia Farmacológica Antiepiléptica
Tónico- Focais Ausência Ausência
clónicas de Típica atípica,
início mioclônicas e
generalizado tónicas
1ª Linha Acido valproico Lamotrigina Acido valproico Acido valproico
Lamotrigina Carbamazepina Etossuximida. Lamotrigina
Topiramato Oxcarbazepina Topiramato
Fenitoína
Levetiracetam.

2ª Linha Zonisamida Levetiracetam Lamotrigina Clonazepam


Fenitoína Zonisamida Clonazepam Felbamato
Carbamazepina Acido valproico
Oxcarbazepina Tiagabina
Fenobarbital Gabapentina
Primidona Lacosamida
Felbamato. Fenobarbital
Primidona
Felbama
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Dose dos Fármacos Comummente Usados
1. Fenitoína: 300-400mg/dia (adulto – 3 a 6mg/kg;
Criança 4 a 8mg/kg) 1-2x/dia.

2. Carbamazepina: 600-1800mg/d (15-35mg/kg) 2-4x/dia.

3. Ácido Valpróico: 750-2000mg/dia (20-60mg/kg) 2-4x/d.

4. Fenobarbital: 50-200mg/dia; 1x/dia.

5. Lamotrigina: 150-500mg/dia; 2x/dia.

6. Etossuximida: 20-40mg/kg; 1-2x/dia

7. Clonazepam: 1-12mg/dia; 1-3x/dia.


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Tratamento da Epilepsia Refractária
 Cerca de 33% dos epilépticos não respondem ao
tratamento com um antiepiléptico único.
A combinação de fármacos com mecanismos de acção
diferentes pode ser mais útil:

a) Potencializadores da via GABA: Fenobarbital,


Valproato e Benzodiazepínicos

b) Inibição da função dos canais de sódio: Fenitoína,


Carbazepina, Valproato, Fenobarbital, Lomotrigina.

c) Inibição dos canais de cálcio: Etossuximida.


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Tratamento Cirúrgico da Epilepsia Refractária
O procedimento cirúrgico mais comum para pacientes
com epilepsia do lobo temporal envolve a ressecção do
lobo temporal ântero-medial (lobectomia temporal) ou
uma remoção mais limitada do hipocampo e da
amígdala subjacentes (amigdaloipocampectomia).

 Crises focais oriundas de regiões extratemporais


podem ser abolidas por uma ressecção neocortical
focal, com remoção precisa de uma lesão identificada
(lesionectomia).
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A conduta do TMG perante um paciente
epiléptico
1. Providenciar informações sobre epilepsia e crises
epilépticas ao paciente e aos seus familiares;

2. Iniciar a medicação com anti-epiléptico;

3. Providenciar apoio psico-social incluindo terapia familiar;

4. Providenciar consultas regulares para controlo.

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Pontos-chave

 As convulsões resultam de actividade anormal,


simultâneas ou propagadas, súbitas e excessivas
de um grupo de neurónios do cérebro.
 As manifestações podem ser clínicas e subclínicas,
incluindo fenómenos motores, sensoriais e psíquicos.
O tratamento inicial das convulsões consiste nas
medidas de suporte respiratório e hemodinâmico
seguido de administração de anticonvulsivante.

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Referências Bibliográficas
1. MISAU (2013). Manual de Formação Para Técnicos de
Medicina Geral: Neurologia.
2. Hauser, S.L. Josephson, S. A. (2015). Neurologia Clínica
de Harrison. 3ª ed. MacGrawHill.
3. Machado, Ângelo (s/d). Neuroanatomia Funcional.
Atheneu.
4. Greenberg, D. A. e col. (2014). Neurologia Clínica.
AMGH.
5. Rabow, M. W. e col. (2013). Current Medicina:
Diagnósticos e Tratamentos. 51ª ed. LMB.
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