Demonstrativos Fiscais

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CONTABILIDADE

GOVERNAMENTAL

Professora: Clara Monise


MANUAL DE DEMONSTRATIVOS FISCAIS

O Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF) estabelece regras de


harmonização a serem observadas, de forma permanente, pela Administração
Pública para a elaboração do Anexo de Riscos Fiscais – ARF, do Anexo de
Metas Fiscais – AMF, do Relatório Resumido da Execução Orçamentária –
RREO e do Relatório de Gestão Fiscal – RGF, e define orientações
metodológicas, consoante os parâmetros definidos pela Lei Complementar no
101, de 4 de maio de 2000, intitulada Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.

O MDF dispõe sobre as determinações legais, a definição dos demonstrativos


que os compõem, enfatizando sua abrangência e particularidades, os modelos
dos demonstrativos e instruções de preenchimento, os prazos para publicação, e
penalidades.
Estabelece regras de harmonização a
serem observadas pela Administração
Pública para a elaboração do:
Anexo de Riscos Fiscais (ARF);
Anexo de Metas Fiscais (AMF);
Relatório Resumido da Execução
Orçamentária (RREO);
Relatório de Gestão Fiscal (RGF).

Define orientações metodológicas,


consoante os parâmetros definidos pela Lei
de Responsabilidade Fiscal – LRF.
Relatório Resumido da Execução
Orçamentária

Demonstrativos que o acompanham:


 Receita Corrente Líquida;
 Receitas e Despesas Previdenciárias;
 Resultado Primário e Nominal;
 Restos a Pagar por Poder e Órgão;
 Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (LDB);
 Receitas e Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde (LC 141/2012);
 Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital (final exercício);
 Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social;
 Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos;
 Parcerias Público-privadas.
Relatório de Gestão Fiscal

Despesa com Pessoal;

Dívida Consolidada;

Garantias e Contragarantias;

Operações de Crédito;

Disponibilidade de Caixa e Restos a Pagar.


Despesa com pessoal - LRF

Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com
pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os
pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e
de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e
vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,
inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer
natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de
previdência.

§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à


substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras
Despesas de Pessoal“.

§ 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em


referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de
competência.
Despesa com pessoal - LRF

Na verificação do atendimento dos limites, não serão computadas as despesas:

• de indenização por demissão de servidores ou empregados;

• relativas a incentivos à demissão voluntária;

• decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração a que


se refere o § 2o do art. 18;

• com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos
provenientes:
o da arrecadação de contribuições dos segurados;
o da compensação financeira entre os regimes de previdência;
o das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade,
inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu
superávit financeiro.
Sanções de Responsabilidade Fiscal
 Sanções Institucionais na LRF:
 Impedimento de recebimento das transferências voluntárias (exceto: saúde,
educação e assistência social);
 Impedimento de obter garantias e contratação de operações de crédito.

 Sanções Pessoais (art. 73):


 Natureza Política (Lei nº 1.079/50 e 201/67);
 Natureza Administrativa (Lei nº 8.429/92);
 Natureza Penal (Lei nº 10.082/00).
Lei da Transparência Lei da Informação

 Lei Complementar nº 131/2009

• Da disponibilização da execução orçamentária e financeira das receitas e


das despesas públicas para toda a sociedade, e, tempo real, por meio
eletrônico.

 Lei nº 12.527/11
• Garante à sociedade o acesso à informações públicas referentes às despesas
realizadas pelos entes federados, quanto à licitações, contratos, gasto de
pessoal, através de portais eletrônicos.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL
O QUE SERIA RGF?

Instrumentos de Transparência e Gestão.

QUAL A PREVISÃO LEGAL?

§ 3º do Art. 165 da CF/88 e Art. 54 da LRF.


QUEM REGULAMENTA?

A Secretaria do Tesouro Nacional.

QUAL A ORIGEM DOS DADOS?

