resumoDireitoDigital 20230821085804
resumoDireitoDigital 20230821085804
resumoDireitoDigital 20230821085804
Professores
Hercilio Emerich Lentz Pedra Branca
Pablo
Evolução do Direito
O Direito Digital ou Informático ou Eletrônico
consiste na evolução do próprio Direito, abrangendo
todos os princípios fundamentais e institutos que
estão vigentes e são aplicados até hoje, assim como
introduzindo novos institutos e elementos para o
pensamento jurídico, em todas as suas áreas
(Direito Civil, Direito Autoral, Direito Contratual,
Direito Econômico, Direito Financeiro, Direito
Tributário, Direito Penal, Direito Internacional etc).
Sua idade é estimada em duas décadas. Costuma-se
dizer que a Portaria Interministerial 147, de 31 de
maio de 1995, editada pelos ministros da
Comunicação e da Ciência e Tecnologia, que regulou
o uso de meios da rede pública de telecomunicações
para o provimento e a utilização de serviços de
conexão à Internet, foi o primeiro diploma legal
desse ramo.
O Direito Digital nasceu da necessidade de
se regularem as questões surgidas com a
evolução da tecnologia e a expansão da
internet, elementos responsáveis por
profundas mudanças comportamentais e sociais,
bem como para fazer frente aos novos dilemas
da denominada “Sociedade da Informação”.
O A doutrina tem assinalado um aspecto
interessante desse Direito: afirma que o Direito
Digital não tem objeto próprio.
Seria um Direito com um “modus operandi
diferente, sendo, na verdade, a extensão de
diversos ramos da ciência jurídica, que cria
novos instrumentos para atender a anseios e ao
aperfeiçoamento dos institutos jurídicos em
vigor”
De acordo com Patrícia Peck Pinheiro, o Direito
Digital é a evolução do próprio Direito e abrange
“todos os princípios fundamentais e institutos
que estão vigentes e são aplicados até hoje,
assim como introduzindo novos institutos e
elementos para o pensamento jurídico, em
todas as suas áreas” (2008, p. 29).
O Direito Digital é o resultado da relação entre a
ciência do Direito e a Ciência da Computação
sempre empregando novas tecnologias
Enfim, o Direito Digital abrange todas as áreas
do Direito, de maneira transversal, e congrega
novos elementos para dirimir os conflitos
surgidos com a tecnologia, especialmente a
Internet, e regular as relações da denominada
“sociedade da informação”.
Negócios e
Contratos
Jurídicos
Relações
Consumidor
Internacionais
Direito
Digital
Penal Tributário
Empresarial
Nesse consenso, o usuário da Rede Mundial
de Computadores, deve possuir
conhecimento sobre ética, para avaliar o
que é bem vindo ou não desse gigantesco
aglomerado de informações, para saber
extrair o que lhe é útil e descartar o fútil.
• Legislativo: criação de leis
para regulamentar condutas
online e estabelecer novos
tipos penais, ocorridos no
Características
ambiente virtual
do
direito digital • Interpretativo: aplicação das
leis atuais a situações já
conhecidas, considerando as
particularidades de
acontecerem no ambiente
online.
• Interpretativo: celeridade, o
Características
do dinamismo, a auto-
direito digital regulamentação
Objeto Jurídico
Todos os bens e interesses juridicamente protegidos
pelo Direito de forma ampla englobam os Objetos
Jurídicos, estes que podem ser qualquer elemento
passível de proteção nos mais determinados
campos, muitos destes já pré-estabelecidos pela
Constituição Federal vigente
Tecnologia e o Direito
Da criação do chip ao lançamento do primeiro
computador com interface gráfica para utilização
doméstica se passaram quase vinte anos. Depois, as
mudanças não pararam mais, culminando na
convergência — nada mais que a integração de
várias tecnologias criando uma rede única de
comunicação inteligente e interativa que utiliza
vários meios para transmitir uma mesma
mensagem, em voz, dados ou imagem.
As relações comerciais migram para a Internet. A
possibilidade de visibilidade do mundo atual traz
também os riscos inerentes à acessibilidade, tais
como segurança da informação, concorrência
desleal, plágio, sabotagem por hacker, entre
outros.
No Direito Digital prevalecem os princípios em
relação às regras, pois o ritmo de evolução
tecnológica será sempre mais veloz que o da
atividade legislativa. Nessa nova era do Direito
os princípios jurídicos são muito mais relevantes
do que as próprias leis, pois a tendência é que a
atividade legislativa sempre esteja atrasada em
relação às evoluções tecnológicas
Tecnologia e o futuro do direito
Zigmund Balman, sociólogo polonês (1925-1917),
estabeleceu o conceito da modernidade liquida, para
este, nos dias em que vivemos nada foi feito para
durar, isso não somente por conta das relações em
que nos colocamos, para o sociólogo tudo é muito
dinâmico, permeado de incertezas, imprevisibilidade
e insegurança.
