5436-Liderança e Motivação de Equipas: Rita Dinis

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 38

5436- Liderança e motivação de equipas

Rita Dinis
Em termos de competências específicas a adquirir, pretende-se
que no final do curso os formandos sejam capazes de:

• Identificar diferentes teorias de motivação.

• Distinguir estilos de liderança.

• Organizar o trabalho de equipa.

• Avaliar a equipa e os resultados do seu trabalho.


Conteúdos

• Motivação
• Liderança e a comunicação
• Grupos e liderança
• Comunicação nas equipas de trabalho
 Liderança

 Liderar é, em linhas gerais, levar um grupo de pessoas a atingir um determinado


objetivo

 A liderança é a capacidade de influenciar os seus dependentes

 A liderança não é um processo unidirecional dado que, tanto líderes como liderados;
influenciam-se de forma mútua

 A liderança é uma componente essencial no desenvolvimento e no sucesso dos


grupos de trabalho

 O líder surge como um elemento dinamizador das equipas, que seja capaz de
motivar-se e motivar os outros
Nesta asserção de liderança poder-se-á falar sobre o carácter de adesão voluntária
ou imposta que o líder exerce, ou os outros indivíduos, grupos ou organizações
deixam que aquele exerça.

Outro especto interessante deste conceito tem a ver com o carácter relacional da
liderança, isto é, o facto desta se exercer sempre por e com referência a algo. A
liderança não ocorre no vazio; sem liderados não só não há liderança, como o líder
é igualmente inexistente ou inútil.

A liderança pode constituir-se para um grupo ou organização como um importante


fator de promoção de maior eficiência e eficácia. Desta forma a liderança assume o
valor de variável instrumental, sendo que poderão existir diferentes atores
individuais a exercer a liderança em diferentes momentos dos diversos processos
organizacionais.
A formação de chefias, nas empresas, tende a ser sentida, como uma necessidade
primordial e como o instrumento mais precioso para a preparação do trabalhador
para o exercício das suas funções, para o aumento de conhecimentos, para
aquisição e desenvolvimento de competências, assim como, para a modificação de
atitudes e comportamentos.

O comportamento dos líderes transformacionais apresenta quatro características


que se sobrepõem, consideravelmente, com o comportamento de indivíduos
considerados possuidores de elevada inteligência emocional:
 A primeira é a adesão a padrões de comportamento profissional e interação
que constituem uma demonstração de carisma;
 A segunda é a motivação;

 A terceira é a estimulação intelectual. O líder deve ser capaz de estimular o


desenvolvimento intelectual e profissional dos membros da equipa e isto é
conseguido através da gestão de conflitos dos elementos que constituem a
equipa, assim como a consolidação de relações fortes e redes de suporte
entre os mesmos. Através disto, o líder consegue aumentar a eficácia do
desempenho da equipa;
 Por fim, o líder capaz de transformar a equipa consagra atenção a cada
elemento de forma individual, de forma a que cada um se sinta importante e
imprescindível para o esforço global.

• Um líder exerce a sua influência através de entusiasmo, inspirado em vez de


comandar e dirigir, estimulando intelectual e emocionalmente a sua equipa sob
um mote de contágio desta energia, encorajamento e confiança.

• Os líderes carismáticos demonstram uma particular sensibilidade às


necessidades dos seus dependentes, tendo a capacidade de perceber os
requisitos sociais das situações.
Os lideres sabem precisamente o que fazer para aliciar, dirigir e facilitar a dedicação do
esforço individual e o desempenho da equipa, estando estas aptidões intimamente ligadas
à inteligência emocional.

 Destacam-se três estilos de liderança:

• Liderança democrática (ou assertivo)

• Liderança autocrática (ou autoritário)

• Liderança liberal (ou laissez faire)


 Estilo democrático

 As atividades são planeadas e distribuídas de acordo com a decisão do grupo

 Os passos na direção dos objetivos do grupo são esquematizados com o grupo

 O líder é objetivo ou realista nos seus elogios e críticas e procura ser um membro
regular do grupo, sem que para isso, tenha que cumprir uma parte demasiada do
trabalho

 O líder tem comportamentos de orientação e apoio

 O grupo sente recetividade à espontaneidade e à criatividade, desenvolvendo,


assim, a capacidade de tomar iniciativa
 Estilo autocrático

 Todas as diretrizes de trabalho são ditadas pelo líder, no momento em que ele decide

 O líder é pessoal nos seus elogios e nas suas críticas ao trabalho de cada membro

 Não se envolve ativamente no trabalho do grupo

 É bastante impessoal e, por vezes, hostil

 Os níveis de produtividade são excelentes quando na presença do líder

 Provoca tensão e frustração no grupo e inibe a espontaneidade e criatividade

 O líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo.


