Reacoes Da Quimica Organica

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REAES DA QUMICA ORGNICA

REAES DA QUMICA ORGNICA


- Tipos de Reaes: Substituio  Adio  Eliminao  Oxidao  Rearranjos


Reaes de substituio


Reaes de substituio: substituio de um grupo por outro. Caractersticos de compostos saturados, tais como alcanos e haletos de alquila.
H3C Cl + Na OH
+ -

H2O

H3C OH + Na Cl

Reao de adio


Reao de adio: soma de um


composto em outro. Caracterstico de compostos com ligaes mltiplas.
H H C C H H CCl4 Br2 Bromo H H H C C H Br Br 1,2-Dibromoetano

Eteno

Reao de eliminao


Reao de eliminao: o oposto da reao de adio, pois so eliminados tomos das molculas. Mtodo de preparo de compostos de dupla e tripla ligao.
H H H C C H H Br KOH H H H H HBr

Reaes de Oxidao
Reao de oxidao: toda reao que ocorre entre um composto orgnico e o elemento qumico oxignio (O), devido ao fato de haver um aumento do nox dos tomos de carbono envolvidos.

Reaes de rearranjo


Reaes de rearranjo: A molcula sofre uma reorganizao de suas partes substituintes.


CH3 H3C C C CH3 CH2 H H H3C H3C C C CH3 CH3

CISO OU RUPTURA DAS LIGAES


CISO HOMOLTICA: a molcula separada de modo igual para os radicais resultantes. So produzidos radicais livres. CISO HETEROLTICA: o par de eltrons pode ficar apenas para um dos radicais, nestas rupturas surgem ctions e nions.

A B

A + B

Homoltica

A B

A +

Heteroltica

CLASSIFICAO DOS REAGENTES


Os reagentes podem ser eletrfilos ou nuclefilos.


Os reagentes eletrfilos (E) so aqueles que apresentam uma falta de eltrons, eles participam da reao atacando o tomo que tiver eltrons disponveis. O reagente que ataca eltrons chamado de eletrfilo ou eletroflico (amigo de eltrons). Os reagentes nuclefilos (Nu) so aqueles que participam da reao doando o seu par de eltrons ao substrato. O reagente que doa eltrons chamado de nuclefilo ou nucleoflico (amigo do ncleo)

Reagentes Eletroflicos e Nucleoflicos




Os eletrfilos podem ser neutros ou carregados positivamente. Os cidos (doadores de H+), haletos de alquila e compostos carbonlicos so exemplos de eletrfilos. Os cidos de Lewis so receptores de eltrons e comportam-se como eletrfilos. Os nuclefilos podem ser neutros ou carregados negativamente. A molcula de amnia, gua, on hidrxido e on brometo so exemplos de nuclefilos. As bases de Lewis so doadoras de eltrons e se comportam como nuclefilos,

H3Ny y H3O+

H2Oy y
H+ H-

HOy y

y y yCl y

Nucl

il

icos em el

ons)

H+

HEletrfilos (pobres em el trons)

CH3-B

C=O

MECANISMO DE REAES


Mecanismo de reao - descrio dos eventos que ocorrem no nvel molecular, quando os reagentes se transformam nos produtos. a reao qumica descreve o que ocorre, enquanto o mecanismo descreve como ocorre.

H2C=CH2

HBr

H3CCH2Br

H C H C

H H

H Br

H H C H C

H H

Br

H H C H C

Br

Classificao das reaes


Reaes polares
H O H C H H
H A

O H H C

H + H A-

A +

B

A B
H

Reaes via radicais livres


A A
Rad Rad + C C C C

Uso das setas curvas em mecanismos de reaes polares


 

A utilizao de setas curvas em mecanismos de reao devem seguir algumas regras e padres: Regra 1) Os eltrons se deslocam de um nuclefilo (Nu:) para um eletrfilo (E). O nuclefilo deve possuir um par de eltrons disponveis, geralmente um par de eltrons isolado ou uma ligao mltipla. Por exemplo:
Os eltrons geralmente fluem de um destes nuclefilos: O N C
-

O eletrfilo pode ser capaz de aceitar o par de eltrons, geralmente ele possui um tomo com carga positiva ou um tomo polarizado positivamente no grupo funcional. Por exemplo:
Nu Os eltrons geralmente fluem de um destes nuclefilos: Nu C
+

Nu C
H+

Nu
H+

Halognio

H-

H O

H-

C O

H+

H-

Uso das setas curvas em mecanismos de reaes polares




Regra 2) O nuclefilo pode ser tanto carregado negativamente quanto neutro. Se o nuclefilo for carregado negativamente, o tomo que fornece o par de eltrons torna-se neutro. Por exemplo
tomo carregado negativamente CH3 O
-

neutro

+ H

Br

CH3 O H

+ Br

Se o nuclefilo for neutro, o tomo que doa o par de eltrons adquire uma carga positiva. Por exemplo
neutro H C H C H H + H Br H C H H
+

C H

H + Br

tomo carregado positivamente

Uso das setas curvas em mecanismos de reaes polares




Regra 3) O eletrfilo pode ser tanto carregado positivamente quanto neutro. Se o eletrfilo for carregado positivamente, o tomo que exibe essa carga torna-se neutro aps aceitar um par de eltrons. Por exemplo:
tomo carregado positivamente H O C H H
-

neutro H O C N H C C H N

Se um eletrfilo for neutro, o tomo que aceita o par de eltrons adquire uma carga negativa. No entanto, para que isso ocorra, a carga negativa deve ser estabilizada, permanecendo no tomo eletronegativo tal como o oxignio, o nitrognio ou o halognio. Por exemplo:
H C H C H neutro H + H Br H C H H
+

C H

H + Br

tomo carregado negativamente

Uso das setas curvas em mecanismos de reaes polares




Regra 4) A regra do octeto deve ser obedecida. Se um par de eltrons se desloca para um tomo que j possui um octeto (ou dois eltrons para o tomo de hidrognio), outro par de eltrons deve deslocar-se simultaneamente para que o octeto seja obedecido.
H C H C H H + H Br H H C H
+

C H

H + Br

Este hidrognio j possui dois eltrons. Quando outro par de eltrons se desloca da ligao dupla para o hidrognio, o par de eltrons da ligao H-Br deve sair.

