Rochas Sedimentares
Rochas Sedimentares
Rochas Sedimentares
ROCHAS SEDIMENTARES
Simbologia
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AMBIENTES SEDIMENTARES MAIS COMUNS
As rochas sedimentares constituem apenas 5% a 10% do volume total da crusta terrestre.
Contudo, cerca de 3/4 da Terra são cobertos por este tipo de rochas, que se podem
encontrar quer em ambientes continentais quer em ambientes marinhos.
Meteorização
Sedimentogénese
Erosão
Transporte
Sedimentação
Diagénese
Meteorização química
Os minerais são destruídos e transformados em
novos produtos químicos ou formam estruturas
mais estáveis nas novas condições
HIDRATAÇÃO/DESIDRATAÇÃO
Processo de meteorização que envolve a combinação química da água com os minerais (hidratação)
ou a remoção desta (desidratação). Alguns exemplos mais comuns:
Quando se combinam
moléculas de CO2 e de água
(da chuva), forma-se ácido
carbónico (H2CO3). O ácido
carbónico ioniza-se
posteriormente, formando
iões hidrogénio (H+) e iões
hidrogenocarbonato (HCO-3),
que reagem com o feldspato
– hidrólise do feldspato.
NOTA:
Nos feldspatos distinguem-se:
- feldspatos potássicos (ou alcalinos), em que se incluem a ortóclase;
- feldspatos calcossódicos ou plagióclases, em que o feldspato sódico é a albite, e
a anortite é o feldspato cálcico.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Meteorização química
HIDRÓLISE
Esta reação de substituição iónica forma novos e diferentes minerais ou pode levar à total
desintegração do mineral original (exemplo: a olivinas e a piroxena são totalmente
desintegradas).
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Meteorização química
OXIDAÇÃO / REDUÇÃO
As reações de oxidação e de redução estão ligadas entre si, não ocorrendo uma sem que ocorra a
outra.
A oxidação é o processo pelo qual um átomo ou ião perde eletrões.
A redução é o processo que leva ao ganho de eletrões.
Os minerais são oxidados por ação do oxigénio.
A transformação do ferro em ferrugem é o resultado deste tipo de reações.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Meteorização química
OXIDAÇÃO / REDUÇÃO
Os minerais ricos em ferro (ex. biotite, piroxenas e olivinas) reagem facilmente com o oxigénio e
este ferro pode ser facilmente oxidado, passando de ferroso (Fe 2+) a férrico (Fe 3+), ao ceder
um eletrão ao oxigénio.
Esta oxidação é muito rápida na presença da água e origina um mineral novo de cor avermelhada,
a hematite.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Meteorização química
OXIDAÇÃO / REDUÇÃO
DISSOLUÇÃO
A dissolução corresponde à reação dos minerais com a água ou com um ácido. Ocorre quebra de
ligações químicas entre os diferentes iões; os iões livres ficam dissolvidos na solução.
Ao contrário da maioria dos minerais, a halite é um mineral muito solúvel na água. Dissolve-
se em contacto com a água originando água salgada, com iões de cloro e de sódio
dissolvidos:
DISSOLUÇÃO
Exemplos muito comuns:
A calcite, presente nas rochas calcárias, não é solúvel na água mas reage facilmente com
água acidificada, formando produtos solúveis. Esta reação de alteração e destruição química
dos calcários designa-se carbonatação e traduz-se pela seguinte reação:
As águas acidificadas podem reagir, por exemplo, com o carbonato de cálcio (calcite – mineral
que faz parte dos calcários), formando produtos solúveis (ião cálcio e hidrogenocarbonato) que
são removidos em solução, deixando somente as impurezas insolúveis.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
O calcário é constituído principalmente por carbonato de cálcio (CaCO3 - calcite). O calcário contém,
geralmente, sílica e argila ferruminosa misturadas (substâncias que não são solúveis).
Parte do calcário sofre dissolução, sendo removido, enquanto a argila e a sílica não sofrem alteração
química e permanecem no local ou são arrastados para os locais de acumulação. originando
depósitos, geralmente avermelhados, devido à presença de óxido de ferro.
Os depósitos insolúveis chamam-se terra rossa (argila vermelha e sílica).
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
A dissolução da calcite (carbonato de cálcio) é o principal processo que leva à formação do modelado
cársico - paisagem sedimentar que inclui os campos de lapiás, as grutas e os algares.
Estas reações químicas provocam o alargamento das fissuras nas quais a água se infiltra e circula,
podendo mesmo conduzir à formação de uma rede de galerias e de grutas subterrâneas.
Modelado cársico
Campo de lapiás – efeitos das águas acidificadas
numa região calcária
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Meteorização química – modelado cársico
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Algar
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Na água que goteja do teto de uma gruta, cada gota abandona no local de desprendimento uma
película de carbonato de cálcio (CaCO3) que, por acumulação sucessiva ao longo de muitos
milhares de anos, forma estruturas pendentes chamadas estalactites.
O gotejar constante sobre o solo da gruta também leva à acumulação sucessiva de películas de
CaCO3, que formam estruturas ascendentes chamadas estalagmites.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
As estalactites e as estalagmites
podem encontrar-se e ligar-se,
formando colunas.
