Seminário Hospitalar FINALIZADO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS


DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA: FARMÁCIA HOSPITALAR
DOCENTE: MARIA DAS GRAÇAS FREIRE DE MEDEIROS

TERAPIA ANTINEOPLÁSICA: QUIMIOTERAPIA

Componentes:
Paulo Sousa
Rafaela Odísio
Valesca Fernandes
Vitória Reis
Conteúdo Programático

01 02
Central de manipulação de
Introdução Antineoplásicos
Características Farmacológicas, Estrutura ideal para
fisiopatologias e mecanismo de ação
dos antineoplásicos.
manipulação; RDC’s.

03 04
Tecnicas de estabilidade e
procedimentos para manipulação
Atuação do Farmacêutico
de antineoplásicos
Competências à manipulação Atribuições que vão além da
manipulação
Características fisiopatológicas do câncer

● O câncer é caracterizado pela multiplicação


descontrolada e a disseminação de formas
anormais de células do próprio corpo.

● É a segunda causa mais comum de morte nos


países desenvolvidos.

● O câncer de pulmão e o de intestino são as


neoplasias mais comuns, seguidos de perto
pelo câncer de mama e de próstata.
Características fisiopatológicas do câncer
● Tumor benigno vs Tumor maligno
Características fisiopatológicas do câncer
● Abordagens de tratamento

Tratamento
Excisão cirúrgica Irradiação
Farmacológico
Características fisiopatológicas do câncer
Características das células tumorais

Resistência à apoptose Expressão da telomerase


Pode ser causada pela inativação Cerca de 95% dos tumores malignos
de fatores próapoptóticos ou pela em estágio final expressam essa
inativação de fatores enzima , conferindo “imortalidade”
antiapoptóticos às células cancerosas.

Controle dos vasos sanguíneos Desdiferenciação e perda


relacionados com o tumor de função
A expansão adicional dos tumores Cânceres maldiferenciados
requer angiogênese (desenvolvimento multiplicam-se mais rápido e
de novos vasos sanguíneos em resposta
acarretam prognóstico pior que
a fatores de crescimento produzidos
pelo tumor cânceres bem diferenciados
Características das células tumorais

Invasividade
Células tumorais secretam enzimas
como as metaloproteinases que
permitem que elas se movam

Metástase
Metástases são tumores
(“secundários”) formados por células
que foram liberadas do tumor
primário ou inicial
Características das células tumorais
As células de um tumor sólido podem ser consideradas de acordo com três
compartimentos:

1. Compartimento A – consiste de células em divisão, possivelmente em ciclo


celular contínuo.

2. Compartimento B – consiste de células em repouso (fase G0 ) que, embora


não se dividam, têm potencial para fazê-lo.

3. Compartimento C – consiste de células não mais capazes de se dividir, mas


que contribuem para o volume do tumor.
Dificuldades de tratamento do câncer

● O crescimento do tumor
geralmente já está muito
avançado antes de seu
diagnóstico.
● A maioria dos fármacos
anticâncer, sobretudo os
citotóxicos, afeta apenas um
aspecto característico da
biologia da célula cancerosa:
a divisão celular.
Classificação farmacológica

FÁRMACOS
CITOTÓXIC INIBIDORES
OS DA
Agentes alquilantes,
antimetabólitos, antibióticos HORMÔNIOS PROTEÍNA
citotóxicos e derivados de plantas QUINASE

ANTICORPOS AGENTES
MONOCLONA DIVERSOS
IS
Agentes alquilantes e substâncias relacionadas

● Os principais representantes
são as mostardas
nitrogenadas (relacionadas
com o gás mostarda utilizado
na primeira guerra mundial.
● Exemplos: bendramustina,
ifosfamida, clorambucila e
melfalana, estramustina,
ciclofosfamida, nitrossureias,
compostos de platina.
Antimetabólitos

● Os antimetabólitos
bloqueiam ou subvertem as
vias da síntese do DNA.

• Antagonistas do folato.

• Análogos de pirimidina.

• Análogos da purina.
Antibióticos citotóxicos
● Trata-se de um grupo de fármacos amplamente empregados e que produz seus
efeitos basicamente pela ação direta no DNA. Como regra, não devem ser
administrados em conjunto com a radioterapia, já que a carga acumulada de
toxicidade é muito elevada. (Ex: bleomicina, mitomicina)
Derivados de plantas
Hormônios
Anticorpos monoclonais e inibidores de proteína
quinases
Outros agentes
Resistência aos fármacos
anticâncer
● Pode ser primária ou
secundária.
● Maior concentração da enzima-
alvo (metotrexato).
● Diminuição do acúmulo dos
fármacos citotoxicos nas
células.
● Queda da quantidade de
fármaco captada pelas células.
● Rápido reparo nas lesões do
DNA.
Manipulação de antineoplásicos