ALCANOS: Reaes de substituio via radicais livres




Reao de halogenao: Nessas reaes um ou mais tomos de hidrognio so substitudos por um halognio (Cl, Br, I = X)
CH4 + Cl2
Aquecimento ou Radiao UV

CH3Cl + CH2Cl2 + CHCl3 + CCl4 + HCl

Possuem propriedades sicas diferentes podem ser separadas por destilao A facilidade com que a ligao C-H pode ser rompida depende dos grupamentos da molcula.
R R C R Radical tercirio Mais estvel Mais fcil de quebrar > R R C H R > H C H > H H C H Metila Menos estvel Mais difcil de quebrar

O pequeno efeito indutivo dos grupos alquil estabilizam o tomo de carbono tercirio, facilitando a sada do hidrognio.

ALCANOS: Reaes de substituio via radicais livres




O mecanismo da reao de substituio envolve trs etapas fundamentais: iniciao, propagao e trmino.
ou Radiao

Cl ropagao

+ CH4

Substituio

CH3 + Cl2 Cl Trmino Cl + Cl + CH3

Substituio

CH3 + CH3

Iniciao

Cl2

Aquecimento

2Cl

CH3

HCl

CH3Cl + Cl Cl2 CH3Cl CH3CH3

Vrios produtos possveis CH2Cl2 (Diclorometano) CCl4 (Tetracloreto de carbono)

HIDROCARBONETOS AROMTICOS: Reao de Substituio Eletroflica




A reao mais comum de um composto aromtico a de substituio aromtica eletroflica, ou seja, um eletrfilo (E+) reage com o anel aromtico e substitui um dos seus tomos de hidrognio.

H H H

H + H E
+

H H H

H + H H
+

HIDROCARBONETOS AROMTICOS: Reao de Substituio Eletroflica




Vrios substituintes diferentes podem ser introduzidos no anel aromtico por meio das reaes de substituio eletroflica. Pela escolha adequada dos reagentes, possvel:

SO 3H NO 2 Sulfonao Nitrao Alquilao O X H C R R

Halogenao

Acilao

HIDROCARBONETOS AROMTICOS: Reao de Substituio Eletroflica




Halogenao Bromao de anis aromticos

+ Benzeno


Br2

FeBr3

Br + Bromobenzeno HBr

O mecanismo de clorao anlogo ao da bromao utilizando cloreto frrico. O flor reage rapidamente com o benzeno. O iodo por outro lado, tem to pouca reatividade que necessrio utilizar um agente oxidante para que a iodao ocorra.

Mecanismo da Halogenao
tapa 1 Br Br + FeBr3 + Br Br FeBr3 Br
+

FeBr4

O bromo de combina com FeBr3 para formar um complexo que se dissocia para formar um on bromo positivo e FeBr4-

tapa 2 H Br
+

H Br Br +

H Br

Lenta +

carboction no aromtico, on arnio O on bromo positivo ataca o benzeno para formar um on arnio Etapa 3 H Br + Um prton removido do on arnio para torna-se bromobenzeno Br FeBr3 Br + HBr + FeBr3

HIDROCARBONETOS AROMTICOS: Reao de Substituio Eletroflica




Nitrao aromtica - Os anis aromticos podem sofrer reaes de nitrao pela reao com uma mistura de cido ntrico e sulfrico concentrada. O eletrfilo nessa reao o on nitrnio, NO2+, gerado a partir de HNO3 pela protonao e perda de gua. O on nitrnio reage com o benzeno para formar um intermedirio carboction da mesma maneira que o eletrfilo Br+. A perda de H+ do intermedirio forma um produto de substituio neutro, o nitrobenzeno.

Mecanismo da Nitrao
Etapa 1 O HO 3 O H + H O N O H H O + + O N O
-

Nessa etapa, o cido ntrico aceita um prton do cido mais forte, o cido sulfrico Etapa 2 H H O + + O N O O H2O + N+ O on Nitrnio

Agora que est protonado, cido ntrico pode se dissociar para formar um on nitrnio Etapa3 O N+ O Lenta +

H NO2 Outras formas de ressonncia on arnio

O on nitrnio o eletrfilo real na nitrao, ele reage com o benzeno para formar um on arnio estabilizado por ressonncia. Etapa 4 + H NO2 O H H NO2 + H3O
+

O on arnio ento perde um prton para uma base de lewis (nuclefilo) e torna-se nitrobenzeno.

H O4

HIDROCARBONETOS AROMTICOS: Reao de Substituio Eletroflica




 

Sulfonao Aromtica: Os anis aromticos podem sofrer reao de sulfonao pela reao com o cido sulfrico fumegante, uma mistura de H2SO4 e SO3. O eletrfilo reativo pode ser tanto o HSO3+ quanto o SO3, dependendo das condies de reao; A reao de sulfonao tambm ocorre por um mecanismo de vrias etapas como j discutido para as reaes de nitrao e bromao. Os cidos sulfnicos aromticos formados so muito teis porque sofrem vrias outras reaes qumicas. Por exemplo uma reao com NaOH a quente forma o fenol.
O H3C S O cido p-toluenossulfnico O H NaOH, H3O 300C
+

H3C

OH

p-cresol (fenol)

Mecanismo da Sulfonao
Etapa 1 Este equilbrio produz SO3 em H2SO4 concentrado Etapa 2 O S O O + O S H O O
-

SO3 o eletrfilo real que reage com benzeno para formar o on arnio Etapa3 +
HSO4

O S H O O
-

Rpida

Um prton removido do on arnio para formar o on benzenossulfonato Etapa 4 O S O O


-

H O+ H H

Rpida

O on benzenossulfonato aceita um prton para tornar-se cido benzenossulfnico.

2 H2 O 4

O3 + H3O

H O4

Outras estruturas de ressonncia

O S O O
-

H2SO4

O S O O H + H2O

HIDROCARBONETOS AROMTICOS: Reao de Substituio Eletroflica


 

Alquilao de anis aromticos (Reao de Friedel-Crafts) Uma das mais importantes reaes de substituio aromtica eletroflica a alquilao, a reao de acoplamento de um grupo alquila no anel benznico. Charles Friedel e James Crafts relataram em 1877 que ao anis de benzeno podem sofrer alquilao pela reao com um cloreto de alquila na presena de cloreto de alumnio como catalisador.
CH3 Cl + CH3CHCH3 2-cloropropeno AlCl3 CHCH3 + HCl

Benzeno

isopropilbenzeno (cumeno)

Mecanismo da Alquilao
Etapa 1 H3C H3C Cl CH Cl Cl Al Cl H3C H3C Cl + CH Cl Al Cl Cl H3C + CH H3C Cl Cl Al Cl Cl
-

