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Aula de Lombalgia

O documento discute lombalgia, definindo-a como dor na região lombar e fornecendo detalhes sobre suas causas, classificações, fatores de risco, avaliação e sinais de alerta para causas graves. É um problema comum que afeta grande parte da população e pode ter causas mecânicas, não mecânicas ou viscerais. Uma avaliação clínica detalhada é essencial para direcionar o diagnóstico e tratamento corretos.
Direitos autorais
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Aula de Lombalgia

O documento discute lombalgia, definindo-a como dor na região lombar e fornecendo detalhes sobre suas causas, classificações, fatores de risco, avaliação e sinais de alerta para causas graves. É um problema comum que afeta grande parte da população e pode ter causas mecânicas, não mecânicas ou viscerais. Uma avaliação clínica detalhada é essencial para direcionar o diagnóstico e tratamento corretos.
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LOMBALGIA

Concurso para Docente


FOB-USP Bauru -2019

AGUINALDO NARDI
DEFINIÇÃO

Dor, espasmo muscular, rigidez ou


desconforto entre o rebordo
costal inferior e as pregas glúteas
inferior, com ou sem irradiação
para um ou ambos os membros
inferiores
INTRODUÇÃO
• Importante problema de saúde
pública
• Afeta grande parte da população
em idade ativa
• Provoca quebra significativa da
produtividade laboral
• Principal causa de incapacidade
para o trabalho nos Estados
Unidos
INTRODUÇÃO
• Causa frequente de morbidade e
incapacidade
• Queixa mais comum no pronto
atendimento, depois de IVAS
• Ocorrência em 75% da
população durante a vida
• Impacto sócio-econômico.

Katz, J. Lumbar disc disorders and low back pain. J. Bone Joint Surg. Am. 2006, 88( 2), 21-24
INTRODUÇÃO
• Doenças da coluna vertebral ou
de outro órgão próximo.
• Raramente é sinal de doença
sistêmica, metabólica, infecciosa
ou neoplásica.
• Maioria é autolimitada
• Outros são recorrentes ou
crônicos.
LOMBALGIA

• Piora com a mobilização


LOMBALGIA

• Com ou sem irradiação para um


ou ambos os membros inferiores
FATORES DE RISCO

• Tabagismo
• Obesidade
• Sedentarismo
• Idade > 45 anos
• Sexo feminino
• Profissões físicas e/ou
psicologicamente vigorosas
CLASSIFICAÇÃO

• Aguda, sub-aguda ou crônica

• Mecânica, não mecânica, visceral


CLASSIFICAÇÃO

• Aguda = <4 semanas

• Sub-aguda = 4-12 semanas

• Crônica: >12 semanas


CLASSIFICAÇÃO ETIOPATOGÊNICA
• Mecânica
• Anormalidade funcional ou
mecânica

• Ausência de evidência clínica de


doença neoplásica ou infecciosa
CLASSIFICAÇÃO ETIOPATOGÊNICA

• Não-mecânica • Provocada por doença neoplásica,


inflamatória ou infecciosa
CLASSIFICAÇÃO ETIOPATOGÊNICA

• Visceral
LOMBALGIA MECÂNICA

• Decorrente de sobrecarga ou
esforço excessivo
• Trauma
• Deformidade ou alterações
degenerativas discais ou das
articulações interapofisárias
posteriores
LOMBALGIA MECÂNICA
1-DEGENERAÇÃO-OSTEOARTROSE

• Baixa correlação
clínico-radiológica

• Músculo-ligamentar
LOMBALGIA MECÂNICA
1-DEGENERAÇÃO-OSTEOARTROSE

Hérnia discal
Caso 2
• Mulher, 35 anos, professora universitária, refere que há 6 semanas vem referindo dor
lombar baixa e que após ter ficado gripada, após crise de tosse, a dor se acentuou. A dor
ficou muito intensa, e passou a doer a face anterior da coxa e parte interna e lateral da
perna.
• Nega febre.
• Fica muito tempo do dia trabalhando em computador.
• Exame físico:

Dor a palpação da musculatura paravertebral da região lombar baixa


Reflexos: patelar abolido; aquileu preservado
Déficit sensitivo no quadríceps
Giordano ausente
Lasegue positivo

HD?? CD??
Hérnia Discal L4-L5
Espondilite Anquilosante
Pielonefrite
Contratura muscular lombar
Você solicitaria?

