Aula 3 - Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA

CURSO: PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PSICOTERAPIA BREVE

Psicoterapia breve de Orientação Psicanalítica

Profª. Ma. Maria Eugênia Augusto Gregório


PAUTA

1) Objetivos da aula de hoje;

2) Estratégias:

 Aula expositiva dialogada


 Atividades em subgrupos
Objetivos da aula

GERAIS:
Conhecer os princípios da Psicoterapia Psicanalítica;

ESPECÍFICOS:
 Reconhecer as diferenças entre a psicanálise, a psicoterapia psicanalítica.


Identificar as transformações das técnicas psicanalíticas até a Psicoterapia
Psicanalítica;
Conhecimentos prévios

Individualmente, responda o que você sabe sobre a psicanálise e a teoria


psicanalítica.
10 minutos.
Transformação da técnica psicanalítica

Na semana passada, Oliveira (1999) destaca que para alguns autores, como
Malam e Marmo, Freud foi grande fonte de inspiração para uma Psicoterapia
Psicanalítica e para a PB de Orientação Psicanalítica.

A “terapêutica psicanalítica” (evolução da técnica psicanalítica) pode ser


compreendida a partir de 5 períodos (ALEXANDER; FRENCH, 1965):

1. Hipnoses catárticas;
2. Sugestão em estado de vigília;
3. Associação livre;
4. Neurose transferencial;
5. Reeducação emocional.
Hipnoses catárticas

Em seus primeiros trabalhos, Freud, juntamente com Breuer, utilizou-se da


hipnose com o intuito de promover catarses.

Catarses são grandes descargas de sentimentos e emoções que sob a hipnose


não se submetiam aos mecanismos de defesa.

A partir do aprofundamento na construção da teoria psicanalítica e o


desenvolvimento de suas técnicas, a hipnose foi abandonada.
Sugestão em estado de vigília

Vigília é uma estado da consciência em que a pessoa encontra-se prestes a


adormecer e acordando. É a esse estado que os sonhos são associados.

Nesse sentido, a sugestão em estado de vigília significava produzir a


interrupção dos sintomas por meio da sugestão direta, de perguntas ao
paciente como no estado hipnótico.

Ela é abandona por Freud à medida que ele recupera a importância dos
mecanismos de defesa, da transferência, da contratransferência na análise.
Associação livre

Associação livre é o método que substitui a hipnose e a sugestão em estado de


vigília.

É por meio dela que a pessoa seleciona as palavras que lhe vêm à mente. A
denominação é dada como associação livre, mas ela não é “livre” pois está
circunscrita ao ambiente analítico e passa pelo crivo da autocrítica que é
manejada pelo analista.
Neurose transferencial

Na leitura psicanalítica freudiana, a neurose é interpretada e reinterpretada.

Nos estudos iniciais, Freud estuda a histeria e define-a como trauma sexual
vivido na infância e reprimido. Sua preocupação era buscar mecanismos
fisiológicos para a repressão, o que posteriormente é abandonado.

Mais tarde, separa a histeria das neuroses obsessivas atribuindo à primeira um


trauma passivo e às segundas onde a pessoa seria vítima de uma violência
sexual, acompanhadas por sentimentos de inadequação e culpa.

Inicialmente estes sentimentos foram associados às emoções que as


lembranças reprimidas suscitavam até que o desprazer pelas lembranças
reprimidas passa a ser a nova leitura das neuroses.
Neurose transferencial

Transferência são todos os sentimentos, pulsões, fantasias e defesas que a


pessoa apresenta no encontro com as pessoas, inclusive o analista, o
psicoterapeuta, podendo ser positivas ou negativas, ou seja, amorosas ou
odiosas. É através dela que se estabelecem as relações de trabalho
terapêutico, a aliança terapêutica.

E assim é que é preciso entender, elaborar a transferência até poder interpretá-


la e torná-la consciente. Isso implica em dar conta de lidar com a nova neurose
que se instala e precisa se instalar que é a neurose transferencial.

Contratransferência: é nesse sentido que o analista, o psicoterapeuta lança


mão de tomar contanto com a sua própria transferência, seus aspectos
inconscientes, seus próprios traumas e manejá-los no processo de
transferência -contratransferência.
Aportes teórico – técnicos da psicanálise e da psicoterapia de
orientação psicanalítica

Trauma e a relação com o terapeuta: é retomada os traumas de cada um,


paciente e terapeuta e o terapeuta deve lidar com isso como parte da aliança
teraêutcia – a dupla neurosa.

A interpretação e a hipótese: As interpretações vão sendo realizadas a partir


não de uma hipótese, mas de várias hipóteses. Estas interpretações do
analista, do terapeuta devem aguardar o tempo necessário para que as
hipóteses sobre o que acontece no inconsciente do paciente possam ir sendo
construídas para gradativamente serem postas em interpretação.

A interpretação requer o reconhecimento de uma explicação (o porquê) e o uso


instrumental (para que) e que servem para mobilizar o inconsciente do
paciente.
Aportes teórico – técnicos da psicanálise e da psicoterapia de
orientação psicanalítica

Enquadramento: diferenças conforme a terapêutica (análise, psicoterapia


psicanalítica e de pb) – variam conforme o conteúdo, a estrutura e a vivência:
aspectos objetivos e subjetivos relacionados à teoria e às técnicas.

Por exemplo, enquanto na psicanálise, a regressão é fundamental ao processo,


o mesmo não ocorre em algumas modalidades de PB.

Comunicação e elaboração: a comunicação entre terapeuta, analista e


paciente, analisando ocorre para contribuir para a elaboração do conflito,
contribuindo para evitar repetição de condutas ou recordações.

Insight: forma de chegar ao conhecimento do mundo interno.


Aportes teórico – técnicos da psicanálise e da psicoterapia de
orientação psicanalítica

Assim é que num primeiro momento, a reeducação emocional significa um novo


estado de funcionamento psíquico na psicoterapia psicanalítica: inclusive para
aprender a lidar com os lutas ao longo da vida (aceitar as perdas). Mutação
objetal interna.
Aportes teórico – técnicos da psicanálise e da psicoterapia de
orientação psicanalítica

Para Knobel (1986, p. 30):

“A técnica psicanalítica baseia-se em quatro aspectos fundamentais:


1) a estimulação da regressão;
2) a emergencial da neurose transferencial;
3) a elaboração;
4) a mutação de objetos internos por meio dos mecanismos de projeção e
introjeção fundamentalmente, e associados a outros mecanismos de defesa
que cada sujeito tem à sua disposição […].”
Psicoterapia Psicanalítica – para ir encerrando

Dois princípios que modificaram a técnica psicanalítica:

1. Princípio da flexibilidade
2. Experiência emocional corretiva
Exercício

Individualmente, retome sua resposta sobre a psicanálise e a psicoterapia


psicanalítica e amplie-a relacionando com o que ficou da aula de hoje.

No máximo, 5 linhas.

20 minutos.
Referência

KNOBEL, M. Psicoterapia Breve. São Paulo: EPU, 1986.

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