Parnasianismo 2 Ano B Aula 20-0922
Parnasianismo 2 Ano B Aula 20-0922
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• Os parnasianos ressuscitam o
preceito latino de que a arte é
gratuita, que só vale por si
própria. Ela não tem nenhum
sentido utilitário, nenhum tipo
de compromisso.
3) CULTO DA FORMA
• O resultado da visão
descompromissada é a
celebração dos
processos formais do
poema. A verdade de
uma obra de arte passa
a residir apenas em sua
beleza. E a beleza é
evidenciada pela
elaboração formal.
VERDADE = BELEZA = FORMA
POESIA
Olavo Bilac foi um dos mais louvados poetas de seu tempo, e ainda hoje tem
prestígio. Foi um artífice da palavra, sabendo conjugar o rigor formal
parnasiano com grande expressividade, obtendo efeitos imagéticos e ritmos
interessantes, depositando no último terceto de seus sonetos a síntese de
suas idéias, a chamada “chave de ouro”.
Seus temas mais frequentes são:
Amor sensual: vazado num erotismo que oscila entre o explícito
e o requintando; mas essa sensualidade não vulgariza o amor, que
sempre aparece como sentimento nobre e transcendente.
O nacionalismo: em que o autor revela seu conservadorismo;
episódios da história do Brasil e suas personagens são frequentes
nessas poesias.
A mitologia greco-latina: assiduamente abordada pelo poeta.
A metalinguagem: eleição da própria poesia como tema poético,
está entre as preferências de Bilac.
O índio: aparece em sua obra como um eco romântico tardio.
Um certo decadentismo da vida e das coisas é também uma das
tônicas de sua poesia.
Nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, em 1857.
Em seu primeiro livro, Canções Românticas, a influência do
Romantismo é nítida, mas, apesar disso, nota-se que ele prioriza o
rigor formal e já apresenta certa contenção emocional, a partir de
Meridionais, abraça o ideário parnasiano ao qual se manteria fiel, e
algumas nuanças simbolistas em suas obras finais. Isso não impediu
que ele fosse tido pela crítica como o mais radical dos nossos
parnasianos.
Morreu em Niterói, em 1937.
Nasceu no Maranhão (baía de Mongúcia), em 1860.
Seu livro de estréia, Primeiros Sonhos, traz poemas sentimentais, ainda
sob influência romântica. A partir do segundo, Sinfonias, Raimundo Correia
rendeu-se aos ideais da estética parnasiana, tornando-se um de seus
melhores representantes em língua portuguesa, não apenas pelo apurado
requinte formal, mas também pela profundidade com que desenvolveu seus
temas.
Soube driblar a impessoalidade proposta pelo
Parnasianismo e atingir o universalismo,
desenvolvendo temas sociais e, sobretudo,
filosóficos : a busca de uma verdade essencial e
imorredoura, os conflitos da condição humana,
etc. Seus poemas têm uma suavidade e uma
melancolia acalentadas pela influência de
Schopenhauer, pensador alemão que acreditava que
a arte é a sublimação da dor, e o sofrimento é
inerente à condição humana.
Morreu em Paris, em 1911, de problemas renais.