Detecção Precoce

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ONCOLOGIA

PEDIÁTRICA
Enf. Dr; Jorge Leandro Monteiro
INCIDÊNCIA DE CÂNCER

• É um problema de Saúde Pública;


• A OMS estimou para 2030, 21,4 milhões de casos novos de câncer e 13,2
milhões de mortes por câncer;
• Estima-se, para o Brasil, no biênio 2016-2017, 420.310 casos novos de câncer,
excluídos os tumores de pele não melanoma.

Ministério da Saúde – INCA, 2016

Grifo Próprio
CÂNCER INFANTOJUVENIL
• Os tumores pediátricos diferem dos tumores dos adultos quanto aos seus
aspectos morfológicos, ao comportamento clínico e às localizações primárias.
• Devem ser estudadas separadamente.
• Geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação.
• Acomete crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos e corresponde de 1 a 3% de
todos os tumores malignos na maioria das populações.
Ministério da Saúde – INCA, 2016

Grifo Próprio
CÂNCER INFANTOJUVENIL
• Apresentam menores períodos de latência, crescem rapidamente e tornam-se bastante
invasivo.
• Respondem melhor à quimioterapia.
• Em sua maioria apresentam achados histológicos que se assemelham aos tecidos fetais nos
diferentes estágios de desenvolvimento, sendo considerados embrionários, gerando grande
diversidade morfológica resultante das constantes transformações celulares, podendo haver um
grau variado de diferenciação celular.
• Ainda não há consenso sobre qual o limite de idade para se classificar o adolescente e adulto
jovem (15 a 29 anos) em relação ao câncer.
Ministério da Saúde – INCA, 2016

Grifo Próprio
BRASIL ... BRASIL ... BRASIL...
CÂNCER INFANTOJUVENIL
• No Brasil, para o biênio 2016-2017, estima-se 12.600 casos novos de câncer em crianças e
adolescentes. As Regiões Sudeste e Nordeste apresentarão os maiores números de casos
novos, 6.050 e 2.750, respectivamente.
• Em 2014, ocorreram 2.724 óbitos por câncer em crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos).
• Ocupando a segunda posição (7%) de óbitos em 2014, ultrapassando somente os óbitos por
causas externas, configurando-se como a doença que mais mata nessa faixa etária
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).
Ministério da Saúde – INCA, 2016

Grifo Próprio
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
• Os sistemas de informação em saúde são compreendidos como um conjunto de
componentes integrados que atuam com o objetivo de obter dados e transformá-los em
informações úteis para que os problemas de saúde de uma população possam ser
resolvidos.
• Apesar da importância desses sistemas e da variedade de fontes, registrar casos de câncer
não é uma tarefa fácil, principalmente nos países em desenvolvimento.
• Os registros de câncer estabeleceram-se e fortaleceram-se como parte importante de um
sistema de informação para a vigilância do câncer, responsável pelo apoio à formulação
da política nacional de câncer, ao planejamento de saúde e à avaliação da qualidade da
assistência e como subsídio para a elaboração de trabalhos científicos.
Ministério da Saúde – INCA, 2016

Grifo Próprio
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
• A incidência é conhecida utilizando-se informações dos Registros de Câncer de Base
Populacional (RCBP), que, por meio de um processo contínuo e sistemático de coleta
de dados, armazenam todos os casos novos de câncer que ocorrem em uma população
definida, de uma determinada área geográfica.
• Atualmente, no Brasil, existem 31 RCBP implantados e, desses, 25 disponibilizaram
informações que contribuíram para o estudo da incidência por câncer em crianças,
adolescentes e adultos jovens.
Ministério da Saúde – INCA, 2016

Grifo Próprio
INCIDÊNCIA
• O percentual mediano de neoplasias foi de 2% na população infantil (de 0 a 14 anos) e 3% na
população de crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos).