Est uma reao de cido e base de Lewis O composto se dissocia para formar um carbonction e AlCl 4-. Etapa 2 + CH3 HC CH3 +

CH3 CH H CH3 Outras estruturas de ressonncia

O carboction, atuando como um eletrfilo, reage com benzeno para produzir um on arnio. Etapa 3 + CH3 CH H CH3 Cl Cl Al Cl Cl
-

CH3 CH + CH3 HCl + AlCl3

HIDROCARBONETOS AROMTICOS: Reao de Substituio Eletroflica




Acilao de anis aromticos: Um grupo acila, -COR, introduzido no anel quando um composto aromtico reage com um cloreto de cido, RCOCl, na presena de AlCl3. Por exemplo:

O O + CH3 C Cl C AlCl3 80 C CH3

HCl

Benzeno

Cloreto de acetila

Acetofenona

Mecanismo da Acilao
Etapa 1 O R C Etapa 2 O R C Cl
+ + + -

O Cl + AlCl3 R C Cl
+

Al Cl3

Al Cl3

R C

R C O

Al Cl4

Ction acila ressonncia Etapa 3 H R C O Etapa 4 H + C O R + Al Cl4


+

R + C O

Outros compostos de ressonncia

R C O + HCl + AlCl3

Orientao nas reaes de substituio no benzeno


  

O benzeno uma substncia muito importante em qumica orgnica, principalmente em sntese de outros compostos. Quando o benzeno sofre reao de substituio, as seis posies se encontram em iguais condies de sofrerem tal reao. A estrutura do benzeno mostrada abaixo de trs formas

Orientao nas reaes de substituio no benzeno




Quando o benzeno j se encontra substitudo, passa a existir prioridade de algumas posies em relao a outras com no tocante a novas substituies. Na condio de um substituinte, as demais posies recebem nomes especficos de acordo com a localizao em relao a este.

Orientao nas reaes de substituio no benzeno


 

Substituintes de primeira espcie, ativantes ou orto-para orientadores O TNT (trinitrotolueno) um poderoso explosivo que pode ser obtido a partir de sucessivas nitraes do tolueno. Verifica-se que esta reao s se efetiva de maneira considervel nas posies orto e para. Isso mostra que o -CH3 um substituinte que atua como orto-para orientador.

Orientao nas reaes de substituio no benzeno


 

Substituintes de segunda espcie, desativantes ou meta orientadores O grupo substituinte -NO2 orienta as substituies posteriores na posio meta, no havendo reao considervel nas posies orto e para. Isso mostra que o -NO2 um substituinte que atua como meta orientador.

Orientao nas reaes de substituio no benzeno


Como diferenciar um grupo meta orientador de um orto-para orientador
Os grupos meta orientadores mais importantes so todos portadores de ligaes duplas ou triplas, ou ainda, ligaes dativas Os grupos orto-para orientadores mais importantes so todos saturados

Reaes de substituio nucleoflica


Nesse tipo de reao, um nuclefilo, uma espcie com um par de eltrons no-compartilhados, reage com um haleto de alquila (chamado de substrato) pela reposio do halognio substituinte. Acontece uma reao de substituio, e o halognio substituinte, chamado de grupo retirante(ou leaving group), se afasta como um on haleto.
Geral Nu Nuclefilo + R X Haleto de alquila (substrato) R Nu roduto + X
-

on haleto

Exemplos: HO CH3O
-

CH3 Cl CH3CH2 Br

CH3 OH

+ Cl

CH3CH2 OCH3 +

Br

Reaes de substituio nucleoflica


 

Como a reao de substituio iniciada por um nuclefilo, ela chamada de reao de substituio nucleoflica (SN). Nas reaes SN, a ligao C-X do substrato passa por uma heterlise, e o par no compartilhado do nuclefilo usado para formar uma nova ligao para o tomo de carbono:

Grupo retirante

Nu Nuclefilo

R X Heterlise

R Nu roduto

on haleto

Reaes de substituio nucleoflica


 

haleto de alqula. Onde as ligaes carbono-halognio se rompem ao mesmo tempo em que uma nova ligao se forma entre o nuclefilo e o Intermedirio carboction carbono.

H H H H+ HO mecanismo das reaes SN podem ocorrer de duas maneiras: C+ SN 1 X + X H C X H C necessrio o choque do nuclefilo com o Reaes do tipo SN2: em que H H H H

Nu

H H C H X

H+ H

Nu

H HC X H

H Nu

C H + X H

SN 2

Intermedirio

Reaes de substituio nucleoflica




Reaes do tipo SN1: onde necessrio apenas o haleto de alquila. Onde a ligao carbono-halognio se rompe formando um carboction, que posteriormente reage com o nuclefilo.

H H C H X

H H+ HH C X H Intermedirio

H H

H C+ + X
-

SN1

carboction

Nu

H H C X H

H+ H

Nu

H HC X H

H Nu

C H + X H

SN2

Intermedirio

Reaes de substituio nucleoflica


 

Reaes do tipo SN2 So reaes de segunda ordem global. razovel concluir, portanto, que para que a reao se realize, um on hidrxido e uma molcula de cloreto de miltila precisam colidir. Dizemos tambm que a reao bimolecular (duas espcies esto envolvidas na reao) ou do tipo SN2, que significa substituio nucleoflica bimolecular.
+ CH3CH2 (Grupo retirante) CH3CH2 Nu + (Grupo retirante)

Nu


De acordo com esse mecanismo (Hughes-Ingold), o nuclefilo aborda o carbono que carrega o grupo retirante por trs, isto , pelo lado diretamente oposto ao grupo retirante. Com a ligao do nuclefilo ocorre uma inverso da configurao.