Em setembro de 2004, a Agência Nacional de Vigilância


Sanitária (Anvisa) publicou a RDC 220/04, que aprova o
Regulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de
Terapia Antineoplásica. Nesse momento temos o
estabelecimento das atividades dos serviços com a criação
da EMTA, em que o farmacêutico é o profissional
indispensável para compor a equipe, bem como descrição
de todos os processos farmacêuticos nos serviços de
oncologia que envolvem as atividades de seleção,
aquisição, dispensação e manipulação do medicamento.
Manipulação de antineoplásicos
Em 2017, por meio da Resolução 640, do CFF, foi definido que para o exercício de atividades de preparo
dos antineoplásicos e demais medicamentos na oncologia, a entrar em vigor de fiscalização a partir de
maio de 2020, o farmacêutico deverá atender, pelo menos, a um dos seguintes critérios, validados pelo
Conselho Regional de Farmácia (CRF) de sua jurisdição:

- ser portador de título de especialista emitido pela Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em


Oncologia (Sobrafo);

- ter feito residência na área de oncologia; ser egresso de programa de pós-graduação lato sensu
reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) relacionado à farmácia oncológica;

- ter atuado por três anos ou mais na área de oncologia, o que deve ser comprovado por meio de
Carteira de trabalho e Previdência Social (CTPS) ou de contrato e declaração do serviço, com a devida
descrição das atividades realizadas e do período de atuação.
Central de manipulação de antineoplásicos
A estrutura mínima para uma central de manipulação de
antineoplásicos é descrita na RDC/Anvisa 50/02, na RDC 220/04 e na
RDC 67/07, e deve possuir:

- área ou sala para as atividades administrativas;

- área ou local para lavagem de utensílios e materiais de embalagem;

- área de quarentena e rotulagem;

- área de dispensação;

- área de armazenamento exclusiva para estocagem de medicamentos


específicos da TA;

- área destinada à paramentação (antecâmara), provida de lavatório


para higienização das mãos;

- vestuários;

- área de armazenamento temporário de resíduos;

- sala exclusiva para preparação de medicamentos para TA, com área


mínima de cinco m² por cabine de segurança biológica;

- cabine de Segurança Biológica (CSB) Classe II B2.


Central de manipulação de antineoplásicos
- No caso de medicamentos que exijam condições especiais
de temperatura, deve existir registro e controle de temperatura
que comprovem o atendimento as exigências.

- Área próxima e de fácil acesso, em plenas condições de


funcionamento, destinada a atendimento de emergência. 

- Todos os equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva


e corretiva, de acordo com um programa formal, obedecendo às
especificações do manual do fabricante.

Em relação a Limpeza e Deseinfecção: 

- Os saneantes e os produtos usados nos processos de limpeza


e desinfecção devem ser utilizados segundo as especificações
do fabricante e estar regularizados junto a ANVISA/MS, de acordo com
a legislação vigente.

- Todas as superfícies de trabalho, inclusive as internas da cabine


de segurança biológica, devem ser limpas e desinfetadas antes e depois de
cada sessão de preparação, com produtos regularizados junto
a ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente.

- Descarte de Resíduos. 
Procedimento Para Manipulação
Validação da Prescrição Médica
01 Análise dos parâmetros: Dose,
Compatibilidade, estabilidade.

Manipulação propriamente dita


02 Ambiente Asséptico, Garantia de
esterilidade, preservação físico-
química.
Segurança e Biossegurança
03 Proteção contra Antineoplásicos
citotóxicos

Farmacovigilância
04 Acompanhamento do paciente,
evitando possíveis reações adversas
01 Validação da
Prescrição Médica

Tabela
Minimização dos erros e
revisão de parâmetros

Instituto do Câncer do Ceará. ICC, 2009


02 Manipulação de Paramentação e Preparo
Antineoplásicos

BOAS PRÁTICAS DE PREPARAÇÃO


DE TERAPIA ANTINEOPLÁSICA

● O acesso a sala deve


ser restrito a
profissionais.
● Utilização de EPI’s
● Utilização de EPC’s
como a Capela de
classe II.
02 Manipulação de Paramentação e Preparo
Antineoplásicos e
Biossegurança

● A CBS deve ser ligada 30


minutos antes do inicio da
manipulação e permanecer
ligada por 30 minutos após a
conclusão do trabalho. 

● Qualquer interrupção do
funcionamento da CSB implica
na paralisação imediata das
atividades de manipulação dos
medicamentos da TA.
02 Manipulação de Manipulação
Antineoplásicos
Cuidados na Manipulação
NR-32
1. Cuidados com a retirada de
agulhas de frascos/ampolas.
2. Minimizar o máximo possível a
formação de aerossóis
3. Os dispositivos de segurança
eliminam o uso de agulhas, que
são substituídas por adaptadores
conectados a seringas luer lock,
evitando acidentes punctórios.
4. Conexão de uma clave à bolsa.
03 Farmacovigilância e Atenção Farmacêutica

