Visão de Juventudade e Modalides de Ensino
Visão de Juventudade e Modalides de Ensino
Visão de Juventudade e Modalides de Ensino
03 Modalidades de Ensino
04 Considerações Finais
O Currículo de Referência Único do Acre para o ensino médio emerge como
um documento estratégico, concebido com base nos preceitos estabelecidos
pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Esta última, de natureza
normativa, delineia um arcabouço orgânico e progressivo de aprendizagens
fundamentais que todos os estudantes devem absorver ao longo das
diversas etapas e modalidades da educação básica.
01
Introdução
No esforço de atender às expectativas dos estudantes e às exigências da
sociedade contemporânea no que diz respeito à formação no ensino médio, as
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM/2011)
enfatizam a importância de não categorizar homogeneamente o público dessa
etapa, composto predominantemente por adolescentes e jovens.
02
Visão de juventude e suas centralidades nos
processos educativos
Contrapondo-se à ideia de encarar a "juventude" como um simples rito de passagem da infância à
maturidade, as diretrizes defendem a necessidade crucial de reconhecer a juventude como uma
condição sócio-histórico-cultural de uma categoria de sujeitos.
Essa abordagem destaca que é fundamental considerar a juventude em suas diversas dimensões,
reconhecendo que suas especificidades não se limitam às características biológicas e etárias. Pelo
contrário, essas especificidades estão intrinsecamente articuladas com uma variedade de fatores
sociais e culturais, resultando na produção de múltiplas culturas juvenis ou, como mencionado no
Parecer CNE/CEB nº 5/2011, muitas juventudes.
Para moldar esses jovens como sujeitos críticos, criativos, autônomos e responsáveis, é
incumbência das escolas de ensino médio do estado proporcionar experiências e processos
educacionais que garantam as aprendizagens essenciais para a interpretação da realidade,
enfrentamento dos novos desafios da contemporaneidade – sejam eles de natureza social,
econômica ou ambiental – e para a tomada de decisões éticas e fundamentadas.
Ao promover um ambiente educacional que desafia os estudantes a se engajarem ativamente na
leitura crítica do mundo ao seu redor, as escolas contribuem para o desenvolvimento de uma
consciência cidadã, estimulando a participação ativa e informada na sociedade. Essa abordagem
também visa cultivar a capacidade de inovação e criatividade, encorajando os jovens a se abrirem
de maneira criativa para o novo, rompendo com paradigmas obsoletos e propondo soluções
inovadoras para os desafios contemporâneos.
03
Modalidades de ensino
A Educação Básica, desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB –
9.394/96), passou a ser organizada em etapas e modalidades de ensino, abrangendo a Educação
Infantil, o Ensino Fundamental obrigatório de nove anos e o ensino médio. Esta última fase do
processo formativo da Educação Básica é orientada por princípios e finalidades que buscam
garantir uma formação abrangente e significativa para os estudantes.
A primeira diretriz desse estágio educacional destaca a consolidação e o aprofundamento dos
conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, proporcionando bases sólidas para o
prosseguimento dos estudos. Além disso, o ensino médio visa oferecer uma preparação básica
para a cidadania e o mundo do trabalho, entendendo a educação como um princípio contínuo para
o aprendizado ao longo da vida.
O propósito primordial da EJA é garantir o direito à educação escolar para jovens e adultos que,
por diversas razões, não tiveram a oportunidade de frequentar ou concluir a educação básica
convencional. Dessa maneira, a EJA atenta para as especificidades inerentes ao seu público-alvo,
notadamente o aluno trabalhador.
Atualmente, o ensino médio da EJA é oferecido em oitenta e seis (86) escolas em todo o estado,
com duração de dois (02) anos, que correspondem às três séries do ensino médio regular. Está
estruturado em quatro módulos (semestres) e tem carga horária total de mil e duzentas (1.200)
horas, sendo que cada módulo de ensino totaliza a carga horária de
trezentas (300) horas.
Os componentes curriculares estão assim distribuídos:
• Módulo II: É constituído por Língua Portuguesa II, Matemática II, Física I, Química I e Biologia
I.
• Módulo III: É composto por Língua Portuguesa III, Matemática III, Física II, Geografia II e
História II.
• Módulo IV: É composto por Química II, Biologia II, Sociologia, Filosofia, Inglês e Espanhol.
Educação especial
A política pública de educação inclusiva visa construir uma escola que seja acessível a todos,
onde cada indivíduo, independentemente de suas características e necessidades, tenha
garantidos seus direitos e possa participar ativamente de uma aprendizagem de qualidade,
promovendo, assim, a equidade no ensino comum.
Nesse contexto, o conceito de inclusão não está vinculado à homogeneização, mas, ao contrário,
à abertura para a expressão e valorização das diferenças individuais.
Incluir na perspectiva da educação inclusiva vai além de apenas receber alunos com diferentes
necessidades, deficiências ou características específicas. Significa criar um ambiente educacional
que seja verdadeiramente acolhedor e adaptado para atender a diversidade de perfis presentes na
sociedade. Isso envolve a implementação de práticas pedagógicas flexíveis, a promoção de uma
cultura escolar inclusiva, a adaptação de recursos e materiais didáticos, a formação de
professores para lidar com a diversidade, entre outras estratégias.
A Educação Especial está inserida nesse contexto inclusivo, perpassando todos os níveis, etapas
e modalidades de ensino, da Educação Básica para garantir o acesso, a permanência, a
participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, público-alvo definido pela Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC,2008).
Cabe ressaltar que, em 2015, com a aprovação do Plano Estadual de Educação, esse público foi
ampliado para os alunos com transtornos do déficit de atenção e hiperatividade, dislexia,
discalculia, disgrafia, disortografia e distúrbio do processamento auditivo central e confirmado pela
Resolução Nº 277/2017, do Conselho Estadual de Educação, que estabelece normas para a
Educação Especial.
Como modalidade de ensino transversal, a Educação Especial deve fazer parte da proposta
pedagógica da escola e se realiza por meio do atendimento educacional especializado, que pode
ocorrer tanto no turno de escolarização, em sala de aula, com o trabalho colaborativo dos
profissionais especializados ou de apoio, quanto no turno inverso, em salas de recursos
multifuncionais.
Para tanto, o atendimento educacional especializado leva em consideração as adaptações
razoáveis e as atividades de aprofundamento e enriquecimento de aspectos curriculares.
A Educação do Campo, por sua vez, demanda uma compreensão das particularidades das
comunidades rurais, reconhecendo a importância da agricultura familiar e a conexão intrínseca
entre o ambiente rural e o processo educativo.