 Estilo liberal

 É deixado ao grupo ou aos indivíduos toda a liberdade para a decisão, sem a


participação de líder, ou seja, ausência de regras

 O líder fornece os materiais e só se lhe pedirem é que dará informações


suplementares

 Ausência completa de participação do líder na determinação dos trabalhos da equipa

 São raros os comentários sobre a atividade do grupo, a não ser quando solicitados
 Liderança Situacional

Cada um dos elementos, que inteiram uma equipa, têm a sua individualidade, como tal,
apresentam perfis distintos uns dos outros. Liderar constitui, sobretudo, saber a quem
delegar uma tarefa e qual o grau de responsabilidade nesse processo. Deste modo, em todas
as organizações existem elementos com capacidade para assumir grandes responsabilidades
e elementos que, face à autonomia que lhes é concedida, não conseguem lidar de forma
positiva com as situações apresentadas. Tudo isto está intimamente ligado às características
pessoais de cada pessoa e à forma como lidam com as emoções (inteligência emocional).
2. Motivação

A motivação é essencial para qualquer equipa, mas é


da responsabilidade do líder proporcionar condições
favoráveis para levar os elementos a atingir os
objetivos propostos com satisfação e contentamento
A motivação é um processo interno!

A motivação é essencial para qualquer equipa, mas é da responsabilidade do


líder proporcionar condições favoráveis para levar os elementos a atingir os
objetivos propostos com satisfação e contentamento;


 Motivação – entender no contexto de empresa

• O modelo da hierarquia das necessidades de Abraham Maslow é uma das teorias mais
conhecidas ao nível da motivação. Segundo Maslow, a motivação é um processo
contínuo de satisfação de necessidades, que se encontram ordenadas hierarquicamente
numa pirâmide, em função do respetivo grau de importância. As necessidades
fisiológicas, de segurança, sociais, de auto-estima e de auto-realização, constituem os
diferentes níveis desta pirâmide. Maslow refere que apenas as necessidades não
satisfeitas podem influenciar o comportamento, ou seja, uma necessidade satisfeita
não é motivadora de comportamento.
• Porém, realça ainda que só a satisfação de um nível inferior de necessidades pode
levar a pessoa para a revelação de um nível superior.

• Seguindo esta lógica, na base da pirâmide encontram-se as necessidades fisiológicas.


Estas representam as necessidades humanas básicas que permitem suster o nosso
organismo, tais como: comida, bebida, movimento, abrigo, repouso, sexualidade, etc.
Exemplo: Numa empresa, no sentido de satisfazer o primeiro nível que são as
necessidades fisiológicas, qualquer elemento necessita de um salário adequado para
manter-se a si e à sua família, bem como a possibilidade de comprar comida perto do
seu local de trabalho.

No segundo nível da pirâmide situam-se as necessidades de segurança. Estas permitem


à pessoa sentir-se livre de qualquer ameaça física e emocional. Assegurar as condições
de segurança no trabalho é um exemplo nítido da satisfação deste tipo de necessidades.

Estes dois primeiros níveis de necessidades são também denominados por necessidades
de baixo nível. Admite-se que, enquanto as necessidades de baixo nível são satisfeitas
externamente, as necessidades mais elevadas são satisfeitas internamente (dentro da
pessoa).
As necessidades mais elevadas situam-se no nível social e acima deste. A partir do
momento em que os dois primeiros níveis são satisfeitos (o que no nosso sistema
socioeconómico, em geral, é um facto para a maioria das pessoas), a pessoa precisa de
cobrir a necessidade de socializar-se com outras, de pertencer a um grupo. O ser
humano é um ser social. No ambiente empresarial, este nível pode ser satisfeito através
do trabalho e da criação de um espírito de equipa, da constituição de subequipas, etc.
O nível seguinte da pirâmide de Maslow corresponde às necessidades de auto-

estima. Uma pessoa que vê satisfeitos os três primeiros níveis tenta agora desenvolver a
sua auto-estima, através da realização de projetos importantes, como coordenador,
teamleader, manager, etc.
A auto-realização é a denominação do último nível da pirâmide. Neste nível, as pessoas
procuram desenvolver-se cada vez mais e questionar e sentido da vida. Em contexto de
trabalho, um elemento que coloca as suas próprias ideias dentro do projeto, que integra
atividades que sempre quis concretizar e que tem formação ao nível do desenvolvimento
pessoal, está a satisfazer necessidades de auto-realização. É importante destacar que,
segundo Maslow, este nível mais elevado de necessidades não está ao alcance de todos.
 MOTIVAÇÃO: FATORES MOTIVADORES
• Oportunidades para crescimento intelectual;
• Diversidade nos projetos;
• Líder entusiástico;
• Níveis elevados de confiança e respeito;
• Sentido de realização e sucesso;
• Reconhecimento e recompensas (monetárias e outras);
• Status e flexibilidade;
• Direção e suporte na consecução dos objetivos do projeto;
• Comunicações abertas.
 CONSEQUÊNCIAS DA DESMOTIVAÇÃO

• Ansiedade
• Frustração
• Conflitos
• Dificuldade nas relações interpessoais
• Desconcentração
• Acidentes de trabalho
• Falta de produtividade
• Mau atendimento
• Absentismo
Motivação e frustração andam de mãos dadas, pelo que não se pode referir uma, sem referir a
outra. Estes dois fenómenos são próximos, pois a frustração resulta da não satisfação de
uma necessidade ou desejo.