Sistema de Contabilidade.
PERIODICIDADE E PRAZOS

PERIODICIDADE

I – Regra Geral da LRF: entrega quadrimestral


II – Exceção – Art. 63, II, da LRF:
Somente os Municípios com menos de 50.000 habitantes
podem optar pela entrega semestral, desde que que não
estejam acima dos limites legais de despesa com pessoal ou
dívida consolidada.
PRAZOS

 Até 30 dias após o término do


bimestre/quadrimestre/semestre.
FORMA DE DIVULGAÇÃO

 Através de Diário Oficial (União, Estado ou


Municípios);

 Através da Internet.
ENCAMINHAMENTO

 TCE – Através de Sistema Informatizado ou


através de documentação.

 STN – Através do Sistema Informatizado


SICONFI.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

O Relatório de Gestão Fiscal é um instrumento


imprescindível no acompanhamento das atividades
financeiras e de gestão do Estado e está previsto no
artigo 54 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio
de 2000, intitulada Lei de Responsabilidade Fiscal -
LRF.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

Essa Lei Complementar estabelece normas de finanças


públicas voltadas para a responsabilidade na gestão
fiscal e determina que a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios deverão elaborar e publicar o
Relatório de Gestão Fiscal, com o propósito de
assegurar a transparência dos gastos públicos e a
consecução das metas fiscais com a observância dos
limites fixados pela lei.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

Os Poderes e órgãos definidos na LRF deverão, cada


um, emitir o seu próprio Relatório de Gestão Fiscal,
abrangendo todas as informações necessárias à
verificação da consecução das metas fiscais e dos
limites de que trata a lei.

O relatório deverá conter, também, as medidas


corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado
qualquer dos limites.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

Composição do RGF para os Municípios:

01 Despesas de Pessoal;
02 Dívida Consolidada;
03 Garantias e Contragarantias de Valores;
04 Operações de Crédito;
05 Disponibilidade de Caixa;
06 Restos a Pagar;
07 Simplificado do RGF.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

Composição do RGF para os Câmaras de Vereadores:

01 Despesas de Pessoal;
05 Disponibilidade de Caixa;
06 Restos a Pagar;
07 Simplificado do RGF.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL – RGF

ANEXO I – DEMONSTRATIVO DA DESPESA


COM PESSOAL

A LRF determina limite legal de gastos com pessoal


em relação à Receita Corrente Líquida (RCL). De
acordo com a Lei, a despesa com pessoal dos Estados
e municípios não pode ultrapassar 60% da RCL, assim
distribuídos:
Despesas com Pessoal
Repartição dos limites - art. 20

Executivo
49%
Estado:
Judiciário
6%
60% s/ RCL
3% Legislativo e TCE

2% Ministério Público

Municípios:
Executivo
54%
60% s/ RCL
Legislativo
6%
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL – RGF

ANEXO I – DEMONSTRATIVO DA DESPESA


COM PESSOAL

Existem ainda dois limites de gastos com pessoal. O


denominado "limite de alerta", estabelecido em 90% do
limite legal.
O outro é o "limite prudencial", que chega a 95% do limite
legal (46,55% da RCL). Se o governante verificar que
ultrapassou os limites estabelecidos, deve tomar
providências para se enquadrar no prazo de 08 meses.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL – RGF

ANEXO II – DEMONSTRATIVO DA DÍVIDA


CONSOLIDADA LÍQUIDA - DCL

Visa assegurar a transparência das obrigações contraídas


pelo Estado, como também controlar os limites de
endividamento de que trata a LRF, ou seja, respeitar a
relação entre dívida e sua capacidade de pagamento. Para os
Estados, o limite estabelecido pelo Senado Federal é de 2 x
RCL.
LIMITES PARA A DÍVIDA CONSOLIDADA
(RESOLUÇÃO Nº 40 DO SENADO FEDERAL)

ESFERA DE GOVERNO LIMITE (RCL)

UNIÃO 3,5

ESTADO 2,0

MUNICÍPIO 1,2
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL – RGF

ANEXO III – DEMONSTRATIVO DAS GARANTIAS E


CONTRAGARANTIAS DE VALORES

Este demonstrativo visa a assegurar a transparência das garantias oferecidas a


terceiros por ente da Federação e verificar os limites de que trata a LRF, bem como
das contragarantias vinculadas, decorrentes das operações de crédito internas e
externas.