As profissões não ficam isentas desta análise,
inclusive o direito
Com isso também muda o perfil do profissional
do direito, isso deve iniciar pelas instituições de
ensino, algumas delas continuam pensando e
ensinando o direito de uma forma “tradicional” e
antiquada.
Inteligência artificial, ODR (Online Dispute
Resolution), Blockchain, Legal Analytics,
Machine Learning e Internet das Coisas são
algumas das novidades em tecnologia que estão
sendo incorporadas à gestão jurídica com o
objetivo de melhorar a eficiência e,
consequentemente, a entrega dos serviços.
O trabalho do advogado do futuro será muito
mais colaborativo.
Os fundamentos da advocacia não devem sofrer
grandes alterações, mas o que muda
drasticamente daqui por diante, é como os
serviços jurídicos serão prestados.
Os profissionais do Direito estarão cada vez
mais conectados aos gerentes de projetos e
especialistas de tecnologia, por exemplo, para
co-criar soluções que alcancem as expectativas
dos clientes e criem valor para o negócio.
As tecnologias ajudarão os advogados a reduzir seus
custos internos, delegando a algoritmos
especialistas treinados as atividades elementares e
triviais, tais como elaboração de petições (?),
análise de jurisprudência etc.
LC 131/2009
Lei 12.527/2011
As 3 Leis que lidam com Transparência
Pública
Provedores de Backbone
O backbone, ou “espinha dorsal”, representa o
nível máximo de hierarquia de uma rede de
computadores. Consiste nas estruturas físicas
pelas quais trafega a quase totalidade de dados
transmitidos através da internet, e é composto de
múltiplos cabos de fibra ótica de alta velocidade
Provedores de acesso
É a pessoa jurídica fornecedora de serviços
que possibilitem o acesso de seus
consumidores à internet. Normalmente, essas
empresas dispõem de uma conexão a um
backbone ou operam a sua própria
infraestrutura para a conexão direta
Provedores de correio eletrônico
São aqueles que dependem do acesso prévio
à internet. Seu funcionamento é
relativamente simples: o provedor de correio
eletrônico fornece ao usuário um nome e
uma senha para o uso exclusivo em um
sistema informático que possibilita o envio e
o recebimento de mensagens
Provedores de hospedagem
É a pessoa jurídica que oferece o
armazenamento de dados em servidores
próprios de acesso remoto, possibilitando o
acesso de terceiros a esses dados, de acordo
com as condições estabelecidas com o
contratante do serviço. Podem oferecer
serviços adicionais como registro de nomes
de domínio, cópias periódicas de segurança
do conteúdo do web site armazenado entre
Provedor de conteúdo, é toda pessoa natural
ou jurídica que disponibiliza na internet as
informações criadas ou desenvolvidas pelos
provedores de informação, utilizando para
armazená-las servidores próprios ou os serviços
de um provedor de hospedagem
É frequente que provedores ofereçam mais de
uma modalidade de serviço de Internet; daí a
confusão entre essas diversas modalidades.
Entretanto, a diferença conceitual subsiste e é
indispensável à correta imputação da
responsabilidade inerente a cada serviço
prestado
Classificação conforme o Superior Tribunal
de Justiça (STJ)
A partir do Marco Civil da Internet, em razão
de suas diferentes responsabilidades e
atribuições, a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça é possível distinguir
simplesmente duas categorias de provedores:
(i) os provedores de conexão; e (ii) os
provedores de aplicação
Provedores de conexão
Os provedores de conexão são aqueles que
oferecem “a habilitação de um terminal para
envio e recebimento de pacotes de dados pela
internet, mediante a atribuição ou autenticação
de um endereço IP” (art. 5º, V, MCI)
No Brasil, os provedores de conexão acabam,
em sua maioria, confundindo-se com os
próprios prestadores de serviços de
telecomunicações, que em conjunto detêm a
esmagadora maioria de participação neste
mercado.
Provedores de aplicação
Por sua vez, utilizando as definições
estabelecidas pelo art. 5º, VII, do Marco Civil
da Internet, uma “aplicação de internet” é o
conjunto de funcionalidades que podem ser
acessadas por meio de um terminal conectado
à internet.
Essas funcionalidades podem ser as mais
diversas possíveis, tais como serviços de e-mail,
redes social, hospedagem de dados,
compartilhamento de vídeos, e muitas outras
ainda a serem inventadas.
Por consequência, os provedores de aplicação
são aqueles que, sejam com ou sem fins
lucrativos, organizam-se para o fornecimento
dessas funcionalidades na internet.
Decisão do STJ sobre os provedores de
Internet