Reaes de substituio nucleoflica


 

Estereoqumica das reaes SN2 Em uma reao SN2 o nuclefilo ataca por trs, isto , pelo lado oposto ao grupo retirante. Esse modelo de ataque causa uma mudana na configurao do tomo de carbono que o alvo do ataque nucleoflico
H H C Cl H H HO C Cl H H H HO C H + Cl H
-

Uma inverso de configurao

Outro exemplo: 2- bromooctano


CH3 H C Br H13C6 (R) SN2 HOCH3 HO C H C6H13

(S)

Reaes de substituio nucleoflica


 

Reaes SN1 Quando os ons hidrxido no participam no estado de transio da etapa que controla a velocidade da reao, e que apenas molculas de cloreto de terc-butila so envolvidos. Essa reao chamada de unimolecular. Denominamos esse tipo de reao de SN1, substituio nucleoflica unimolecular.
(CH3)3C Cl + HO
-

Intermedirios

(CH3)3C OH

Cl

MECANISMO DAS REAES SN1


CH3 Etapa 1) H3C C Cl CH3 Lenta H2O H3C C
+

CH3 CH3

Cl

H O H CH3 CH3 Rpida CH3 H3C C O CH3


+

H H

Etapa 2)

H3C

H O H CH3 Etapa 3) H3C C O CH3


+

H H

Rpida

CH3 H3C C O H CH3 + H O


+

Reaes de substituio nucleoflica




Estereoqumica das reaes SN1; O carboction formado na primeira


etapa de uma reao SN1 plana triangular. Quando reage com um nuclefilo, ele pode reagir tanto pelo lado da frente, quanto por trs. Com o ction terc-butila no faz diferena, pois o produto formado o mesmo, independentemente do modo de ataque
H O H CH3 C
+

H O H

H3C CH3

CH3 H2O
+

CH3 C O +H 2 CH3 H3C Mesmo produto

H3C CH3

Reaes de substituio nucleoflica




Estereoqumica de uma reao SN1: Ex: 3-bromo-3-metilexano e gua


CH3CH2CH2 CH3 C CH3CH2 Br Lenta CH3 CH2CH2CH3 C
+

Br

CH2CH3

H H O 1 CH3
+

2 CH2CH2CH3 C CH2CH3 Rpida


+ C H O CH3 CH2CH3

CH2CH2CH3

CH2CH2CH3 C + H O H3C H3CH2C H 2)

1)

H H O CH2CH2CH3 CH2CH2CH3 C + H O H3C H3CH2C H 2) H O H CH2CH2CH3 H3C C OH H3CH2C Produto 2 Rpida CH2CH2CH3 C HO CH2CH3 H3C Produto 1

+ C H O CH3 CH2CH3

1)

Resumo: SN1 versus SN2

REAES DE ADIO
Reao de adio de alceno A) Reaes de adio de HX  Os alcenos se comportam como nuclefilos (bases de Lewis) em reaes polares. A ligao dupla carbono-carbono rica em eltrons e pode doar um par de eltrons para um eletrfilo (cido de Lewis).
Br H + HBr H H3C C C H CH3H 2-Bromo-2-metilpropano

H3C H3C

H C C

2-Metilpropeno

REAES DE ADIO
Mecanismo das reaes de adio
Br H Br H3C H3C H C C H H3C H3C H C
+ -

Br C H3C H3C C

H H H

C H

Alceno

Carboction intermedirio

Haleto de alquila

O eletrfilo HBr atacado pelos eltrons T da ligao dupla, e sendo formado uma nova ligao W (C-H). Isso leva a outro tomo de carbono com uma carga positiva e a um orbital p vazio. O Br- doa um par de eltrons para o tomo de carbono carregado positivamente, formando uma ligao W (C-Br) e produzindo o produto de adio neutro.

REAES DE ADIO
  

Orientao de adio nucleoflica: regra de Markovnikov Um alceno substituido assimetricamente produz um nico produto de adio, preferencialmente a uma mistura. Dissemos que tais reaes so regioespecficas, quando apenas uma das duas possveis orientaes de adio ocorrem.

Cl H H3C H3C C H3C H3C CH2 + HCl CH3H C C Cl No ocorre H H C C H nico produto CH3H

REAES DE ADIO
 

Regra de Markovnikov: 1) Na adio de HX a um alceno, o H liga-se ao carbono com menos substituintes alquila e o X liga-se ao carbono com mais substituintes alquila. Nenhum grupo alquila (H)
H3C H3C H C C H 2 grupos alquila (X) H + CH3 HBr H CH3 Br H

2) Quando ambos tomos de carbono da dupla ligao possuem o mesmo grau de substituio, o resultado uma mistura de produtos de adio:
H3CH2C H 2-penteno C C CH3 + HBr H 2-Bromopentano Br Br e CH3CH2CHCH2CH3 3-Bromopentano CH3CH2CH2CHCH3

REAES DE ADIO
 

A formao de uma ligao regioespecfica pode ser explicada pela estabilidade relativa dos carboctions formados durante a reao: Ex.:
H H3C C H3C H3C
+

Cl H3C C CH3 CH3 2-cloro-2-metilpropano H

CH2

CH3 C CH2 + HCl Carboction 3 (tert-butila) H H3C C CH3 Carboction 1 (isobutila)


+

CH2

H3C

CH2Cl

CH3 1-cloro-2-metilpropano No Formado

A estabilidade dos carboctions a seguinte:


H H C+ H Metil < H R C+ < H primrio R H C+ R <

R R C+ R tercirio

secundrio

REAES DE ADIO
  

b) Reaes de adio de X2 (Cl2, Br2) A reao de um alceno com um halognio se procede de forma similar ao HX porm obtendo como produto um di-haleto de alquila. Reao geral:
Cl Cl + H Etileno Cl2 H C C H H H 1,2-dicloroetano

H C H C

REAES DE ADIO
Mecanismo das reaes de adio
Cl Cl H C H C H H H H C
+ +

Cl C H H

Cl C C HH Cl
-

Cl H H C C

HH

H H Cl

Carboction intermedirio

on Clornio

O alceno atuando como nuclefilo se liga com a molcula de Cl2 formando uma nova ligao W (C-Cl) e tornando o outro carbono carregado positivamente, diferentemente do mecanismo do HX o carboction intermedirio se rearranja compartilhado o tomo de cloro com o carbono deficiente em eltron, formando o on clornio, com a introduo de mais um on Cl- a formao intermediria se rearranja formando o dialeto de alquila, 1,2-dicloroetano.

REAES DE ADIO
 

Estereoqumica da reao de adio: Se observarmos a reao de adio de um halognio a uma molcula eteno verificamos uma disposio dos halognios em uma configurao Trans, esse arranjo estereoqumico pode ser melhor visualizado com uma molcula cclica, como o ciclopenteno:
Br H
-

H
+

Br H

Br

Br
+

Br

on Br se liga ao lado trans-1,2-dibromociclopentano oposto da formao Configurao Trans do on bromnio

As duas reaes de halogenao (HX e X2) so utilizadas em determinaes da insaturao de cidos graxos. Onde os halognios se ligam as insaturaes das gorduras ou do leo e uma determinao posterior do halognio indicam o grau de insaturao. Geralmente para esta determinao utilizado o iodo.