Garantia: fianças e avais concedidos pelo ente federativo, em operações de crédito,


inclusive com recursos de fundos de aval, a assunção de risco creditício em linhas de
crédito, o seguro de crédito à exportação e outras garantias de natureza semelhante
que representem compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual

Contragarantia: contrapartida oferecida pelo ente federativo que irá receber uma
garantia, de forma que seja em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida,
e que abranja o ressarcimento integral dos custos financeiros decorrentes da
cobertura de eventual inadimplemento.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL – RGF

ANEXO IV – DEMONSTRATIVO DAS OPERAÇÕES DE


CRÉDITO

Este demonstrativo visa a assegurar a transparência das operações de


crédito efetuadas pelo ente da Federação, discriminando-as em face
de sua relevância à luz da legislação aplicável, e a verificar os
limites de que trata a LRF e as Resoluções do Senado Federal.

Este demonstrativo abrange toda e qualquer operação de crédito


realizada pelos entes da Federação, independentemente de
envolverem ou não o ingresso de receitas orçamentárias nos cofres
públicos.
LIMITES PARA A DÍVIDA CONSOLIDADA
(RESOLUÇÕES Nº 43 E 48 DO SENADO FEDERAL)

LIMITE (%RCL)
ESTADOS MUNICÍPIOS
E DF
GARANTIAS 22

OPERAÇÕES DE CRÉDITO INTERNAS 16


E EXTERNAS
OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR 7
ARO’s
LIMITES PARA A DÍVIDA CONSOLIDADA
(RESOLUÇÕES Nº 43 E 48 DO SENADO FEDERAL)

LIMITE (%RCL)
UNIÃO

GARANTIAS 60

OPERAÇÕES DE CRÉDITO INTERNAS 60


E EXTERNAS
OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR -
ARO’s
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL – RGF

ANEXO V – DEMONSTRATIVO DA DISPONIBILIDADE DE CAIXA

Este demonstrativo visa a dar transparência ao montante disponível para fins


da inscrição em Restos a Pagar de despesas não liquidadas, cujo limite, no
último ano de mandato da gestão administrativo-financeira, é a disponibilidade
de caixa líquida por vinculação de recursos. Para tanto, apresenta o cálculo
da Disponibilidade de Caixa do ponto de vista estritamente fiscal,
demonstrando se o ente possui liquidez para arcar com seus compromissos
financeiros.

O Demonstrativo deverá ser elaborado somente no último quadrimestre pelos


Poderes e órgãos com poder de autogoverno, tais como o Poder Executivo,
os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, o Tribunal de Contas e o
Ministério Público.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL – RGF

ANEXO VI – DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR

Este demonstrativo visa assegurar a transparência da inscrição em Restos


a Pagar de despesas não liquidadas nos limites de disponibilidade de
caixa de que trata a LRF. Nos dois últimos quadrimestres do último ano
de mandato, é vedado ao governante contrair obrigação de despesa que
não possa ser paga no mesmo exercício. Se isso ocorrer, o governante
deverá assegurar disponibilidade de caixa para o exercício seguinte.

Os Restos a Pagar constituem compromissos financeiros exigíveis que


compõem a dívida flutuante e podem ser caracterizados como as
despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro de cada
exercício financeiro.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL – RGF

ANEXO VII – DEMONSTRATIVO SIMPLIFICADO DO RELATÓRIO DE


GESTÃO FISCAL

Parte integrante do Relatório de Gestão Fiscal – RGF, o Demonstrativo


Simplificado do Relatório de Gestão Fiscal, versão simplificada daquele
relatório, visa a facilitar o acompanhamento e a verificação de suas
informações e deverá ser elaborado pelo Poder Executivo, em todos os
quadrimestres, e pelos Poderes Legislativo e Judiciário e pelo Ministério
Público, somente no último quadrimestre.
RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA
O QUE SERIA RREO?

Instrumentos de Transparência e Gestão.

QUAL A PREVISÃO LEGAL?

§ 3º do Art. 165 da CF/88 e Arts. 53 a 55 da LRF.