1. leucemias em ambos os grupos - 0 a 14 anos - 33,2% - 0 a 19 anos - 25,6%


2. tumores do SNC no grupo etário de 0 a 14 a nos - 16,0%
3. linfomas no grupo etário de 0 a 14 a nos - 13,7%
4. outras neoplasias malignas epiteliais de 0 – 19 anos - 14,1%

Ministério da Saúde – INCA, 2016

Grifo Próprio
MORTALIDADE
• As informações sobre mortalidade são obtidas por meio dos atestados de óbito,
passando por um processo de codificação, tabulação e divulgação por meio do
Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
• No Brasil, entre as causas de óbitos de crianças, adolescentes e adultos jovens, o
câncer representa a segunda causa de morte.

Ministério da Saúde – INCA, 2016

Grifo Próprio
TUMORES MALIGNOS
• O câncer na criança e no adolescente (entre 0 e 19 anos) corresponde a entre 1% e 4%
de todos os tumores malignos na maioria das populações, porém com uma variação na
proporção dos tipos de câncer infantojuvenil nas diferentes populações.
• Nos países em desenvolvimento, onde a população de crianças chega a 50%, essa
proporção do câncer infantil representa de 3% a 10% do total de neoplasias. Já nos
países desenvolvidos, essa proporção diminui, chegando a cerca de 1% (AMERICAN CANCER
SOCIETY, 2014; BARR et al., 2006; FERLAY et al., 2013; MAGRATH et al., 2013).
Ministério da Saúde – INCA, 2016

Grifo Próprio
TUMOR MALIGNO
É necessário considerar a origem embrionária dos tecidos de que deriva o tumor.
Quando originados dos epitélios de revestimento externo e interno são denominados
carcinoma; de origem glandular, adenocarcinoma, por exemplo:

• Carcinoma basecelular da face.


• Adenocarcinoma de ovário.
TUMOR MALIGNO
Tumores malignos originários dos tecidos conjutivos (mesenquimais) são formados
pelo nome do tecido mais a determinação sarcoma, por exemplo:

• Tumor maligno do tecido cartilaginoso: condrossarcoma.


• Tumor maligno do tecido gorduroso: lipossarcoma.
• Tumor maligno do tecido muscular estriado: rabidomiossarcoma.
EXCEÇÕES
ORIGEM EMBRIONÁRIA DOS TUMORES:
• Originários de células blásticas: hepatoblastoma, neuroblastoma,
retinoblastoma, nefroblastoma e osteoblastoma.

USO DE EPÔNIMOS:
• Linfoma de Burkitt, sarcoma de Ewing, sarcoma de Kaposi, tumor de Wilms
(nefroblastoma), etc.
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL
DE CÂNCER NA INFÂNCIA (CICI)
I. leucemias, doenças mieloproliferativas e doenças mielodisplásicas;
II. Linfomas e neoplasias reticuloendoteliais;
III. tumores do SNC e miscelânea de neoplasias intracranianas e intraespinhais;
IV. tumores do sistema nervoso simpático;
V. retinoblastoma;
VI. tumores renais;
Ministério da Saúde – INCA, 2016

Grifo Próprio
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL
DEO CÂNCER NA INFÂNCIA (CICI)
I. tumores hepáticos;
II. tumores ósseos malignos;
III. sarcomas de partes moles;
IV. neoplasias de células germinativas, trofoblásticas e outras gonadais;
V. carcinomas e outras neoplasias malignas epiteliais;
VI. outros tumores malignos não especificados.

Ministério da Saúde – INCA, 2016

Grifo Próprio
FATORES DE RISCO
• Exposição pré-natal aos RX e radioterapia do câncer.
• Síndrome de Down.
• Neurofibromatose.
• Quimioterapia pregressa.
• Síndromes genéticas.
• Gêmeos monozigotos.
• Imonodeficiência congênita ou adquirida.
• terapia imunossupressora.
• Vírus Epstein-Barr.
HEREDITARIEDADE
• Todo câncer é genético, mas nem todo câncer é hereditário.
• 10 a 15% das neoplasias pediátricas podem estar associadas a desordens
hereditárias:
• Retinoblastoma familiar x esporádico.
• Tumor de Wilms familiar x esporádico.