REAES DE ADIO
 

c) Hidratao de alcenos reao de adio de gua a alcenos para produzir alcois. A reao ocorre sobre o tratamento de alceno com a gua e um cido forte como catalisador (HA) por um mecanismo similar ao de adio de HX. Mecanismo da reao de hidratao:
H H A O
+

H H H O+

H3C C C H3C

H H

H3C H3C

H C H H

H O

HA +

H3C C C H H3C H

H3C C C H H3C H 2-metil-2-propanol

2-metilpropeno

REAES DE ADIO
 

d) Reao de hidrogenao A reao de hidrogenao ou reduo de alcenos, a reao entre o H2 com o alceno na presena de um catalisador para formar os alcanos saturados correspondentes. A platina e o paldio so os catalisadores mais comuns para a hidrogenao de alcenos(utilizados como p muito fino), sendo que a reao ocorre na superfcie de partculas slidas do catalisador. A hidrogenao geralmente ocorre com estereoqumica Syn (cis) com ambos hidrognios adicionados do mesmo lado da ligao dupla.
CH3 CH3 1,2-dimetilcicloexeno H2, tO 2 CH3CO 2H CH3 H H CH3 cis-1,2-dimetilcicloexano

REAES DE ADIO
Mecanismo da idrogena o: Devido a esse mecanismo o produto da rea o geralmente do tipo is. =

idrognio adsor ido na superfcie do catalisador Produto alcano =

c t lis

or

i rognio sor i o na superfcie o catalisador

Inser o de idrognio na liga o dupla -

atalisador regenerado

REAES DE ADIO
 

Importncia das reaes de hidrogenao A reao de hidrogenao possui grande importncia industrial, porque permite a converso de leos em gorduras adequadas para a produo de margarinas e produtos de panificao. Esta hidrogenao melhora a consistncia das gorduras e reduz a sensibilidade rancidez (deteriorao de alimentos ricos em lipdeos, muda a cor, sabor, aroma e a consistncia).
CH3(CH2)7 CH CH cido olico (CH2)7COOH + H2 CH3(CH2)16COOH cido esterico

Um problema potencial que surge do uso da hidrogenao cataltica para produzir leos vegetais parcialmente hidrogenados que os catalisadores usados para hidrogenao causam isomerizao de algumas das ligaes duplas de cido graxos (algumas no absorvem o hidrognio). Na maioria dos leos e gorduras naturais as duplas ligaes tem configurao cis. Durante o processo algumas dessas configuraes cis podem se converter em trans no naturais. Os efeitos de cidos graxos trans na sade esto ainda em estudos, mas experimentos indicam que eles causam um aumento nos nveis de colesterol e de triacilgleceris no soro, o que, por sua vez, aumenta o risco de doenas cardiovasculares.

REAES DE ADIO
  

e) Reaes Radicalares Rancidez oxidativa: a principal responsvel pela deteriorao de alimentos ricos em lipdeos, porque resulta em alterao indesejvel de cor, sabor, aroma e consistncia do alimento. A rancidez ocorre devido uma srie de reaes extremamente complexa que ocorre entre o oxignio e os cido graxos insaturados dos lipdeos. Essas reaes geralmente ocorrem em trs etapas (iniciao, propagao e terminao). 1) Iniciao: formao de um radical livre a partir de uma fonte energtica (calor, radio UV). A fonte energtica quebra a ligao qumica do carbono como o hidrognio adjacente dupla ligao C-C. Essa quebra ocorre porque a ligao dupla estericamente esto mais expostas e suscetveis a Radiao V radiao.
H H H H CH3(CH2)4 C CH CH C (CH2)5COOH

H CH3(CH2)4 C H CH CH C H (CH2)5COOH = R

REAES DE ADIO


2) Propagao: O radical livre formado pela radiao UV pode reagir com o oxignio presente formando novos radicais livres, principalmente o radical perxido, muito reativo.
R + O2 + R1H RO ROO + + R OO ROOH + R1 OH H Exemplo de alguns produtos das reaes radicalares

ROO ROOH


3) Terminao: os radicais formados podem se ligar entre si, formando os mais diversos produtos, como hidrocarbonetos, aldedos, alcois, steres, etc.
R + R + R R H ROOH

ROOH

ROO


Os perxidos podem ser degradados em aldedos e cetonas responsveis pelo sabor e odor de rano.

REAES DE ADIO
  

Reaes de alcinos a) Reaes de adio de HX e X2 De modo geral as reaes de alcenos e alcinos so semelhantes, porm existem algumas diferenas significativas. A adio de HX ou X2 a um Alcino, de modo geral, produz um alceno ligado a um halognio, dando seqncia a reao o produto formado um alcano disubstituido, um dialogenio.
HBr Br H CH3(CH2)3C CH Br H HBr CH3(CH2)3C CH Br H 2,2-dibromoexano

CH3(CH2)3C 1-hexino

CH

2-bromo-1-hexeno

REAES DE ADIO


 

Como nos alcenos a regioqumica de adio segue a regras de Markovnikov: halognio adicionado no carbono mais substitudo e o hidrognio no carbono menos substitudo. A estereoqumica trans de H e X normalmente encontrado no produto de reao. Os X2 como o bromo e o cloro tambm se adicionam a alcinos para produzindo compostos com uma estereoqumica Trans.
Br2 CH3CH2 C Br 1-butino C H 1,1,2,2-tetrabromobutano Br Br2 CH3CH2CBr2CHBr2

CH3CH2C

CH

(E)-1,2-dibromo-1-buteno

REAES DE ADIO


b) Reao de hidratao: Como os alcenos os alcinos podem ser hidratados por dois mtodos. A adio direta de gua catalisada por on mercrio (II) produzindo um composto que segue a regra de Markovnikov. Os alcinos quando hidratados tem como produto final a formao de uma cetona.
OH H CH3(CH2)3C 1-hexino CH CH3(CH2)3C CH O CH3(CH2)3C CH3

Enol intermedirio

2-hexanona

c) Reao de hidrogenao: Os alcinos so facilmente hidrogenados a alcanos pela adio de H2 sobre um catalisador metlico, com mecanismo idntico ao j visto nos alcenos. A reao ocorre em duas etapas, por meio de um alceno intermedirio.
H2

HC

CH

H2

H2C

CH2

H3C

CH3

REAES DE ADIO
 

Reaes dos alcadienos Os alcadienos iro reagir com as mesmas substncias que os alcenos reagem, a nica diferena entre eles estar nas duas duplas ligaes. Reao de adio-1,4 dos alcadienos conjugados