QUEM REGULAMENTA?

A Secretaria do Tesouro Nacional.

QUAL A ORIGEM DOS DADOS?

Sistema de Contabilidade.
PERIODICIDADE E PRAZOS

PERIODICIDADE

 RREO – Bimestral
 RGF – Quadrimestral/Semestral

PRAZOS

 Até 30 dias após o término do


bimestre/quadrimestre/semestre.
FORMA DE DIVULGAÇÃO

 Através de Diário Oficial (União, Estado ou


Municípios);

 Através da Internet.
ENCAMINHAMENTO

 TCE – Através de Sistema Informatizado ou


através de documentação.

 STN – Através do Sistema Informatizado


SICONFI.
RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária


(RREO) é um conjunto de demonstrativos que dá
amplas informações ao Executivo, Legislativo e à
sociedade sobre a execução orçamentária e sua
previsão. Dentre os demonstrativos da RREO,
podemos destacar o da Receita Corrente Líquida
(RCL) por ser a base de cálculo para os Relatórios de
Gestão Fiscal. Conforme previsto na LRF, deverá ser
elaborado e publicado até 30 dias após o final de cada
bimestre.
RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA

O RREO e seus demonstrativos abrangerão os órgãos


da Administração Direta e entidades da administração
Indireta, de todos os Poderes, constituídos pelas
autarquias, fundações, fundos especiais, empresas
públicas e sociedades de economia mista que recebem
recursos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social,
inclusive sob a forma de subvenções para pagamento
de pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excluídos, no último caso, aqueles provenientes de
aumento de participação acionária.
RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA

O RREO deverá ser assinado pelo Chefe do Poder


Executivo que estiver no exercício do mandato na data
da publicação do relatório, ou por pessoa a quem ele
tenha legalmente delegado essa competência, qualquer
dos dois deve fazê-lo em conjunto com o profissional
de contabilidade responsável pela elaboração do
relatório.
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA -
RREO

Os demonstrativos do RREO, listados a seguir, deverão ser elaborados e publicados até trinta dias
após o encerramento do bimestre de referência, durante o exercício.
a) Balanço Orçamentário;
b) Demonstrativo da Execução das Despesas por Função/Subfunção;
c) Demonstrativo da Receita Corrente Líquida;
d) Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio dos Servidores;
e) Demonstrativo do Resultado Nominal;
f) Demonstrativo do Resultado Primário;
g) Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão;
h) Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino;
i) Demonstrativos das Despesas com Saúde;
j) Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária.
Anexo I: Balanço Orçamentário

• Previsão inicial e previsão atualizada da receitas;


• Execução bimestral e acumulada das receitas;
• Superávit financeiro do exercício anterior;
• Previsão inicial, créditos adicionais e dotação
atualizada;
• Despesas empenhas e liquidadas;
• Resultado Superavitário e Deficitário;
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA - RREO

ANEXO II – DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR


FUNÇÃO/SUBFUNÇÃO

Apresenta as despesas por função nos diversos níveis de informação. A função expressa o maior nível
de agregação na Administração Pública nas diversas áreas da despesa que competem ao setor público.
As subfunções representam uma partição da função, visando agregar determinado subconjunto de
despesa do setor público.

Ex.: Função: Legislativa


Ex.: Subfunção: Ação Legislativa
Comunicação Social

Ex.: Função: Judiciária


Ex.: Subfunção: Ação Judiciária
Controle Interno
Despesa da Ordem Jurídica
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA – RREO
ANEXO III – DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LIQUIDA

Traz o somatório da receita corrente, sua evolução nos últimos doze meses, assim como a previsão de
seu desempenho no exercício, excluído as duplicidades (Transferência aos Municípios, Contribuição
do Servidor ao RPPS, Compensação Financeira entre o RGPS e o RPPS e Transferências ao
FUNDEB).

O principal objetivo da RCL é servir de parâmetro para o montante da reserva de contingência, cuja
forma de utilização e montante serão estabelecidos na LDO, e para os limites da despesa total com
pessoal, da dívida consolidada líquida, das operações de crédito, do serviço da dívida, das operações
de crédito por antecipação de receita orçamentária e das garantias do ente da Federação. Os limites
foram estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, e pelas Resoluções 40/2001, 43/2001
e 48/2007 do Senado Federal.