A frustração pode ser percebida através de vários comportamentos:

 Agressividade: A intensidade dos atos de um indivíduo é afetada pelo grau de


frustração.

 Racionalização: Raciocínios lógicos de forma a justificar a incompetência ou


fracasso.
Projeção: Ver nos outros, características ou comportamentos que são seus, sem
admiti-los.

Regressão: Recuar no tempo e ter os comportamentos que tinha numa fase


anterior da vida que foi positiva.
 O que é um conflito?

Associado a uma alteração, desordem e até mesmo uma oposição relativamente a uma determinada
temática/situação.

Os conflitos são importantes para o crescimento e desenvolvimento de qualquer sistema (social,


político, familiar ou organizacional)

“O conflito nos tempos atuais é inevitável e


sempre evidente. Entretanto, compreendê-lo, e
saber lidar com ele, é fundamental para o seu
sucesso pessoal e profissional”.
Berg (2012, p.28)
 Pode ser classificado em 5 categorias:

• Falhas de comunicação;

• Papéis ambíguos;

• Diferenças estruturais;

• Objetivos distintos;

• Preferências e diferenças pessoais


Quando um individuo se sente ameaçado, pode manifestar 3 reações:

• Congelamento

• Fuga

• Luta.

 Efeitos positivos vs. Efeitos negativos


Efeitos positivos vs. Efeitos negativos:

Desperta sentimentos e estimula energias;


Excesso de coesão leva à pressão para o conformismo e redução de liberdade;
Produz curiosidade e interesse pela melhoria;
Desafio para novas soluções;
Desencadeia sentimentos de frustração, hostilidade e ansiedade;
Causam tensões excessivas nos envolvidos, provocando danos;
Crescimento individual e organizacional;
Aumenta a coesão grupal;
Ações de bloqueio e não cooperação com outra parte;
Criam situações que resultam em desperdício de tempo e esforços.
Aumenta a motivação pelo desempenho do grupo;
Alto nível de stresse;
Baixa produtividade e competitividade;
Desperta a atenção para a existência de problemas;
Comportamento distorcidos;
Gera distorções e alimenta as incompatibilidades;
Tipos de Conflitos:

• Conflitos intrapessoais (envolve o próprio indivíduo)

• Conflitos interpessoais (entre 2 ou mais indivíduos)

• Conflitos organizacionais
Causas dos conflitos:

• Mudanças;
• Recursos limitados;
• Metas diferentes;
• Diferenças de personalidade;
Estilos de comunicação:
• Agressivo
• Passivo
• Manipulador
• Assertivo

Agressivo

O agressivo pretende impor-se às outras pessoas, fazendo prevalecer


a sua presença e os seus interesses.
- Diz tudo o que pensa e não tem em consideração a opinião dos outros.

Passivo

O sujeito passivo não respeita os seus sentimentos, os seus pensamentos


nem as suas necessidades.

- Ele desvaloriza-se, na relação com os outros.

- O sujeito passivo não toma iniciativas, não se realiza e raramente atinge os seus
objetivos.
Manipulador

O discurso do manipulador difere consoante o interlocutor e, por isso, ele


é hábil nas relações interpessoais.

- O seu objetivo é tirar partido das pessoas pois nunca apresenta claramente os seus
objetivos.
 Assertivo

O discurso do estilo assertivo é afirmativo, exprimindo os seus pensamentos,


os seus sentimentos e os seus pontos de vista de forma clara, honesta e
apropriada.

- uma relação “ganho eu e ganha o outro”.

- Mostra uma elevada transparência da


linguagem, assim como um elevado
respeito pelos outros.
Todos os praticantes de um comportamento assertivo, estão automaticamente a favorecer
um ambiente confortável para troca de ideias e acima de tudo, um ambiente credível.

É uma aptidão que pode ser aprendida, isto é, que cada um pode desenvolver mediante
um treino sistemático e estruturado.
 Competências fundamentais da comunicação:

- Escuta Ativa
- Empatia
- Feedback
Bibliografia

A, Miguel. Gestão Emocional de Equipas em Ambiente de Trabalho. Lisboa: Editora.

Rossi, A. (2010). Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas actuais da saúde


ocupacional. São Paulo: Atlas.

Vaz Serra, A. (2007). O stress na vida de todos os dias. Coimbra: Gráfica de


Coimbra, Lda.

Você também pode gostar