• Radiografia coluna lombar


• RNM de coluna lombar/sacroilíaca
• HLA-B27
• Provas de Atividade Inflamatória
• Urina
• Hemograma
• Fator reumatoide
• Acido úrico

Dor subaguda
Radiculopatia
L4
hernia

L5
LOMBALGIA MECÂNICA
1-DEGENERAÇÃO-OSTEOARTROSE

Espondilolistese
LOMBALGIA MECÂNICA
1-DEGENERAÇÃO-OSTEOARTROSE

Estenose espinhal
LOMBALGIA MECÂNICA
1-DEGENERAÇÃO-OSTEOARTROSE

Espondilose
LOMBALGIA MECÂNICA
1-DEGENERAÇÃO-OSTEOARTROSE

Síndrome facetária
LOMBALGIA MECÂNICA
2- FRATURA OSTEOPORÓTICA
LOMBALGIA NÃO-MECÂNICA
1- Neoplasias • Mieloma múltiplos, metástases,
linfoma e leucemia, tumor de medula
espinha, tumores retroperitoneais
LOMBALGIA NÃO-MECÂNICA
• Osteomielite, discite séptica, abscesso
paraespinhoso, espondilodiscite
2- Infecção
tuberculosa
LOMBALGIA NÃO-MECÂNICA
• Espondilite anquilosante, artrite
3- Espindiloartrites psoriática, artrite reativa, doença
inflamatória intestinal
LOMBALGIA NÃO-MECÂNICA

4- Doença de Paget
LOMBALGIA NÃO-MECÂNICA

5- Doença de Sheuermann
(osteocondrose)
LOMBALGIA DE ORIGEM VISCERAL
• Prostatite, endometriose, DIP
1- Órgãos pélvicos
LOMBALGIA DE ORIGEM VISCERAL
• Nefrolitíase, PNA, abscesso
2- Doença Renal perinefrético
LOMBALGIA DE ORIGEM VISCERAL

3- Aneurisma de aorta
LOMBALGIA DE ORIGEM VISCERAL
4- Doenças gastrintestinais

Colecistite, pancreatite, úlcera


perfurada
LOMBALGIA MECÂNICA

• Síndrome do canal lombar


• De causa específica: 20% estenótico: 15%
• Traumatismos, escolioses e
cifoses – 5%
LOMBALGIA MECÂNICA

• Sem causa específica: 80% • Lesões degenerativas e


musculoligamentares
AVALIAÇÃO CLÍNICA

• Anamnese detalhada

• Exame físico minucioso

• Atenção aos sinais e sintomas que indiquem necessidade imediata de


exame de imagem ou avaliação adicional

• 5% dos pacientes que procuram a unidade primária de sáude terá


uma patologia sistémica grave
doença grave na avaliação inicial = encaminhamento do paciente para
tratamento especializado.
Ausência de doença grave na avaliação inicial= tranquilizar o paciente com
relação à história natural favorável e orientação a respeito das modalidades
de tratamento.
Caso 1
• Homem, 28 anos, refere dor lombar bilateral, mais proeminente à direita, há 5 dias.

• Relata que a dor é localizada e melhora quando faz repouso, piorando ao se movimentar

• Nega febre. Nega trauma

• Exame físico:

Dor à palpação da musculatura paravertebral da região lombar baixa


Reflexos patelar e aquileu preservados
Ausência de déficit sensitivo motor em MMIIs
Giordano ausente
Lasegue negativo CD??
Hérnia Discal L4-L5
Espondilite Anquilosante
HD?? Pielonefrite
Contratura muscular lombar
Você solicitaria?
• Radiografia coluna lombar
• RNM de coluna lombar/sacroilíaca
• HLA-B27
• Provas de Atividade Inflamatória
• Urina
• Hemograma
• Fator reumatoide
• Acido úrico

Contratura muscular lombar

Não é necessário nenhum exame subsidiário


SINAIS DE ALERTA PARA CAUSAS GRAVES DE
LOMBALGIA
• Trauma recente intenso ou moderado em pacientes >50 anos

• Perda de peso inexplicável

• Febre de etiologia desconhecida

• Imunossupressão

• História de câncer
SINAIS DE ALERTA PARA CAUSAS GRAVES DE
LOMBALGIA
• Usuários de drogas endovenosas ilícitas