Conforme a LRF, a RCL é o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,


agropecuárias, industriais, de serviços, transferências correntes e outras receitas correntes do ente da
Federação, deduzidos alguns itens exaustivamente explicitados pela própria LRF, não cabendo
interpretações que extrapolem os dispositivos legais.
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA – RREO
ANEXO IV – DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS
PREVIDENCIÁRIAS DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DOS
SERVIDORES

Demonstra as receitas previdenciárias recolhidas dos servidores para o custeio do Regime


Próprio de Previdência Social (RPPS) e as despesas estimadas com benefícios
previdenciários, a serem desembolsados, resultando numa avaliação financeira e atuarial
do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

O demonstrativo deverá evidenciar, também, os repasses recebidos para cobertura de


déficits, quando houver.

O Rioprevidência é a autarquia responsável pela habilitação, administração e pagamento


dos benefícios previdenciários previstos na legislação estadual que dispõe sobre o regime
previdenciário dos servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro e seus dependentes.
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA – RREO
ANEXO V – DEMONSTRATIVO DO RESULTADO NOMINAL

O objetivo da apuração do Resultado Nominal é medir a evolução da Dívida Fiscal Líquida.

O saldo da dívida fiscal líquida corresponde ao saldo da dívida consolidada líquida somado às
receitas de privatização, deduzidos os passivos reconhecidos, decorrentes de déficits ocorridos em
exercícios anteriores.

A dívida consolidada líquida corresponde ao saldo da dívida consolidada, deduzida do Ativo


Disponível e dos Haveres Financeiros, líquidos dos Restos a Pagar Processados, conforme
estabelece o art. 42 da LRF, em seu parágrafo único: "Na determinação da disponibilidade de caixa
serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar (RPP) até o final do
exercício".

O Resultado Nominal equivale ao aumento/redução da dívida pública em um determinado período.

É a diferença entre as receitas e as despesas públicas, incluindo receitas e despesas financeiras


RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA – RREO
ANEXO VI – DEMONSTRATIVO DO RESULTADO PRIMÁRIO

Representa o somatório das receitas fiscais líquidas menos as despesas fiscais líquidas.
O Resultado Primário é um valor não financeiro, representado pela diferença entre as
receitas não financeiras e as despesas não financeiras. Ou seja, indica se os gastos
orçamentários do Estado são compatíveis com sua arrecadação.

Entendem-se como Receitas Não Financeiras o total das receitas orçamentárias


deduzidas as aplicações financeiras, operações de crédito, amortização de empréstimos
e alienações de bens.

Entendem-se como Despesas Não Financeiras o total das despesas orçamentárias


deduzidas as despesas com juros e amortização da divida interna e externa, com a
aquisição de títulos de capital integralizado e as despesas com concessão de
empréstimos com retorno garantido.
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA – RREO
ANEXO VII – DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR POR PODER E ÓRGÃO

Apresenta os valores inscritos, pagos, cancelados e a pagar. São as obrigações assumidas e


constam do Passivo Financeiro do Balanço Patrimonial como Restos a Pagar Processados e
Não Processados.

Os Restos a Pagar constituem compromissos financeiros exigíveis que compõem a dívida


flutuante e podem ser caracterizados como as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia
31 de dezembro de cada exercício financeiro. As despesas empenhadas, não pagas até o dia
31 de dezembro, não canceladas pelo processo de análise e depuração e, que atendam os
requisitos previstos em legislação específica, devem ser inscritas em Restos a Pagar, pois se
referem a encargos incorridos no próprio exercício. São considerados processados os Restos
a Pagar referentes a empenhos liquidados e, portanto, prontos para o pagamento, ou seja,
cujo direito do credor já foi verificado. Em via contrária, são considerados não-processados
os empenhos de contrato e convênios que se encontram em plena execução, não existindo o
direito líquido e certo do credor.
Anexo XI: Receitas e Despesas com a MDE

