Aula 10 - Estilos Parentais e Suicídio Na Adolescência Uma Reflexão Acerca Dos Fatores de Proteção

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ESTILOS PARENTAIS E

SUICÍDIO NA
ADOLESCÊNCIA: UMA
REFLEXÃO ACERCA
DOS FATORES DE
PROTEÇÃO
Cerca de um milhão de pessoas percam a vida em decorrência do
suicídio, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos.

O suicídio apresenta a terceira causa de morte no país, perdendo


apenas para óbitos por acidentes de trânsito e homicídios.
• Em 2012 foi a segunda maior causa da morte em jovens entre
15 e 29 anos em todo o mundo.

• Estes dados podem ser ainda maiores

• Pode o motivo da morte ser velado por questões culturais,


religiosas ou mesmo pelo tema ainda ser tabu.
Para cada suicídio consumado existam de 10 a 20 tentativas anteriores
de acabar com a própria vida.
• A ideação é o pensamento sobre acabar com a vida, variando
entre ideia e planejamento.

• Ressalta-se que a ideação é o primeiro indicativo de suicídio e que


este pode vir a tornar-se ato consumado.
• É possível, ao identificar a existência da ideação suicida, atuar de modo
preventivo.

• A tentativa se caracteriza pelo comportamento autodestrutivo onde não se efetiva


o dano letal.
• Alerta para a importância do cuidado e atenção ao indivíduo
após uma tentativa de suicídio.

• Uma vez que este comportamento tende a se repetir, para isso


deve-se acionar a rede de saúde e o núcleo familiar do sujeito
em risco.

• O suicídio, por sua vez, é o comportamento autodestrutivo


consumado.
• Fatores de proteção : Acesso a serviços de saúde e saneamento, inserção
social e relacionamento harmonioso com família e rede social
significativa.
Causas
• Condições socioeconômicas, biológicas e emocionais, algum
tipo de transtorno mental.

• Esta fase possui características que são compreendidas como


típicas.

• Frequência nas flutuações de humor e o comportamento


impulsivo.
A adolescência exigem maior atenção quanto aos aspectos de
saúde e proteção.

A adolescência é um período de mudanças significativas marcada


por transformações físicas e psicológicas.
• Na adolescência o jovem busca apropriar-se de seu
papel social, procura maior aceitação em grupos sociais.
• Não é raro que nesta fase aconteça o início da experimentação do
novo.

• Podem surgir dificuldades nessa fase, gerando angústias e


sentimentos diversos.

• A consolidação da identidade é alcançada quando recebe


encorajamento e reforços apropriados.
• As relações favorecem o desenvolvimento de capacidades e
habilidades emocionais, sociais e adaptativas.
• O clima emocional estabelecido, a comunicação de regras e
limites influencia nas características comportamentais e de
valores dos filhos.

• É através do estilo parental que os pais e cuidadores transmitem


suas crenças, seus valores e sua cultura.
• Alto nível de exigência, mas pouca responsividade. São os que
colocam muitas regras e limites rígidos inflexíveis, que têm
como objetivo a obediência e o controle.

(Weber, 2005).
(Weber, 2005).
Baixo nível de exigência muita responsividade. Permitem quase
tudo.
oferecem coisas materiais em excesso, consideram os
sentimentos, opiniões e necessidades do filho, mas deixam suas
próprias opiniões e autoridade de lado. Geralmente têm receio de
dizer “não”
(Weber, 2005).
(Weber, 2005).
• Baixo nível tanto de exigência quanto de responsividade. Não se
comprometem com seu papel de educador e deixam o filho “solto”.

• Não têm tempo algum, ou não têm interesse Estabelecem poucos limites e
pouco afeto e participação.

(Weber, 2005).
• São pais que mantêm regras mas são abertos
para as trocas com seus filhos, fazendo muito
uso de explicações e permitindo o
desenvolvimento da autonomia.

• Consideram os sentimentos e as opiniões do


filho, fazendo-o participar de decisões e
escolhas.
(Weber, 2005).
• A parentalidade varia muito de acordo com o meio social e
cultural dos pais e cuidadores e da referência parental que
tiveram.
• Lipschitz, Yen, Weinstock e Spirito (2012) em seu estudo com
pais e adolescentes verificaram a diferença na percepção acerca
dos estilos parentais de ambos os grupos.
Quanto aos jovens com diagnóstico de depressão e de transtornos de humor que tentam suicídio.

• Lipschitz et. al. (2012) ao realizar estudo com adolescentes e


cuidadores comentou sobre a importância do meio intrafamiliar.

