As Correntes Mercantilistas 2o Grupo
As Correntes Mercantilistas 2o Grupo
As Correntes Mercantilistas 2o Grupo
EXTENSÃO DE MAPUTO
Correntes mercantilistas
Cristiano Lino
Doyle Magda
Jorge Mboene
Hermínia Gaspar
Com o aumento das quantidades de ouro notou-se alteração profunda nas condições da
economia europeia. Portanto subiram os preços, resultando dessa subida dificuldades
acentuadas para os países que não tinham acesso directo ao ouro proveniente da América. O
francês Jean Bodin formou um esboço de teoria quantitativo, ou de Princípio quantitativo,
quanto ao valor da moeda.
Como disse o PEDRO FERNANDEZ NAVARETE “não se deve chamar mais rica a
província que tem mais ouro e prata, se nela custam mais caras as coisas que se vendem”
CARACTERÍSTICAS DO MERCANTILISMO
Sãotrês as principais características das correntes mercantilistas, que são respectivamente: o metalismo,
o nacionalismo e o dirigismo.
Metalismo: Consiste no acúmulo de metais preciosos ﴾ouro, prata e diamante﴿ era visto como sinal de
prosperidade de uma nação. Portanto era necessário conseguir colônias onde houvesse dito metal para
garantir o valor da moeda. Essa característica mercantilista foi aplicada por Portugal e Espanha
enquanto organizavam a exploração de suas colônias na América.
A Espanha foi o país que mais praticou esta política logo no início, pois suas colônias na América eram
ricas em jazidas de ouro e prata. Enquanto Portugal não teve a mesma sorte logo no inicio da exploração
do território brasileiro, somente no séc. XVIII que as primeiras minas de ouro foram encontrados no
interior do Brasil.
Dirigismo: Utilizando essa tal concentração de poderes políticos, o pensamento mercantilista não
confiou na livre iniciativa dos particulares e como meio de assegurar o aumento da riqueza para os
paises. Esse aumento da riqueza so seria possivel com a intervenção do poder central. Por isso que o
mercantilismo qualifica se como sendo dirigista. Pois o governo é que exerciao poder de orientação ou
de decisão em matéria económica. Tratava se de acumular metais preciosos, para o interesse do próprio
país e de mais ninguém.
MERCANTILISMO BULIONISTA
Para a Espanha que tinha o acesso directo pelo domínio politico, reconhecido por Roma, ao ouro e a prata da
América, a orientação mercantilista quase se limitava a conservação do metal obtido. Dessa conservação
resultaria a prosperidade de Castela e de outros reinos hispânicos. Tratava-se fundamentalmente de evitar a saída
de metais preciosos para o estrangeiro.
Assim, o mercantilismo apresentou se na Espanha, na sua forma mais simplificada, à qual se tem feito
corresponder a expressão “bulionismo”, da palavra inglesa Bullion(barra de metal). No entanto, o mercantilismo
espanhol transcende o monopólio estadual de ouro e da prata. Assim como a proibição legal de exportar metais
estes metais (proibição estabelecida em 1480, pelos reis católicos renovada em 1515), mas o engenho dos
contrabandistas frequentemente defraudou, apesar das severidades penais.
A politica espanhola tratou de manter uma balança de comercio favorável ou, ao menos, equilibrada. Não apenas
evitando a exportação de metais preciosos, mas também pelo desenvolvimento das industrias, sobretudo da
produção de ferro e lã, e por leis de navegação, já de meadas do século XV e começo do XVI, que concediam
reservas de fretes marítimos a navio espanhóis. Compreensível, em razão do referido ao acesso directo ao ouro e
prata da América
Aliás, o desenvolvimento industrial encontrou em Espanha dificuldades originadas tanto na pobreza relativa dos
subsolos na escassez de irrigação dos solos, como na índole dos habitantes, mais afeiçoados a agricultura, e nas
sangrias demográficas operadas pela expansão ultramarina.
O Jean-Baptiste Colbert estava ciente que a França não iria conseguir alcançar o nível
de produção da então potência industrial da época (Inglaterra), então preferiu direcionar
a manufatura francesa para produtos com alto valor agregado, esse comportamento
econômico tem reflexos no mercado francês até os dias atuais
O Jean-Baptiste Colbert estava ciente que a França não iria conseguir alcançar o nível
de produção da então potência industrial da época (Inglaterra), então preferiu direcionar
a manufatura francesa para produtos com alto valor agregado, esse comportamento
econômico tem reflexos no mercado francês até os dias atuais.
O MERCANTILISMO E BALANÇA COMERCIAL
A balança comercial surgiu no século XV, relacionada com os estados básicos: superavit,
deficit ou equilibrada, sendo assim, a balançaé a compra de mercadorias do exterior por
pessoas físicas e jurídicas.
A ideia de que riqueza de uma nação dependia da balança comercial surge quando as
trocas comerciais entre os Estados aumentam. A balança serve como um indicador da
situação económica do país.
Pode ser influenciada por diversos factores como: a taxa de câmbio, termos de troca, a
crise, o nível de renda da economia, o nível de renda do resto do mundo, proteccionismo.
AS IDEIAS MERCANTILISTAS DE PORTUGAL
Portugalfoi um dos países,que durante um longo período resistiu às tendências mercantilistas. Pela
fidelidade à doutrina escolástica assim como pela índole das gentes, as quais o sentido materialista da
vida que o mercantilismo já reflectia repugnava.
Nãotendo acesso directo aos metais preciosos até fins do séculoXVII, o ouro da Costa da Mina e de
Sofala não terá pesado na economia da Metrópole, eram as especiarias do Oriente e o açúcar do
Brasil que os Portugueses buscavam acréscimos de riqueza, obtidos, através de actividades
comerciais e industriais.
Em Portugal, as doutrinas mercantilistas assumiram contornos muito próprios. Consequência da vida
nacional, como sejam a comparticipação da classe nobre nas actividades mercantis e a grande
dependência face ao exterior, muito marcada a partir de meados do século XVII. A doutrina veiculada
em Portugal afasta se dos escritos de teóricos europeus como António Serra, Thomas Munou e Carl
Devant.
Durante século XIX, a moeda era um véu, o qual, envolvendo a vida econômica, não a
modifica, segundo acrescentam David Ricardo e Jean-Baptistf Say.
Os liberais concluíram que no sentido de que constituirá um erro grosseiro dos
mercantilistas ver na moeda acumulada um índice seguro de prosperidade econômica.
Assentaram, ao menos tendencialmente, numa base autárquica da vida econômica. Quando a Espanha
procurava evitar a saída da moeda, não tinha a pretensão de enquadrar-se num plano econômico mundial. Até
porque as políticas mercantilistas foram, em larga medida, impostas pelo estado de guerra. E considerações
semelhantes poderão suscitar a França de Colbert e Inglaterra de Cromwell.
Dirigismo preconizado pelos mercantilistas não é sereno, portanto, os liberais defendiam que a liberdade
economica teria de desenvolver – se no quadro dos poderes privados e não públicos.
Em suma “a riqueza de uma nação vem dos seus produtos e serviços e não da quantidade de ouro que o pais
tem guardado ou possui“ ADAM SMITH