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2016
INTRODUÇÃO
TIPO DE ESTUDO
Com estas informações é possível avaliar que as principais causas que levam
as pessoas a morar e sobreviver nos espaços da rua estão em sua maioria
relacionados aos fatores de origem estrutural e biográfica.
POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO
DE RUA.
Tomando como referência a carta magna de 1988 que se tem início em nosso país a
construção de um processo democrático, em que os direitos sociais passam, de fato, a
serem considerados. Direitos esses preconizados em nossa Assistência Social,
incluídas na Seguridade Social e regulamentada pela LOAS (Lei Orgânica de
Assistência Social) que em dezembro de 1993, a partir dos artigos 203 e 204 da
Constituição Federal, reconhece a Assistência Social como política pública, direito do
cidadão e dever do Estado, além de garantir a universalização dos direitos sociais.
Diante disso, partindo da Constituição Federal de 1988 até a inserção da Assistência
no âmbito da Seguridade, em 1993, temos um grande avanço, pois a partir dessa
inserção a mesma se configura como política de proteção social articulada a outras
políticas do campo social voltadas à garantia de direitos. Há ainda uma mudança
significativa no conceito de assistência social, que agora passa a ser vista como
política pública, não obstante seus limites, e não mais como mero assistencialismo,
benesse ou filantropia.
Algumas normas voltadas especificamente para pessoas em situação de rua
seguiram-se após o reconhecimento da Assistência como política púbica, a
partir da LOAS em 1993.
Em dezembro de 2005, a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) passou
por uma alteração, no que se refere à inclusão da obrigatoriedade da
formulação de programas de amparo à população em situação de rua, por
meio da Lei 11.258. No mesmo ano, ocorre o I Encontro Nacional para
discussão sobre este segmento social, a partir do qual, institui-se o Decreto
de 25 de outubro de 2006, que constitui o Grupo de Trabalho Interministerial
(GTI), com a finalidade de elaborar estudos e apresentar propostas de
políticas públicas para a inclusão social da população de rua.
Viver nas ruas quase sempre significa estar em risco. Risco que se transforma
em medo cotidiano de ter os pertences roubados, de ser agredido por alguém
entre os iguais da rua em alguma briga por espaço ou em uma desavença, de
ser vítima de violência sexual, de ser alvo de agressões inesperadas vindas de
setores preconceituosos da sociedade para com esse público, ou mesmo dos
órgãos oficiais responsáveis pela segurança.
O problema social da situação de rua é complexo. Para enfrentá-lo é preciso
estar num meio termo, entre a utopia, de achar que medidas simplórias
resolverão o problema, e a distopia de achar que não há solução a ser
encontrada, que a situação de rua nunca será resolvida. O Estado vem agindo
para solucionar o problema da situação de rua. Editou normas e implementou
políticas públicas. Mas para que as políticas públicas atinjam um resultado
satisfatório é necessário ter conhecimento sobre o alvo da política pública.
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