O carbonato de cálcio (CaCO3) que precipita da água que flui sobre o chão da gruta pode originar
uma rocha mais ou menos compacta chamada travertino.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
A atividade das águas acidificadas também está bem patente nos monumentos e edifícios
construídos com calcários ou mármore, principalmente nas grandes cidades e zonas
industrializadas, em que o ar está poluído.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Meteorização química
Os seres vivos também podem intervir no processo de alteração química das rochas, por exemplo:
As plantas produzem fluidos e ácidos que, quando contactam com as rochas e com os minerais,
provocam a sua alteração química.
A ação química das fezes de alguns animais, como por exemplo, os pombos, é particularmente
agressiva nas rochas calcárias.
Os líquenes elaboram substâncias que reagem com as rochas facilitando a sua desagregação.
Certos bivalves, produzem substâncias corrosivas que utilizam para abrir fendas nas rochas.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Meteorização química
Os minerais não reagem do mesmo modo aos agentes de meteorização química (água, gases
atmosféricos e ação dos seres vivos).
Há minerais que se alteram e desaparecem rapidamente, originando minerais novos; outros, como o
quartzo, são extremamente resistentes à alteração química.
As alterações químicas dependem também das condições ambientais. Por exemplo, a meteorização
química é muito mais rápida e intensa em regiões de clima quente e húmido.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Meteorização química
Minerais da rocha- Meteorização Produtos
mãe química
Minerais estáveis Quartzo Não se alteram Resíduos dos minerais estáveis
Moscovite (quartzo, moscovite, minerais de
Minerais de argila argila)
Meteorização física
Fragmentação da rocha sem que haja
alteração da sua composição.
Caos de blocos
Disjunção esferoidal
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Meteorização física
O arrefecimento dos mantos de lava (atividade vulcânica
efusiva) pode originar a formação da disjunção prismática ou
colunar.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Meteorização física
CRIOCLASTIA
Quando a água acumulada nas diáclases das
rochas congela, aumenta de volume. A pressão do
gelo provoca o alargamento das fendas e a
desagregação da rocha.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Meteorização física
Glaciar (Patagónia)
Granotriagem/calibragem – as
partículas são selecionadas e
separadas de acordo com o tamanho, a
forma e a densidade.
No caso de uma bacia hidrográfica (rios), os sedimentos que atingem os oceanos são,
predominantemente, os de granulometria média e fina.
As argilas, por exemplo, podem ser carregadas em suspensão a grandes distâncias oceano adentro,
depositando-se a grandes profundidades (sobretudo na plataforma e no talude; menos frequentemente na
planície abissal).
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Durante o transporte:
Aumento da calibragem
A calibragem é o parâmetro relacionado com a amplitude granulométrica (variedade de tamanhos dos grãos), a qual é
influenciada pelas variações de energia do agente de transporte. Quanto melhor for a calibragem, menor será a
amplitude granulométrica e vice-versa.
ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Sedimentação
Deposição dos sedimentos. Ocorre quando o
agente de transporte deixa de ter energia
suficiente para continuar o transporte.
Entre 0,063 mm
Areia Arenito
e 2 mm
Entre 0,003 mm
Silte Siltito
e 0,063 mm
Nas areias, a dimensão, a forma e o brilho dos grãos são características indicadoras do principal
agente de erosão e de transporte.
Cores Composição
Cores transparentes: incolor a cinzento (eventualmente Geralmente quartzo
tons amarelados ou alaranjados)
Compactação
Diagénese
Cimentação
Argilito Arenito
Brecha Conglomerado
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Rochas sedimentares quimiogénicas
Constituídas por mais de 50% de materiais neoformados. Estas rochas são formadas por
precipitação química direta de compostos existentes em solução aquosa (por exemplo, na
água do mar ou de lagos).
Calcário Marga
Travertino Dolomite
Rocha carbonatada,
resultante da
Forma-se pela precipitação substituição diagenética
rápida de carbonato de da calcite por dolomite
cálcio, normalmente em (carbonato de cálcio e
grutas e cavernas. magnésio)
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Rochas sedimentares quimiogénicas evaporíticas
Sal-gema Gesso
Resulta da precipitação de halite (HCℓ). As diferentes Resulta da precipitação de minerais de gesso
tonalidades que pode apresentar devem-se à (CaSO4.2H2O). Pode apresentar diversas tonalidades
presença de outros minerais, além da halite. conferidas pela presença de outros minerais.
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Rochas sedimentares biogénicas
Resultam da acumulação de restos de seres vivos (por exemplo, conchas e carapaças).
58% a 78% de C
Turf 80% a 90% de C
a Antracite
Se os hidrocarbonetos não encontrarem uma rocha impermeável que impeça a sua migração,
estes atingem a superfície e volatizam, acabando por se perderem.
Fonte: http://www.igc.usp.br/index.php?id=309
FORMAÇÃO DO PETRÓLEO
Armadilhas de hidrocarbonetos
Sempre que uma armadilha fica preenchida por hidrocarbonetos passa-se a chamar um jazigo
petrolífero ou jazida petrolífera.