• Receitas Base de Cálculo – Art. 159, I, Alínea ‘d’;


• Deduções para composição do FUNDEB;
• Resultado líquido dos recursos FUNDEB;
• Despesas com magistério – percentual atingido;
• Outras Despesas com recursos do FUNDEB;
• Todas as despesas da Educação;
• Ded. do Resultado Líquido dos Recursos FUNDEB;
• Resultado do cálculo.
Anexo XII: Receitas e Despesas com ações em saúde
pública

• Receitas Base de Cálculo;


• Despesas com Saúde Pública;
• Despesas não computadas para fins de apuração do limite: Lei
Complementar 141/2012;
• Resultado percentual;
• Percentual não cumprido nos exercícios anteriores: Art. 25 e 26
da LC 141/2012.
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA – RREO
ANEXO XVIII – DEMONSTRATIVO SIMPLIFICADO DO RREO

O ente deverá publicar como um instrumento de transparência da gestão fiscal o


Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

Este demonstrativo visa evidenciar de forma simplificada, e em um único demonstrativo, as


execuções orçamentária e de restos a pagar, a apuração dos limites mínimos
constitucionalmente estabelecidos de aplicação em saúde e educação, a apuração do limite
máximo constitucionalmente permitido para contratação de operações de crédito, as
projeções atuariais dos Regimes de Previdência bem como suas receitas e despesas, o valor
da Receita Corrente Líquida, o cumprimento das metas de resultado nominal e primário
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais da LDO e a aplicação da receita de capital derivada
da alienação de ativos.

A elaboração deste demonstrativo far-se-á mediante a extração das informações dos


demonstrativos completos que compõem o RREO.
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA - RREO

Além dos demonstrativos já citados, também deverão ser elaborados e publicados


até trinta dias após o encerramento do último bimestre, os seguintes demonstrativos
do RREO:

a) Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital;

b) Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência dos


Servidores;

c) Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos; e

d) Demonstrativo das Parcerias Público-Privadas.

Em todos os demonstrativos, será permitido o desdobramento de informações cujos


entes julgarem necessárias, para melhor transparência.
Renúncia de receita

O art. 14 da LRF trata especialmente da renúncia de receitas.

§1º “A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito


presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de
alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado.”
Renúncia de receita

Anistia – é o perdão da multa, que visa excluir o crédito tributário na parte


relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações
cometidas anteriormente. A anistia não abrange o crédito tributário já em
cobrança, em débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia
ocorrido.

Remissão – é o perdão da dívida que se dá em determinadas circunstâncias


previstas na lei, situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver
o débito, inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não
compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber.
Renúncia de receita

Crédito Presumido – é aquele que representa o montante do imposto cobrado na


operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos
não cumulativos, pelo qual o Estado se apropria do valor da isenção na etapa
subsequentes da circulação de mercadorias.

Isenção – é a espécie mais usual de renúncia e define-se como a dispensa


legal, pelo Estado, do débito tributário devido.

Modificação da base de cálculo – é o incentivo fiscal por meio da qual a lei


modifica para menos sua base tributável pela exclusão de quaisquer de seus
elementos constitutivos.
REFERÊNCIAS

 ALBUQUERQUE, Claudiano Manoel; MEDEIROS, Márcio Bastos; FEIJÓ, Paulo Henrique.


Gestão de Finanças Públicas: Fundamentos e Práticas de Planejamento, Orçamento e
Administração Financeira com Responsabilidade Fiscal. Volume I – Administração Financeira e
Orçamentária. 3 ed. Brasília, DF. Gestão Pública, 2013

 BRASIL. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de contabilidade aplicada ao setor público:


aplicado à União e aos Estados, Distrito Federal e Municípios /Ministério da Fazenda, Secretaria
do Tesouro Nacional. – 9. Ed. – Brasília : Secretaria do Tesouro Nacional, Subsecretaria de
Contabilidade Pública. Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação,
2021.

 ____. Lei de Responsabilidade Fiscal. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.


Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá
outras providências. 2000.

 Coordenação Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação – CCONF/SNT.

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