Apresentação TCC Sirlene

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRB

BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

SIRLENE NUNES SANTOS

HÁBITOS DE CONSUMO ALIMENTAR E SUA INFLUÊNCIA NO


CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

Arapiraca
2023
INTRODUÇÃO
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica não
transmissível (DCNT) acomete 1,13 bilhão de pessoas no mundo.

No Brasil, a prevalência de HAS varia de 22,7% a 43,9%, o que


contribui para 31,8% dos óbitos relacionados a doenças
cardiovasculares entre a população brasileira.

Embora possa ter origem genética, os fatores comportamentais,


como os hábitos de consumo alimentar da população, podem ser
determinantes para a prevenção e controle da HAS.

(BRASIL, 2023; OMS, 2015)


HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifuncional


caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA>140x90
mmHg).
Figura 1. Classificação da pressão arterial de acordo com as Diretrizes Brasileiras da
Hipertensão.

Fonte: Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes - EDIÇÃO 2023 (2023).


• É uma doença multifatorial, atrelada com fatores
CAUSAS genéticos, sociais e ambientais.
• Sexo, raça, obesidade, sedentarismo, tabagismo,
consumo excessivo de álcool, estresse, apneia
FATORES DE RISCO do sono, diabetes mellitus, dislipidemia, doença
renal crônica, entre outros
• É um importante fator de risco para outras
POSSÍVEIS doenças cardiovasculares e enfermidades
COMPLICAÇÕES cerebrovasculares e renais
• Mudanças no estilo de vida (perda de peso, prática
regular de atividade física, menor consumo de sal,
moderação no consumo de álcool, parar de fumar e o
controle do estresse) e medicamentos (diuréticos,
TRATAMENTO inibidores da enzima conversora da angiotensina -
IECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina -
BRA, bloqueadores dos canais de cálcio - BCC, entre
outros).

(LOPES, PUGLIESI,2018; DE VASCONCELOS, 2023; OLIVEIRA, 2008)


FISIOPATOLOGIA DA HAS

A pressão arterial é o resultado da força exercida pelo sangue contra as


paredes das artérias, cujo valor é influenciado por fatores como débito
cardíaco (volume de sangue bombeado pelo coração) e resistência
vascular periférica (resistência ao fluxo sanguíneo nas artérias).

Pode ser classificada como:

■ Primária: quando não possui causa identificável.


■ Secundária: quando é associada a outras condições médicas como
doenças renovasculares, diabetes e a insuficiência renal,
hiperaldosteronismo, coactarção da aorta, pré-eclampsia, entre outros.
(BRITO et al., 2021).
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA PREVENÇÃO DA HAS

A alimentação saudável pode ajudar a controlar a pressão arterial de diversas


maneiras, incluindo:
Quadro 1. Diretrizes e indicações de alimentação para controle da pressão arterial:
Diretriz Indicação
Redução do consumo de sódio Redução do consumo de alimentos como, alimentos processados,
salgados e alimentos enlatados.

Aumento do consumo de Aumento do consumo de alimentos, como bananas, laranjas,


potássio abacates e batatas.
Ingestão adequada de cálcio e Incluir na dieta alimentos como leite, iogurte e queijo, e alimentos
magnésio ricos em magnésio, como nozes, sementes e legumes.

Aumento do consumo de fibras Incluir na dieta alimentos como frutas, legumes, grãos integrais e
feijões.

Controle do peso corporal Uma alimentação saudável, aliada à prática regular de atividades
físicas, pode ajudar a controlar o peso corporal e,
consequentemente, a pressão arterial.

Fonte: Adaptação da autora (FERREIRA,2009)


DIETA DASH E ASSOCIAÇÃO COM A HAS

■ A dieta Dash (Dietary Approaches to Stop Hypertension),


desenvolvida nos anos 90, é hoje um dos métodos mais
amplamente estudados e reconhecidos na prevenção do aumento
da pressão arterial.

■ A dieta Dash reduz em 14% o risco de desenvolver hipertensão


arterial.

(DOS ANJOS et al., 2021).


Figura 4. Gráfico representativo dos grupos de alimentos e quantidades recomendadas
na Dieta Dash.

Fonte: Nutritotal (2020)


OBJETIVOS
Geral:

 Compreender o impacto dos hábitos de consumo alimentar no controle da


hipertensão arterial em adultos e idosos.

Específicos:

■ Investigar o mecanismo fisiopatogênico da hipertensão arterial.

■ Avaliar estratégias nutricionais concernentes a hipertensão arterial;

■ Compreender a influência da dieta Dash no manejo da hipertensão arterial


MÉTODOS

Trata-se de uma revisão narrativa realizada no período de 2013 a 2023.

A busca realizou-se em bases de dados acadêmicas reconhecidas, como


PubMed, Bibliteca Virtual de Saúde (BVS), Scielo, Banco de Teses do CAPES e
Revistas Especializadas.

Foram utilizados os seguintes descritores: Hipertensão Arterial Sistêmica,


Tratamento não Medicamentoso, Dieta Dash, “Dietary Approaches to Stop
Hypertension“.
Foram incluídos os artigos entre os anos de
2013 a 2023: estudos clínicos, revisões,
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO estudos transversais, estudos de intervenção
longitudinal, estudos qualitativos, estudo de
caso.

