REVISÃO
AVA1
Revisão ava1
No âmbito da legislação infraconstitucional, o art. 2º da Lei n. 9.784/1999 menciona os
seguintes princípios, prevendo que a Administração Pública deva obedecê-los:
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CF, “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:”
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1º O art. 37 da Constituição inicia a lista dos princípios que vinculam a Administração Pública
pela legalidade.
2º De forma simples, este princípio significa que a Administração Pública deve sempre agir
conforme a Lei e o Direito em uma decisão com respaldo em lei.
3º O princípio da legalidade estabelece que a Administração só pode agir se houver uma
determinação legal ou uma autorização legal.
4º A doutrina mais moderna o chama de Princípio da Juridicidade.
OBS: A legalidade encontra-se inserida no denominado princípio da juridicidade, que submete a
atuação administrativa à lei e ao Direito (art. 2º, parágrafo único, I, da Lei 9.784/1999).
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1. Ao princípio da impessoalidade se atribuem, em geral, dois sentidos complementares, porém
distintos.
IGUALDADE (OU ISONOMIA)
A Administração Pública deve dispensar tratamento impessoal e isonômico aos
particulares, sendo proibida a discriminação odiosa ou desproporcional, ressalvado
o tratamento diferenciado entre pessoas que estão em posição fática de
desigualdade, com o objetivo de efetivar a igualdade material. Por exemplo, o art.
37, VIII, da CRFB e o art. 5º, §2º, da Lei 8.112/1990: reserva de vagas em cargos e
empregos públicos para pessoa com deficiência.
Art. 5ºo São requisitos básicos para investidura em cargo público:
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em
concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a
deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas no concurso
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PROIBIÇÃO DE PROMOÇÃO PESSOAL
Segundo o art. 37, §1º, da CRFB, a publicidade dos atos do Poder Público deve ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, “dela não podendo cs, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”
(BRASIL, 1988).onstar nome
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
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PRINCÍPIO DA MORALIDADE
1º O princípio da moralidade, disposto no art. 37 da CRFB, pressupõe atuação estatal
segundo os padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. Mencione-se, por exemplo, a
vedação do nepotismo constante da Súmula Vinculante 13 do STF, que é a proibição de o
administrador público contratar parentes para cargos em comissão, isto é, aqueles de livre
nomeação e exoneração.
2º A conceituação do princípio da moralidade não representa tarefa fácil, em virtude da
própria dificuldade em fixar a noção do que é moralmente legítimo para a sociedade em
determinado momento histórico.
3º A sua indeterminação semântica, todavia, não é um óbice intransponível para sua
efetivação. Nesse sentido, é possível afirmar que a moralidade está relacionada com a
atuação administrativa ética, leal e séria.
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PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Uma primeira aplicação do princípio da moralidade – em conjunto com os demais, podemos citar a
vedação do nepotismo: STF editou a Súmula Vinculante nº 13, que estendeu a vedação do nepotismo ao
todos os Poderes em todos os níveis federativos57.
SÚMULA VINCULANTE 13 .
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,
até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo
em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública
direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição
Federal.
Por exemplo, a Administração precisa realizar um procedimento de licitação para efetuar contratações
na busca da proposta mais vantajosa, sendo que a lei estabelece as hipóteses excepcionais em que não é
obrigatória a licitação. Caso a Administração contrate sem licitação em caso não admitido na lei, tem-se
uma violação à moralidade.
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1º O princípio da publicidade pode ser definido como o dever de divulgação oficial dos atos administrativos (art.
2º, parágrafo único, V, da Lei nº 9.784/99 ) ressalvadas as hipóteses excepcionais de sigilo imprescindíveis, por exemplo,
à segurança da sociedade ou do Estado, bem como à intimidade, vida privada, honra e imagem.
2º Nos termos da Constituição, a publicidade será sempre a regra, e o sigilo dos atos do Poder Público apenas é admitido
para preservação da intimidade e quando seja necessário à segurança da sociedade e do Estado.
