Fundações Profundas

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Fundações

Profundas  

Ana Flávia Rodrigues 


Daiana Sales
Jayne Gurgel
Lorraine Passos
 
Estrutura de apresentação

Introdução

Definição fundações profundas

Tipos de fundações profundas

Conclusão
INTRODUÇÃO

• A fundação de uma edificação tem a função de transmitir as cargas da estrutura


ao terreno.

• O principal fator a ser considerado no projeto de fundações é a Tensão


Admissível.

• A Tensão Admissível consiste no limite de carga que o solo pode suportar sem se
romper ou sofrer deformação exagerada.
INTRODUÇÃO

A escolha do tipo de fundação depende de alguns


fatores como
• A carga da edificação;
• Profundidade da camada resistente de solo;
• Custo do método executivo;
• Prazo de execução.

 As fundações se dividem em dois grupos: 


• fundações rasas ;
• fundações profundas.
FUNDAÇÕES
PROFUNDAS
• As Fundações profundas são aquelas em que a carga
proveniente da superestrutura é transmitida para
a fundação por meio:
• resistência de ponta (base);
• resistência de fuste (lateral);
• ambas.

Este tipo de fundação deve ser assentada em


profundidade superior a 3,0m. 
FUNDAÇÕES
PROFUNDAS
Utilizadas quando:

• Os solos superficiais não apresentam capacidade de


suportar elevadas cargas;

• Estão sujeitos a processos erosivos;

• Existe a possibilidade da realização de uma escavação


futura nas proximidades da obra.
TIPOS DE
FUNDAÇÕES
PROFUNDAS
De acordo com a NBR
6122/1996, se enquadram nas
fundações profundas:
• Estacas;
• Tubulões;
• Caixões.
ESTACAS

Atualmente é grande a variedade de


estacas empregadas como elementos
de fundação nas obras civis
correntes, diferindo-se entre si
basicamente pelo método executivo
e materiais de que são constituídas.
ESTACAS
São fundações profundas as estacas:

• Estaca Strauss; • Estaca Raiz;

• Estaca Franki; • Estaca Pré-moldada (concreto, aço);

• Estaca Hélice Contínua; • Estaca Escavada com trado mecânico.

• Estaca Mega (Prensada); • Entre outras.


• Estaca escavada, pois, é
necessária remoção prévia do
solo;
• Caracteriza por ser moldada in
loco e são executadas
enchendo-se de concreto as
perfurações que foram
escavadas;
• Executada com auxílio de um
equipamento conhecido
como bate-estaca Strauss que
consiste de um guincho, tripé,
pilão, tubos guia e sonda.
ESTACA STRAUSS
• Na maioria dos casos a
estaca do tipo Strauss não é
armada;
• Indicada para estruturas de
pequenas dimensões;
• Ppode ser utilizada quando é
preciso executar estacas
próximas às divisas do
terreno e em locais com
restrições a vibrações.

ESTACA STRAUSS
ESTACA STRAUSS

Vantagens  Desvantagens 

• Fator custo/benefício favorável; • Geralmente produz muita lama.


• Não gera vibrações no solo suficientes • Capacidade de carga baixa( metade da
para danificar edificações vizinhas; capacidade de carga de uma
estaca pré moldada);
• Dificuldade para escavar solo mole de
areia fofa por causa do estrangulamento
do fuste.
• Moldada no próprio local de
sua execução;
• Caracteriza pela utilização de
uma base alargada ou bulbo
preenchido com material
granular (bucha seca) ou
concreto;
• Dimensionadas para que a
carga originada da
superestrutura seja suportada
pela resistência de ponta e
pela resistência lateral.

ESTACA FRANKI
ESTACA FRANKI 

Processo executivo

1. Locação das estacas;


2. Perfuração do solo;
3. Execução da base
alargada;
4. Colocação da armadura;
5. Concretagem dos furos;
6. Estaca pronta.
ESTACA FRANKI

1. Locação das estacas

Primeiramente, deve-se realizar


a locação das estacas no terreno e suas
posições devem seguir rigorosamente
o projeto de fundações. 
ESTACA FRANKI
2. Perfuração do solo

•Cravada no solo por meio de golpes de um pilão de um bate


estacas. Esse processo de cravação gera muitas vibrações no
solo, podendo causar danos as edificações vizinhas;
•Para estacas de até 15 metros de profundidade, deve-se
utilizar pilão com massa mínima de 1,0 a 3,0 toneladas com o
diâmetro variando de 300 a 600 milímetros, conforme NBR
6122/2010;
•Para estacas de comprimento maior do que 15 metros,
deve-se aumentar a massa mínima do pilão.
ESTACA FRANKI
3. Execução da base alargada

A base alargada ou o bulbo da estaca Franki


pode ser realizado com bucha seca de
material granular ou com concreto magro. A
bucha é socada pelo pilão até a formação do
bulbo. 
4. Colocação da armadura

•De acordo com a NBR


6122/2010, as estacas Franki
podem ser executadas sem o
uso de armaduras em casos
especiais. Porém, utiliza-se
uma armadura mínima por
motivos de ordem construtiva.

