DORT/LER
INSS
Segundo estatísticas do INSS (cerca de 10 anos atrás) de concessão de benefícios por doença profissional,
essas lesões ocupacionais respondem por mais de 80% dospor mais de 80% dos diagnósticos que resultam
em concessão de auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez.
A doença profissional é aquela que foi produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho. (GALAFASSI, 1999)
O QUE SÃO AS DORT/LER ??
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O QUE SÃO AS DORT/LER ?
sforço
Conjunto de doenças que atingem principalmente os músculos, tendões e nervos. O problema é decorrente do
trabalho com movimentos repetitivos, esforço excessivo, má postura e estresse, entre outros.
má postura
O QUE SÃO AS DORT/LER ?
As L.E.R. são Lesões por Esforços Repetitivos(definição mais antiga)
A D.O.R.T. (conhecidas como doenças osteomusculares relacionados ao trabalho)são
responsáveis pela alteração das estruturas osteomusculares tendões, articulações,
músculos e nervos.
O Que é LER?
Termo LER refere-se a um conjunto de doenças que atingem principalmente os membros superiores, atacam
músculos, nervos e tendões provocando irritações e inflamação dos mesmos. A LER é geralmente causada por
movimentos repetidos e contínuos com consequente sobrecarga do sistema musculoesquelético. O esforço
excessivo, má postura, stress e más condições de trabalho também contribuem para aparecimento da LER. Em
casos extremos pode causar sérios danos aos tendões, dor e perda de movimentos.
A LER inclui várias doenças entre as quais
tenossinovite, tendinites, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, bursite, dedo em
gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico e síndrome do pronador redondo. Alguns
especialistas e entidades preferem, atualmente, denominar as LER por DORT ou
LER/DORT. A LER também é conhecida por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo).
Qual a diferença entre LER e DORT?
LER é a designação de qualquer doença causada por esforço repetitivo enquanto DORT é
o nome dado as doenças causadas pelo trabalho. Alguns especialistas e entidades
preferem, atualmente, denominar LER por DORT ou ainda LER/DORT.
Um exemplo de diferenciação :
onsiderando-se uma criança de 12 anos, aficionado por vídeo game e que possui um joy
stick, em que utiliza com grande frequência a alavanca do polegar. Esta criança em seu
período de férias chega a ficar 4 a 5 horas jogando o seu vídeo game e em um período de
1 semana desenvolve um quadro inflamatório de um tendão, um típico caso de LER que,
no entanto, não é considerada DORT uma vez que trata-se de uma criança e que não
trabalha. A DORT só é caracterizada quando o fator gerador da doença LER tenha sido o
trabalho e para tanto é imprescindível uma vistoria no posto de trabalho para comprovar a
existência da tríade – lesão – nexo e incapacidade.
CAUSAS DA LER - DORT
Esses tipos de lesões são manifestações oriundas da utilização excessiva, imposta ao
sistema músculo- esquelético, e da falta de tempo para recuperação. (LER..., 2010). Para
a análise de cada caso deve-se considerar que os fatores de risco não são independentes,
devendo ser analisados de forma integrada. Estes envolvem aspectos: biomecânicos,
cognitivos, sensoriais, afetivos e de organização do trabalho. Dentre os fatores inclui-se:
Posto de trabalho que submeta o trabalhador a adotar posturas, a suportar certas cargas
e a proceder de forma a causar ou agravar afecções músculo- esqueléticas.
Expor-se a vibrações de corpo inteiro, ou apenas do membro superior, que podem causar
efeitos vasculares, musculares e neurológicos.
Exposição a baixas temperaturas que produzem um efeito direto no tecido exposto e
indireto quando há o uso de equipamentos de proteção individual (Ex.: Luvas).
Exposição a ruído elevado, que produz mudança de comportamento.
Pressão mecânica localizada, desencadeada pelo contato físico de cantos retos ou
pontiagudos de objetos, ferramentas e móveis com tecidos moles de segmentos
anatômicos e trajetos nervosos provocando compressões de estruturas moles do sistema
músculo- esquelético.
Em relação às posturas, três características
podem aparecer simultaneamente:
Posturas extremas que forçam os limites da amplitude das articulações.
Situações em que a força da gravidade impõe aumento de carga sobre os músculos e outros tecidos.
Posturas que alteram a geometria músculo- esquelética e que pode causar estresse sobre tendões,
músculos e outros tecidos e/ou reduzir a tolerância dos tecidos.