• O ambiente familiar pode desempenhar papel tanto de risco


como protetivo.
• A interrupção de vínculos e de relações são fatores de risco
importante para pensamentos e comportamentos suicidas.
• Muitos dos óbitos em função da depressão se relacionam ao
déficit em se reconhecer fatores de risco precocemente.

• Os transtornos de ansiedade e de humor apresentam maiores


relações com o comportamento suicida.
• É comum que as famílias não percebam a necessidade de
ajuda.

• O que pode gerar danos ao jovem que pode vir a atentar contra
a vida.
• Em pesquisa realizada por Florenzano (2011) com jovens
chilenos entre 13 e 20 anos.

• O sentimento de autoestima e aceitação dos pais, autonomia,


qualidade na relação, expressão de afeto físico,
acompanhamento dos pais e envolvimento nas decisões
familiares, funcionam como fatores de proteção.
• A ideação suicida tem maior correlação com os estilos parentais
do que com a idade.

• Adolescentes cujos pais exercem comportamentos com níveis


equilibrados de responsividade e exigência possuem menor
ideação suicida.
• Miller, Smythers, Weismoore e Renshaw (2013) perceberam
evidência entre histórico de abuso sexual e de aumento da
ideação suicida e/ou tentativas de suicídio em adolescentes.

• Pais com estilo parental permissivo, ou negligente, podem


facilitar condições de risco e exposição à violência aos filhos.
• Foi identificado ainda, que a baixa autoestima é um preditor de
comportamento suicida tanto em homens quanto em mulheres..
• O rompimento de vínculos e de relações sociais é considerado
um dos principais fatores para o comportamento suicida.
• No estudo de Silva et. al. (2012) foi possível observar maior
prevalência no sexo feminino, solteiras, com níveis de baixa
escolaridade e baixa renda.
• Adolescentes que tentam o suicídio possuem rede de apoio
restrita e não participam de atividades religiosas, sociais e
esportivas.
Fatores
• Os fatores variam, desde diagnóstico – como depressão e
consumo de drogas, até problemas de relacionamento e
sentimentos negativos.

• Escasso apoio social, baixo monitoramento parental e déficit na


comunicação familiar, ter sofrido maus-tratos, baixa autoestima
e sentimentos de desesperança e solidão.
•A presença de psicopatologias graves, sentimentos de
desesperança e desamparo, falhas na comunicação, estresse e
suporte familiar insuficiente, bullying.
• Os cuidadores com maior grau de conhecimento acerca dos
transtornos e do comportamento suicida possuem maior
facilidade em comunicar adequadamente e orientar os filhos
sobre fatores de saúde e proteção.

• Além de serem favoráveis a ações escolares que visem


informar os filhos sobre estes assuntos.
• A psicologia pode atuar desenvolvendo competências e
habilidades parentais, oferecendo suporte emocional aos
cuidadores e aos jovens.

• Além de trabalhar a dinâmica das relações parentais e


familiares.

• Sensibilizar os pais quanto aos fatores de risco, orientá-los


sobre a influência parental e engajá-los nos cuidados e no
tratamento, quando necessário, de seus filhos.
• Tratando-se ainda de um tema tabu, a psicoeducação em casos
onde a informação acerca dos riscos é escassa a fim de diminuir
estigmas e crenças, facilitando uma comunicação mais fluida na
família e na comunidade.

• O psicólogo pode vir a desempenhar um papel mediador


considerando que o assunto é carregado de sentimentos e
emoções, tanto para o adolescente quanto para os pais.
• Absorção oral de medicamentos é de longe o método
mais utilizado (80 a 85% dos casos).
• As meninas recorrem a isso mais freqüentemente que os
meninos.
• Há também a absorção oral de produtos tóxicos diversos
(produtos de limpeza, inseticidas diversos, etc.),
• . Destaca-se a absorção oral de fortes doses de droga

• Não é fácil estabelecer a distinção entre o suicídio ou tentativa


de suicídio e o acidente por “overdose”.
• Em primeiro lugar aparece o comportamento parasuicida, que
se situa no limite entre o gesto automutilador localizado e a
intenção suicida.
Referências

• Magnani, R. M., & Staudt, A. C. P. (2018). Estilos parentais e


suicídio na adolescência: uma reflexão acerca dos fatores de
proteção. Pensando familias, 22(1), 75-86.

• Weber, L. (2005). Eduque com carinho: para pais e filhos.


• In: principio 04 – Autoconhecimento. pg. 59-73. Curitiba:
Juruá.

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