•Geralmente, a armadura
dessas estacas são
longitudinais, ao longo de seu
comprimento, e transversais,
formadas pelos estribos que
ESTACA FRANKI podem ser colocados de um a
um ou realizados em espiral.
ESTACA FRANKI

5. Concretagem dos furos

•O consumo mínimo de cimento deve ser de


350kg/m³ e o concreto deve ser lançado em
pequenas quantidades com sucessivas
compactações e retirada do tubo de
revestimento.
ESTACA FRANKI
Vantagens Desvantagens 

• Podem suportar grandes cargas. • Causa muita vibração no terreno.


• Apresentam boa resistência lateral e • Durante o processo de cravação, deve ser
de ponta, contribuindo para a dissipação constantemente supervisionada pois
das cargas no solo. pode ocorrer levantamento das estacas já
• Atingem camadas profundas do solo. instaladas.
• Podem ser executadas abaixo do nível de • Demandam tempo ocasionando maiores
água. custos com mão-de-obra e
equipamentos.
• É necessário espaço amplo no canteiro de
obras,
• Estaca de concreto moldada
"in loco"
• A execução permite maior
agilidade na conclusão do
estaqueamento, tendo como
principal característica o
monitoramento eletrônico e
ausência de vibrações no
solo local e vizinhos.

ESTACA HÉLICE
CONTÍNUA
Processo executivo 

ESTACA 1. PERFURAÇÃO

HÉLICE 2. CONCRETAGEM
3. COLOCAÇÃO DA ARMADURA NA ESTACA
CONTÍNUA 4. ESTACA PRONTA
 
ESTACA HÉLICE
CONTÍNUA
• 1. PERFURAÇÃO
• Introduzir a haste de perfuração com a hélice
no terreno, por meio de torque do
equipamento para vencer a sua resistência.
• A metodologia de perfuração permite a sua
execução em terrenos coesivos e arenosos, na
presença ou não do lençol freático;
• A velocidade de perfuração produz em média
250 metros de estaca por dia.
ESTACA HÉLICE
CONTÍNUA
2. CONCRETAGEM

• Bombeamento de concreto pelo interior da haste


tubular. 
• Sob a pressão do concreto, a tampa provisória é
expulsa e o trado é retirado, sem rotação, mantendo-
se o concreto injetado sempre sob pressão positiva;
• À medida que o trado vai sendo retirado, um limpador
mecânico remove o solo confinado entre a hélice do
trado, e uma escavadeira remove esse solo para fora
da área do estaqueamento. 
ESTACA HÉLICE
CONTÍNUA

3. COLOCAÇÃO DA ARMADURA

• O método executivo da estaca hélice


contínua exige a colocação da armadura
após o término da concretagem do fuste
da estaca.
• A armadura, em forma de gaiola, é
introduzida na estaca por gravidade
sendo empurrada pelos operários ou
com auxílio de um pilão de pequena
carga ou de vibrador.
ESTACA HÉLICE CONTÍNUA
Vantagens  Desvantagens 

• Alta produtividade;​​ • Área ampla na obra e de terreno plano ou


• Ausência de vibrações no processo pouco inclinado para a sua instalação;
executivo;​​ • Não podem ser executadas em terrenos
• Monitoramento eletrônico; com presença de rochas e matacões;
• Custo relativamente alto.
• Penetra em camadas mais resistentes, até
o limite do trado (comprimento até 38m);​​
• Alta capacidade de carga (com Ø 1,5m).
ESTACA MEGA
(PRENSADA)
• Constituídas por segmentos de concreto
armado ou metálicos. 
• Cravação estática através de macaco
hidráulico, reagindo contra cargueira ou
estrutura existente;
• São comumente utilizadas em reforço à
fundação já existente ou para correção
de patologias.
ESTACA MEGA (PRENSADA)

