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BRASIL:
Bem-vindes!
PANORAMA
HISTÓRICO
EJA NO
BRASIL:
PANORAMA
HISTÓRICO
ALUNXS
DA EJA
Diretrizes Operacionais para a Educação de
Jovens e Adultos – EJA, nos aspectos relativos
Saviani (2007) define trabalho e educação como atividades especificamente humanas, ou seja, apenas o ser
humano trabalha e educa.
Assim, podemos dizer que a essência do homem é o trabalho. Assim, a essência humana não é algo que lhe é
dada de forma divina ou natural, nem mesmo é algo que precede à sua própria existência, mas ela é produzida
pelos próprios homens. No entanto, o trabalho desenvolveu-se, aprofundou-se e complexificou-se ao longo do
tempo. Desta forma, podemos dizer que o homem é o que ele produz tanto como a forma ou modo como ele
produz. (SAVIANI, 2007).
Sendo assim, ele não nasce homem, mas configura-se homem através do trabalho, que é adaptando a natureza a
sua existência. Ele não nasce sabendo produzir-se como homem, todavia ele precisa aprender a produzir sua
própria existência. Assim, a formação do homem depende de um processo educativo. Agora vemos de onde se
origina a educação.
Qual o papel do ensino médio como etapa da
educação básica?
A LDB define as finalidades do ensino médio, etapa final da educação básica, da seguinte maneira:
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o
prosseguimento de estudos;
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser
capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria
com a prática [...] (BRASIL, 1996, Art. 35).
A vinculação entre educação e trabalho torna-se, assim, uma referência primordial. No que diz respeito à
educação profissional, a LDB esclarece que:
A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia,
conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. (BRASIL, 1996, Art. 39).
Originário do Decreto nº. 5.478, de 24/06/2005, e
denominado inicialmente como Programa de
Integração da Educação Profissional ao Ensino
Médio na Modalidade Educação de Jovens e
Adultos, o PROEJA expôs a decisão governamental
de atender à demanda de jovens e adultos pela oferta
de educação profissional técnica de nível médio, da
qual, em geral, são excluídos, bem como, em muitas
situações, do próprio ensino médio.
Proposta educacional que se pretende parte de uma política de inclusão social emancipatória.
O que se aspira é uma formação que permita a mudança de perspectiva de vida por parte do aluno; a compreensão das
relações que se estabele-cem no mundo do qual ele faz parte; a ampliação de sua leitura de mun-do e a participação
efetiva nos processos sociais.
Para tanto, o caminho escolhido é o da formação profissional aliada à escolarização, tendo como princípio norteador a
formação integral.
Aproximadamente, 97% das crianças de 7 a 14 anos têm acesso
ao ensino fundamental, entretanto deficiências dos sistemas de
ensino que se refletem na escola terminam provocando a evasão
das crianças das classes populares do ensino fundamental.
Torna-se evidente que o acesso não é suficiente para dar conta das
aprendizagens e dos processos de produção de saberes.
Dados
atuais
É necessário buscar as raízes dessa problemática, que vem se
constituindo como um fator significativo da grande quantidade de
jovens e adultos que sequer concluíram essa etapa da Educação
Básica no Brasil.
CONSIDERA
Em relação, especificamente, ao ensino fundamental, no âmbito do PROEJA, os cursos deverão ser organizados
de maneira a integrar os conhecimentos da Educação Básica, próprios dessa etapa de escola-rização, com os
específicos da formação inicial ou continuada de uma determinada área profissional ou arcos ocupacionais
Assim, cabe à Rede Federal, incluindo as universidades, os IFs, as escolas técnicas e agrotécnicas federais
oferecer o máximo possível de vagas sem perder de vista o plano mais estratégico e estruturante, qual seja: a
cooperação, a colaboração e a interação com os sistemas estaduais e municipais, no sentido de contri- buir para
que tais sistemas construam e implementem seus currículos nesse campo educacional (MOURA, 2006).
Estrutura do currículo
O currículo enquanto um processo de seleção e de produção de saberes, de visões de mundo, de habilidades, de valores, de
símbolos e significados, enfim, de culturas, deve considerar:
a) A concepção de homem como ser histórico-social que age sobre a natureza para satisfazer suas necessidades e, nessa
ação produz conhecimentoscomo síntese da transformação da natureza e de si.
b) A perspectiva integrada ou de totalidade a fim de superar a segmentação e desarticulação dos conteúdos;
c) A incorporação de saberes sociais e dos fenômenos educativos extra-escolares; “os conhecimentos e habilidades
adquiridos pelo educando por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames”.
d) A experiência do aluno na construção do conhecimento; trabalhar os conteúdos estabelecendo conexões com a realidade
de educando, tornando-o mais participativo;
e) O resgate da formação, participação, autonomia, criatividade e práticas pedagógicas emergentes dos docentes;
f ) A implicação subjetiva dos sujeitos da aprendizagem;
g) A interdisciplinaridade, a transdisciplinaridade e a interculturalidade;
h) A construção dinâmica e com participação;
i) A prática de pesquisa.
Desafios & críticas
Falta de processos sistemáticos de formação continuada dos docentes.
Ausência de discussões mais qualificadas no interior das instituições acerca da concepção do EMI e da
implantação do Programa.
A forma impositiva como esse programa entrou em vigor.
Elevados índices de evasão.
Visão elitista de parte dos profissionais que integram a rede federal, os quais vinculam a entrada do público da
EJA nessas instituições a uma ameaça da qualidade do ensino ali existente.
Rejeição ao Programa – visão preconceituosa
Assim, tais formas de ofertar educação para a classe popular trabalhadora, tem por finalidade apenas formar
bons “produtos” para serem absorvidos como mão-de-obra, terem suas forças exploradas pelo mercado de
trabalho. Perpetuando assim as condições de desigualdade e exclusão estabelecidas e reforçadas pela estrutura
capitalista.
Instituído pela Lei no 11.129, de 30 de junho de
2005, e regido pela Lei no 11.692, de 10 de
junho de 2008.