(CASCIATO, 2008)
SOBREVIDA
• O atraso no diagnóstico pode interferir na sobrevida do paciente pediátrico.
• Conscientizar profissionais de saúde e a população dos sinais e sintomas do câncer
em pediatria pode melhorar o prognóstico.
• É importante desmistificar o câncer.
O CÂNCER INFANTOJUVENIL
• Crescimento rápido
• Bom prognóstico
• Responde bem ao tratamento

A demora no diagnóstico e na referência pode fazer


diferença na taxa sobrevida
CÂNCER INFANTIL
Pediatria
Pediatria
INCA
INCA

327 matrículas no ano de 2016


Existe prevenção para o câncer
infantojuvenil?
Por que é tão difícil
diagnosticar o câncer
infantojuvenil?
A demora no diagnóstico
pode fazer diferença na vida
e morte da criança
A demora pode acontecer porque os pais
não reconheceram os sinais e sintomas?

A demora pode acontecer na resposta da enfermeira, do


médico de família, do pediatra, do sistema de saúde?

Quem é responsável pelo diagnóstico oportuno?


“A responsabilidade é de todos”

“A demora não pode acontecer nos serviços de saúde onde é nosso


compromisso o cuidado a criança e adolescente”
Como podemos contribuir para
o diagnóstico precoce do câncer
infantil?
Fique atento aos sintomas do
câncer infantojuvenil
DETECÇÃO PRECOCE DO
CÂNCER INFANTOJUVENIL
1. Proporcionar educação em saúde a população
2. Capacitar os profissionais da atenção primária para detecção precoce do câncer
infantil
3. Ampliar o acesso a rede de saúde
4. Pactuar fluxo de encaminhamento
5. Agilizar o diagnóstico
6. Proporcionar acolhimento nos centros de referência oncológica
FATORES QUE INFLUECIAM
NO TEMPO PARA O DIAGNÓSTICO
✔ Tipo de tumor
✔ Localização do tumor
✔ Idade do paciente
✔ Suspeita clínica
✔ Extensão da doença
✔ Cuidado e/ou percepção da doença pelos pais
✔ Nível de educação dos pais
✔ Nível de distância do centro de tratamento
✔ Sistema de cuidado de saúde
PRINCIPAIS NEOPLASIAS
PEDIÁTRICAS
• Leucemias
• Linfomas
• Osteossarcoma
• Rabdomiossarcoma
• Sarcoma de Ewing/PNET
• Tumor de Sistema Nervoso Central
• Retinoblastoma
• Neuroblastoma
• Tumor de Wilms
• Hepatoblastoma
TIPO DE TUMOR IDADE SINAIS E SINTOMAS

Idade de pico 2 a 5 anos Palidez cutânea, fadiga, irritabilidade,


(LLA) e nos menores de 4 sangramentos anormais sem causa definida,
LEUCEMIAS
meses e adolescentes febre, dor óssea, articular generalizada,
(LMA) hepatoesplenomegalia e linfadenomegalia

Adenomegalia dura, indolor e aderida aos


planos profundos, Sintomas B (Febre sem
causa determinada, perda de peso, sudorese
LINFOMAS Menores de 15 anos noturna), alterações em duas ou mais séries do
hemograma, hepatoesplenomegalia,
persistência de enfartamento ganglionar maior
que 3 cm

Fonte: Camargo, B.; Lopes, L.F. Pediatria Oncológica: Noções Fundamentais para o Pediatra. Ed. Lemar. São Paulo, 2000.
TIPO DE TUMOR IDADE SINAIS E SINTOMAS LOCALIZAÇÃO

Dor local, aumento de partes Fêmur distal, tíbia


Adolescentes
OSTEOSSARCOMA moles, dificuldade de proximal, úmero
Adultos jovens
deambulação, fratura patológica proximal, fêmur proximal

Dor local, massa palpável, febre, Esqueleto axial


Entre 10 e 20 anos
SARCOMA DE EWING fratura patológica, edema e calor (pélvico), ossos das
(11a)
local extremidades