Cravação
• Deve ser realizada através de macaco hidráulico
acionado por bomba elétrica ou manual.
• Finalizada a cravação, é colocado o cabeçote sobre
a estaca para permitir o encunhamento que deve
ser feito por cunhas e calços.
ESTACA MEGA (PRENSADA)
Vantagens Desvantagens

• Possibilidade de substituição das • Custo  elevado


fundações existentes simultâneas ao uso
da edificação;
• Acréscimo da capacidade de suporte das
fundações existentes;
• Execução em locais pequenos e de difícil
acesso a pessoas e equipamentos;
• Isenção de vibrações durante a cravação;
• Aumento imediato da segurança da obra
após a cravação  de cada estaca.
ESTACA RAIZ
• Estaca escavada, podendo atingir profundidade maior que 50 metros e com diâmetro de
80 a 500 mm, tanto em solo como em rochas;
• É uma estaca argamassada “in loco”;
• Caracteriza-se por perfuração rotativa ou rotopercussiva e por apresentar elevada tensão
de trabalho ao longo do fuste.
Processo executivo 
1. PERFURAÇÃO
2. FIXAÇÃO DA ARMADURA
3. INJEÇÃO DA ARGAMASSA 
4. RETIRADA DOS TUBOS
METÁLICOS.
5. ESTACA PRONTA.
 

ESTACA RAIZ
ESTACA RAIZ
1. PERFURAÇÃO
• A perfuração é executada com equipamentos mecânicos chamados de perfuratrizes;
• Normalmente é utilizado o processo rotativo com circulação de água, lama bentonítica ou
polímero sintético, que permite a fixação do tubo metálico para o revestimento provisório até a
ponta da estaca.
ESTACA RAIZ
2. FIXAÇÃO DA ARMADURA

• Após a perfuração, deve-se fazer a


limpeza interna do tubo metálico, feita
através de golpes de água dentro da
estaca, então, a armadura é inserida no
interior do tubo, esta armadura é
constituída por uma ou mais barras de
aço, devidamente estribadas de acordo
com o projeto.
ESTACA RAIZ
3. E 4. Injeção da argamassa e retirada dos tubos
metálicos
• A argamassa constituída por cimento e areia é
bombeada através de um tubo até a ponta da
estaca;
• À medida que a argamassa sobe pelo tubo de
revestimento, o tubo é concomitantemente
retirado. Quando o tubo estiver cheio, a
extremidade superior é fechada e são aplicados
golpes de pressão com ar comprimido para o
adensamento da argamassa e a interação com o
solo.
ESTACA RAIZ
Vantagens   Desvantagens 

•Ausência de vibração; • Custo elevado;


• Equipamento ser de pequeno e médio
• Alto consumo de cimento;
porte;​
• Capacidade de perfuração de matérias • Alto consumo de ferragens para as
rígidas;​ armaduras;
• Não provoca poluição sonora. • Obra alagada devido ao grande consumo
de água.
São divididas quanto ao material:
Madeira;
Aço;
Concreto;
Mista.

ESTACA PRÉ-MOLDADA
ESTACA PRÉ-MOLDADA DE
MADEIRA
•São utilizadas abaixo do nível d’água. 
O topo da estaca de madeira deve ter diâmetro maior
do que 25 cm e devem ser protegidos para não
sofrerem danos durante a cravação. 
Já a ponta da estaca de madeira deve ter diâmetro
maior do que 15 cm e devem ser protegidas com
ponteira de aço quando for necessário penetrar
camadas resistentes do solo.  
A cravação é geralmente executada com martelo de
queda livre.
ESTACA PRÉ-MOLDADA DE
MADEIRA
VANTAGENS DESVANTAGENS

podem ser facilmente emendadas e tem Este tipo de estaca, é mais difícil de se


duração prolongada quando utilizadas encontrar e  não podem ser utilizadas acima
abaixo do nível d’água. do nível d’água por sofrerem ataque
de microrganismos.
ESTACA PRÉ-
MOLDADA DE
CONCRETO
• Podem ser de concreto armado ou
protendido e concretadas em formas
horizontais ou verticais. 
• São cravadas no solo através de bate
estacas.
ESTACA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO
VANTAGENS DESVANTAGENS