Lei, 9784/99 - Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica,
interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na
Constituição;
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O Princípio da publicidade pode ser visto sob os seguintes aspectos:
1º )cada indivíduo tem o direito de ter acesso a informações acerca de si próprio e o
poder de controlar suas informações pessoais e, eventualmente, a proteção contra
discriminações. O art. 5º, XXXIII, identifica como objeto desse aspecto do direito
“informação de interesse coletivo ou geral”.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;
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2º) o acesso à informação diz respeito ao direito de todos, e de cada um, de ter
acesso em caráter permanente a informações sobre os atos públicos de interesse
geral: esse é o ponto que interessa de forma direta a este estudo. O art. 37, § 3º, II, de
forma mais específica, menciona o direito de ter acesso a registros administrativos e a
informações sobre atos de governo.
Art . 37,
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de
governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
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1. Os serviços públicos buscam atender aos reclamos dos indivíduos em determinados
setores sociais. Tais reclamos constituem muitas vezes necessidades prementes e
inadiáveis da sociedade.
2. A consequência lógica desse fato é a de que não podem os serviços públicos ser
interrompidos, ressalvadas as paralisações admitidas na legislação.
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1. De acordo com o princípio da autotutela, a Administração Pública deve anular os seus atos
ilegais e revogar os demais atos que se tornarem inconvenientes ou inoportunos para o
interesse público, na forma da súmula 473 do STF e do art. 53 da Lei 9.784/1999. A
autotutela envolve dois aspectos quanto à atuação administrativa:
1º aspectos de legalidade, em relação aos quais a Administração,
de ofício, procede à revisão de atos ilegais;
2º aspectos de mérito, em que reexamina atos anteriores quanto
à conveniência e oportunidade de sua manutenção ou
desfazimento.
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Súmula 473, STF
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.
A Lei nº 9.784, de 29.1.1999, que regula o processo administrativo federal
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.
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2. Em âmbito federal, o art. 54 da Lei 9.784/1999 impõe o prazo decadencial de cinco
anos para que a Administração anule seus atos administrativos, quando geradores de
efeitos favoráveis para os destinatários, salvo comprovada má-fé.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis
para os destinatários decai em cinco anos, contados
da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé.
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ATO ADMINISTRATIVO
È a declaração unilateral da Administração Pública ou de
quem lhe faça às vezes, no uso de prerrogativas públicas
regido pelo Direito Público com o objetivo de atender a
um interesse coletivo e sujeito ao controle de legalidade
pelo Poder Judiciário.
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ATRIBUTOS/CARACTERÍSTICAS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Atributos são as qualidades ou características que diferem
atos administrativos dos atos privados, mas que podem
estar presentes em todos atos administrativos ou não
( São Facultativos). Ou seja, nem todo ato administrativo
tem todos as características que vamos falar agora:
PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE
COERCIBILIDADE/IMPERATIVIDADE
AUTOEXECUTORIEDADE
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ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
São as qualidades que os diferem estes atos administrativos dos atos privados
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E DE VERACIDADE:
Os atos administrativos presumem-se editados em conformidade com o ordenamento jurídico (presunção
de legitimidade), bem como as informações neles contidas presumem-se verdadeiras (presunção de
veracidade).
Esse presunção é JURIS TANTUM, ou seja, o administrado pode questionar a legalidade daquele ato praticado.
Ex: um guarda de trânsito identifica uma pessoa utilizando o celular enquanto dirigia. Pela presunção de
veracidade, admite-se que a pessoa realmente utilizava o celular, ou seja, o “fato”, isto é, o que ocorreu
“no mundo real” será presumidamente o que o guarda de trânsito está alegando. E pela presunção de
legitimidade, vamos presumir que o guarda tinha competência legal, que ele observou as normas, que
após a notificação o interessado teve o direito de defesa e todo o procedimento observou a legislação.