Publicações repetidas ou sobrepostas;


estudos com dados indisponíveis ou
CRITÉRIOS DE ausentes; cartas, resumos de conferências,
opiniões pessoais, livros, estudos fora do
EXCLUSÃO recorte temporal ou não foram publicados em
inglês ou português.
18
30 LEITURA Selecionado 11 Incluídos
BUSCA INICIAL DE s para a nessa
Publicações RESUMO leitura revisão.
completa
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tabela 1 apresenta os estudos analisados nesta revisão:
AUTORES TIPO DO ESTUDO
Oliveira et al. Estudo de intervenção, aleatório, não controlado, tipo coorte prospectivo
Machado et al. Estudo de intervenção longitudinal, comparativo, tipo ensaio comunitário
Massing; Portela Estudo exploratório descritivo, de abordagem qualitativa
Resende et al. Estudo qualitativo, descritivo
Rêgo et al. Estudo Transversal
Almeida et al. Relato de Caso
Rodrigues et al. Artigo de Revisão
Sousa et al. Estudo transversal
Nascimento et al. Estudo transversal e descritivo, de análise quantitativa de campo
De Souza; Faria; Estudo longitudinal prospectivo
Vidigal
Costa et al. Estudo de intervenção não randomizado, do tipo antes e depois
CONCLUSÃO

■ Os resultados dos estudos proporcionam percepções valiosas em relação a


implementação de estratégias eficazes de promoção da saúde, destacando a
complexidade e a diversidade de fatores que influenciam os comportamentos
relacionados à saúde, sobretudo da HAS.

■ Nesse sentido, o desafio futuro reside na formulação de intervenções mais


adaptáveis, culturalmente sensíveis e centradas no paciente, visando otimizar
os resultados a longo prazo
■ Em última análise, os estudos realçam a crucial importância das estratégias
não farmacológicas no controle da hipertensão arterial sistêmica, em especial a
Dieta Dash, reiterando simultaneamente a necessidade de abordagens
personalizadas, educativas e de longo prazo para alcançar uma adesão efetiva
e melhorar os resultados no controle dessa condição de saúde.

■ Notou-se, contudo, que as pesquisas relacionadas aos efeitos de longo prazo


da Dieta Dash, em particular os estudos clínicos, ainda são escassos na
literatura nacional. Portanto, sugere-se para próximas pesquisas o
aprofundamento desta temática.
REFERÊNCIAS
■ ALMEIDA, Rainne de Oliveira et al. Medidas não farmacológicas em hipertensão
arterial. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, v. 21, n. 2, p. 95-
97, 2019.
■ COSTA, Ana Júlia Ribeiro et al. Tratamento não farmacológico da Hipertensão Arterial
em pacientes atendidos na Atenção Primária da cidade de Imperatriz-MA. Research,
Society and Development, v. 12, n. 4, p. e23012441252-e23012441252, 2023.
■ DE SOUZA, Júlia Galbiati; FARIA, Sheilla de Oliveira; VIDIGAL, Fernanda de Carvalho.
Avaliação da eficácia da dieta DASH em pacientes hipertensos. Research, Society and
Development, v. 11, n. 3, p. e39811326723-e39811326723, 2022.
■ MACHADO, Juliana Costa et al. Análise de três estratégias de educação em saúde para
portadores de hipertensão arterial. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, p. 611-620, 2016.
■ MASSING, Lais Tatiele; PORTELLA, Marilene Rodrigues. Fatores determinantes da
adesão de hipertensos a conduta dietoterápica. Revista de Atenção à Saúde, v. 13, n.
43, 2015
■ NASCIMENTO, Ana Luiza et al. Fatores associados ao tratamento não medicamentoso
por pacientes hipertensos. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 4, p. 37946-
37958, 2021.
■ OLIVEIRA, Thatiane Lopes et al. Eficácia da educação em saúde no tratamento não
medicamentoso da hipertensão arterial. Acta Paulista de Enfermagem, v. 26, p. 179-
184, 2013.
■ RÊGO, Anderson Da Silva et al. Fatores associados à pressão arterial inadequada de
pessoas com hipertensão. Cogitare Enfermagem, v. 23, n. 1, 2018.
■ RESENDE, Amanda Karoliny Meneses. Dificuldades de idosos na adesão ao tratamento
da hipertensão arterial. Rev enferm UFPE [on line], Recife, 12(10):2546-54, out., 2018.
■ RODRIGUES, Laryssa de Lacerda et al. O uso da dieta DASH (Dietary Approaches to
Stop Hypertension) para manejo da hipertensão arterial na atenção primária. Revista
Eletrônica Acervo Saúde, v. 12, n. 10, p. e4359-e4359, 2020.
■ SOUSA, Erislandia Maria Silva et al. Comportamento em saúde e perfil nutricional de
idosos hipertensos. Research, Society and Development, v. 9, n. 9, p. e665997654-
e665997654, 2020.
OBRIGADA!

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