REAES DE ADIO
 

Reaes de adio dos ciclanos Os ciclos pequenos sofrem reaes de abertura do anel, devido existncia das tenses de Bayer. Estes compostos reagem com certas substncias, dando origem a compostos de cadeia aberta, que conferem maior estabilidade molcula. Especialmente o ciclopropano, cujas tenses internas so muito fortes, reage com vrias substncias

REAES DE ADIO
Teoria da tenso dos anis de Baeyer
Segundo Adolf Von Baeyer, em alguns ciclanos, um dos ngulos de ligao, em cada tomo de carbono, no possui o valor normal do ngulo tetradrico, pois estas ligaes so foradas a se comprimir, de modo a fechar o ciclo. Assim, o ciclopropano um tringulo equiltero, com ngulos de 60o, e o ciclobutano um quadrado, com ngulos de 90o. Devido ao fator de o valor do ngulo de ligao entre os carbonos no ciclo diferir do valor normal tetradrico(1095`), existe nessas molculas um certa tenso, e da resulta serem elas instveis, em comparao com as molculas cujos ngulos de ligao so tetradricos. O ciclopentano, por ter uma tenso desprezvel, j possui uma grande estabilidade, preferindo reaes de substituio, como nos alcanos, enquanto o ciclopropano e o ciclobutano, com tenses elevadas, sofrem facilmente ruptura na cadeia, dando reaes de adio, como nos alcenos.

Adolf Von Baeyer, qumico alemo

REAES DE ADIO
 

E o ciclohexano? Este teria um ngulo coplanar de 120o, o que causaria uma tenso em sentido oposto. Porm, ele mais estvel que o ciclopentano e praticamente s d reao de substituio. Bayer errou, porque os tomos de carbono nas cadeias cclicas com mais de cinco carbonos no so coplanares, e mantm o ngulo tetradrico (109o 5'), sem tenso. No caso do ciclohexano, os carbonos, mantendo o ngulo tetradrico, podem assumir duas conformaes espaciais, que foram denominadas barco e cadeira.

REAES DE ADIO


Outras reaes dos ciclanos

REAES DE ADIO
Reaes de adio de aldedos e cetonas A ligao dupla carbono-oxignio polar, devido maior eletronegatividade do oxignio em relao ao carbono.
R C R' R + C O R'

REAES DE ADIO
 

Reaes de adio nucleoflica de aldedos e cetonas Um nuclefilo, :Nu-, aproxima-se do grupo carbonila e adiciona-se ao tomo de carbono eletroflico C O. Ao mesmo tempo que um par de eltrons move-se a partir da ligao dupla carbono-oxignio em direo ao tomo de oxignio negativo e produzido um on alcxido tetradrico HO intermedirio.
H Nu: Negativos
-

HOH
-

R3C RO
-

Neutros

ROH H3N

N C

RNH2

H O O H3C C CH3 H
-

H OH C H3C H H3C lcool + H2O

C H3C H H3C on alcxido

cetona ou aldedo

REAES DE ADIO


A reao mais comum de aldedos e cetonas a reao de adio nucleoflica

O C

:Nu

O C

Nu Carbono sp3 Intermedirio tetradrico

Carbono sp2 Carbono carbonlico

REAES DE ADIO: ALDEDOS E CETONAS


 

1- Formao de cianidrinas (reao com HCN) Os aldedos e cetonas reagem com HCN produzindo cianidrinas. Veja o exemplo na reao de um aldedo:

REAES DE ADIO: ALDEDOS E CETONAS




2- Reao com reagente de Grignard Os aldedos e cetonas podem reagir com composto de Grignard e posterior hidratao em meio cido, produzindo lcoois. O reagente de Grignard funciona como doador de carbnion:

REAES DE ADIO: ALDEDOS E CETONAS


 

3- Reao com hidreto Os aldedos e cetonas podem ser tratados com um agente fornecedor de hidretos (ex: LiAlH4) e posteriormente, tratados em meio cido. Assim, obtemos um lcool:

REAES DE ADIO: ALDEDOS E CETONAS





4- Reao com lcoois em meio cido Reagindo-se um aldedo ou cetona com um lcool, em meio cido, pode-se obter compostos chamados acetais, que so teres duplos. Veja:

REAES DE ADIO: ALDEDOS E CETONAS


 

5- reao com ildios Os aldedos e cetonas, quando reagidos com ildios (compostos especiais de fsforo pentavalente: H2C PR3), produzem alcenos. O ildio mais comumente usado, por sua grande reatividade, o metileno-trifenil-fsforo. Veja:

REAES DE ADIO: ALDEDOS E CETONAS


6- Reao com derivados da amnia: produzem inmeros produtos diferentes.

REAES DE ELIMINAO
 

Desidratao de alcois para produzir alcenos Uma das reaes mais valiosas envolvendo a ligao C-O a reao de desidratao de alcois na formao de alcenos. A ligao C-O e a ligao vizinha C-H so rompidas e uma ligao T no alceno formada:

H C C

OH

H3O

C
CH3

H2O

H3C

OH
H3O
+

THF, 50 C

1-metilcicloexanol

1-metilcicloexeno

REAES DE ELIMINAO
Desidratao

de alcois para produzir alcenos


H3O
+

CH3 H3C C OH 2-metil-2-butanol CH2CH3

H3C

THF, 50 C

H3C 2-metil-2-buteno majoritrio

C CH CH3

H2C +

H3C 2-metil-1-buteno minoritrio

CH2 CH3




REGRA DE SAYTZEF: O hidrognio eliminado de preferncia do tomo de carbono mais pobre em hidrognio
Apenas os alcois tercirios so rapidamente desidratados com cido. Os alcois secundrios podem reagir, porm as condies so mais drsticas (75% H2SO4, 100 C). Os lcoois primrios so ainda menos reativos que os alcois secundrios, sendo necessrias condies ainda mais severas OH OH OH (95% H2SO4, 150C).
R C H H < R C R Reatividade H < R C R R

REAES DE ELIMINAO


Mecanismo da reao de desidratao dos lcoois


H H O+ H H H3C O+ H H3C
+

H2O C H3 H H H + H3O
+

H3C

1-metilcicloexanol

lcool protonado

carboction

1-metilcicloexeno

O mecanismo envolve trs etapas, a protonao do oxignio do grupo hidroxila, a perda espontnea de gua para formar o intermedirio carboction e a perda final de um prton (H+) do tomo de carbono vizinho.