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ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
IMPERATIVIDADE OU COERCIBILIDADE:
Pela imperatividade os atos administrativos impõem obrigações a terceiros, independentemente de
concordância ou seja, da anuência dos destinatários.
Ex2: Embargo de uma obra; Lacrar um Supermercado por venda de produtos com prazos fora da
validade ou por questões sanitárias.
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ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
AUTOEXECUTORIEDADE:
Consiste na possibilidade que certos atos ensejam de imediata e direta execução pela administração, sem necessidade de
ordem judicial. Permite, inclusive, o uso da força para colocar em prática as decisões administrativas. Resulta dos
Poderes de Polícia e Disciplinar.
Ex: imagine que José estava atrasado no dia da prova do concurso para o qual estudou muito e “largou”
o seu carro no meio da rua para entrar no local antes do fechamento do portão. Quando ele voltar, o
carro provavelmente não estará no local, pois terá sido removido pelas autoridades policiais. Nesse caso,
a administração não necessita de ordem judicial para realizar a remoção.
A autoexecutoriedade não está presente em todos os atos administrativos. Ela existe em duas
situações:
a) quando estiver expressamente prevista em lei;
b) quando se tratar de medida urgente
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AUTOEXECUTORIEDADE se divide em:
Neste caso a Administração Pública usa de meios
diretos de execução.
EXECUTORIEDADE
EX: Aplicação de Multas, rebocar um carro, etc.....
Neste caso a Administração Pública usa de meios
EXIGIBILIDADE indiretos de execução
Ex: Cobrança de Multa não quitada sobre um
Embargo. Enquanto não se pagar a multa a Adm.
Pública não irá permitir o prosseguimento da Obra.
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AUTOEXECUTORIEDADE:
Consiste na possibilidade que certos atos ensejam de imediata e direta execução pela administração, sem
necessidade de ordem judicial.
AUTOTUTELA
A Administração Pública deve anular os seus atos ilegais e revogar os demais atos que se tornarem
inconvenientes ou inoportunos para o interesse público, na forma da súmula 473 do STF e do art.
53 da Lei 9.784/1999.
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REQUISITOS DE VALIDADE (elementos dos atos)
A Lei nº 4.717, de 29.6.1965, art. 2º,
nos dá os requisitos de validade do A)COMPETÊNCIA
ato administrativo cuja ausência
provoca a invalidação do ato.
B) FINALIDADE
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao
patrimônio das entidades
mencionadas no artigo anterior, C) FORMA
nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma; D) MOTIVO
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos; E) OBJETO
e) desvio de finalidade.
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•DA COMPETÊNCIA
OU AGENTE CAPAZ
“A competência é a prerrogativa atribuída
pelo ordenamento jurídico às entidades
administrativas e aos órgãos públicos,
habilitando os respectivos integrantes
(agentes públicos) para o exercício da
função pública.” É ELEMENTO
VINCULADO DO ATO.
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MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
É a transferência precária, total ou parcial, do
A) Delegação exercício de determinadas atribuições administrativas,
inicialmente conferidas ao delegante, para outro
agente público. Não há critério de hierarquia.
Transferência da
competência de um
órgão e seu agente
para outro:
É o chamamento, pela autoridade superior, das
B) Avocação atribuições inicialmente outorgadas pela lei ao agente
subordinado. Aqui existe o critério de hierarquia.
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Art. 18, CF A organização político-administrativa da República Federativa do
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.
DIRETA
(ENTIDADES POLÍTICAS)
Engloba os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) e
seus respectivos órgãos (Ministérios e Secretarias, por exemplo).
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
INDIRETA
(ENTIDADES ADMINISTRATIVAS)
As PJs públicas (autarquias e fundações estatais de direito público) e
privadas (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
estatais de direito privado) que são instituídas pelos respectivos entes
federativos.
CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;