Tecnologia Aconselhamento e
Manter-se sempre informado é
monitoramento
um dos deveres do Desenvolvimento da relação
farmacêutico para Paciente-Farmacêutico.
acompanhar sempre novas O farmacêutico deve
técnicas exercer assistência, auxiliando
o(a) paciente
quanto ao modo de usar e
quanto ao armazenamento
correto do medicamento,
alertando
Terapêutica sobre os prováveis efeitos
colaterais e interações
Disponibilizar informações medicamentosas ou alimentares,
sobre as alternativas
terapêuticas disponíveis;
03 Farmacovigilância e Atenção Farmacêutica

“A Farmacoterapia deverá se
adequar ao estilo de vida do
paciente, respeitando suas
motivações, hábitos e
limitações..”
— Farmacêuticos
Atuação do Farmacêutico
Atuação do Farmacêutico
Resolução/CFF Nº 565 de 6 de dezembro de 2012
Resolução/CFF nº 288/96 - competência legal para o exercício da manipulação
de drogas antineoplásicas pelo farmacêutico.

● Art. 1º - É atribuição privativa do farmacêutico o preparo dos antineoplásicos e


demais medicamentos que possam causar risco ocupacional ao manipulador
nos estabelecimentos de saúde públicos ou privados. 

● Art. 2º - Compete ao farmacêutico orientar e assegurar a execução de projetos


de área física que garantam o cumprimento da legislação vigente quanto aos
requisitos de esterilidade e biossegurança dos medicamentos.
Atuação do Farmacêutico
Resolução/CFF Nº 565 de 6 de dezembro de 2012
Resolução/CFF nº 288/96 - competência legal para o exercício da manipulação
de drogas antineoplásicas pelo farmacêutico.

- Participar nos processos de seleção, padronização, qualificação de


fornecedores de produtos e prestadores de serviços, aquisição e
armazenamento dos medicamentos antineoplásicos;

- Assegurar o adequado preenchimento do rótulo de cada dose manipulada,


verificando a exatidão das informações contidas na prescrição médica;

- Registrar cada dose manipulada de modo sequencial, por meio impresso ou


eletrônico;

- Observar as normas de segurança individuais e coletivas para o preparo


destes produtos;
Atuação do Farmacêutico
Resolução/CFF Nº 565 de 6 de dezembro de 2012
Resolução/CFF nº 288/96 - competência legal para o exercício da manipulação
de drogas antineoplásicas pelo farmacêutico.

- Participar de estudos de utilização de medicamentos relacionados à terapia


antineoplásica; 

- Participar das visitas aos pacientes, reuniões, discussões de casos clínicos,


elaboração de protocolos clínicos;

- Orientar e capacitar a equipe de profissionais de saúde em relação aos


medicamentos antineoplásicos e a farmacovigilância;

- Participar, elaborar e atualizar artigos técnico-científicos relacionados aos


medicamentos.
Atuação do Farmacêutico
Resolução/CFF Nº 565 de 6 de dezembro de 2012
Resolução/CFF nº 288/96 - competência legal para o exercício da manipulação
de drogas antineoplásicas pelo farmacêutico.

- Participar do desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para utilização nas


unidades assistenciais de saúde;

- Elaborar e acompanhar o plano de gerenciamento de resíduos;

- Zelar pela execução de um Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional – PCMSO e Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA;

- Prestar cuidados farmacêuticos aos pacientes submetidos à terapia


antineoplásica;
Atuação do Farmacêutico
Resolução CFF Nº 623 de 29 de abril de 2016
Estabelece titulação mínima para a atuação do farmacêutico na oncologia.

Título de especialista emitido


pela Sociedade Brasileira de Ser egresso de programa de
Farmacêuticos em Oncologia pós-graduação latu sensu

Residência na área de Possuir cinco anos ou mais de


Oncologia atuação na área
Referências
I Consenso Brasileiro para Boas Práticas de Preparo da Terapia Antineoplásica / Sociedade Brasileira de
Farmacêuticos em Oncologia – Sobrafo. – São Paulo: Segmento Farma, 2014.

ANDRADE, Cinthya Cavalcante de. Farmacêutico em oncologia: interfaces administrativas e clínicas.


Farmácia Hospitalar (Encarte). Revista Pharmacia Brasileira, n. 70, 2009.

Central de Manipulação de Quimioterápicos. Disponível em:<


https://www.ictq.com.br/farmacia-hospitalar/1003-central-de-manipulacao-de-quimioterapicos>; Acesso
em: 07/01/2021

Como é feita a Manipulação da Quimioterapia aqui na Oncocamp. Disponível em:<


https://www.youtube.com/watch?v=q4fmplpxlgo>; Acesso em: 07/01/2021

Rang, H. P.; Dale, M. M.; Ritter, J. M.; Flower, R. J.; Henderson G. Rang & Dale. Farmacologia. 7ª edição. Rio
de Janeiro, Elsevier, 2012.808 p

Resolução/CFF nº 288 de 21 de março de 1996

Resolução/CFF Nº 565 de 6 de dezembro de 2012

Resolução CFF Nº 623 de 29 de abril de 2016

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