• Boa capacidade de carga e • Alto peso próprio limitando as seções e


boa resistência de esforços de flexão e comprimentos em função do transporte
cisalhamento.  e cortes;
• Boa qualidade do concreto e • Emendas são de difíceis execuções.
é controlada e fiscalizada por
laboratórios.
ESTACA PRÉ-MOLDADA DE AÇO
• •São constituídas de perfis laminados ou soldados, tubos de chapas
dobradas (seção circular, quadrada ou retangular) e trilhos.
• •As estacas de aço devem resistir à corrosão pela própria natureza do
aço ou por tratamento adequado porém dispensam tratamento se
estiverem inteiramente enterradas em terreno natural.
ESTACA PRÉ-MOLDADA DE AÇO
VANTAGENS DESVANTAGENS

• Facilmente emendadas; • Alto custo se comparadas as estacas


• Elevada resistência à tração e moldadas in loco, estacas Franki e
compressão; estacas Strauss;
• Não fissuram, não trincam e • Poucos fornecedores.
não quebram;
• Pouca vibração durante sua cravação.
ESTACA ESCAVADA COM
TRADO MECÂNICO
• Estacas moldadas in loco por meio da concretagem de um
furo executado mecanicamente pela introdução e rotação
de trado espiral. 
• Empregado onde o perfil do subsolo tem características tais
que o furo se mantenha estável sem necessidade de
revestimento ou de fluido estabilizante. 
• A profundidade é limitada ao nível do lençol freático.
FUNDAÇÕES POR
TUBULÕES
• O tubulão é um elemento de fundação profunda,
escavado no terreno em que.
• Dividi-se em dois tipos básicos: os tubulões a céu
aberto e os tubulões a ar comprimido.
TUBULÕES A CÉU
ABERTO
• Fundação profunda, escavada manual ou
mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa
final, há descida de pessoal para alargamento da base
ou limpeza do fundo quando não há base.
• Este tipo de fundação é empregado acima do lençol
freático, ou mesmo abaixo dele, nos casos em que o
solo se mantenha estável sem risco de
desmoronamento.
• Fundações profundas,
escavadas de forma manual
ou mecanizada, quando se
pretende executar tubulões
abaixo do nível de água.
• Se caracteriza pelo uso de
revestimento de aço ou de
concreto para auxiliar na
escavação do fuste.

TUBULÕES A AR
COMPRIMIDO
FUNDAÇÕES POR
CAIXÕES
• Elemento de fundação de forma
prismática, concretado na superfície do
terreno, e instalado por escavação interna,
podendo-se ainda na sua instalação usar,
ou não, ar comprimido, e ter, ou não, a sua
base alargada.
Considerações Finais 
• A escolha do TIPO DE FUNDAÇÃO PROFUNDA a ser
utilizada em um projeto é aquela que irá suportar as cargas
a serem recebidas da estrutura respeitando os quesitos de
segurança e fatores econômicos. 
• Outros fatores como topográficos, o tipo do solo que será
aplicada e técnicos também influenciam na escolha do
melhor tipo de estaca a ser utilizada assim como a
preocupação com as edificações vizinhas.
REFERÊNCIAS
• Fundações Profundas. Disponível em:  http://www.lmsp.ufc.br/arquivos/graduacao/fundacao/apostila/04.pdf. Acesso
em: 29 set de 2019.
• ROSSI, Fabrício. Fundações Rasas e Fundações Profundas
• Disponível em:  https://pedreirao.com.br/conceitos-de-fundacoes-passo-a-passo/. Acesso em: 29 set de 2019.
• PEREIRA, Caio. Estaca Strauss – Vantagens e Desvantagens. Escola Engenharia, 2013. Disponível em: 
https://www.escolaengenharia.com.br/estaca-strauss/. Acesso em: 30 de set de 2019.
• PEREIRA, Caio. Estaca Franki: Processo Executivo, Vantagens e Desvantagens. Escola Engenharia, 2017. Disponível em: 
https://www.escolaengenharia.com.br/estaca-franki/. Acesso em: 1 de out de 2019.
• PEREIRA, Caio. Estaca Hélice Contínua – Vantagens e Desvantagens. Escola Engenharia, 2017. Disponível em: 
https://www.escolaengenharia.com.br/estaca-helice-continua/. Acesso em: 1 de out de 2019.
• PEREIRA, Caio. Estaca Raiz: Características, Processo Executivo, Vantagens e Desvantagens. Escola Engenharia, 2018.
Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/estaca-raiz/. Acesso em: 1 de out de 2019.
• NBR 6122/1996 – Projeto e execução de fundações
• ALONSO; Urbano Rodriguez. EXERCÍCIOS DE FUNDAÇÕES. Ed. Edgar Blüncher Ltda
• CONSTANCIO, D. Fundações. Americana, 2004. (Apostila)
OBRIGADA! 

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