REAES DE ELIMINAO
 

Reaes de eliminao dos haletos de alquila As reaes de eliminao de haletos de alquila podem ser representadas pela reao geral:

C Y

C Z

eliminao (-YZ)

Alceno

A eliminao de HX de um haleto de alquila um excelente mtodo de preparao de alcenos (reao de desidroalogenao). As reaes de eliminao podem ocorrer atravs de mecanismos diferentes: as reaes de eliminao E1 e E2.

REAES DE ELIMINAO
 

Reao de eliminao bimolecular (E2) A reao E2 ocorre quando um haleto de alquila tratado com uma base forte, como um on hidrxido ou alcxido (RO-). Esse o caminho de eliminao mais comum e pode ser formulado como descrito abaixo.
Nu H R C R R C R X Nu H R C R C X R R R C R C R R + Nu H + X
-

A base (nuclefilo: Nu) ataca um hidrognio vizinho e inica a remoo do H ao mesmo tempo em que a ligao dupla do alceno se forma e o grupo X deixa a molcula

O alceno neutro produzido quando a ligao C-H estiver completamente rompida e o grupo X partir com o par de eltrons da ligao C-X.

REAES DE ELIMINAO


Reao de eliminao unimolecular (E1): Da mesma forma que a reao E2 semelhante reao SN2, a reao SN1 possui um anlogo prximo chamado reao E1. Areao E1 pode ser formulada como indicada no mecanismo abaixo, para eliminao de HCl a partir de 2-cloro-2-metilpropano.
Cl H3C C CH3 CH3 Lenta H3C C
+

CH3

+ Cl

CH3 H O H H H H O H Rpido H3C C


+ +

A dissociao espontnea do cloreto de alquila tercirio produz um carboction em uma etapa lenta-limitante da velocidade

H3C

H CH3

H CH3 A perda de um hidrognio vizinho em uma rpida etapa gera um alceno neutro. O par de eltrons da ligao C-H forma a ligao pi do alceno.

H H O H3C C
+ +

H Rpido

H3C H3C

H C C H +

H H O
+

H CH3

Substituio x Eliminao
 

Comparao importante entre os mecanismos SN e E: Durante uma substituio nucleoflica ou uma eliminao, sempre existiro porcentagens de produtos de substituio e eliminao, em quantidades variada.

Tome como exemplo a reao acima, do 2- bromo butano com o on hidrxido. Se o OH- atacar o carbono, a reao ser de substituio e o produto ser um lcool; mas se atacar um hidrognio, ser de eliminao e o produto ser um alceno. Tanto maior ser a porcentagem de produto de eliminao quanto mais ramificado for o alceno que puder ser formado, devido estabilidade dos alcenos ramificados. Assim, no caso dos haletos, os haletos primrios sofrero mais rapidamente substituio e os haletos tercirios (mais ramificados) sofrero mais rapidamente eliminao.

REAES DE OXIDAO
 Combusto : A combusto considerada uma reao de oxirreduo que ocorre na presena do oxignio. Todos os compostos orgnicos sofrem a combusto completa, resultando em gs carbnico e gua. CH4 + 202 metano C2H5OH + 3O2 etanol CO2 + 2H2O

2CO2 + 3H2O

Os alcanos como todo hidrocarboneto so combustveis. Do ponto de vista qumico a oxidao dos alcanos tem pouca importncia, uma vez que a molcula destruda. Porm do ponto de vista prtico muito importante pois a base da utilizao dos alcanos como fonte de energia.

REAES DE OXIDAO


Vejamos algumas equaes gerais de combusto:


Alcanos

Alcenos

Alcinos

REAES DE OXIDAO
 

Oxidao de alcois Uma das reaes mais importantes dos alcois a reao de oxidao para preparar compostos carbonlicos a reao oposta de reduo de um composto carbonlico para formar os alcois:

oxidao OH C H O C

reduo Os agentes oxidantes mais comuns so o permanganato de potssio (KMnO4), trixido de crmio (CrO3) e dicromato de sdio (Na2Cr2O7).

REAES DE OXIDAO
Oxidao de alcois


Os alcois primrios reagem para formar os aldedos ou os cidos carboxlicos, os alcois secundrios para dar origem s cetonas, porm os alcois tercirios normalmente no reagem com a maioria dos agentes oxidantes.
lcool primrio OH R H C H [O] R O C H [O] R O C OH

lcool lcool secundrio OH R R' C H [O] R

aldedo

cido carboxlico

O C R'

lcool lcool tercirio OH R R' C R'' [O]

cetona

NO OCORRE

lcool

REAES DE OXIDAO


Oxidao de Alcenos: Os alcenos tambm sofrem reaes de oxidao que acontecem de trs formas: oxidao branda, oxidao energtica e ozonlise. Oxidao branda A oxidao branda (tambm conhecida como hidroxilao do alceno), uma reao feita com agente oxidante que causa uma quebra na dupla ligao do alceno e a entrada de duas hidroxilas (OH) formando assim um dilcool. Um agente oxidante muito usado neste caso o permanganato de potssio (KMnO4).

REAES DE OXIDAO


Mecanismo da reao de oxidao branda(em meio neutro): O permanganato em meio neutro ou levemente alcalino oxidante brando, pois no chega a romper a dupla ligao, mas reage introduzindo oxignios na cadeia. O permanganato uma soluo de colorao violeta intensa e quando ele passa para MnO2 precipita a xido marrom escuro. O resultado da oxidao branda de um alceno com KMnO4 um dilcool vicinal (glicol).

REAES DE OXIDAO
 

Oxidao enrgica Na oxidao enrgica, o agente oxidante "quebra" a molcula na dupla ligao e caso se forme um aldedo ele oxidado a cido carboxlico. Os agentes oxidantes mais comuns nesse caso so o dicromato de potssio (K2Cr2O7) e o permanganato de potssio (KMnO4).

Obs: Sempre que um composto que tem a dupla ligao na ponta da cadeia sofre oxidao enrgica um dos produtos que se formam o cido carbnico (H2CO3) que por ser um cido instvel transforma-se em gs carbnico (CO2) e gua (H2O).

REAES DE OXIDAO
 

Mecanismo de reao da oxidao enrgica Em meio cido o permanganato oxidante bastante enrgico e leva ruptura da dupla ligao, quebrando o alceno em molculas menores. Os produtos formados na reao dependem do tipo de carbono da dupla ligao. Carbonos primrios originam CO2 e H2O; carbonos secundrios, cidos carboxlicos, e carbonos tercirios, cetonas.

