Untitled

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 42

Prof: Luciano Figueiredo

Capacidade

Capacidade é a medida jurídica da personalidade. Todos têm capacidade


de direito, mas nem todos possuem capacidade de fato, havendo
incapazes. Há absolutamente incapazes (art. 3) e relativamente
incapazes (art. 4). Recorda-se que após a Lei 13.146/2015 (EPD) os
deficientes são presumidamente capazes, podendo, inclusive, se casar,
seja manifestando a vontade por si mesmo ou por curador.
Desconsideração

Hipótese excepcional e episódica através da qual mitiga-se a autonomia


patrimonial entre a pessoa física e jurídica, de forma a atingir um por
débito do outro.
Regime de Bens
Regime Da Comunhão Parcial De Bens Ou Regime Supletivo
 
 
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se
os bens que sobrevierem ao casal, na constância do
casamento, com as exceções dos artigos seguintes.
 
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver
por título uma causa anterior ao casamento.
Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se
adquiridos na constância do casamento os bens móveis,
quando não se provar que o foram em data anterior.
 
O que não entra (não-comunica) na comunhão parcial
 
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:

I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe


sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou
sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a
um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;

III - as obrigações anteriores ao casamento;

IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em


proveito do casal;

V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;

VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;

VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas


semelhantes.
O que entra (comunicam – aquestos) na comunhão parcial

Art. 1.660. Entram na comunhão:

I- os bens adquiridos na constância do casamento por título


oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;

II- os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de


trabalho ou despesa anterior;

III- os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de


ambos os cônjuges;
IV- as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;

V- os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada


cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou
pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
(FGV. Ano: 2020.1)
Aldo e Mariane são casados sob o regime da comunhão parcial de bens,
desde setembro de 2013. Em momento anterior ao casamento, Rubens, pai
de Mariane, realizou a doação de um imóvel à filha. Desde então, a nova
proprietária acumula os valores que lhe foram pagos pelos locatários do
imóvel.
No ano corrente, alguns desentendimentos fizeram com que Mariane
pretendesse se divorciar de Aldo. Para tal finalidade, procurou um
advogado, informando que a soma dos aluguéis que lhe foram pagos
desde a doação do imóvel totalizava R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil
reais), sendo que R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) foram auferidos
antes do casamento e o restante, após. Mariane relatou, ainda, que
atualmente o imóvel se encontra vazio, sem locatários.
Sobre essa situação e diante de eventual divórcio, assinale a afirmativa
correta.

a) Quanto aos aluguéis, Aldo tem direito a meação sob o total dos valores.
b) Tendo em vista que o imóvel locado por Mariane é seu bem particular, os
aluguéis por ela auferidos não se comunicam com Aldo.
c) Aldo tem direito a meação dos valores recebidos por Mariane, durante o
casamento, a título de aluguel.
d) Aldo faz jus a meação tanto sobre a propriedade do imóvel doado a
Mariane por Rubens, quanto sobre os valores recebidos a título de aluguel
desse imóvel na constância do casamento.
GABARITO:

LETRA C
União estável
 
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o
homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e
estabelecida com o objetivo de constituição de família.
 
Necessário prazo mínimo?
Precisa morar junto?
Alteração do regime de bens
 
É possível alterar o regime de bens, mas necessita de autorização judicial e que
seja da vontade de ambos os cônjuges/companheiros.
Art. 1.639.
§ 2 É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial
em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões
invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
Prof: Roberto Figueiredo

Responsabilidade Civil

TÍTULO IX
Da Responsabilidade Civil

CAPÍTULO I
Da Obrigação de Indenizar
Responsabilidade Civil

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de


culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
Responsabilidade Civil

Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes.

Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa,
não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele
dependem.
Responsabilidade Civil

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;

II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas


mesmas condições;
Responsabilidade Civil

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos,


no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;

IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se


albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes,
moradores e educandos;
Responsabilidade Civil

V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a


concorrente quantia.

Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado,
se não provar culpa da vítima ou força maior.
Responsabilidade Civil

Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que


resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade
fosse manifesta.

Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Responsabilidade Civil

E na hora da prova?

01. (Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame
de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase) Matheus, médico clínico-geral,
recebe para atendimento em seu consultório o paciente Victor, mergulhador
profissional. Realizando a anamnese, Victor relata que é alérgico à ácido
acetilsalicílico.
Responsabilidade Civil

Desatento, Matheus ministra justamente esta droga a Victor como parte de


seu tratamento. Victor tem danos permanentes em razão do agravamento de
sua asma pelo uso inadequado do medicamento, tendo que comprar novos
medicamentos para seu tratamento e, ainda mais grave, fica impedido de
trabalhar nos dois anos seguintes.
A respeito da responsabilidade civil de Matheus, assinale a afirmativa
correta.
Responsabilidade Civil

Alternativas

A) Ele responderá pelo regime objetivo de responsabilidade civil, tendo em


vista que a atividade de Matheus é arriscada.

B) Ele deverá indenizar Victor independentemente de culpa, isto é, de


imperícia de sua parte, considerando existir relação de consumo.
Responsabilidade Civil

C) Ele, sendo profissional liberal, terá apurada sua responsabilidade mediante a


verificação de culpa, responsabilizando-se unicamente pelos danos diretos
verificados no caso.
D) Ele deverá indenizar Victor pelas despesas do tratamento e pelos lucros
cessantes até o fim da convalescença, além da pensão correspondente à
importância do trabalho para que se inabilitou.
Responsabilidade Civil

GABARITO: D
Usucapião

CAPÍTULO II
Da Aquisição da Propriedade Imóvel

Seção I
Da Usucapião
Usucapião

Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição,
possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de
título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual
servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Usucapião

Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos


se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou
nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Usucapião

Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano,
possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em
zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu
trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a
propriedade.
Usucapião

Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e
cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio,
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Usucapião

§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à


mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.

§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao


mesmo possuidor mais de uma vez.
Usucapião

Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem
oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m²
(duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-
cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424,
de 2011)
Usucapião

§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor


mais de uma vez.
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e
incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Usucapião

Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel
houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do
respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele
tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse
social e econômico.
Usucapião

E na hora da prova?

02. (Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV -


2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII -
Primeira Fase) Joel e Simone se casaram em regime de
comunhão total de bens em 2010.
Usucapião

E na hora da prova?
Em 2015, depois de vários períodos conturbados, Joel
abandonou a primeira e única residência de 150 m2, em área
urbana, que o casal havia adquirido mediante pagamento à
vista, com recursos próprios de ambos, e não dá qualquer
notícia sobre seu paradeiro ou intenções futuras.
Usucapião

E na hora da prova?
Em 2018, após Simone ter iniciado um relacionamento com Roberto,
Joel reaparece subitamente, notificando sua ex-mulher, que não é
proprietária nem possuidora de outro imóvel, de que deseja retomar
sua parte no bem, eis que não admitiria que ela passasse a morar com
Roberto no apartamento que ele e ela haviam comprado juntos.
Sobre a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.
Usucapião

Alternativas
A) Apesar de ser possuidora de boa-fé, Simone pode se
considerar proprietária da totalidade do imóvel, tendo em vista a
efetivação da usucapião extraordinária.
B) Uma vez que a permanência de Simone no imóvel é
decorrente de um negócio jurídico realizado entre ela e Joel, é
correto indicar um desdobramento da posse no caso narrado.
Usucapião

Alternativas
C) Como Joel deixou o imóvel há mais de dois anos, Simone
pode alegar usucapião da fração do imóvel originalmente
pertencente ao ex-cônjuge.
D) A hipótese de usucapião é impossível, diante do condomínio
sobre o imóvel entre Joel e Simone, eis que ambos são
proprietários.
Usucapião

GABARITO: C

Você também pode gostar