Carga mecânica musculoesquelética, resultante de fatores como: a força, a repetitividade,
a duração da carga, o tipo de preensão, a postura e o método de trabalho. A carga
musculoesquelética diz de uma carga mecânica exercida sobre tecidos, incluindo: tensão,
pressão, fricção e irritação. (LER..., 2010).
DIAGNÓSTICO
O Ministério da Saúde lança em 2001, uma cartilha, na qual aborda o diagnóstico, tratamento,
reabilitação, prevenção e fisiopatologia das Ler/Dort.
a)história clínica detalhada (história da moléstia atual) colhida a queixa do cliente, a qual é composta
pelos sintomas, duração, localização, intensidade, momentos e formas de instalação, momentos e formas
de instalação, fatores que influenciam na melhora ou piora, variação do tempo.
b) investigação dos diversos aparelhos Relacionada à importância de se averiguar outros sintomas e
doenças.
DIAGNÓSTICO
c) comportamentos e hábitos relevantes Diz das atividades realizadas que possam agravar o
quadro patológico, como por exemplo, uso excessivo de computador em casa, lavagem de
roupa manual, ato de passar grandes quantidades de roupas.
d) antecedentes pessoais e
e) antecedentes familiares Envolvem a investigação dos acontecimentos precedentes com a
finalidade de identificar a possível presença de traumas, luxações que podem ter ocasionado a
dor crônica, ou até mesmo histórico de doenças hormonais na família.
DIAGNÓSTICO
f) anamnese ocupacional Tenta-se entender o ambiente de trabalho do paciente, identificando possíveis
contribuintes para o desenvolvimento de Ler/Dort
g)exame físico detalhado são divididas em duas etapas a inspeção e a palpação
h) exames complementares, se necessários. Os exames complementares: a ultrassonografia, radiografia,
tomografia computadorizada entre outras.
ESTATÍSTICA
As informações transcritas abaixo foram retiradas do Anuário Estatístico da Previdência social, ano 2010.
Durante o ano de 2010, foram registrados no INSS cerca de 701,5 mil acidentes do trabalho sendo que as
doenças do trabalho representam 3,0%. Quanto ao gênero 57,8% são do sexo masculino e42,2% feminino. A
faixa de maior incidência foi a de 30 a 39 anos, com 32,3% do total de acidentes registrados. Em 2010, o
subgrupo da CBO com maior número foi o ‘‘Trabalhadores de funções transversais’, com 13,3%.
TRATAMENTO
O tratamento de pacientes acometidos por Ler/Dort deve objetivar a melhoria de sua qualidade de vida,
propiciar alívio aos sintomas e recuperar sua capacidade de trabalho.
O Ministério da Saúde, BRASIL (2001), aborda alguns itens dos quais dependem o sucesso terapêutico:
Momento do diagnóstico e inicio do
tratamento
Momento do afastamento do paciente das condições causais ou agravantes:
Gravidade do quadro clínico
Família e círculo social do paciente
Empresa com políticas de prevenção
Previdência Social
Serviços de tratamento
Processo de reabilitação
Não há um esquema padrão para o tratamento de Ler/Dort, entretanto percebe-se como ponto
fundamental para o sucesso do tratamento e reabilitação do paciente a constituição de uma equipe para
um trabalho multidisciplinar
A partir daí, averigua-se a situação do paciente (sintomas, incapacidades e limitações, as situações
enfrentadas, a dor) para estabelecer os objetivos do tratamento e da reabilitação, que devem ser de
conhecimento do paciente de forma a valorizar cada ganho.
PREVENÇÃO
Não há receitas miraculosas ou locais de trabalho perfeitos
Deve-se compreender a multicausalidade que envolve as Ler/ Dort e a partir daí pode-se perceber a
necessidade de uma abordagem global preventiva que avalie todos os elementos do sistema de
trabalho: indivíduo, aspectos técnicos, ambiente físico e social, organização do trabalho e
características da tarefa. (BRASIL, 2001)
PREVENÇÃO
A prevenção primaria de Ler/Dort diz da redução de fatores de risco laborais ao melhorar
as condições gerais do trabalho. Utilizando a ergonomia sistemática podem- se
transformar as situações de trabalho adaptando às possibilidades e capacidades do
trabalhador.
FORMAS DE PREVENÇÃO:
Programas de supervisão no trabalho para gerar soluções em busca de melhorias
Programas de discussão da problemática para conhecimento dos fatores de predisposição e desencadeamento
de Ler/Dort.
Alternância das tarefas e rotação nos postos de trabalho
Pausas
Redução da jornada de trabalho
Revisão da produtividade e das formas de controle/supervisão dos trabalhadores
Treinamento
Acompanhamento de trabalhadores acometidos
Exercícios