Como o carbono da dupla na molcula inicial era secundrio; da a formao de cidos carboxlicos.

REAES DE OXIDAO


Mecanismo de reao da oxidao enrgica


Outro exemplo: os carbonos da dupla so tercirio e primrio, formam-se, respectivamente cetona e CO2 + H2O:

REAES DE OXIDAO


A ozonlise a quebra de um alceno causada pelo oznio O3 gerando como produtos uma cetona e/ou um aldedo. Esta reao deve ser realizada na presena de gua e de p de zinco. A molcula do alceno quebrada na dupla ligao e dois tomos de oxignio (O) se adicionam.

REAES DE OXIDAO


Ozonlise de alcenos Os alcenos adicionam ozone (O3) formando ozonetos (ou ozondeos) e por hidrlise produzem aldedos ou cetonas.

REAES DE OXIDAO


Exemplos de alcenos submetidos ozonlise.

REAES DE OXIDAO
Oxidao enrgica de ciclanos Em soluo aquosa, os ciclanos resistem ao KMnO4, usado na diferenciao com alcenos. Na presena de oxidante enrgico (HNO3 concentrado, KMnO4 em meio cido), obtm-se a ruptura do ciclo, formando o cido dicarboxlico.


Oxidao enrgica de hidrocarbonetos aromticos O cido benzico formado a partir de hidrocarbonetos benznicos junto com um grupo lateral. A ao dos oxidantes como mistura sulfocrmica e mistura sulfopermangnica, so suportadas pelo ncleo aromtico Independentemente do tamanho do grupo alquila ligado ao anel, o composto sempre ser oxidado no sentido de substituir os hidrognios benzlicos, isto , formando o cido benzico (ou derivados).

REAES DE OXIDAO


Oxidao enrgica de hidrocarbonetos aromticos O cido benzico formado a partir de hidrocarbonetos benznicos junto com um grupo lateral. A ao dos oxidantes como mistura sulfocrmica e mistura sulfopermangnica, so suportadas pelo ncleo aromtico

OUTRAS REAES ORGNICAS


  

Reao de Esterificao: Os cidos carboxlicos reagem com alcois para formar steres atravs de uma reao de condensao conhecida como esterificao. Reao geral

O C R O H + HO R'

HA R

O C O ster R' + H3O


+

OUTRAS REAES ORGNICAS


 

Reao de aminas com cido nitroso Apesar desta reao no ser muito importante em processos biolgicos, para estudos envolvendo alimentos, essa reao merece um destaque. O cido nitroso (HNO2) um cido fraco, instvel. sempre preparado in-situ, geralmente pelo tratamento de nitrito de sdio (NaNO2) com uma soluo aquosa de um cido forte:
HCl(aq) + NaNO2(aq) p HNO2 (aq) + NaCl(aq)

OUTRAS REAES ORGNICAS





Reao de aminas com cido nitroso


O cido nitroso reage com todas as classes de aminas, primrias, secundrias e tercirias (alifticas ou aromticas). Porm quando a reao ocorre com aminas secundrias, o produto obtido o n-nitrosaminas. (CH3)2NH + HCl + NaNO2 p (CH3)2N-N=O dimetilamina n-nitrosodimetilamina (n-nitrosamina) Os n-nitrosaminas so agentes carcinognicos bastante poderosos que cientistas temem que possam estar presentes em muitos alimentos, especialmente nas carnes cozidas que tenham sido curadas com nitrito de sdio. O nitrito de sdio adicionado a muitas carnes (bacon, presunto, lingia, salsicha, carne salgada) para inibir o crescimento de Clostridium Botulinum (bactria que produz a toxina do botulismo) e para impedir que a colorao da carne passe do vermelho para o marrom.

 

OUTRAS REAES ORGNICAS


 

Oxidao de aldedos e cetonas


Os aldedos so facilmente oxidados para produzir os cidos carboxlicos, mas as cetonas so normalmente inertes oxidao. A diferena uma conseqncia da estrutura: os aldedos tm um prton CHO que pode ser abstrado durante a oxidao, mas a cetona no. Muitos agentes oxidantes, como KmnO4 e HNO3 a quente, convertem os aldedos em cidos carboxlicos, mas CrO3 em cidos aquosos uma escolha mais comum no laboratrio.

O CH3(CH2)4CH Hexanal

CrO3, H3O Acetona

O CH3(CH2)4COH cido hexanico (85%)

OUTRAS REAES ORGNICAS





Oxidao de aldedos e cetonas


Uma desvantagem nessa oxidao com CrO3 que este ocorre sob condies cidas, e as molculas sensveis algumas vezes sofrem reaes laterais. Uma alternativa a utilizao de uma soluo de oxido de prata, Ag2O, em amnia aquosa, o ento conhecido reagente de Tollens. O
O C H Ag2O NH4OH, H2O etanol cido benzico C OH + Ag Espelho de prata

Benzaldedo

OBS: As cetonas so inertes para a maioria dos agentes oxidantes, sendo um mtodo de diferenciao entre aldedos e cetonas

OUTRAS REAES ORGNICAS




Reao de Diels Alder


A reao de Diels-Alder uma reao qumica orgnica (especificamente, uma cicloadio) entre um dieno conjugado e um alceno substitudo, comumente denominado dienfilo, para formar um sistema ciclohexeno substitudo

OUTRAS REAES ORGNICAS


  

  

Reao de Diels Alder A reao trmica entre alcenos e dienos foi descoberta em 1928 por Diels-Alder. A reao de Diels-Alder uma das reao mais estudadas em qumica orgnica sinttica, devido facilidade com que ligaes C-C e anis de seis membros podem ser formadas. Muitos estudos sobre essas reaes empregam cidos de Lewis como catalisadores quirais. Consideraes gerais: Excelente mtodo para formao de sistemas cclicos de 6 membros; A forma cis do dieno a forma reativa.

OUTRAS REAES ORGNICAS




Reao de Diels Alder

Dienfilo: reatividade aumenta com a presena de grupos retiradores de eltrons (carbonila, nitro, ciano, sulfona, etc...) Dieno: reatividade aumenta com a presena de grupos doadores de eltrons (alcoxi, amino, tiol, etc... Catlise por cido de Lewis: Acelerao da velocidade de reao Exemplo:

OUTRAS REAES ORGNICAS




Mecanismo da reao de Diels Alder

Exemplo com compostos cclicos

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