• Uso prolongado de corticoide

• Idade >50 anos e <20

• Déficit neurológico focal progressivo

• Duração maior que 6 semanas


TRIAGEM DIAGNÓSTICA
Health Care Policy and Research-EUA

• Lombalgia complicada: tumor, fratura, infeção, síndrome da cauda


equina

• Lombalgia com ciática: hérnia discal

• Lombalgia não específica


ANAMNESE
• Localização, duração e intensidade da dor

• Frequência dos sintomas

• História de episódios e tratamentos prévios

• Resposta ao tratamento.
ANAMNESE

• Avaliar evidência de etiologias que requerem abordagem e


tratamento específicos

• Dor lombar secundária a patologia: pancreatite, nefrolitíase,


pielonefrite, aneurisma da aorta, herpes zoster e doença sistêmica
ANAMNESE
• Sintomas constitucionais: perda de peso, sudorese noturna

• Antecedente de neoplasia

• Eventos precipitantes, sintomas neurológicos (fraqueza muscular,


quedas, ataxia ou outras alterações sensoriais, sintomas
intestinais/urinários)
ANAMNESE
• Progressão dos sintomas

• História de infeções bacterianas recentes história ou uso corrente de


drogas injetáveis e/ou corticoides e história recente de
procedimentos lombares (cirurgia, punção lombar).
EXAME FÍSICO
Na inspeção procuramos desvios antálgicos, assimetria, presença de tumorações,
atrofia muscular, gibosidade e pesquisa-se a amplitude de movimentos de coluna.

Na palpação, procuram-se pontos dolorosos, consistência de tumorações e


depressões. Testa-se a punho-percussão, que geralmente é dolorosa nas patologias
renais.

O exame neurológico consiste na pesquisa de reflexos, força muscular e


sensibilidade.
pesquisar pulsos periféricos, mobilidade das articulações coxofemorais, palpação
abdominal e discrepância de membros inferiores
EXAME FÍSICO

INSPEÇÃO

• Desvios antálgicos
EXAME FÍSICO

INSPEÇÃO

• Assimetria
EXAME FÍSICO
• Presença de tumorações

INSPEÇÃO
EXAME FÍSICO
• Atrofia muscular

INSPEÇÃO
EXAME FÍSICO
• Gibosidade Pesquisa de amplitude
de movimentos de coluna

INSPEÇÃO
Índice de Schober = Avalia a flexibilidade da coluna vertebral

Índice de Schober normal:

Marca inicial = 10 cm
Marca com flexibilização = 15 a 16 cm
EXAME FÍSICO
• Pontos dolorosos

PALPAÇÃO
EXAME FÍSICO
• PUNHO PERCUSÃO DOLOROSA

PALPAÇÃO
EXAME FÍSICO
EXAME NEUROLÓGICOS

• Sensibilidade

(mapa de dermátomos
sensitivos)
EXAME FÍSICO
EXAME NEUROLÓGICOS

• Pesquisa de reflexo

Pesquisa de Sinal de
Babinski
EXAME FÍSICO
EXAME NEUROLÓGICOS

Lasègue – presente nas


hérnias acometendo as
raízes de L5 e S1
EXAME FÍSICO

• Teste de Bragard – dor à elevação do membro inferior.


EXAME FÍSICO
Exames neurológicos • Sensibilidade

• Pesquisa de reflexo

• Força muscular
EXAME FÍSICO
Exames neurológicos • Sensibilidade

• Pesquisa de reflexo

• Força muscular
EXAME NEUROLÓGICO
Gaenslen; pesquisa da articulação sacroilíaca -hipertextensão do quadril

• Fábere ou Patrick: articulação sacroilíaca, flexão e abdução do quadril.

• Naffziger – dor ciática provocada por tosse ou compressão das jugulares.

• Hiperrotação interna do membro inferior – dor ciática por síndrome do


piriforme
Sinais importantes

- Ausência de reflexo patelar indica acometimento de raiz de L4


- Ausência do reflexo aquileu está relacionada com a raiz de S1
- Força muscular de L4 é testada com a extensão do joelho
- Força de L5 é testada com a dorsiflexão do hálux
- Teste de S1 = flexão plantar do hálux

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