Cabeça e pescoço,
Tumoração local, dor, dificuldade
próstata, bexiga, vagina,
Até 15 anos de urinar, corrimento
RABDOMIOSSARCOMA paratesticular,
(6 a) achocolatado e fétido, aumento
extremidades,
do volume escrotal, proptose
parameníngeo

Fonte: Camargo, B.; Lopes, L.F. Pediatria Oncológica: Noções Fundamentais para o Pediatra. Ed. Lemar. São Paulo, 2000.
TIPO DE TUMOR IDADE SINAIS E SINTOMAS LOCALIZAÇÃO

Vômitos, cefaléia, alterações


comportamentais, papiledema,
ataxia, desequilíbrio, estrabismo,
Supratentorial,
TU DE SNC Até 15 anos convulsão, retardo do
infratentorial
desenvolvimento neuropsicomotor,
aumento das fontanelas,
macrocrania

Leucocoria, estrabismo, Unilateral, bilateral,


RETINOBLASTOMA Até 4 anos
vermelhidão, inflamação da órbita trilateral .

Fonte: Camargo, B.; Lopes, L.F. Pediatria Oncológica: Noções Fundamentais para o Pediatra. Ed. Lemar. São Paulo, 2000.
ATENÇÃO
• Avaliar do quadro neurológico
• Avaliar fontanelas
• Avaliar movimentação e deambulação, respeitando os limites da criança
• Proporcionar respiração adequada

Atentar para os sinais vitais:

BRADICARDIA
BRADIPNEIA
HIPERTENSÃO ARTERIAL
TIPO DE TUMOR IDADE SINAIS E SINTOMAS LOCALIZAÇÃO

Masssa abdominal, sudorese, HAS, Supra-renal, cadeia para


1 a 11 anos
NEUROBLASTOMA taquicardia, irritabilidade, rubor facial, espinhal, cervical, pélvico e
(2 a)
diarréia, emagrecimento torácico

1 a 7 anos Massa abdominal, hematúria, HAS,


TU DE WILMS Loja renal uni ou bilateral
(2º, 3º ano) trombose de veia cava, anemia

Massa abdominal , dor abdominal,


1 a 3 anos
HEPATOBLASTOMA perda de peso, anorexia, icterícia, Figado (hipocôndrio D)
(1a)
plaquetose,

Fonte: Camargo, B.; Lopes, L.F. Pediatria Oncológica: Noções Fundamentais para o Pediatra. Ed. Lemar. São Paulo, 2000.
ATENÇÃO
• Controlar a dor
• Atentar para alteração do hábito intestinal, presença de diarreia ou constipação
• Realizar exame clínico e avaliar presença de massa e/ou aumento de volume
• Atentar para disúria e aspecto da urina
• Avaliar perda de força motora em MMII, com claudicação e parestesias
• Controlar dos Sinais Vitais
TUMORES COM LOCALIZAÇÃO EM
REGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO
ATENÇÃO
• Avaliar da respiração e deglutição
• Controlar a dor, principalmente cefaleia
• Realizar exame clínico e avaliar presença de massa e/ou aumento de volume
• Atentar para dificuldade visual
• Atentar para possível ocorrência de crise convulsiva
Mãos a obra!
Vamos ver o que você aprendeu.
ate
Primeira Turma de capacitação para
Detecção Precoce do Câncer Infantojuvenil
Especialização em Enfermagem em Oncologia
12/2017
REFERÊNCIAS:
1. Diagnóstico Precoce do Câncer na Criança e no Adolescente. 2ª edição. INCA, 2013.
2. Camargo, B.; Lopes, L. F. Pediatria Oncológica: Noções Fundamentais para o Pediatra.
São Paulo: Lemar, 2000.
3. Melaragno, R. Camargo, B. Oncologia Pediátrica: Diagnóstico e Tratamento. São Paulo.
Atheneu, 2013.
4. www.inca.gov.br/estimativa/2016
5. www.unidospelacura.org.br
6. Incidência, mortalidade e morbidade hospitalar por câncer em crianças, adolescentes e
adultos jovens no Brasil: informações dos registros de câncer e do sistema de
mortalidade / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio deJaneiro:
Inca, 2016

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